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segunda-feira, 28 de março de 2016

CONFRARIA VINUS VIVUS - 108ª REUNIÃO

Reunião: 108.
Data: 22/03/2016.
Local: casa de Vera.
PresentesMarcos, Fernanda, Jarbas, Keller, Abílio, Vera, Leo S., Cadu, e Marquinho.
Ausentes: Leo L. e Bruno.
Convidado: Marcos.
TemaBrancos
Vinho 1 – Primus




Safra: 2010.
Álcool: 13%.
Casta: encruzado, fernão pires e arinto.
Produtor: Quinta da Pellada.
RegiãoDão, Portugal - Denominação de Origem Controlado.
Cor: amarelo palha, com reflexos evoluindo para um amarelo mais forte.
Aromas: mineral, cítrico, maresia, petróleo, resina, pedra de isqueiro.
Boca: acidez boa, saliva bem, pega na lateral da boca e vai levando para a ponta da língua.
Estágio: não passa por madeira. Estagia por 12 meses em garrafas antes de ir para o mercado.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 485,00.
Observação: videira com 65 anos de idade.


Vinho 2 - Puligny-Montrachet




Safra: 2011.
Álcool: 13,5%.
Casta: 100% chardonnay.
Produtor: Joseph Drouhin.
RegiãoCôte de Beaune, França.
Cor: amarelo.
Aromas: floral, talco, folha de limão, perfume, fruta amarela, pêssego, damasco, maçã, abacaxi, cogumelos, defumado, açúcar.
Boca: pura mineralidade, longo, salivação profunda, untuosidade, cremosidade, carnudo, retrogosto persistente.
Estágio: fermenta em barricas. Estágio de 12 meses em barricas, sendo somente 25% de primeiro uso.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 590,00.
Observação: o campeão da noite, sendo o preferido de Marcos, Fernanda, Jarbas, Keller, Abílio, Vera, Leo S., e Marquinho.


Vinho 3 - Sílex


Safra: 2010.
Álcool: 13%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Didier Dagueneau.
RegiãoVale do Loire, França.
Cor: palha, com reflexos esverdeados.
Aromas: oxidado no nariz, pedra de isqueiro, adocicado, defumado, remédio de centro cirúrgico, mertiolate, cítrico, tangerina, toranja, doce.
Boca: começa doce, passa por um leve amargo. Saliva muito, longo e persistente.
Estágio: 12 meses em barricas e 6 meses em garrafa antes de chegar ao mercado.
Importador: Porto a Porto/Casa Flora.

Valor: R$ 1.050,00.
Observação: o preferido da noite de Cadu.

Antes da degustação da noite, brindamos ao aniversário de Abílio com o espumante Crémant D'Alsace Brut, safra 2008, com 12,5% de álcool, produzido na região da Alsácia, França (Appellation Crémant D'Alsace Contrôlée), por Domaine Barmès Buecher, elaborado a partir das castas pinot blanc (67%), chardonnay (26%) e pinot gris (7%).



Jantar



Entrada: suflê de três cogumelos: shitake, shimeji branco e shimeji preto


Principal: arroz de coco


Principal: camarão tailandês


Sobremesa: romeu e julieta de forno



Vinhos do jantar: vinho branco Greg Norman, safra 2010, chardonnay (Santa Barbara County, Estados Unidos - 14%, importado por Videira Vinhos, R$ 125,00) e vinho branco Laroche, safra 2013, chardonnay (Chablis, França - Appellation Chablis Contrôlée - 12%, importado por World Wine, R$ 185,00).

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

CONFRARIA VINUS VIVUS - 107ª REUNIÃO


Reunião: 107.
Data: 29/02/2016.
Local: casa de Vera.
PresentesMarcos, Fernanda, Jarbas, Keller, Abílio, Vera, Leo S., Cadu, Leo L. e Bruno.
TemaPinot Noir pelo mundo

Vinho 1 – Château de Chamirey Les Ruelles




Safra: 2010.
Álcool: 13%.
Casta: 100% pinot noir.
Produtor: Famille Devillard.
Região: Mercurey, Bourgogne, França. Appellation d'Origine Controlée. Mercurey Premier Cru.
Cor: rubi bem claro, com toques granada, quase transparente.
Aromas: álcool sobe quente no nariz, herbal, estábulo, groselha, especiarias, ervas secas, tomilho, figo, cevada, geleia de morango, tostado, adocicado, cedro, caixa de charuto.
Boca: acidez alta, salivação muito boa, final longo de boca, amargor ao final, mas não incomoda, talos de uva (o que confere o sabor amargo), raiz amarga, taninos finos.
Estágio: 15 meses de barricas de carvalho, sendo apenas 30% delas de primeiro uso.
Importador: World Wine.
Valor: R$ 319,00.
Harmonização: magret de canard com molho de laranja ou de tangerina.
Observação: o campeão da noite, sendo o preferido por Fernanda, Jarbas, Keller, Cadu, Abílio e Marcos.


Vinho 2 - Ocio


Safra: 2012.
Álcool: 14,5%.
Casta: 100% pinot noir.
Produtor: Cono Sur.
Região: Valle de Casablanca, Chile.
Cor: rubi rubi, sem reflexos.
Aromas: resina, removedor de esmalte, geleia de framboesa, frutas vermelhas, levemente tostado.
Boca: peso de boca, seca bem o palato, saliva muito, dá uma sensação de calor no meio da boca, adstringente, pimenta, amargo.
Estágio: 2 meses em tanques de aço inoxidável e 12 meses de barricas de carvalho francês e americano, sendo 40% delas de primeiro uso.
Importador: La Pastina.
Valor: R$ 415,00.
Harmonização: confit de pato com jabuticaba.
Observação: o preferido da noite por Vera e Leo S.


Vinho 3 - Rippon


Safra: 2007.
Álcool: 13%.
Casta: 100% pinot noir.
Produtor: Rippon Vineyard and Winery.
Região: Lake Wanaka, Central Otago, Nova Zelândia.
Cor: rubi, com reflexos granada. Turvo
Aromas: carambola verde, lácteo, queijo camembert, coalhada, soro do queijo, tomilho.
Boca: boa acidez, seco, amargor presente e persistente.
Estágio: 18 meses de barricas de carvalho, sendo 25% delas de primeiro uso e o restante em barricas de até quarto uso.
Importador: Premium.
Valor: R$ 350,00.
Harmonização: confit de pato com ameixa.
Observação: o preferido da noite por Bruno e Leo L. Colheita manual, com caixas de até dez quilos. Vinhedos com vinte anos de idade.

Antes da degustação da noite, brindamos ao aniversário de Fernanda com champanhe Tattinger Brut Cuvée Prestige Rosé, elaborada a partir das castas chardonnay e pinot noir





Jantar



Entrada: gazpacho andaluz


Acompanhamento do prato principal: salada de grãos


Prato principal: paleta de cordeiro assada com molho árabe


Sobremesa: rocambole de laranja


Vinho do jantar: vinho tinto Vivanco Reserva Selección de Familia safra 2008 (Rioja, Espanha - 14%, importado por Videira Vinhos, R$ 189,00).



Para acompanhar um charuto ao final, o jérez Oloroso Tradición 30 años, com 20% de álcool.

Brindando à vida!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

CONFRARIA VINUS VIVUS - 106ª REUNIÃO

Reunião: 106.
Data: 18/01/2016.
Local: casa de Vera.
PresentesMarcos, Fernanda, Jarbas, Keller, Abílio, Vera, Leo S., Cadu e Bruno.
TemaPouilly-Fussé X Pouilly Fumé

Vinho 1 – Pouilly-Fumé


Safra: 2011.
Álcool: 13%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Alexandre Bain.
Região: Pouilly-Fumé, França. Appelation Pouilly-Fumé Contrôlée.
Cor: dourado leve.
Aromas:  abacaxi, adocicado no nariz, oxidado, manteiga, cítrico, maracujá, pêssego, damasco, aspargo, grama cortada.
Boca: saliva bastante, mineral, borbulha, picante, suave, retrogosto amargo, cansativo na boca, ficou enjoativo sem comida.
Estágio: não passa por madeira.
Importador: World Wine.
Valor: R$ 322,00.

                   Vinho 2 – Pouilly-Fuissé "Sur Vergisson"


Safra: 2007.
Álcool: 12,5%.
Casta: 100% chardonnay.
Produtor: Maison Deux Montille.
Região: Pouilly-Fuissé, França. Appelation Pouilly-Fuissé Contrôlée.
Cor: amarelo palha, levemente esverdeado.
Aromas:  mineral, resina, nariz seco, carambola, pedra de isqueiro, aspargo, cogumelo, manteiga.
Boca: acidez elevada, cítrico, mais carnudo, prolongado, preenche toda a boca, corpo pronunciado.
Estágio: 30% passa por madeira usada e 70% por aço inoxidável.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 392,00.
Observação: foi o preferido da noite por Jarbas, Keller e Marcos.

Vinho 3 – Pouilly-Fuissé Tradition


Safra: 2009.
Álcool: 13,5%.
Casta: 100% chardonnay.
Produtor: Domaine Valette.
Região: Pouilly-Fuissé, França. Appelation Pouilly-Fuissé Contrôlée.
Cor: ouro velho.
Aromas:  floral, adocicado, mofo leve, mineral, caqui, pera.
Boca: pica levemente, longo, retrogosto amargo, mineral.
Estágio: 40% passa por madeira usada e 60% por aço inoxidável.
Importador: World Wine.
Valor: R$ 455,10.
Observação: foi o preferido da noite por Bruno, Fernanda, Vera.

Vinho 4 – Mademoiselle de T du Château de Tracy


Safra: 2013.
Álcool: 13%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Château de Tracy.
Região: Pouilly-Fumé, França. Appelation Origine Protégée.
Cor: amarelo palha, levemente esverdeado.
Aromas:  abacaxi, aspargo, groselha verde, manteiga, grama cortada.
Boca: cítrico, prolongado.
Estágio: não estagia em madeira.
Importador: Blumenau.
Valor: R$ 212,00.
Observação: foi o preferido da noite por Cadu, Abílio e Leo S..

Jantar


Entrada: tomate recheado com queijo de cabra em cama de pesto, servido com torrada


Prato principal: surubim defumado, molho dill e arroz sete grãos com cogumelos


Sobremesa: creme brulée

Vinho do jantar: espumante Faive Rosé Brut Nino Franco safra 2013 (Itália - 12%, importado por Aurora, R$ 145,00).





terça-feira, 22 de dezembro de 2015

GLOUTON

Fui ao Glouton duas vezes, ambas com amigos, ambas para jantar. Minha última experiência ocorreu na sexta-feira, dia 18 de dezembro de 2015, quando fui jantar. Éramos quatro pessoas. Fiz a reserva por telefone com dois dias de antecedência. Mesa para quatro, salão interno, para 20:30 horas. Chegamos vinte minutos antes e nossa mesa já estava disponível. Como o restaurante é badalado e muito bem recomendado, fazer reserva é sempre recomendável, ressaltando que fui informado, quando fiz a minha, que as reservas só são feitas para até às 20:30 horas. Após este horário, é ir e esperar uma mesa vagar, fato que ocorreu quando fui lá pela primeira vez.
Fica em uma casa típica que dominava a paisagem do bairro de Lourdes em outras eras, pois hoje os edifícios modernos predominam na região. Está localizado na região gourmet da capital mineira, sendo vizinho de outros excelentes restaurantes. Seu chef, Leonardo Paixão, é ganhador de vários prêmios, praticando uma culinária contemporânea com influência francesa, mas sem deixar de lado a tradição da cozinha mineira. Possui três ambientes: mesas no passeio em frente à casa onde está localizado, local preferido para quem é fumante e não apropriado para dias chuvosos; mesas no salão interno, com decoração singela, que remete à França; e mesas em um jardim no qual a decoração é mais rústica. Algumas mesas do salão interno tem visão privilegiada para a cozinha, que é separada deste ambiente por uma parede de vidro. Toda a movimentação para o preparo dos pratos pode ser apreciada pelos comensais.
Divido o serviço do salão em dois. Minha experiência com os garçons foi muito boa. Perguntamos sobre os pratos, seus ingredientes e modo de preparo, e fomos satisfatoriamente respondidos com firmeza, atenção e educação. Já não posso dizer o mesmo do sommelier da casa, que falava alto, tentou forçar uma intimidade com a mesa e ao servir o vinho por nós escolhido, deixou cair, por mais de uma vez, gotas na toalha de mesa. Claro que isto pode acontecer com qualquer ser humano e em qualquer restaurante, mas pedir desculpas é um ato esperado nestas horas, o que não ocorreu. Ele se limitou a desejar um bom jantar.
O menu não é muito extenso e se renova periodicamente. A comida é ótima e deliciosa. Os petiscos são perfeitos para compartilhar, pois todos eles chegam à mesa em sete unidades. Pedimos três petiscos. Comemos muito bem, motivo pelo qual, pulamos as entradas, indo direto para os pratos principais. Para finalizar, compartimos duas sobremesas e tomamos um bem tirado café espresso.
Seguem minhas impressões sobre o que comi:
Petisco 1: Pastilha de queijo canastra com mel (R$ 29,00) - o melhor dos petiscos que pedimos. É uma massa frita, no formato de um triângulo, que vem recheada com queijo canastra. Coloquei uma colherzinha de mel antes de morder o primeiro pedaço. Experiência sensacional. Massa crocante, fina, não estava encharcada de óleo. O sabor adocicado do mel contrastou com o sabor marcante e salgado do queijo.
Petisco 2: Palmito pupunha na chapa com molho de alho, balsâmico e tamarindo (R$ 33,00) - os cortes do palmito pupunha chegaram à mesa bem tostados e macios. A faca deslizava entre as suas fibras. O molho de alho, aceto balsâmico e tamarindo é bem leve, sem agredir o sabor delicado da pupunha. Comi com e sem molho e ambas as experiências foram ótimas.
Petisco 3: Pintxos de polvo à galega (R$ 37,00) - era o petisco para o qual tinha mais expectativa e foi o que menos me envolveu. O polvo, servido espetado em uma batata bolinha cozida com casca, estava tenro, bem cozido, no ponto ideal, mas para mim faltou um sabor.
Prato principal: Papada de porco braseada e assada, mil-folhas de mandioca e molho de laranja (R$ 63,00) - prato bem servido, com ótima apresentação. Além dos ingredientes citados, uma folha de radicchio levemente frita enfeita o prato. A carne de porco veio compactada, mas desmanchava-se na hora de partir, de tão bem cozida que estava. O molho de laranja suaviza um pouco o sabor forte da carne de porco, cuja textura era fibrosa, mas de fácil assimilação no paladar. A mil-folhas de mandioca foi algo inusitado para mim. A mandioca é cortada em lâminas e remontada, tornando-se bem distinto das formas da raiz que estamos acostumados a comer. Estava macia, tenra e levemente grelhada. Muito bom o prato.
Sobremesa 1: Pão, pão, pão, pão (R$ 23,00) - uma combinação inusitada de texturas de pães. Tem linda apresentação, mas o sabor provocou uma sensação de rechaço rapidamente. É empalagante, como dizem os argentinos. Trata-se de uma rabanada de brioche, encimada por um sorvete de pão com manteiga, servida em creme de pão de mel. Também compõe o prato um fino pedaço de torrada caramelizada.
Sobremesa 2: Torta de chocolate, flor de sal, pimenta do reino e calda quente de caramelo (R$ 21,00) - explosão de sabores e texturas muito boa. A flor de sal levanta o sabor do chocolate e a pimenta do reino ajuda a tirar qualquer sabor mais gorduroso da boca. A forma de servir também é digna de nota, pois a calda de caramelo é vertida na torta sob os olhares dos comensais. 

Palmito pupunha na chapa com molho de alho, balsâmico e tamarindo

Pintxos de polvo à galega

Pastilha de queijo canastra com mel

Pintxos de polvo à galega

Pão, pão, pão, pão

Torta de chocolate, flor de sal, pimenta do reino e calda quente de caramelo