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sábado, 30 de abril de 2011

POBRE JUAN - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Noite de quarta-feira. Noite de comemorar com amigos o aniversário de um deles, mesmo depois de mais de um mês de atraso. O que vale é a intenção, além da celebração em si e do encontro com pessoas agradáveis. Seis amigos ao redor de uma mesa redonda no requintado restaurante Pobre Juan, no Shopping Iguatemi de Brasília. Marcado para 20:30 horas, fui o último a chegar, pois não consegui sair a tempo do trabalho. Já passavam das 21 horas quando cheguei. Todos me aguardavam, tomando um vinho, batendo papo e apreciando o couvert do restaurante. Ficamos em uma mesa à esquerda de quem entra. O local é um pouco escuro, mas com a lanterna do iPhone foi fácil ler o cardápio e, ao final, a conta. Foi a terceira vez que lá estive, sempre para jantar, embora o forte da casa sejam os cortes bovinos, na versão argentina, o que quer dizer, comida pesada para a noite. Ainda estou sem poder beber (exceção para os dias de reunião da confraria, quando deixo de tomar meus remédios), por isso fui logo pedindo uma água com gás. Achei desta vez que o serviço da casa melhorou, pois um garçom estava a postos para qualquer dúvida e para anotar nossos pedidos. Com muita fome, experimentei os pães do couvert com os antepastos que estavam na mesa, mas preferi os palitos frescos de cenoura, pepino e nabo, bem mais saudáveis. Ninguém quis entrada. Fomos logo para o prato principal. Pedi o prato de resistência do restaurante, aquele que dá nome à casa: um corte de carne chamado "Pobre Juan". Trata-se da capa do contra-filé. Chega à mesa quase sem gordura, pois ela derrete e entranha na carne no momento em que está sendo preparada. Como sempre, o meu pedido foi para a carne vir ao ponto. Os acompanhamentos são escolhidos e pagos à parte. Ao ser perguntado, o garçom que anotava os pedidos disse que três acompanhamentos eram suficientes para as seis pessoas da mesa e sugeriu "arroz biro-biro", "palmito pupunha grelhado" e "batatas souflé" (é uma batata frita que vem estufada). Acatamos a sugestão. Nem percebemos se houve demora ou não, pois a nossa conversa girou em torno de vários assuntos. O aniversariante levou, gentilmente, um vinho tinto, o português Emme Grande Escolha, safra 2003, um cabernet sauvignon da região de Setúbal. Infelizmente, não experimentei, mas os demais elogiaram bastante o vinho. Minha carne estava ótima. Macia, suculenta, sem gordura. Muito boa. Como podem ver na foto abaixo, apenas experimentei uma amostra dos três acompanhamentos, preferindo o arroz. Pedimos apenas uma sobremesa para dividir entre os seis. Foi uma panqueca de doce de leite argentino. Comi um pedaço bem pequeno, pois não estou também comendo doces. Só aos sábados. Ao final, não deixamos o aniversariante, nem sua esposa, pagar a conta. Dividimos por quatro. Quando saí, já passava de meia-noite. Muito agradável nosso jantar. Lugar para voltar sempre.



Corte de carne "Pobre Juan"


Vinho ofertado pelo aniversariante

Gastronomia Brasília

sexta-feira, 29 de abril de 2011

BRASIL SABOR - 6ª EDIÇÃO BRASÍLIA


Fui convidado por amigos para a festa de abertura do 6º Brasil Sabor, edição Brasília, festival gastronômico que acontece anualmente durante um mês inteiro. No caso, o festival estará em 87 restaurantes da cidade no período de 28 de abril a 29 de maio de 2011. Desta vez, o evento de abertura mudou de endereço. Saiu do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e se estabeleceu no IESB (L2 Sul, Quadras 613/614, Asa Sul). Marcado para começar às 20 horas, resolvi só chegar após 21 horas, porque sempre há atrasos, além de um extenso cerimonial de abertura. No convite, individual, exigia-se uma confirmação por telefone,o famoso R.S,V.P., além de informar que o traje exigido era esporte fino. Peguei os convites, meu e de Ric, na tarde de terça-feira, mesmo dia em que seria realizada a abertura do festival. Já que havia a solicitação de confirmar presença, liguei para o número indicado no convite e fiz nossas confirmações. O primeiro ponto positivo que achei em relação à mudança de local foi a facilidade de estacionamento, já que para o evento eram esperadas 3.000 pessoas, sendo 2.000 convidados e 1.000 entradas vendidas ao preço unitário de R$ 100,00. Logo na entrada, pessoas sorridentes, vestindo o avental alusivo ao festival, recolhiam o convite e davam as boas vindas. Muitos que chegavam não estavam vestidos como exigido no convite, mas ninguém era impedido de entrar. Este é um ponto que acho que os organizadores devem repensar. Sei que se deixarem livre, aparecerá gente de regata, bermuda e chinelo, mas exigir esporte fino é um exagero para um festival onde as pessoas ficam circulando entre os stands armados pelos restaurantes com pouquíssimos lugares para se sentar. Pode haver uma flexibilização, sem avacalhação. De qualquer forma, se queriam evitar pessoas de bermudas, não conseguiram, pois vi pelo menos uma dezena de jovens com tais trajes. Podem dizer que faziam a linha "modernos", mas de qualquer forma destoavam daqueles que colocaram, pelo menos, um paletó. Quando chegamos, a solenidade tinha terminado naquele instante e muitos convidados já circulavam pelo amplo espaço do IESB. Outro ponto positivo da mudança foi justamente tal espaço, com pé direito bem alto, arejado em noite muito agradável. Um ponto a corrigir foi a pouca luz nos espaços de circulação. Vi algumas senhoras tropeçando, pois não conseguiam enxergar direito. Nos stands havia boa iluminação, mas deveria ter uma melhor iluminação em todo o espaço. Para quem ficou no final do corredor de entrada, havia um cheiro forte de esgoto (talvez vindo da estação de tratamento de água e esgoto localizado na L4). Para quem bebe (não é o meu caso), especialmente para quem pagou entrada, um erro foi a cerveja e o vinho terem acabado antes das 23 horas, quando ainda havia muita comida nos diversos restaurantes participantes do festival. Falha enorme que nunca aconteceu em aberturas anteriores. No mais, foi a melhor abertura de que participei (acho que fui em todas), não faltando talheres nos stands, pois uma grande brigada de garçons foi contratada para recolher os talheres sujos rapidamente, fazendo de forma, também célere, a reposição. A limpeza constante, inclusive dos banheiros, também é digna de elogios. E o elemento principal, a comida, estava ótima. Houve oportunidade de experimentar tudo que se queria sem tumulto. Ou melhor, com exceção das duas casas que ofereciam chocolates, pois nestas havia sempre as esfomeadas (sim, a maioria era formada por mulheres) que embrulhavam doces e mais doces para levar para casa. Aqui não é falha da organização, mas sim falta de educação de algumas pessoas. No mais, aproveitei bastante e experimentei alguns pratos que me deram a ideia do périplo que farei durante estes dias de Brasil Sabor em Brasília. Na saída, ganhamos mudas de pitanga, ofertado pela Kaza Chique, uma ideia original e ecologicamente correta. Parabéns aos organizadores e aos restaurantes participantes que abrilhantaram a noite. Tenho certeza que as falhas aqui apontadas já estão em análise pela organização para que sejam evitadas no próximo ano.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

CONFRARIA VINUS VIVUS - 53ª REUNIÃO

Na última segunda-feira, a Confraria Vinus Vivus se reuniu pela 53ª vez, no mês em que ela completou cinco anos de existência. Foi a vez de saudar dois novos confrades e recebermos a notícia de que um deixava de participar. Desta forma, o grupo ficou com nove pessoas, contando o professor. Para a reunião de maio, já há candidatos para preencher esta última vaga. O tema desta vez foi inusitado. Escolhemos degustar vinhos tintos produzidos com castas pouco comuns. Foram três vinhos degustados na noite. Houve um contratempo com o professor, o que fez a reunião se iniciar com um considerável atraso. Como de costume, antes de sentarmos em volta da mesa, sentimos alguns aromas do kit Le Neuf du Vin, tentando identificá-los e, ao mesmo tempo, educando nosso nariz aos possíveis aromas que poderíamos encontrar nos três vinhos em seguida apreciados. Vamos a eles:


Primeiro Vinho da Noite



Villa de Corullón

Região: Bierzo,León, Espanha
Produtor: Descendientes de J. Palacios
Safra: 2005
Álcool: 14,5%
Castas: 100% mencia.
Guarda: ainda é imprecisa uma definição, pois a região é nova em matéria de produção de vinhos. Pelas características apresentadas, pode ser de dez anos.
Estágio: 10 meses em barricas de carvalho.
Cor: rubi, rubi.
Aroma: cassis, floral, ervas, pimenta do reino, violeta, tangerina. Após descanso na taça, o aroma evoluiu para tabaco e pão tostado, características adquiridas pelo estágio em madeira.
Boca: especiarias, picante, boa acidez, taninos presentes e fortes, o vinho seca a boca, mas não é agressivo.
Harmonização: pede comida, especialmente uma carne vermelha.
Preço de mercado: R$ 240,00
Importador: Mistral
Observações: vinho produzido com 100% de vinhas velhas. Produção pequena, com informações do número de garrafas no contra-rótulo: 12.592 garrafas de 750 ml, 50 do tipo magnum, 7 do tipo duplo magnum e 7 do tipo jeroboam.
Preferência: Foi o preferido da noite por três confrades.

Segundo Vinho da Noite



Primofiore

Região: Negror, Veneto, Itália
Produtor: Giuseppe Quintarelli.
Safra: 2005
Álcool: 13,5%
Castas: corvina veronese, rondinella e cabernet sauvignon, sem especificação da porcentagem de cada uma.
Estágio: 14 meses em barricas de carvalho.
Cor: rubi, com reflexos granada.
Aroma: trufas, melado de cana. Após descanso na taça, o aroma evoluiu para um doce ácido.
Boca: aveludado, seco, levemente adocicado, tendo em vista que é feito pelo método passito (mesmo método utilizado na elaboração do Amarone).
Harmonização: carne ao molho adocicado, porém forte.
Preço de mercado: R$ 220,00
Importador: Mistral
Observações: o produtor é o responsável pelo melhor vinho Amarone da Itália.
Preferência: Foi o preferido da noite por cinco confrades, sendo, portanto, o campeão da degustação da 53ª reunião da confraria.

Terceiro Vinho da Noite



Romas

Região: Blewitt Springs, Austrália
Produtor: Claredon Hills
Safra: 2007
Álcool: 14,5%
Castas: 100% grenache.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês de primeiro a quinto uso.
Cor: rubi, turvo, pois não é filtrado.
Aroma: manga, cassis, tutti frutti.
Boca: adocicado, defumado.
Preço de mercado: R$ 520,00
Importador: Viníssimo.
Preferência: Foi o preferido da noite por um confrade.

Após a degustação, nossa anfitriã nos ofereceu um belo jantar. Como já de costume, também houve harmonização com vinhos mais baratos do que os degustados na noite. Começamos com um tartare de salmão e beringela, acompanhado pelo vinho branco chileno Amplus do produtor Santa Ema, da região do Valle de Leyda. 100% chardonnay, com 14% de teor alcoólico, o vinho passa 10 meses estagiando em barricas novas. Seu aroma lembrou manteiga e mamão. Importado pela Art du Vin, tem o preço de marcado de R$ 120,00. O professor levou duas garrafas, sendo uma delas ofertada por ela à confraria. Eu não experimentei o vinho com a entrada, mas todos os demais confrades o fizeram e aprovaram. Para regar o tartare, havia azeites provenientes de Espanha e de Portugal.



Em seguida, o prato principal, um arroz de aratu. Estava delicioso e regado com um dos azeites ficava melhor ainda. O professor pediu que fizéssemos a harmonização com dois vinhos diferentes, o branco já degustado com a entrada e um tinto francês da região de Languedoc produzido por Albert Bichot. De corte pinot noir e syrah, o vinho C'est La Vie, safra 2008, com 13% de álcool, surpreendeu, pois melhor harmonizou com a carne de caranguejo do que o vinho branco. Importado também pela Art du Vin, custando apenas R$ 45,00.




Um surpresa preparada pela anfitriã foi a sobremesa, um delicioso rocambole de laranja com um coulis de uma fruta típica do sul argentino chamada el calafate. O azedinho do coulis casou perfeitamente com o doce do rocambole. Para harmonizar com a sobremesa, a anfitriã nos ofertou um Sauternes Reserve du Ciron 2008, com 13% de álcool, vindo da região de Bordeaux, onde é produzido por J. Calvet.


Fim de uma noite deliciosa, com os confrades, antigos e novatos, em uma excelente celebração. Já temos data e tema para nossa reunião de maio. Será uma degustação vertical, ou seja, um mesmo vinho porém com garrafas de safras diferentes. O professor é o responsável por decidir o rótulo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

DIA NACIONAL DE COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL

Hoje é Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. Achei importante postar esta informação porque a conhecida pressão alta é um mal que aflige milhões de brasileiros e grande parte destas pessoas não se preocupa em fazer uma prevenção. Mudanças de hábitos são fundamentais para manter a pressão arterial em níveis normais, além de uma visita ao médico regularmente para um check up, o melhor método de se prevenir de doenças ou tratá-las em seu estágio inicial. Hoje, com 47 anos, tenho pressão alta que controlo com medicamentos e uma dieta na qual consumo quantidades pequenas de sal e sódio. Ainda não faço nenhuma atividade física, embora tenha consciência de que ela é extremamente necessária. Quanto ao sódio, não basta reduzir o sal da comida, mas devemos estar atentos à quantidade deste elemento químico na composição dos alimentos processados, especialmente embutidos, enlatados e dietéticos/lights. Todos estes alimentos e bebidas possuem a informação em suas embalagens da quantidade de sódio neles existentes. Portanto, olho vivo! Vida saudável é fundamental. Garantir momentos para nós mesmos, divertindo, meditando, fazendo coisas prazerosas também são importantes para aliviar o estresse do dia a dia, colaborando para mantermos a pressão arterial nos níveis considerados adequados.

domingo, 24 de abril de 2011

FIM DE VIAGEM

Fizemos o check out no Sofitel Bogotá Victoria Regia às 20:45 horas. Paguei parte da conta com nove vouchers de U$ 60 cada um que acumulei no programa de fidelidade Accor, o A-Club. Às 21 horas, o Sr. Xavier, o motorista contratado para nos levar ao aeroporto, estacionou o carro na porta do hotel. O valor da corrida - 38.000 COP - foi lançado em minha conta no hotel. O trânsito fluiu bem por causa do feriado prolongado, mas o aeroporto é longe. Demoramos meia hora para chegar, sem pegar engarrafamento em um trajeto cheio de obras públicas. Fiquei imaginando como seria em dias úteis na hora do rush. Descemos no Terminal 1 do Aeroporto Internacional El Dorado, destinado aos voos internacionais. Os balcões de check in da TAM se localizam nos identificados com os números de 7 a 12. Fomos direto para tais balcões. Há um verificação prévia antes de entrarmos na fila para realizar o check in e despachar as bagagens. Um funcionário da TAM nos informou que era necessário passar no guichê 19, em frente aos balcões de check in do terminal para pegarmos um voucher de isenção da taxa aeroportuária, pois éramos turistas e tínhamos ficado apenas oito dias na Colômbia. Só de posse destes vouchers poderíamos realizar nosso check in. No tal guichê, o atendimento foi rápido. Bastou apresentar o passaporte. Os funcionários da aeronáutica civil bateram um carimbo no nosso documento e entregaram um voucher nos isentando da taxa aeroportuária. Por curiosidade procurei saber o valor. Fica em torno de U$ 10. Bem ao lado, no guichê 17, é o local para solicitar a devolução do imposto IVA. Aproveitei que lá estava e não havia fila para solicitar a devolução do IVA do tênis que comprei em Bogotá. Um educado funcionário da aduana me deu todas as informações, entregou-me um formulário, explicou como preenchê-lo, mas só poderia atender-me quando eu tivesse em mãos meu cartão de embarque. Eram 21:30 horas e o guichê fechava às 22 horas. No entanto, ele também informou onde ir caso não conseguisse voltar antes da hora de ele encerrar seu expediente. Um detalhe importante  é que só se devolve o IVA para determinados itens e se eles foram pagos com cartão de crédito. Pagamento em dinheiro não vale para a tal devolução. Voltamos para o check in da TAM. Lá, o mesmo funcionário que nos atendeu antes, voltou a nos atender. Fez algumas perguntas, colocou um adesivo no passaporte, etiquetou as bagagens com um selo de segurança, perguntou como se falava a letra "X" em português, indagou se tínhamos frascos com líquido acima de 100 ml nas mochilas e bolsas de mão, e nos liberou para fazer, enfim, o check in. O atendimento foi rápido. Enquanto aguardava os cartões de embarque, aproveitei para preencher o formulário de solicitação para devolução do IVA. Com os cartões de embarque nas mãos, voltamos ao guichê 17. Eram 21:50 horas. As janelas já estavam semicerradas. Havia três pessoas na minha frente. O funcionário da aduana disse que atenderia até a minha posição, informando aos que estavam atrás de mim onde poderiam entregar o formulário ou requerer informações. Quando chegou minha vez, ele fechou a janela e pediu para eu ficar ao lado. Verificou se estava tudo correto no formulário, tirou cópias do passaporte, do cartão de embarque e ficou com o original da fatura e do comprovante do cartão de crédito. Pedi uma cópia destes originais para meu controle pessoal. Ele me atendeu, entregando também uma cópia de meu requerimento, dizendo que em 90 dias, se tudo estivesse correto, o valor do IVA seria creditado na fatura do cartão de crédito que informei no formulário. Era hora de ir para a sala de embarque. Passamos pelos controle de raio X e pela imigração. Só então lembrei que tinha ainda cerca de 200.000 COP. Não havia casa de câmbio na área de embarque. A maioria das lojas estavam fechadas. Uma loja da MAC estava aberta, quando fui verificar se o que minha amiga havia me pedido estava à venda. Não estava. Dirigimo-nos para a sala de embarque número 2, de onde partiria o voo JJ 8041 da TAM para Guarulhos. No caminho, uma loja da Juan Valdez Café estava aberta. Aproveitamos para comprar alguns tipos do forte café colombiano, um pote para guardar pó de café, biscoitos e doces feitos com café e um conjunto de quatro xícaras decoradas com o símbolo da marca. Ainda sobraram pesos colombianos. Estávamos com sede e Ric com fome. Não havia nenhuma lanchonete aberta. Passamos pelo portão 2 até achar um local que vendia refrigerante e salgado. Ainda sobraram pesos colombianos. Em uma loja de perfumes, gastei a maior parte do que sobrara em um produto da Biotherme Homme, revitalizador da pele facial. Fiquei, enfim, com 14.000 COP. Entramos na sala 2 e esperamos meia hora para embarcar. O voo saiu no horário, ou seja, 23:59 horas. Não estava totalmente cheio. Eu e Ric ficamos em uma fila onde ninguém sentou na poltrona do meio, facilitando a tentativa de dormir ao longo das cinco horas e meia de duração da viagem, que transcorreu bem tranquila. O jantar foi servido depois de uma hora da madrugada. Meu sono foi intermitente. Pousamos em Guarulhos às 07:25 horas. O desembarque foi bem rápido e não havia fila na imigração. Esperamos pouco tempo na esteira, pois nossas malas logo chegaram. Nossa conexão para Brasília seria apenas às 12:30 horas. Assim, tivemos bom tempo para passar na loja da Dufry, onde achei a encomenda de minha amiga. Acabei comprando algumas coisas que queria há algum tempo, como um carteira Montblanc, uma base pequena para iPod e iPhone bivolt própria para levar em viagens, garrafas de champagne Moet Chandon, um aparelho de medir pressão, chocolates, um brinquedo para Getúlio, nosso cachorro, e produtos Biotherme Homme para a pele do rosto e para o contorno dos olhos. Ric comprou chocolates, bonés para os sobrinhos e um perfume lançamento da Channel. Passamos pela alfândega, onde entregamos nossa declaração de bagagem e nos dirigimos ao setor de despacho de bagagens da TAM de voos de continuação doméstica para voos internacionais, localizado à esquerda do desembarque internacional. Não havia ninguém, apenas um funcionário orientando para os clientes despacharem as bagagens no andar superior, pois as esteiras estavam quebradas no térreo. Subimos de elevador. Embora as filas fossem grandes no despacho da TAM, utilizamos a prerrogativa do cartão de crédito Itaú TAM Platinum para despachar nossa bagagem em local específico. Entramos logo na sala de embarque, onde fizemos um pequeno lanche. O tempo de espera é grande. Tempo para atualizar planilhas de gastos na viagem, agenda, e-mails, Facebook e este blog. Tempo para desejar FELIZ PÁSCOA a todos os leitores!

sábado, 23 de abril de 2011

BELLINI TRATTORIA

Nosso almoço de despedida desta viagem à Colômbia foi no restaurante Bellini Trattoria (Carrera 13 # 83-52, Norte). O local tem mesas na calçada, onde não havia ninguém por causa do frio e da chuva e em dois salões internos. Estava bem cheio, mas conseguimos sentar de primeira no salão à direita de quem entra. Pães do couvert foram imediatamente colocados em nossa mesa. Ric não quis entrada. Optei por uma salada caprese. Pela primeira vez vi que tal salada pode ser servida fria ou quente. Sem querer arriscar, preferi a que conheço, ou seja, a versão fria. Estava gostosa, mas a mussarela de búfala não era tão macia quanto a que comi em minha viagem à Nápoles no mês passado. Como prato principal, pedi um penne tricolore, sem carne, apenas vegetais. Veio al dente, como deve ser, com o sabor dos vegetais destacados. Comida simples e agradável. Nada de sobremesa, apenas um café expresso. No caso, veio um forte café colombiano, servido na melhor tradição italiana, quer dizer, corto. Ficamos pouco mais do que uma hora no restaurante. A conta ficou em 114.000 COP. Depois de pagá-la com os últimos pesos colombianos que tínhamos (sobrou alguns para um lanche no aeroporto e para pagar a taxa aeroportuária não cobrada na passagem aérea, conforme me comunicou por e-mail os amigos que viajavam conosco e regressaram na sexta-feira), voltamos para o hotel, caminhando por duas quadras. No quarto, organizei todas as fotos tiradas durante a viagem, salvando-as tanto no notebook quanto no HD externo que sempre carrego comigo. Também atualizei este blog e arrumei minha mala. Agora vou ler um pouco até a hora de fazer o check out no hotel, o que farei por volta de 21 horas.


Salada Caprese - Bellini Trattoria - Bogotá


Penne Tricolore - Bellini Trattoria - Bogotá


 Bellini Trattoria - Bogotá

Gastronomia Bogotá (Colômbia)

MUSEO NACIONAL

Manhã de sábado em Bogotá. Dia frio, nublado. Acordamos mais tarde. Tomamos o café da manhã no próprio Sofitel Bogotá Victoria Regia. Claro que comi frutas do país, como pitaya, granadilla e higos, além de tomar suco de amora, delicioso. Não tínhamos pressa, pois o único programa para este sábado era conhecer o Museo Nacional (Carrera 7, entre Calles 28 e 29, Centro Internacional). Só deixamos o hotel ao meio-dia. Aproveitei para reservar um transporte para nos conduzir ao aeroporto logo mais à noite. Transporte confirmado para 21:15 horas no valor de 38.000 COP a ser incluído em minha conta do hotel. Pedi um táxi especial, destes que cobram mais caro, mas que ficam nos esperando o tempo que for necessário. Há o preço da corrida e mais o valor de cada hora de espera. Sempre há destes táxis em hoteis mais requintados. O mensageiro do hotel chamou um carro que, por sinal, será o mesmo que nos levará ao aeroporto à noite. Pela corrida do hotel até o museu paguei 24.000 COP. Foi longo o trajeto, possibilitando-nos conhecer melhor a cidade. O motorista nos deixou na porta lateral do museu, onde há uma unidade do Juan Valdez Café. Por cada hora ou fração de espera, seriam 6.000 COP, além do valor da corrida de volta. Eram 12:30 horas. Disse ao motorista que gastaria, pelo menos, uma hora e meia no museu. Ele disse para não se preocupar, pois estava por nossa conta. Entramos pela lateral, passando pelo café, pela loja do museu, pela chapelaria até chegar ao saguão principal, onde funciona a bilheteria. Neste final de semana a entrada era gratuita. Foi necessário apenas pegar os bilhetes. Fotos são permitidas, desde que sem flash. O museu é o mais antigo da Colômbia. Funciona em um belíssimo prédio onde outrora foi uma prisão. Quando chegamos, estavam convidando, a quem interessasse, para assistir a um concerto de música religiosa no pequeno teatro localizado no saguão de entrada. Preferimos ver a exposição permanente. São três pisos. O acervo permanente relata a história do país desde o tempo das civilizações indígenas que viviam no território colombiano, passa pela chegada dos espanhóis que conquistaram tais territórios, a evangelização dos indígenas, as guerras pela independência e seus heróis, a constituição de um país livre e democrático, os problemas internos de guerrilhas, como as FARC, o desenvolvimento, a cultura, destacando literatura, televisão, cinema, artes plásticas e artes visuais. Tudo isto é muito bem ilustrado com objetos de época, quadros, pinturas, fotografias, esculturas, troféus, medalhas, moedas, armas, enfim, uma infinidade de coisas que nos mostra a história do país. Em local de destaque fica a primeira peça do museu, uma espécie de meteorito chamado aerolito encontrado na região de Bocayá em 1810. Gostei de ver múmias de índios muíscas, o troféu ganho por Luz Marina Zuluaga, eleita Miss Universo em 1959, geladeira, máquina de lavar e fogão da marca GE da década de 1960, o uniforme usado por um atleta que integrou a primeira delegação esportiva colombiana nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, uma pequena sala de cinema onde passava filme antigo colombiano, caixas com punhado de terra de cada campo de batalha pela independência do país, e as várias pinturas de Fernando Botero existentes no terceiro piso. Cada vez gosto mais deste pintor colombiano. E neste museu pude ver pinturas onde as famosas formas redondas ainda não faziam parte de sua rotina. Calculei corretamente o tempo, pois conseguimos ver todo o museu, com exceção das seções que estavam fechadas ao público, em pouco menos do que uma hora e meia. Deu tempo de comprar algumas lembranças na loja local e tomar um café no Juan Valdez Café. Na saída, um segurança revistava bolsas e mochilas, mas de forma muito polida. O motorista já nos aguardava. Ele perguntou se era para voltar para o hotel, mas queríamos ir ao Centro Comercial Andino, um dos três shoppings que ficam bem próximos ao nosso hotel. Pela corrida e pelas horas paradas, pagamos 36.000 COP. Demos uma volta no shopping, mas não havia nenhum restaurante lá dentro, apenas uma enorme praça de alimentação. Sabendo que nos arredores há uma profusão de bares e restaurantes, saímos para escolher um deles. Queria algo mais leve, pois não gosto de comer nada muito pesado em dias de longas viagens aéreas. Havia vários locais para escolhermos: comida mexicana, colombiana, argentina, tailandesa, chinesa, japonesa, fast food. Ficamos com a comida italiana. Uma massa é bem difícil de ser uma escolha errada.


Múmia de índio muísca - Museo Nacional - Bogotá


Aerolito encontrado em 1810 - primeira peça do Museo Nacional - Bogotá


Retrato de Luz Marina Zuluaga, eleita Miss Universo em 1959 - Museo Nacional - Bogotá


"La Italiana" - óleo sobre tela, 1954 - de Fernando Botero - Museo Nacional - Bogotá


Museo Nacional, prédio onde funcionou uma penitenciária - Bogotá

GASTRONOMIA EM BOGOTÁ, COLÔMBIA - ASTRID & GASTÓN

Eu e Ric descemos às 20:40 horas para a recepção do hotel e pedimos um táxi. Chuviscava. Esperamos alguns minutos até que o mensageiro do hotel nos chamou. O táxi havia chegado. A maioria dos táxis convencionais em Bogotá é pequeno, todos da marca Hyundai, e sempre amarelos. Falamos o endereço para o motorista que disse saber onde era o restaurante. O trajeto entre o hotel e o Astrid & Gastón (Carrera 7 # 67-64) durou quinze minutos. A corrida ficou em 6.000 COP. Um segurança do restaurante nos recebeu com um guarda-chuva, enquanto um funcionário nos indicava o caminho. A filial deste restaurante peruano fica em uma casa de esquina com tijolinho aparente, no melhor estilo inglês, e cheia de plantas. Na entrada, uma hostess perguntou se tínhamos reserva. Apresentei o cartão do concièrge do hotel com os detalhes de nossa reserva. Logo nos acomodaram no salão à direita, onde tínhamos uma visão da cozinha aparente. À esquerda de quem entra, há outro salão, mas não havia ninguém em suas mesas. No salão em que ficamos, há três mesas, sendo uma redonda para um grupo maior. Além da nossa mesa, apenas mais uma estava ocupada com quatro pessoas. Ainda há outro salão contíguo ao que ficamos, no qual há mais quatro mesas, sendo que três estavam ocupadas. O serviço é eficiente com garçons preparados e bem atenciosos. Ric pediu um vinho. Fiquei apenas na água com gás. Trouxeram à mesa o couvert com gricines, três tipos de pães, todos adocicados, e três potes: um com manteiga, outro com um molho de ervas e outro com azeite aromatizado. Quase nem tocamos. Ric disse que não, mas tanto eu quanto o garçom entendemos que ele havia aceitado a oferta inicial de um pisco sour, drinque típico peruano. Só eu quis entrada. Pedi uma La Causa, prato muito consumido no Peru. Vieram três unidades com uma pasta de carne de caranguejo por cima da massa de batata e, no topo de cada uma delas, um camarão levemente empanado. Muito bem feito, o prato tinha um sabor especial. Gostei muito. Como plato fuerte, Ric pediu uma Pierna de Pato com um caldo de arroz e feijão. Não havia a coxa de pato. O garçom perguntou se podia trocar por peito da mesma ave. Ric concordou. Eu pedi um prato chamado Atum de La Baía Solano. Trata-se de três pedaços altos de atum, que pedi mal passado, em molho caudaloso de tamarindo, pimenta negra e ají limo, além de cebolas adocicadas. Por cima do peixe, espuma de coco com limão. Acompanhou o prato, em vasilha à parte, uma Chaufa de Invierno, ou seja um arroz frito com inspiração chinesa, muito comum no Peru. Sensacional o prato. Derramei um pouco do arroz no caldo do peixe, dando uma excelente combinação. Claro que pedimos uma sobremesa. Escolhemos uma degustação de doces clássicos peruanos para compartilhar (o cardápio já indica que serve duas pessoas). Em porções pequenas, vieram quatro tipos de doces: suspiro de limeña, helado de lúcuma, panacota de lúcuma com uma mousse de chocolate e  picarones, uma massa frita com mel por cima (lembra o nosso sonho). Sou suspeito para dizer a melhor, pois fiquei fã de lúcuma quando estive no Peru em outubro de 2010, mas a panacota de lúcuma estava divina. Quando chegava perto de 22:30 horas, a cozinha já estava às escuras, sinal de que ninguém mais chegaria para jantar em uma Sexta-Feira da Paixão. Quando percebi, só havia eu e Ric no restaurante. Pedimos a conta. O garçom perguntou se queríamos café ou chá. Dispensamos, mas mesmo assim ele nos trouxe os docinhos que acompanham estas bebidas. Não quis provar, mas eram um deleite para os olhos. Enquanto a conta não chegava, pedi que chamassem um táxi para nós. Pagamos por este belo jantar 300.000 COP. Ficamos aguardando sentados até que o garçom nos disse que nosso táxi já nos aguardava. Mais uma vez o carro era o minúsculo Hyundai. Dei o endereço do hotel. A corrida ficou no mesmo valor da ida, ou seja, 6.000 COP. Belo jantar de despedida de Bogotá, já que partiremos na noite de sábado de regresso à Brasília.


Atum a La Baía Solano - Restaurante Astrid & Gastón - Bogotá

Gastronomia Bogotá (Colômbia)

DE VOLTA PARA BOGOTÁ - HARD ROCK CAFÉ

Sexta-feira, feriado, eu e Ric deixamos o Sofitel Cartagena Santa Clara. Fizemos check out às 11 horas. Um carro já nos aguardava para nos levar ao Aeroporto Internacional Rafael Nuñes (40.000 COP o trajeto, valor lançado na conta do hotel). Em menos de quinze minutos já estávamos na fila do check in da Avianca. Voo AV 9759 com destino à Bogotá marcado para 12:15 horas. Aeroporto vazio, afinal, estávamos no meio de um feriado prolongado. A sala de espera tem bancos de madeira, bem diferentes do que estamos acostumados a ver. A Avianca chama para uma espécie de pré-embarque, onde todos tem que apresentar os respectivos cartões de embarque. Ao meio dia embarcamos. Não há pontes de embarque, mas há um corredor com muita madeira e plantas que nos leva até a pista, próximo à escada para entrar no avião. Dois funcionários da Avianca controlam o acesso dos passageiros, indicando se devem entrar pela porta dianteira ou pela porta traseira. Assim, rapidamente o embarque se completou. O avião, para minha surpresa, estava bem cheio. Muitos brasileiros que fariam uma escala em Bogotá e seguiriam viagem para San Andrés. O voo saiu no horário, chegando uma hora depois no Terminal 2 do Aeroporto El Dorado em Bogotá. Este terminal é destinado aos voos nacionais. Aguardamos as malas na esteira. Ao sair, fui chamado pelo meu nome. Era o mesmo motorista que nos pegou quando chegamos no dia 16 de abril em Bogotá. O clima estava agradável, com um tímido sol querendo aparecer. Trânsito muito tranquilo, pois era feriado. Chegamos em meia hora ao hotel. O valor do transporte (91.000 COP) será lançado em minha conta. No check in do Sofitel Bogotá Victoria Regia (Carrera 13, # 85-80) tudo já estava pronto. Foi necessário apenas apresentar um cartão de crédito para garantia e assinar a ficha que estava preenchida com meus dados. Por ter o cartão A-Club Platinum da Rede Accor, recebi um up grade de apartamento. Ficamos no sexto andar. O mensageiro que levou nossas malas disse que chovera bastante na parte da manhã, esfriando muito e que a previsão era de mais chuva para o final da tarde. Confirmei com o concièrge a reserva que havia solicitado na filial do restaurante peruano Astrid & Gastón para às 21 horas. Apenas deixamos as coisas no quarto, vestimos uma blusa de frio e descemos, pois estávamos com fome. Queria almoçar no Hard Rock Café. Pedi para o concièrge confirmar se estava aberto. Com a resposta positiva, eu e Ric fomos a pé para o restaurante, pois ficava a poucas quadras de distância do hotel. No caminho, notamos que o movimento era fraco nos restaurantes. A maioria deles estava fechado. Chegamos ao Atlantis Shopping, onde fica a unidade do Hard Rock Café Bogotá (Calle 81 # 13-05). O restaurante estava vazio, com poucas mesas ocupadas. Uma hostess nos conduziu a uma mesa. Logo chegou a garçonete que nos atenderia, falando muito rápido. Pedi que falasse mais devagar, pois não havia entendido nada. Ela sorriu e falou lentamente. Pedimos Nachos Hard Rock como entrada. Também fizemos os pedidos dos pratos principais, pois a experiência na Colômbia indicava que há uma demora na chegada dos pedidos à mesa. Mesmo sendo Sexta-Feira da Paixão e sendo de tradição católica, resolvi comer carne. Pedi um medalhão de filé mignon, acompanhado de purê de batatas e vagem. Os nachos demoraram. É um prato grande. Os salgados que ficam por baixo não recebem o molho. Assim, quem gosta deles puros pode puxar os da parte de baixo do prato. Os de cima estavam repletos de feijões pretos mexicanos, queijo derretido, jalapeños fatiados, sour cream e milho. Ainda comíamos a entrada quando nossos pratos chegaram. O aspecto do purê de batatas era feio e o sabor não existia. A vagem estava praticamente crua e sem tempero. Deixei os dois acompanhamentos no prato. Fiquei comendo nachos e o medalhão, separando o bacon. A carne não estava ruim, mas não tinha nada de interessante. Comi para matar a fome. Finalizei com um forte café expresso. Pela conta, pagamos 136.300 COP. Antes de sair, passei na loja do restaurante, como sempre faço, para comprar um pin com a logomarca do local. Sempre tais pins são caros. Este me custou 35.000 COP. Resolvemos dar uma volta para ver a memorabilia do Hard Rock Café Bogotá. Havia um vestido usado por Madonna em uma de suas turnês, um casaco de um dos integrantes da banda Marylin Manson, guitarras da banda Motley Crue, e várias fotos ligados ao mundo do rock, além de instrumentos musicais de bandas que não conheço. Na entrada, o destaque da memorabilia local. Em ambos os lados, objetos e fotos da colombiana Shakira, entre eles uma calça e uma guitarra. Ao sair, fomos dar uma volta no shopping. Pequeno, me lembrou mais uma galeria. A maioria das lojas estava fechada devido ao feriado. Para não dizer que estivemos na Colômbia e não demos uma passada no Juan Valdez Café, uma espécie de Starbucks local, sentamos na unidade que fica no térreo do shopping, bem próximo à entrada do Hard Rock Café Bogotá. Tomei uma água e Ric bebeu um expresso curto, fortíssimo. Sem muito coisa para fazer e, devido ao adiantado da hora, seria impossível visitar museus, decidimos voltar para o hotel. Chovia. De guarda-chuvas e capa, apressamos o passo até o hotel. Ao entrarmos no quarto, uma surpresa. Em um bonito arranjo, cinco macarrons, um cartão de boas vindas da gerente de relação com o hóspede e um cartão com direito a uma bebida no bar do hotel nos aguardava. Os macarrons estavam ótimos. Fiquei navegando na internet até perto de sairmos para o jantar, por volta de 20:40 horas.


Nachos Hard Rock - Hard Rock Café Bogotá


Medalhão de Filé Mignon - Hard Rock Café Bogotá


Guitarra de Shakira - Memorabilia - Hard Rock Café Bogotá


Calça usada por Shakira em um de seus shows - Memorabilia - Hard Rock Café Bogotá

Gastronomia Bogotá (Colômbia)



sexta-feira, 22 de abril de 2011

QUEBRACHO

Cartagena estava movimentadíssima na noite de quinta-feira. Tempo de Semana Santa, tempo de alta no turismo. Todas as igrejas da Cidade Amuralhada ficaram abertas durante toda a noite para que os fiéis pudessem fazer vigílias e orações. Quem não segue a religião católica aproveitava para conhecer o interior destes templos religiosos. Entramos em três delas no nosso caminho de ida e de volta para o jantar. Iglesia  de San Pedro Claver, Iglesia Santo Domingo e Catedral. Todas cheias. Achei todas bem simples se comparadas com outras igrejas que conheço no Brasil e na Europa, mas não deixam de ter sua beleza e atrativos. Nossa reserva para jantar no Quebracho (Calle Baloco # 2-69, Centro Histórico), restaurante de culinária argentina, ou seja, muita carne, era para 20:30 horas. Chegamos no horário. Embora a reserva fosse para seis pessoas, fomos em quatro, pois dois de nossos amigos desistiram de jantar. O aspecto do restaurante é de um lugar velho e desleixado. Paredes sujas, com muitos retratos e cartazes de personalidades e personagens argentinos, como Eva Perón, Maradona, Carlos Gardel, mas também, algumas estrelas de cinema, como Marylin Monroe, Os Três Patetas e Charles Chaplin, dando um toque de confusão na decoração local. O restaurante é grande, com um bar logo em sua entrada. Há três salões. Todos os garçons usavam aventais com as cores azul e branco, em uma alusão à bandeira portenha. Um músico cantava músicas do cancioneiro argentino no estilo um banquinho, um violão. Serviço eficiente. De entrada, pedimos uma provoleta e quatro empanadas de carne. Um molho de pimenta acompanhou as empanadas, que chegaram quentes à mesa. Na primeira mordida, um caldo quente me fez deixar cair o salgado na toalha da mesa. Pedi carne, uma punta de anca ao ponto acompanhada de mandioca frita. A mandioca, chamada de yuca por aqui, vem em palitos simétricos, secos, desmanchando na boca, como eu gosto. A carne estava ótima. Foi mais uma ótima indicação do concièrge do hotel em que ficamos. Quando Ric foi ao banheiro, percebeu que algo pegava fogo lá dentro. Ele chamou o garçom, que, apressadamente, foi apagar o fogo. Poderia ter tido um incêndio, já que há muita madeira na decoração do restaurante. Quando eu fui ao banheiro, ainda limpavam o local, que tinha muita fumaça. Queria pedir sobremesa, pois achei que teria doce de leite, uma iguaria argentina que adoro. Doce engano. Meus amigos pediram um tres leches, sobremesa típica de alguns países latino-americanos e uma torta de coco. Experimentei uma colherada bem pequena de cada um deles. O tres leches estava ótimo, bem molhado. Ao pedirmos a conta, nossos amigos fizeram uma gentileza, não nos deixando pagar. Disseram que era uma forma de me retribuir pelo fato de eu ter organizado a parte gastronômica e a maioria dos tours de nossa viagem. Disse que era um prazer fazer aquilo, pois gostava de pesquisar e organizar viagens, que queria fazer como todos os outros dias, ou seja, dividir a conta por igual. Mas não teve jeito, eles não me deixaram nem ver a conta. A ideia era sair do restaurante e parar em um bar, já que a noite estava agitada, mas o cansaço da ida às Islas del Rosario, com o sol quente, nos deixou moles. Voltamos para o hotel, onde apenas checamos nosso extrato de conta, pois partiríamos na sexta-feira de Cartagena. Aproveitei também para pedir ao sempre atencioso concièrge Rafael para agendar um transporte do hotel para o aeroporto no final da manhã do feriado de Sexta-Feira da Paixão, o que ele fez de pronto. Subi para o quarto. Vi a cama, escovei meus dentes, coloquei o pijama e apaguei.


Restaurante Quebracho - Cartagena


Punta de Anca com Yuca Frita - Restaurante Quebracho - Cartagena


Tres Leches - Restaurante Quebracho - Cartagena


Restaurante Quebracho - Cartagena

Gastronomia Cartagena (Colômbia)

ISLAS DEL ROSARIO

Como todos os dias em que estamos em Cartagena, a quinta-feira amanheceu com sol brilhante. Era o dia de nosso passeio para as Islas del Rosario. Pagamos 185.000 COP cada um pelo pacote "Day Tour Silver" que incluiu o transporte hotel-porto-hotel, lancha para 38 passageiros no transporte Cartagena - Islas del Rosario - Cartagena, impostos e taxas portuárias, suco de boas vindas no Hotel San Pedro de Majagua localizado em uma das ilhas, utilização das duas praias privativas deste hotel com direito a toalhas, um tour panorâmico pelas demais ilhas com duração de uma hora e parada no ocenário, além de um almoço com menu fixo (pescado frito ou filé de robalo grelhado, arroz com coco, patacones, uma bebida sem álcool, doces típicos cartageneros e café). Quem quisesse o pacote "Day Tour Gold" pagaria pelo mesmo roteiro 214.000 COP. A única diferença ficava por conta do menu do almoço, pois no lugar do peixe entrava lagosta. A saída do hotel estava programada para 8:30 horas, o que nos fez tomar café da manhã uma hora antes. No horário, todos a postos na recepção, onde recebemos um voucher e nos identificamos, colocando o número de um documento no controle para ser entregue às autoridades portuárias. Um micro-ônibus nos levou até o cais específico de saída de lanchas e embarcações privadas. Fomos na lancha San Pedro de Majagua I, totalmente lotada. Deste cais, passamos pelo porto, onde os dois tripulantes receberam a autorização para a viagem. Tirei muitas fotos da cidade. Foi interessane ver o contraste entre a cidade velha e os edifícios altos da parte moderna de Cartagena. O sol estava forte, motivo pelo qual não se pode esquecer de passar protetor solar. Quando íamos sair da baía, onde a cor do mar é escura, a lancha parou em frente ao povoado de Bocachica, onde vivem pescadores, possibilitando-nos observar os dois fortes que ali foram construídos para proteção contra invasores em épocas coloniais. Uma gravação em espanhol, inglês e francês, explicava sobre estas fortificações. Do lado direito fica o maior forte, o Furte San Fernando. Do lado esquerdo, o Fuerte San José. A lancha seguiu viagem, desta vez em maior velocidade. Ao sair da baía, a coloração do mar foi se alterando para um azul, depois ficou esverdeado. Estávamos no Mar do Caribe, afinal. Com quase uma hora de viagem, avistamos as ilhas que formam as Islas del Rosario. Paramos no cais do Hotel San Pedro de Majagua, onde passamos o dia. Logo na descida, um funcionário do local nos oferecia um refrescante suco de amora. Um outro funcionário dava todas as explicações para os visitantes. São duas praias, ambas com espreguiçadeiras forradas de azul, com bar, chuveiro de água doce e banheiros. A da esquerda tem música mecânica, enquanto a da direita é para quem quer mais tranquilidade, um local próprio para descansar e meditar, apreciando a beleza natural do local. O mar é lindo. Ficamos na praia da música. Antes, porém, decidimos o horário de nosso almoço, servido entre 12 e 14 horas. Optamos por almoçar em horário menos tumultuado, às 12:45 horas. O tour panorâmico de lancha saiu às 11:20 horas. Para quem quisesse entrar no oceanário, era necessário pagar 20.000 COP. Optamos por não fazer o passeio. A maioria dos turistas fez o mesmo, ou seja, ficou na praia. Acho que apenas as famílias com crianças e os ecoturistas foram passear de barco. Resolvi entrar no mar. Muita pedra indicava cuidado para não se machucar. A água estava em temperatura agradável. Fiquei tempo o suficiente para não torrar no sol. Logo fui tomar uma ducha de água doce. Até shampoo da L'Occitane estava disponível no chuveiro. Bebidas eram pagas à parte, mas podíamos lançar todos os gastos extras na conta de nosso hotel em Cartagena. No horário marcado, fomos almoçar. As mesas estavam arrumadas ao ar livre, debaixo de grandes árvores, dando um ar bucólico à refeição. O robalo estava ótimo. O arroz com coco foi o mais doce que comi até aqui nesta viagem. Como sobremesa, cada um recebeu um pratinho com dois exemplares de doces locais. Comi uma cocada amarela e um doce de gergelim queimado. Sabores marcantes. Voltamos para a praia, mas nossos lugares já estavam tomados. Logo os funcionários do hotel providenciaram novas cadeiras e as colocaram na sombra. Um sino seria tocado às 15:30 horas, indicando que voltaríamos para Cartagena. Antes disto, a maioria das pessoas já estava no deck, fazendo fila, pois todos tiveram a mesma ideia de procurar um lugar onde batesse menos sol. Fiquei no lado esquerdo do barco. Vestimos os coletes salva-vidas (tanto na ida quanto na volta, antes de partir, um dos tripulantes checava se todos estavam usando estes coletes. A preocupação com a segurança é muito importante para eles. Ótima notícia para os turistas). Ao sair, todos que estavam nas cadeiras do lado esquerdo da lancha ganharam uma capa para se proteger. O tripulante disse para nós vestirmos a capa, pois o barco iria bater muito, devido ao movimento do mar e molharia bastante quem estivesse daquele lado. Para quem já fez passeio de buggy nas areias de Natal-RN com emoção vai entender bem o que sentimos. Foi um passeio com emoção, só que bastante molhado. Fiquei ensopado. Ainda bem que me cobri todo com a tal capa. Fora que parecia um rally aquático de tanto desce e sobe, pula e bate na água. A lancha seguiu em alta velocidade até Cartagena, sem parar. Descemos no mesmo cais em que embarcamos, onde um ônibus já nos esperava para a volta ao hotel. O dia já chegava ao final, com um lindo entardecer. Eu e mais dois amigos resolvemos passear pela muralha que cerca a parte antiga da cidade, a chamada Cidade Amuralhada. A cidade estava muito cheia. Demos a volta completa pela muralha. Enquanto foi possível, andamos em cima dos muros. Vimos o por do sol no Mar do Caribe, junto com uma multidão que se aglomerava nas muradas munidos de máquinas fotog´raficas e/ou celulares nas mãos. Os bares estavam se preparando para a noite, uma feira de artesanato estava montada nas imediações do Museo Naval. Havia muita gente andando para lá e para cá. Voltamos ao hotel com a lua no céu. Era tempo de tomar um bom banho para novamente sair. Mais uma vez, já tínhamos reserva para jantar.


O Mar do Caribe visto de uma das praias privativas do Hotel San Pedro de Majagua - Islas del Rosario


Entardecer no Mar do Caribe - Cartagena


MÚSICA QUE OUÇO LVIII


Autoral - momento de paz!

OH! LA LA

Noite de quarta-feira. Todos nós nos encontramos na recepção do hotel para ir jantar no restaurante Oh! La La (Calle de Ayos # 4-48, Centro Histórico), indicação do concièrge quando da nossa troca de e-mails, ainda quando eu estava no Brasil. Reserva para 20:30 horas. Chegamos com quinze minutos de atraso. No caminho, notamos a diferença na movimentação nos bares e restaurantes da Cidade Amuralhada. Muitos turistas já começavam a inundar a cidade para passar o feriado. chegando no restaurante, nossa reserva estava garantida. Fomos acomodados em uma mesa de canto, em local bem apertado para seis pessoas. Três delas ficaram sentadas de forma que para um sair era necessário que quem estivesse sentado à frente se levantasse para empurrar a mesa e dar espaço para a sua saída. Atendimento muito bom, mas houve demora na chegada dos pratos à mesa. Porém, ressalto que desta vez, quando nos serviram, pediram desculpas pela espera prolongada pelos pratos pedidos. O restaurante é bem pequeno, por isso é necessário fazer reserva antecipadamente. Culinária francesa com toques de influência árabe. A proprietária veio à nossa mesa para tomar os pedidos, explicando todos os pratos que pedíamos informações. De entrada, foram pedidos três pratos: um polvo salteado, um tomate concassé e um queijo provolone assado. Todos bem saborosos. Pela primeira vez, algumas pessoas pediram vinho. De "fuerte", como aqui é chamado o prato principal, fiquei com uma opção de pescado. Desta feita, uma corvina cozida, com molho de cogumelos, acompanhada por um cremoso arroz de parmesão. Foi a melhor refeição que fiz até o momento nesta viagem à Colômbia. O peixe estava cozido no ponto certo, o arroz bem cremoso e a montagem do prato também chamava a atenção. Resolvi pedir uma sobremesa. Logicamente minha escolha recaiu em um doce típico francês, um clássico, o creme brulé. Era a primeira vez que pedia um doce nesta viagem. E o restaurante colaborou, pois a porção é bem pequena. Não queimam o açúcar com maçarico em nossa frente. O potinho já vem pronto da cozinha. Uma opção de sobremesa diferente da carta era uma berinjela confitada acompanhada por creme de queijo. Pedimos uma para experimentar, pois achamos inusitado e exótico. Gostei muito, parece uma fruta caramelizada, como um figo ou um caju. Embora francês, listado em todos os guias como um dos restaurantes a conhecer em Cartagena, a conta não foi a mais cara que pagamos. Pelo contrário, totalizou 360.000 COP. Quando saímos, vimos um movimento maior nas ruas. Paramos em uma loja de souvenirs, onde duas pessoas do nosso grupo compraram um chapéu. Ainda rodamos pela região, observando o intenso movimento nos bares, especialmente os com mesas nas calçadas e ruas, já que o calor era forte, mas a brisa estava agradável. Voltamos para o hotel. A massagem da tarde me relaxou tanto que fui direto para o quarto, enquanto os demais ainda passaram no movimentado bar El Coro, onde uma banda tocava salsa ao vivo.


Corvina acompanhada de arroz cremoso de parmesão


Entrada do restaurante Oh! La La - Cidade Amuralhada - Cartagena

Gastronomia Cartagena (Colômbia)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

DOLCE FAR NIENTE EM CARTAGENA

Quarta-feira. Manhã linda em Cartagena. Nenhuma programação combinada. Dia de nada fazer. Café da manhã mais tarde, depois de 9:30 horas, longo, com muito bate papo. Comi quitutes típicos da terra: arepas, empanadas fritas recheadas de queijo (para quem é mineiro, parece o pastel de angu), queijo costeño, arequipe (um doce de leite), elixir da juventude (uma água aromatizada com suco de limão, pepino, verduras e ervas), buñuelitos (parecem bolinhas de queijo) e pan de bono (pão de queijo com milho na massa). Durante o café fui convencido a fazer o passeio de barco às Islas del Rosario, quarenta e cinco minutos de lancha de Cartagena, no Mar do Caribe. Além dos amigos terem me convencido, ajudou também um e-mail que recebi de um colega de trabalho, nascido na Colômbia, dizendo para não deixar de fazer este passeio. Terminado o café, passamos no concièrge, o atencioso Rafael, que prontamente nos reservou e confirmou nosso passeio para esta quinta-feira, quando devemos estar prontos na recepção do hotel às 8:30 horas. O regresso ao hotel será por volta de 17 horas. Optamos pelo pacote não privativo. Assim, faremos o tour aquático em uma lancha com capacidade para 38 pessoas. No pacote estão incluídos: o transfer hotel-porto-hotel, a lancha, um passeio de uma hora pelas ilhas do arquipélago de Rosario, duas bebidas durante o tour aquático, uso das duas praias privadas de um resort da ilha e o almoço (há duas opções, uma com peixe frito, que pode se trocado por frango ou carne, e uma com lagosta, sendo a segunda mais cara). Preferi a primeira, já sabendo de antemão que comerei frango. Depois de tudo acertado, fomos desfrutar a ótima piscina do hotel. Aproveitei também para marcar uma massagem para o final da tarde no Le Spa, o spa do Sofitel Cartagena Santa Clara. Escolhi a massagem profunda de uma hora. Ficamos na piscina até pouco depois de 14 horas, quando saímos para almoçar. Eu queria almoçar no próprio hotel, pois o serviço é demorado nos restaurantes e fiquei com receio de não dar tempo de estar no spa às 16:30 horas, conforme havia marcado. Mas nem todos quiseram almoçar onde estamos hospedados. Sugeriram repetir o restaurante do almoço do dia anterior. Todos concordaram. Desta forma, sentamo-nos na mesma mesa do restaurante Juan del Mar (Plaza de San Diego # 8-12). De pronto, quando a garçonete chegou para entregar os cardápios, falamos que não podíamos demorar, pois tínhamos hora marcada. Fiquei nos pescados, porém mudei a escolha. Desta vez, experimentei o pescado branco assado na parrilla com molho picante de tomate, alho e cebola em leito de cuscuz marroquino, acompanhado de arroz de coco. Enquanto aguardávamos o prato principal, beliscamos aneis de lula fritos, que estavam bem sequinhos. Também pediram um ceviche o qual não provei. Novamente tomei uma FresKola. Os pratos chegaram rápido. O meu estava tão bom quanto o do dia anterior. O picante do molho não metia medo, além da combinação peixe-molho-cuscuz ter ficado harmoniosa. Mais uma vez só vi o pessoal comendo a sobremesa. A conta total ficou em 425.000 COP. Quando saímos do restaurante, já eram 16 horas. Ric e mais dois amigos foram fazer câmbio. Dois outros amigos foram fazer compras na parte moderna da cidade, enquanto eu me dirigi ao spa. Já me aguardavam. Todos os funcionários do spa são muito educados e atenciosos. Fui conduzido ao vestiário para trocar minha roupa. Quando saí, a massoterapeuta já me esperava com um copo de água bem gelada com um leve toque de limão. Ela pediu para eu fazer uma sauna a vapor por dez minutos, tomar uma ducha fria, me enxugar, vestir o roupão e entrar na cabine. A massagem foi profunda, com um óleo de aroma suave. Logo dormi, relaxado com o aroma, com a música, com a luminosidade baixa e com a própria massagem. Nem vi o tempo passar. Acordei para me virar, mas adormeci novamente. Ao final, já com o roupão, a massoterapeuta disse para eu ficar um tempo sentado em uma espreguiçadeira em um ambiente com barulho relaxante de água, onde já havia um chá frio (minha escolha), frutas frescas e frutas secas. Fiquei ali por mais uns quinze minutos. Levantei-me, troquei de roupa, assinei o boleto para lançar o valor da massagem na minha conta do hotel. A massagem ficou em 170.000 COP, mas gostei tanto e saí tão bem que deixei mais 30.000 COP de gorjeta. Ao sair do spa, vi dois amigos na piscina. O sol já se punha, um vento fresco vinha do mar, mas mesmo assim entrei na água e ficamos conversando por quase meia hora, quando resolvemos subir para descansar, pois, afinal, uma reserva para jantar nos aguardava a partir de 20:30 horas. 


Restaurante Juan Del Mar - Cartagena


Restaurante Juan Del Mar - Cartagena


Pescado a Marroquin - Restaurante Juan Del Mar - Cartagena

RESTAURANTE CAFÉ SAN PEDRO

Todos prontos às 20:20 horas na recepção do hotel. Fomos a pé para o restaurante onde tínhamos reserva. A noite estava agradável, com uma brisa morna. O movimento era grande, especialmente de charretes. O passeio de charrete no final do dia e durante a noite é uma das opções para se fazer na Cidade Amuralhada. Quanto mais nos aproximávamos do restaurante, mas gente víamos nas ruas. A praça em frente à Puerta del Reloj estava repleta de jovens. Ali acontece a balada, debaixo dos arcos onde, durante o dia, há um sem número de barracas vendendo doces típicos da região, uma tradição desde remotas épocas. Passamos pela Plaza de La Aduana para alcançarmos o restaurante. Lotadíssimo de turistas, com muitas mesas na calçada. Preferimos ficar no interior, com ar condicionado. Depois ter meu nome checado na reserva, fomos acomodados em uma mesa redonda para oito pessoas, embora fôssemos seis. A especialidade da casa é a culinária panasiática, mas com toques da culinária colombiana, especialmente a costeña. Embora com muitos garçons em trânsito frenético pelos amplos salões do restaurante Café San Pedro (Plaza San Pedro de Claver # 30-11), o serviço deixa a desejar. Há um ambiente separado, com uma grande mesa coletiva onde um chef prepara a comida tailandesa. Enormes coifas impedem que os comensais saiam enfumaçados. Para se sentar em tal mesa, somente hóspedes do hotel Decameron, um all inclusive que fica em frente a uma das praias que conhecemos durante o city tour. O pão que colocaram na mesa estava delicioso. Uma massa adocicada, talvez uma influência da cozinha tailandesa. De entrada, pedimos tiraditos de corvina. Trata-se de finas fatias de peixe marinado em limão, com cebolas e milho verde por cima. Fica entre um ceviche e um carpaccio. Achei fraco o sabor. O peixe não tinha aquele sabor ácido e gostoso de um ceviche. Também pedimos aneis de lula fritos. Uma porção que engana, pois vem em um bowl grande, com os tais aneis até a borda, mas a quantidade é pequena, pois há uma grande "cama" de cenouras raladas sustentando-os. Ainda como entrada, uma ceaser salad de frango. Como prato principal, resolvi continuar comendo peixe. Escolhi um peixe branco assado com um molho de tamarindo, acompanhado de arroz de jasmim. A comida, como sempre, demorou muito para chegar. Como o restaurante estava cheio de turistas, vi alguns reclamando sobre a demora. Quando os pratos chegaram, todos eram muito bem montados. Parece que o restaurante segue a máxima que um prato começa a ser degustado pelos olhos. O meu prato estava muito bonito e com um aroma delicioso. Esqueceram de levar o meu arroz de jasmim, já que todos as porções de arroz que acompanhavam os pratos da mesa vieram em separado. Reclamei e me trouxeram um arroz de coco. Embora tenha gostado desta iguaria muito comum na cidade, pedi para trocar pelo arroz original do cardápio. Assim, enfim, chegou meu arroz de jasmim (que bela rima!). O sabor do prato estava delicado. O molho de tamarindo era suave, sem aquela acidez forte que é característica à fruta. O peixe também estava com um ótimo tempero que casou perfeitamente com o seu molho. Gostei muito de meu  prato. Não pedi sobremesa. A conta ficou em 342.000 COP para todos nós. Depois que todos pagaram, me incluindo nisto, e sendo em dinheiro, perguntei aos amigos se não se importavam de eu pegar os pesos colombianos e pagar a conta com cartão de crédito. Todos assentiram. Foi outra demora para pagar a conta, pois parece que havia apenas uma máquina sem fio. O local é grande e estava cheio. Eram mais de 23 horas, horário que a maioria das mesas estava também acertando suas contas. Havia um senhor reclamando muito da demora em poder pagar com cartão de crédito. Quando a máquina chegou em nossa mesa, descobri que podia dividir a conta em quotas, nome que se dá às parcelas por aqui. Disse que não queria dividir. Paga a conta, peguei um cartão de visitas do restaurante e voltamos a pé para o hotel, passando novamente pelo buchicho, que estava mais movimentado. Era a juventude chegando para a balada noturna. No hotel, antes de subir para os quartos, ainda finalizamos a noite no bar El Coro. Final de uma terça-feira bem aproveitada.


Peixe ao molho de tamarindo - restaurante Café San Pedro - Cartagena


Café Restaurante San Pedro - Cidade Amuralhada - Cartagena

Gastronomia Cartagena (Colômbia)