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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

QUINTO DIA DE MOLHO

Completaram-se cinco dias que fiz a cirurgia, portanto, cinco dias com o cateter me incomodando. Parece que quanto mais cicatriza, mas o cateter incomoda. Nesta terça-feira acaba minha licença médica e tenho um retorno marcado com o urologista que fez minha cirurgia para o início da tarde. Espero que ele já diga que podemos tirar o cateter.
Hoje foi dia de arrumar os arquivos no meu HD externo. Passei fotos, músicas, vídeos e planilhas do computador para o HD, liberando espaço no PC. Assim, ele está rodando mais rápido.
Na parte da tarde, depois de almoçar com mãe e Ric, comida preparada por minha mãe, recebi uma rápida visita de Rose que trouxe para mim dois frascos contendo gel antiséptico enviados por minha chefe.
E dei sequência aos filmes da revista Bravo! 100 Filmes Essenciais. Desta vez os de número 24, 23 e 22, nesta ordem.



Número 24: Em Busca do Ouro (The Gold Rush), de Charles Chaplin, Estados Unidos, 1925. Filme mudo, versão com narração adicional, o que deu mais dinâmica ao filme. Eterno Carlitos. Sinceramente, continuo não gostando dos filmes de Chaplin.


Número 23: O Conformista (Il Conformista), de Bernardo Bertolucci, produção de Itália, França e Alemanha de 1970. Belo filme que trata do fascismo. Como o diretor sempre foi de esquerda, há uma sequência na qual uma vendedora de flores canta a Internacional Socialista. Depois da queda do Muro de Berlim, esta cena não evocaria o sentido que evocou nos idos de setenta. Não conhecia o filme e gostei muito.


Número 22: Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois (Jules et Jim), de François Truffaut, produção francesa de 1961. Triângulo amoroso vivido por Jules (Oskar Werner), Jim (Henri Serre) e Catherine (Jeanne Moreau). Totalmente dispensável. Historinha chata. Os críticos dizem que o filme é uma celebração à vida. Achei um pé no saco. Catherine faz os dois de gato e sapato e ambos sempre babando por ela. Nos idos de sessenta, com a necessidade de afirmação das mulheres, podia fazer sentido, mas hoje, o filme não empolgaria ninguém da nova geração.

domingo, 30 de agosto de 2009

DOMINGO DE MOLHO EM CASA

Ric saiu logo cedo para curtir o domingo com os familiares. Eu fiquei com minha mãe em casa. O cateter tem incomodado muito. Não consigo ficar muito tempo sentado. Aproveitei a disposição e arrumei gavetas do escritório. Ótima terapia é rasgar papeis. Recebi a visita de Rose na parte da tarde e jogamos conversa fora assistindo futebol na tv. Para não sair da rotina, assisti ao filme classificado em 25º lugar pela revista Bravo! 100 Filmes Essenciais, Metrópolis (Metropolis), de Fritz Lang, filme alemão de 1926. Duas horas e quinze minutos de filme mudo com uma história futurista. Revendo este filme hoje, notei vários elementos e cenas que foram inspiração para inúmeros filmes que assisti ao longo destes últimos anos, especialmente os de ficção científica. O filme é um clássico e, embora a cópia em dvd não seja boa, gostei muito de revê-lo. Lembro-me que vi uma versão colorizada e com músicas de rock no extinto Cine Pathé, em Belo Horizonte. Prefiro a versão original.

sábado, 29 de agosto de 2009

SÁBADO DEDICADO A LEITURAS

Mais um dia de recuperação. Eu sei que é lenta, mas já estou ficando incomodado de ficar o dia inteiro dentro de casa, bebendo e bebendo líquidos.
Para passar o dia, dediquei a leituras. Primeiro, peguei o livro Todo Sol Mais O Espírito Santo, de Lima Trindade, indicação do próprio autor, a partir de um chat na internet. Adorei. São contos inteligentes que tem algo de real, embora saibamos ser frutos da imaginação do autor. Li direto, em uma única sentada, o livro inteiro de 156 páginas.
Depois desta leitura, peguei as edições do Correio Braziliense e da Folha de São Paulo de 22 de agosto até a data de hoje, 29 de agosto e li todos os cadernos de cultura e turismo dos dois jornais. Foi uma longa leitura que durou até o final da tarde. Só houve pausa para almoçar, na companhia de mãe e Ric quando saboreamos uma sensacional lentilha com cebolas e um ovo frito por cima, preparado, obviamente por minha mãe. Simples e maravilhoso. Não quis nem saber das outras opções.

No final da tarde, mais um filme da Bravo! 100 Filmes Essenciais. O classificado em 27º lugar, um filme de Michelangelo Antonioni, A Aventura (L'Avventura), produção italiana de 1960 e que recebeu um prêmio especial do júri do Festival de Cannes daquele ano. Odiei o filme. Arrastado, sem ritmo, em certos momentos até mesmo sem nexo.


E ao terminar a noite, o filme número 26 da revista que acompanho: O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet), de Ingmar Bergman, produção sueca de 1957, ganhadora de um prêmio especial do júri no Festival de Cannes para o diretor. Uma forma interessante de abordar a morte e as dúvidas relativas à fé. Já tinha visto em cinema e VHS e continuo gostando.

MÚSICA QUE OUÇO IX


E ela está mais contida. Grita menos. Estou aprendendo a apreciar.

TODO SOL MAIS O ESPÍRITO SANTO



TEXTO INTELIGENTE. LI EM UMA SENTADA.

RECOMENDO!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MAIS E MAIS FILMES

A recuperação continua. Muito líquido durante todo o dia e o incômodo do cateter sempre presente. Almocei em casa com minha mãe e Ric. A dieta dos pontos está suspensa, pois os remédios que estou tomando exigem uma alimentação adequada. De qualquer forma, não exagerei, preferindo as frutas e legumes. E para piorar, minha balança digital está desregulada.
Como continuo de molho, em repouso, continuo a ver os filmes da revista Bravo! 100 Filmes Essenciais. Hoje vi os classificados nos números 29 e 28.


Número 29: Viridiana, de Luis Buñuel, produção mexicana de 1961 ganhadora da Palma de Ouro em Cannes dee melhor filme. Buñuel é um dos meus cinco diretores de cinema internacionais preferidos (os outros são Almodovar, Pasolini, Fassbinder e Coppola) e este filme é sensacional. Viridiana, nas vésperas de se ordenar freira, vai visitar seu tio e ele a tenta seduzir. Não conseguindo, se suicida e ela se sente culpada, abandonando o convento e dedicando sua vida na mansão do tio a cuidar de pobres necessitados. Mas nada sai da forma em que idealizou. Crítica feroz do diretor ao catolicismo e seu assitencialismo.


Número 28: Amarcord, de Federico Fellini, produção conjunta de Itália e França, de 1973. Fellini é especial e neste filme toda o seus exército de flora e fauna passeia na tela em duas horas de um filme onírico, belo e ao mesmo tempo uma espécie de manifesto contra o autoritarismo presente no estado, na escola, na igreja, na família, enfim, na sociedade. Gostei muito rever este filme que tinha assistido no início da década de 80, no glorioso Cine Pathé, na Savassi, em Belo Horizonte. Hoje este cinema virou um estacionamento, o que é uma pena.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA

Já que recebi alta do hospital às 14 horas e fui colocado de molho, em licença médica, por oito dias (prorrogáveis dependendo de avaliação do médico na próxima terça-feira), devido a um catéter instalado em meu ureter direito, vou aproveitar e atualizar a lista da revista Bravo! 100 Filmes Essenciais. O número da vez é o 30, pois o 31 (O Nascimento de Uma Nação) já foi visto meses atrás, com postagem publicada neste blog. Chegou a vez de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall), filme dirigido e estrelado por Woddy Allen, produção americana de 1977 e ganhador do Oscar de melhor filme daquele ano (Oscar este que Allen não compareceu à cerimônia para recebê-lo). É uma comédia típica de Woody Allen, estrelada por Diane Keaton, onde os elementos preferidos deste diretor estão presentes: psicanálise, Nova York, relacionamento amoroso, sexo, esquerda, judeus, cinema, capitalismo, prêmios. É um dos seus filmes mais verborrágicos, precisando ter muita atenção para não perder os excelentes diálogos (seja ouvindo ou lendo as legendas). O diretor também cita muitos ícones da literatura, como James Joyce e do cinema, como Bergman e Fellini. Um excelente filme que preencheu parte da minha primeira tarde em casa pós cirurgia. Tive que ver o filme apertando a tecla pause, pois a recomendação médica é beber líquido de vinte em vinte minutos e, consequentemente, a ida ao banheiro torna-se necessária.

CIRURGIA

Como já postei antes, estou internado desde terça-feira no Hospital Daher, onde fiz uma cirurgia para retirada de cálculo renal do ureter direito. Passei mal na segunda-feira quando fiquei o dia inteiro no Hospital Urológico e lá decidi pela cirurgia. Pelo convênio, tive que trocar de hospital e a cirurgia seria na quarta-feira, mas o quadro de infecção era grande e o médico preferiu esperar mais 24 horas, ministrando, pela veia, antibiótico. Minha mãe acabou saindo de Belo Horizonte e veio ficar comigo. Tive muita cólica na terça-feira, especialmente à noite. E a fome desapareceu, verdadeiro programa Fome Zero. Na quarta, desci para o centro cirúrgico perto de meio dia e fiquei esperando a minha vez. Nunca tinha feito cirurgia antes e fiquei tenso, o que refletiu na minha pressão arterial. O anestesista era bem brincalhão e não senti quase nada quando ele me aplicou a anestesia. Aplicaram um Dormonid e fiquei sonolento, mas recordo algumas coisas. A cirurgia demorou uma hora e meia e fui levado para a sala de recuperação, voltando ao quarto apenas às 18 horas. Lá estavam minha mãe, Ric e Rose. A dor era grande na bexiga, por conta da sonda. No início da noite estava urrando de dor e desesperado para tirar a sonda. Minha mãe ligou para o médico e ele autorizou a enfermeira a retirar a maldita sonda, o que melhorou um pouco. A preocupação deles era se eu conseguiria urinar. Consegui e muito, praticamente de hora em hora a noite inteira, mesmo com todo o ardor e queimação que isto provocava. As dores foram amenizando ao longo da noite, mas ainda sinto pequenas pontadas. Praticamente não urino mais sangue, mas o ardor permanece. Aguardo a alta, prometida para a manhã desta quarta-feira. Ficar em hospital é ruim demais: a cama é estreita, luz branca no teto incomodando, a gente fica sem lugar, o banho é difícil. Continuo sem conseguir comer. Estou ainda tomando soro na veia. Só hoje no café da manhã consegui comer meio pão francês com uma fatia de queijo e dois goles de café com leite. Fiquei enfastiado logo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

ARRASTA-ME PARA O INFERNO

E terminei domingo no cinema. Saí do teatro debaixo de muita chuva e fui para o Shopping Pátio Brasil. Escolhi um terror, última sessão do final de semana, 22 horas. Apenas sete pessoas na sala de projeção. O filme é Arrasta-me para o Inferno (Drag me to Hell), de Sam Raimi, produção americana de 2009. Conheci Sam Raimi quando vi o filme A Morte do Demônio ou Uma Noite Alucinante (recebeu os dois nomes no Brasil) e gostei muito. Fiquei muito satisfeito em saber que ele voltou para o gênero que o colocou em evidência. E ele não fez feio. O filme é ótimo, embora previsível, com todos os clichês de filmes de terror, tais como a bruxa má, a mocinha indefesa, aproveitadores. No entanto, ele não coloca ninguém como essencialmente bom e utiliza de mecanismos antigos para fazer os efeitos especiais, dispensando as inovações tecnológicas. A atriz principal é muito parecida com a Adriana Esteves. O diretor se auto homenageia em duas cenas, com uma mão saindo das profundezas da terra, assim como nos seus filmes de terror anteriores. Vale a pena assistir.

INTERNADO PARA UMA CIRURGIA

Vou ser internado na Hospital Daher para uma cirurgia de retirada do cálculo renal que me incomoda no ureter direito.

DIETA DOS PONTOS - DIA 04

Segunda-feira - dia 23/08/2009 - passei o dia internado no Hospital Urológico com cólicas renais. Quase não consegui comer, apenas fiquei tomando soro na veia.
Café da manhã: 1/2 mamão papaia (15 pts).
Lanche da tarde: 1 torrada (10 pts); 2 biscoitos água e sal (16 pts); 150 ml de suco de abacaxi com açúcar (15 pts).
Lanche da noite: 2 torradas integrais ligth (20 pts); 1 colher de sopa de geleia de laranja diet (5 pts); 200 ml de suco de caju light (7 pts).
TOTAL PONTUAÇÃO DO DIA: 88 pts = 316,8 Kcal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DOIS DE PAUS


Na noite de domingo, continuei respirando cultura. Fui ver uma peça no Teatro Goldoni. Dois de Paus, texto e direção de Arthur Tadeu Curado, com os atores Breno Figueiredo e Iuri Saraiva. Já havia visto esta peça em outubro de 2005, naquela oportunidade encenada pelo autor do texto, Arthur Tadeu Curado e por Sérgio Sartório, e dirigido por Rachel Mendes. Pode-se dizer que são dois textos distintos, inclusive com finais diferentes. É a história de um relacionamento amoroso entre dois homens, com todas suas nuances, desde o jurar amor eterno até as brigas típicas de casa. O texto atual é mais cheio de clichês do mundo gay, o que pode afastar o público que não está acostumado com o "mundinho". Os personagens são mais afetados nesta versão. Cenário e figurino também foram alterados. Como assisti Cachorro! neste ano, não posso deixar de comparar a engenharia de moviementação de paineis no decorrer da peça. Em Dois de Paus, estes paineis são brancos e servem para pontuar lugar ou momento do texto, já que este não segue uma ordem cronológica, o mesmo que ocorria na peça do grupo carioca que via na Caixa Cultural. Há momentos divertidos e quando os dois atores se beijam na boca, há um certo frisson na plateia, formada, em sua maioria, pelo público gay. O teatro recebia um bom público. Confesso que gostei mais da primeira versão.

domingo, 23 de agosto de 2009

OVERDOSE DE EXPOSIÇÕES

Amanheci sem vontade de ficar em casa. O dia estava lindo e convidativo a ficar fora o dia inteiro. Foi o que fiz e acabei tendo uma overdose de exposições, percorrendo quatro importantes espaços culturais da cidade, pela ordem: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB (SCES, Trecho 2, Conjunto 22), onde almocei, Museu Nacional (Complexo Cultural da República, Esplanada dos Ministérios), Caixa Cultural (SBS, Quadra 4, lote 3/4) e ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo (SCN Quadra 03, Bloco C, loja 05). A seguir, cada exposição visitada e um breve comentário sobre elas:
Exposição 01: Saint-Étienne Cité du Design - Centro Cultural Banco do Brasil - exposição que integra o calendário do Ano da França no Brasil. Achei interessante ver objetos que serão difíceis de usar, mas que tem um certo apelo ecológico. O que mais me chamou a atenção foi um móbile de corações de pelúcia no centro da galeria principal. Lúdico e reflexivo ao mesmo tempo.
Exposição 02: Justaposição Polar - Elder Rocha - Centro Cultural Banco do Brasil - mostra de artista brasiliense com grandes pinturas a óleo. O destaque fica para a pintura-instalação feita exclusivamente para a exposição. Fiquei um bom tempo sentado olhando os detalhes desta pintura.
Exposição 03: Amor e Solidariedade - Abelardo da Hora 60 Anos de Arte - Centro Cultural Banco do Brasil - Pavilhão de Vidro e jardins. As esculturas expostas nos jardins são de uma beleza ímpar, a maioria enaltecendo a beleza feminina, mas a que mais chama a atenção é a que retrata uma família de retirantes, a expressão de dor e fome é muito realista. Destaco ainda uma série de gravuras com o título Meninos do Recife: embora feitas no início dos anos 1960, a dureza mostrada ainda é realidade em pleno século XXI.
Exposição 04: Casulos - Darlan Rosa - Centro Cultural Banco do Brasil - jardim - exposição permanente que permite uma interação, especialmente para crianças. Releitura de equipamentos públicos de parques municipais destinados a brincadeiras de crianças.
Exposição 05: Expressões Gráficas - México Contemporâneo - Museu Nacional - presente da Embaixada do México para o público brasileiro, traz acervo importante de gravuras do Museu da Estampa daquele país. Destaque para uma gravura de Orozco, famoso muralista mexicano.
Exposição 06: Tão Longe, Tão Perto - Museu Nacional - exposição montada e patrocinada pela Fundação Telefônica, em comemoração ao seu décimo aniversário no Brasil, conta a história da comunicação, especialmente das telecomunicações com dados curiosos e exibição de aparelhos antigos. Há interatividade. A mais longa de percorrer de todas que visitei neste domingo e a que tinha mais público, especialmente adolescentes. Achei curioso um jovem de 15 anos querer ver uma ficha telefônica, artigo de museu para esta geração.
Exposição 07: A Humanidade em Guerra - Museu Nacional - montada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, mostra a crueldade da guerra em fotos antigas e históricas e fotos de conflitos recentes e suas consequências na comunidade local.
Exposição 08: Eternamente Dulcina - Uma Vida Dedicada ao Teatro - Caixa Cultural - linda exposição de objetos pessoais e fotos que relembram a carreira desta grande atriz do teatro brasileiro: Dulcina de Moraes. Pena que faltam informações em algumas fotos. O núcleo de vestidos, chapéus, lenços, bolsas e luvas da atriz é um show a parte. Vale ver o vídeo com depoimentos sobre a atriz de vários personagens da cena teatral brasileira.
Exposição 09: Coletivo Potiguar - Fotografia Contemporânea - Imagens da Esquina do Brasil - Caixa Cultural - nove fotógrafos que se relacionam com o Rio Grande do Norte expondo fotos recentes. Gostei das fotos de Max Pereira, pura poesia visual e Hugo Macedo, com a série O Glamour das Kengas.

Exposição 10: A Linha e O Tempo - Um diálogo com o Acervo Caixa e o convidado Chico Amaral - sempre é bom rever obras de Amílcar de Castro, Wilson Alves, Tomie Otake, ente outros. Aqui, o curador Graça Ramos uniu obras que tinham como característica a utilização da linha, do traço. As obras expostas me deram a sensação de movimento.
Exposição 11: Sur La Route/Na Estrada - ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo - exposição integrante do calendário do Ano da França no Brasil - obras dos brasileiros Elyeser Szturm, Galeno, João Angelini, Paulo Faria, Vicente Martinez e Valéria Pena-Costa e dos franceses Assan Smati, Damien Deroubaix, Fabien Souche, Jean-Baptiste Sauvage e Marie Chartron. A faixa com uma cruz do lado de fora do espaço cultural faz parte da exposição. Interessante a cabeça enorme feita com placas de isopor de Assan Smati. Gostei, coisa rara, de quatro vídeoinstalações no segundo andar da galeria, especialmente as de João Angelini. O senão fica por conta das luzes apagadas no segundo andar e como já era final de tarde, a luminosidade externa não clareava o bastante para ver as obras expostas.
Espaços culturais visitados neste domingo: ECCO, Caixa Cultural, Museu Nacional e CCBB.

DIETA DOS PONTOS - DIA 03

Café da manhã: 3 colheres de sopa de cereal light (45 pts); 200 ml de leite de soja light (22 pts).
Almoço no Bistrô Bom Demais (CCBB - SCES, Trecho 2, Conjunto 22): preparo (15 pts); folhas verdes e tomate cereja (0 pts); um filé de salmão grelhado (40 pts); 1 colher de sopa de vagem fina (5 pts); 2 escumadeiras de tagliatelle ao molho de limão (60 pts); café expresso com adoçante (0pts); 300 ml de suco de limão (0 pts). A salada estava ótima, vem com croutons, que deixei de lado por causa da dieta. O salmão estava bem temperado e o tagliatelle tinha um sabor acentuado do molho de limão, o que o deixou um pouco enjoativo.

Lanche da tarde: 1 banana nanica (30 pts).

Lanche da noite: 350 ml de chá mate com limão (25 pts); 1 maçã (15 pts); 2 biscoitos água e sal (16 pts).

TOTAL PONTUAÇÃO DO DIA: 273 pts = 982,8 Kcal

sábado, 22 de agosto de 2009

SE BEBER, NÃO CASE


E terminei a noite de sábado no cinema. Depois de muito ler boas críticas sobre o filme, fui conferir Se Beber, Não Case (The Hangover), de Todd Phillips, Estados Unidos, 2009. Escolhi o Brasília Shopping (Setor Comercial Norte, Quadra 5, W3, Asa Norte), pois é o mais perto de casa e já sai depois de 21 horas. Preferi a última sessão da noite, às 21:30 horas. É uma comédia acima da média da produção recente americana. Despedida de solteiro em Las Vegas onde o noivo desaparece e seus amigos não conseguem lembrar o que aconteceu na noite da farra. O roteiro sai do óbvio que estamos acostumados assistindo ao besteirol produzido nos últimos anos pelos grandes estúdios americanos. Vale a pena ver numa noite despretenciosa, só para rir um pouco e esquecer os problemas do dia a dia.

APOCALYPSE NOW REDUX


Depois de dormir um pouco na parte da tarde, resolvi continuar vendo os filmes da lista da revista Bravo! 100 filmes Essenciais. Desta feita vi o de número 32, Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, produção americana de 1979, vencedora da Palma de Ouro em Cannes de melhor filme. Assisti a versão disponível em dvd, ou seja, a chamada redux, com mais de uma hora de filme além do que passou nos cinemas quando do seu lançamento. É a mesma versão que assisti no cinema quando do seu relançamento em 2001. Embora apareça nos créditos os nomes de Marlon Brando e Robert Duvall na frente, Martin Sheen é o ator que percorre toda a trama em seus 202 minutos. E está muito bem no papel. Há também participação de Laurence Fishburne, Dennis Hopper e Harrison Ford.
Esta versão do filme deve ser vista realmente no aconchego do nosso lar, pois cansa um pouco, embora tenha gostado mais do filme o assistindo nesta tarde de sábado do que quando o vi no cinema.

MÚSICA QUE OUÇO VIII



COOL

DIA DE ARRUMAÇÃO

Acordei disposto neste sábado. Aproveitei o bom humor e fui arrumar o armário onde guardo simplesmente de tudo. Tirei todos os objetos, livros, revistas, álbuns de fotografias, massageador, bolsas, entre outras coisas e coloquei no chão. Olhei para o quarto (transformado em escritório) e tentei imaginar onde poderia colocar cada objeto. Depois de algum tempo matutando e calculando espaços, consegui ajeitar espaço para todas as coisas. Enquanto fazia a arrumação, ouvia Céu e Ceumar.
Gosto de arrumação, pois acho coisas que já tinha esquecido que um dia havia comprado. Vários guias de viagem e turismo. Aproveitei para separar os guias do Canadá e de Chicago para a viagem de outubro.
Sempre que arrumo minhas coisas, constato que tenho coisas desnecessárias e fico me prometendo que não compro mais nada para ficar guardado. Triste ilusão. Certeza tenho de que continuarei comprando tais coisas.
Nestes momentos tenho a oportunidade de refletir sobre a necessidade de acumular tantos objetos. Várias vezes, durante arrumações como a de hoje, me desfiz de discos, revistas, livros e objetos que não mais usava. Hoje foi diferente, não descartei nada, mas deixei tudo bem a mostra, pois guardado em armários fechados a tendência é nunca tocá-los até a próxima arrumação.
Só terminei no início da tarde, quando sai com Ric para almoçar.

DIETA DOS PONTOS - DIA 02

Café da manhã: 2 torradas integrais light (20 pts); 1 colher de sopa de geleia de laranja diet (5 pts); 1 xícara de café descafeinado Nespresso com adoçante (0 pts).
Lanche da manhã: 1 banana nanica (30 pts).

Almoço no Naturetto (SCLN 405, Bloco C, loja 55, Asa Norte): preparo (15 pts); folhas verdes (0 pts); tomate (0 pts); 2 colheres de sopa de arroz integral (20 pts); 1/2 filé de robalo grelhado (20 pts); 1 colher de sopa de shitake (5 pts); 300 ml de suco de limão (0 pts).




No almoço, tive a companhia de Ric. A comida, disposta em buffet, estava muito saborosa, como sempre acontece neste restaurante, especialmente o shitake grelhado com um leve molho shoyo por cima.
Em casa: 1 xícara de café descafeinado Nespresso (0 pts).
Lanche da tarde: 2 biscoitos água e sal (16 pts); 200 ml de suco de caju ligth (7 pts); 1 maçã (15 pts).
Lanche da noite 1: 3 torradas integrais ligth (30 pts); 1 colher de sopa de geleia de laranja diet (5 pts); 200 ml de suco de caju light (7 pts).
Lanche da noite 2: 3 torradas integrais ligth (30 pts); 1 colher de café de margarina (5 pts); 200 ml de suco de caju light (7 pts).
TOTAL PONTUAÇÃO DO DIA: 237 pts = 853,2 Kcal.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

DIETA DOS PONTOS - DIA 01

Café da manhã: 2 torradas integrais light (20 pts); 200 ml suco de abacaxi com soja (20 pts).

Lanche da manhã: caneca de chá verde (0 pts).

Almoço no Café Savana (SCLN 116, Bloco A, loja 4, Asa Norte): um filé de robalo grelhado (40 pts); folhas verdes (0 pts); tomate (0 pts); 8 colheres de sopa de brocólis, couve-flor, cenoura e vagem cozidos no vapor (40 pts); 1 azeitona (2 pts); 300 ml de suco de limão com adoçante (0 pts); 1 xícara de café com adoçante (0 pts).
No almoço tive a companhia de Marcelo. O prato estava muito bem apresentado com um visual convidativo para a degustação de cores e sabores.
Cupom fiscal com meu cpf, continuando no programa Nota Legal.



Lanche da tarde: caneca de chá verde com adoçante (0 pts); 1 maçã (15 pts).

Lanche da noite: 1 pão francês (40 pts); 1 fatia fina de mussarela (20 pts); 1 colher de café de margarina (5 pts); 200 ml de suco de abacaxi com soja (20 pts).

Lanche da noite 2: 2 torradas integrais light (20 pts); 1 colher de chá de geléia de laranja light (3 pts); 1 xícara de café descafeinado com adoçante (0 pts).

TOTAL PONTUAÇÃO DO DIA: 245 pts = 882 Kcal.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MÚSICA QUE OUÇO VII



Embora ele já tenha oito disco gravados, somente conheci seu trabalho recentemente e gostei muito.

DIETA - DE NOVO!

Resolvi, pela enésima vez, começar uma dieta. Pesei hoje só pensando na barreira que ultrapassei na última segunda-feira. A barreira dos cem quilos. Peso de hoje, início da dieta: 99,1 kg. Seguirei a dieta dos pontos que já utilizei anteriormente e surtiu efeitos. O caminho será longo, pois pretendo emagrecer 25 quilos. Provas de fogo e resistência virão em breve, pois na próxima semana vou para Tiradentes, Minas Gerais, para participar do festival gastronômico da cidade. Festins, almoços e jantares já reservados e pagos.
No café da manhã comi apenas duas torradas integrais com uma fina camada de geleia de laranja ligth. Para beber, apenas café Nespresso descafeinado. Já perto do meio dia, comi metade de um mamão papaia.

Para almoçar, eu e Marcelo fomos ao Café Cassis (ParkShopping, Entrada C1, Guará). Há um menu especial de pratos indianos. Escolhi o peixe assado com molho agridoce de tomate (um pouco picante, logo deixei de lado e comi só o peixe), acompanhado de pão paratha, chutney de frutas, farofa amarela e arroz branco. O peixe, tirando o molho, estava bem temperado e saboroso. Não comi a farofa e apenas provei o chutney. Ao final, um café descafeinado da Nespresso, uma raridade nos restaurantes da cidade. Pedi a nota fiscal com meu cpf, participando do programa Nota Legal do governo distrital para ter descontos no IPVA de 2010.
Já que estávamos no shopping, porque não exercer o prazeroso ato de comprar. Entramos na Fnac e comprei o novo disco da Céu (Vagarosa) e alguns filmes nacionais. Também passamos na Calvin Klein e compramos, eu e Marcelo, algumas peças.
No trabalho, muitas negociações em torno do orçamento deste ano e elaboração urgente de planilhas para entregar no início da noite. Saí do trabalho já mais de 20 horas.
Em casa, organizei as notas e cupons fiscais com meu cpf e fiz um lanche, comendo um pão francês com uma fatia de mussarela, com mais uma xícara de café descafeinado.
E termino a noite acompanhando o jogo do meu time no Brasileirão 2009, o glorioso Clube Atlético Mineiro.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

37ª REUNIÃO DA CONFRARIA VINUS VIVUS

Ontem, terça-feira, a Confraria Vinus Vivus se reúne mais uma vez, desta feita no restaurante Dom Francisco (SCLS 402, Bloco B, loja 9, Asa Sul). Foi, com certeza, uma das melhores degustações que fizemos em 37 reuniões.
Foram quatro vinhos tintos franceses da região de Bordeaux, sendo dois de Pomerol e dois de Pauillac. Degustamos às cegas, palpitando sobre cores, aromas e sabores dos vinhos. Cada um era saudado como elegante, ótimo, redondo, vinhos para meditação. Ao final da degustação, cada um dos confrades indicou sua opinião sobre a procedência de cada vinho. Oito confrades tiveram a mesma opinião: os vinhos degustados foram de Pauillac, Pomerol, Pomerol e Pauillac. Apenas uma confrade discordou desta posição, pois entendia que a ordem correta era Pomerol, Pomerol, Pauillac e Pauillac e ela estava certa. A única que acertou. Em seguida, demos as notas, todas acima de 91 pontos. O vencedor foi o segundo vinho degustado, mas não foi unanimidade. A mesma confrade que acertou a ordem, preferiu o terceiro vinho degustado.

Terminamos com um belo jantar, oferecido pelo casal proprietário do restaurante, com cardápio especialmente elaborado para nós, incluindo a descrição de cada prato numa bela carta artesanal que cada um pode levar como lembrança desta reunião. Para acompanhar os pratos, mais um vinho tinto francês do Pomerol.








A seguir a lista dos vinhos na ordem da degustação com a respectiva procedência:


01) Blason de L'Evangile 2004 - Pomerol
02) Château Clinet 2003 - Pomerol
03) Château Pontet Canet 2001 - Pauillac
04) Château Grand-Puy-Lacoste 2003 - Pauillac

Vinho do jantar: Espirit de Clocher 2004 - Pomerol

A próxima reunião já está agendada para setembro, quando degustaremos vinhos tintos dos Estados Unidos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ÁGUA

Ela se sentia abafada, sem lugar. Andava de um lado para outro, mãos trêmulas segurando um cigarro aceso. Fumava sem parar. A noite era um tédio. Não conseguia dormir. A imensidão daquela casa era angustiante. Não havia um ruído sequer dentro da casa, mesmo porque ela morava sozinha em um amplo casarão de dois pavimentos. Seus empregados estavam dormindo há horas. O relógio da biblioteca marcava 02h23min. A madrugada sempre é fria, independente da época do ano. Ela se envolve com um xale negro. Resolve ligar o rádio e logo a voz de Lobão é ouvida cantando “chove lá fora e aqui... faz tanto frio”. Era pura verdade. A chuva não cessava. Oito dias de água e mais água. O rio que corta a cidade já está no seu limite, pronto para saltar para fora de seu leito. Ela fica mais inquieta. Desliga o rádio, acende novo cigarro. Procura um remédio para dormir, mas não acha. Nunca achava nada. Sempre dependia das pessoas para alguma coisa. Sempre fora mimada. Filha única. Pais falecidos e uma enorme fortuna herdada. Gastava dinheiro por gastar. Não tinha amigos, não gostava de sair. Ficava a maior parte do tempo dentro de casa, fumando e andando pelos diversos cômodos, mas preferia o aconchego da biblioteca. Detestava animais. Tinha seis empregados, mas alguns nunca ela os via, pois sempre dava ordens a um mordomo, o verdadeiro gerente da casa. A aflição é crescente. Ela pega o telefone interno e acorda o mordomo. Quer sair. Pede para o motorista ser acordado e preparar o carro. Escolhe um belo vestido azul que pertencera a sua mãe. Coloca um colar de pérolas, arruma o cabelo e um batom de cor esmaecida nos lábios. Calça uma botinha preta e pega um trenchcoat, por causa da chuva. Para em frente ao espelho e fica se fitando. Vê cada ruga do rosto e esboça um sorriso amarelo. Sinal de que envelhecera e não vira o tempo passar. Acende novo cigarro, se senta em uma poltrona e solta uma longa fumaça para cima. Cruza as pernas. Descruza as pernas. Uma leve dor de cabeça começa a incomodá-la. Vai até o banheiro. Procura uma aspirina. Não acha. Faz leves massagens com a ponta dos dedos na testa. Sente uma melhora. Pega a bolsa com seus documentos. Lá está sua carteira de habilitação. Vinte anos sem dirigir. Esboça novo sorriso. Acha que vai dispensar o motorista. Dirigirá seu próprio carro. Quer se aventurar pelas ruas molhadas da cidade. Volta para a biblioteca onde o mordomo a espera. Tenta convencê-la a não sair, pois a previsão é de mais chuvas fortes, com possibilidades de enchente. Seus olhos brilham. Precisa urgentemente sair, se ver livre do casarão, do mordomo, de suas angústias. Caminha em passos firmes para a garagem. O carro está pronto. O motorista, com cara de sono, já está a postos. Ela o dispensa. O mordomo não acredita no que ouve e no que vê. Ela dá boa noite aos dois, entra no carro e dá a partida. Fica receosa de não saber mais como dirigir, mas espanta o medo, coloca o câmbio na posição certa e sai cantando pneu. Quase bate no portão da saída da garagem. Toma a rua. Dirige sem direção. Não sabe o que vai fazer. A chuva é forte e não se enxerga muito além de um metro. Coloca farol alto. Não há carro algum nas ruas. Imprime uma velocidade cada vez maior no carro. Vê lampejos de luzes de neon de algumas lojas e restaurantes, todos fechados àquela hora. Continua dirigindo sem direção e a chuva vai ficando cada vez mais forte. Raios e trovões cortam o céu carregado de nuvens. Ela ouve um barulho mais forte de água. É o rio, bem a sua frente. Reduz a velocidade. Fica encantada com o volume de água e com a forte correnteza que vem trazendo lama e tudo aquilo que o rio encontrou no caminho até ali. Tem vontade de descer do carro, entrar no rio, ser levada pelas suas águas barrentas. Fica em dúvida. Dirige na avenida que margeia o rio até achar uma ponte. O rio já não respeita mais seu leito. A água já transborda para a avenida, ainda em quantidade tímida. A ponte começa a ser tomada pela água. Acelera o carro, entra na ponte e para. Fica ali, apreciando a chuva e o rio se unirem num só corpo de água. Ela quer se juntar a este corpo aquoso. Quer fazer parte deste novo ser. Ela ouve um grande estrondo. Pensa que é um trovão. Seus pensamentos vão longe. Uma grande onda de água se aproxima. O rio engole a ponte e o carro. Não existe chuva, não existe rio, não existe carro. Seu desejo se realiza. Ela pertence ao novo ser. Um sorriso é eternizado em seu rosto. Sua angústia se fora.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TRISTE CONSTATAÇÃO

Há muito não pesava e hoje constatei o que já imaginava. Meu peso ultrapassou a barreira dos cem quilos. Os números no display não enganam: 100,8 Kg. Fiquei deprimido comigo mesmo. Preciso de alterar meus hábitos alimentares e mandar embora o sedentarismo. É difícil começar, mas nunca impossível. Vou buscar forças interiores para começar uma nova maneira de encarar a vida. Para amenizar um pouco a tristeza (sei que só depende de mim perder peso), fui para a Livraria Cultura (2º piso, CasaPark Shopping) e adquiri alguns discos:

01) A Modernidade da Tradição - Marcos Sacramento
02) Tempo - Diogo Poças (irmão de Céu)
03) Não Vou Pro Céu - João Bosco
04) Nove - Ana Carolina
05) Maria Gadú - Maria Gadú
06) Minha Cara - Mart'Nália (segundo disco dela que estava fora de catálogo)
07) Luz Negra - Fernanda Takai (também comprei o dvd)

Dos que queria, só não foi possível comprar os novos discos de Céu (Vagarosa) e de Simone (Na Veia), pois a previsão de lançamento de ambos está para esta semana.

Como estava no shopping e sozinho, almocei no Marietta Italia Café (2º piso, CasaPark Shopping), no buffet de comida oriental.

A secura em Brasília está horrível, especialmente no início da tarde. A sensação de calor é insuportável e a poeira que levanta e os constantes incêndios no cerrado incomodam os olhos. Colírio lubrificante é artigo de primeira necessidade nesta época.

domingo, 16 de agosto de 2009

BRUNO



Depois de um breve descanso da viagem de carro, eu, Ric, Marcelo, Cris, Emi e Rogério nos encontramos novamente no início da noite para ver o filme Bruno, dirigido por Larry Charles, com o hilário Sacha Baron Cohen. O local escolhido foi a sala da Embracine (CasaPark Shopping). O cinema estava lotadíssimo, com um público majoritariamente gay.

Produção americana de 2009, é mais uma metralhadora giratória de Sacha Cohen, desta vez interpretando um austríaco gay fashionista. O ator/personagem não poupa nenhum movimento, destilando de forma sarcástica veneno contra a igreja, o mundo de celebridades, a televisão, movimentos pacifistas, organizações terroristas, gays, negros, homofóbicos, grifes, entre outros. Totalmente incorreto para os politicamente corretos. Por isso mesmo gostei. O filme tem cenas dispensáveis, mas algumas delas são memoráveis, como a sessão espírita e o programa hetero exibido direto de um ringue de vale tudo.

MÚSICA QUE OUÇO VI



ETERNOS SUCESSOS. SEMPRE BONS DE OUVIR.

E VOLTAMOS PARA BRASÍLIA


O dia amanheceu lindo. Da varanda do meu quarto tem uma bela vista das montanhas de Pirenópolis e do céu azul. Ventava forte. Depois do café da manhã, fiquei na varanda do quarto lendo jornais velhos até a hora de fecharmos as contas e colocar as malas no carro. Resolvemos almoçar ainda na cidade, no Celita Restaurante e Bar (Rua Rui Barbosa, 1, Largo da Ponte de Pedra, Centro), um interessante espaço com paredes amarelas e pedaços de chita nelas pregadas, jutamente com quadrinhos representando construções históricas da cidade. O restaurante tem vários níveis, lembrando uma arquibancada. De entrada, pedimos lambari frito e pastéis recheados de camarão com catupiry e de tomate seco com mussarela. Como estou evitando frituras, só comi um pastel de camarão, quentinho e gostoso. Para o prato principal, dividi com Ric, Cris e Marcelo, duas porções de tucanaré assado com legumes. Sensacional. Ro e Emi preferiram pedir uma paella do cerrado, com pequi, linguiça e frango. Os pratos são bem servidos. De lá, pé na estrada. Decidimos pegar um trajeto mais longo, aumentando o percurso em cerca de 25 quilômetros para evitar o trecho em obras próximo a Águas Lindas. Pegamos uma estrada para Abadiânia e de lá, a BR-060. Logo na saída, Ric, como sempre quando quer demonstrar afeto, me deu um soco que acertou meu cotovelo que tem doído nos últimos dias. A dor foi dilacerante. Fiquei com lágrimas nos olhos e parei o carro, pois não conseguia passar a marcha. Emi, no outro carro, estava parado na entrada da estrada. Consegui levar o carro até lá e Cris assumiu o volante, pois Ric havia bebido cerveja. Tomei um analgésico e fiquei com o braço quietinho no banco de trás. Viagem tranquila, pois a BR-060 é toda duplicada até Brasília. Ouvimos sambas gravados na Lapa, Zélia Duncan e Rita Lee. Contudo, prefiro o outro caminho. Chegamos em Brasília depois de duas horas de viagem, por volta de 16:40 horas.

sábado, 15 de agosto de 2009

SÁBADO EM PIRI

Sábado com manhã linda, céu azul, vento frio, sol a pino. Café da manhã maravilhoso da Pousada O Casarão. O despertar foi cedo. Depois de alimentados, ficamos na beira da piscina, debaixo de frondosas jaboticabeiras, ouvindo músicas do Queen, lendo jornal, tirando fotos, batendo papo regado com cerveja e refrigerante. Emi nos mostrou alguns exercícios da yoga que pratica. Ficamos na piscina até perto de meio dia, quando voltamos aos quartos para arrumar e sair para almoçar.Na verdade, escolhemos pegar os carros e ir para a Fazenda Babilônia (Rodovia GO-431 km 03), a 24 quilômetros de Pirenópolis. Estrada asfaltada e sem movimento. Para chegar na sede da fazenda, pega-se uma boa estrada de terra de apenas 2 quilômetros. No trajeto até lá, vegetação castigada pela seca que assola a região nesta época. Lindas árvores com flores roxas. Na fazenda centenária (1800), pagamos o valor referente ao café sertanejo (R$30,00 por pessoa) e, enquanto aguardamos a montagem de nossa mesa, percorremos um pouco da história local, conhecendo os cômodos da casa. A capela é um espetáculo, toda reformada. Aproximadamente vinte minutos de espera e fomos chamados para nosso lanche/almoço. As mesas são aquelas enormes de fazenda e fica no local onde são preparados os quitutes, numa varanda bem grande. Não há bebida alcoólica, apenas sucos de cajá, acerola e caldo de cana. Para comer há muitas opções para olhos e paladar. Pamonha frita, pão de queijo, almôndegas, redanha (espécie de hamburger de carne bovina e suína), costelinha de porco, matula de frango, broa de milho, brevidade, biscoito de queijo, abóbora com coalhada assada na folha de bananeira, pudim de pão, bolo de mandioca, rosquinhas, linguiça, queijo fresco, geléias de frutas, melaço, quitutes da região assados em folhas de bananeira, café preto de bule. Enfim, uma verdadeira orgia gastrônomica. Fomos embora por volta de 14:30 horas. Emi tanto insiste com Lúcio, o belo recepcionista da fazenda, que consegue ganhar uma muda de orquídea. De volta para Pirenópolis e já na pousada, Cris foi dormir e Ric atualizar sua página no Orkut. Eu, Emi, Ro e Marcelo resolvemos jogar buraco novamente, com as mesmas duplas da noite anterior, em uma revanche. Eu e Emi perdemos, talvez por falha minha, ao esquecer de descer uma carta que poderia fazer com que meu parceiro liquidasse a rodada. De qualquer maneira, jogamos a terceira rodada, como tira-teima e eu e Emi vencemos novamente. Quando acabamos de jogar, a tarde já ia embora. Saímos para uma caminhada pelas ruas de paralelepípedos da cidade, subindo até a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, no alto de uma colina, quando tivemos uma bela visão do restinho do por do sol, com um céu no horizonte bem amarelo.
Voltamos para o centro, passando pela feirinha na praça principal, pela ponte sobre o Rio das Almas e pela Ponte Pênsil Dona Benta. Resolvemos parar para tomar um café no Armazém da Rua Direita (Rua Direita, 07, Centro). Apenas Ro, Marcelo e Cris pedem o café, só servido na versão orgânico e curto. Eu, Ric e Emi preferimos uma caipiroska. No meu caso, pedi uma mistura de laranja com maracujá. Pouco álcool e bem refrescante. O local é bem alternativo e há um empório de produtos orgânicos e naturais. Não vendem grandes marcas. Segundo o garçon, de origem paulistana, eles não trabalham com produtos de larga escala, tais com as cervejas da Ambev e refrigerantes.
Resolvemos jantar na própria pousada, que inaugurou recentemente o restaurante Capim Santo, com serviços nas noites de sábado. Mesa preparada para nós seis em área externa, em um jardim de temperos e luz de velas na mesa. Um luxo, quando degustamos os quatro vinhos tintos que nos restaram.
Descemos para o jantar perto de 21 horas. Nossa mesa era cercada de grandes vasos de cerâmica nos quais são cultivados ervas como hortelã, orégano, tomilho, manjericão, alecrim, sálvia, salsa portuguesa, capim cidreira, entre outras. O menu é com preço fixo: R$28,00 por pessoa (para hóspedes é cobrado o valor de R$25,00) e composto por uma entrada, um prato quente e uma sobremesa. Para entrada, mix de folhas orgânicas e frutas da estação, com três opções de molhos. Escolhi o molho de menta. Como prato principal, a minha escolha recaiu em um escalope de filé mignon ao molho de jabuticaba acompanhado por arroz branco e legumes cozidos no vapor. Para terminar, a sobremesa por mim escolhida foi um brownie de baunilha com creme de castanha de baru. O sabor dos três pratos é ótimo. O único senão fica por conta da temperatura dos pratos quentes, que chegaram já frios à mesa. O garçon que nos atendeu, Weverson, foi muito atencioso e serviu muito bem, incluindo troca das taças de vinho na medida em que trocávamos as garrafas. Por falar em vinho, o melhor de todos degustados nas duas noites foi o Xisto 2005, da região do Douro, Portugal, que acompanhou o prato de filé desta noite. O pior de todos foi um Lídio Carraro Merlot 2004, nitidamente decadente e com um aroma insuportável de mofo e barro podre. Ficou nas taças.