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quarta-feira, 30 de junho de 2010

MERCADO VER-O-PESO

No intervalo do almoço desta quarta-feira, após almoçar no premiado restaurante Lá Em Casa (Estação das Docas, Galpão 2), onde apreciei um prato com ingredientes da culinária paraense (brochete de filhote com cebola, pimentão e tomate, acompanhado de arroz de maniçoba, farofa de farinha d'água e feijão manteiga de Santarém), aproveitei o tempo livre e a proximidade para, enfim, conhecer o famoso e aclamado Mercado Ver-O-Peso. Já tinha estado antes em Belém, mas nunca tinha entrada no mercado, apenas passado, de carro, na rua onde ele fica. Confesso que não me atraiu quando o vi pela janela do carro. Apenas uma grade separa a Estação das Docas do mercado, mas a diferença de público é brutal. Enquanto a presença de pessoas oriundas da classe média é dominante no espaço gastronômico às margens da Baía do Guajará, o mercado tem um público de classes econômicas mais pobres. Ele é densamente popular. São várias tendas, também às margens da mesma baía, vendendo de tudo: frutas, legumes, hortaliças, ervas para fins culinários, ervas para fins terapêuticos, ervas para fins religiosos, artigos falsificados aos montes, peixes de rio e de mar, almoço, lanches e artesanato. O movimento, segundo me informaram, é maior no início da manhã, mas na hora em que lá estava, as barracas que vendem comida pronta estavam bem cheias, pois o centro comercial e administrativo da cidade é nas imediações do mercado. Há setores distintos, facilitando a vida de quem procura apenas um tipo de produto. Saindo da Estação das Docas, há a tenda dos produtos importados (a maioria esmagadora é falsificação tosca, especialmente de roupas esportivas), depois a de comidas (lanchonetes e restaurantes populares, com bancos ao redor do balcão). Em seguida, a de frutas, depois a de galinhas vivas, legumes e hortaliças. Há, logo então, uma construção que abriga o Museu do Índio do Pará. Depois, a tenda de todas as ervas, com senhoras afirmando para o potencial freguês que sua barraca tem as ervas certas para vários tipos de curas, inclusive espirituais. Na calçada mais próxima ao rio, artigos de artesanato. Ao final, a construção de ferro pintada de azul que sempre aparece nas fotos do Ver-O-Peso, abriga os feirantes que vendem os peixes frescos que chegam diariamente no local, desembarcados ali mesmo, nas docas do mercado. Não consegui entender o que encanta tanto as pessoas de fora da cidade, porque achei tumultuado, chato de andar entre as barracas, quente, imundo, sem nenhuma preocupação com a higiene (moscas pousavam tranquilamente nas comidas expostas), fedorento. Cascas de frutas pelo chão, penas de galinha, sujeira da limpeza dos peixes, e ainda vi um jovem urinando no rio, sem se preocupar com as pessoas em volta. Para piorar, no braço de rio que adentra em direção à Praça D. Pedro II, onde os barcos de pescadores ficam ancorados, há uma concentração de urubus atraídos pela carniça ali deixada. A região é bonita, cheia de prédios com azulejos, herança da colonização portuguesa, a estrutura metálica do mercado é original, sua localização às margens da Baía do Guajará é ótima, mas o local é mal cuidado. Conheço mercados em outras cidades que conseguiram ser limpos e bonitos, sem perder suas características, como o Mercado Municipal de Belo Horizonte, o Mercado Municipal de São Paulo, Mercado de Barcelona, o Mercado Municipal de Porto Alegre, o Mercado Municipal de Florianópolis. Fiquei decepcionado com o Mercado Ver-O-Peso de Belém, embora posso destacar que as barracas de ervas exalam um cheiro agradabilíssimo e a variedade de frutas amazônicas é uma explosão de cores e aromas. Os guias escritos que indicam o mercado como visita obrigatória para os turistas alertam para os cuidados que devemos ter com nossos pertences, mas não vi nenhum roubo no local enquanto lá estive. É claro que em local de grande concentração de pessoas, sempre é bom tomar cuidado, em qualquer cidade do mundo. Há uma unidade da Polícia Militar e uma da Guarda Municipal instaladas na região.

terça-feira, 29 de junho de 2010

EM BELÉM A TRABALHO


Cheguei em Belém do Pará. Fazia muito tempo que não vinha a esta cidade. Trabalhei a manhã toda em Brasília e na hora do almoço segui para o aeroporto, que estava muito tranquilo. O voo da TAM saiu no horário, vazio. Percurso de duas horas e dez minutos em céu de brigadeiro. Como não havia despachado bagagem, a minha saída do aeroporto Val de Cans foi rápida. Fui ao balcão da cooperativa de táxi para comprei uma viagem do aeroporto até o Hotel Hilton (Avenida Presidente Vargas, 882), pagando R$ 35,00 pela corrida. Check in rápido no hotel. O balconista pensou que eu era estrangeiro pois minha reserva e respectivo pagamento foram feitos pela Agoda, um site americano. Eu lhe disse que o valor cobrado, mesmo em dólares, era mais barato do que no site do próprio hotel. O hotel está decadente, com mobília antiga nos quartos. Não vale o que atualmente cobra, mas a cidade é carente de bons hotéis e os dois melhores cobram diárias muito altas (Crowne Plaza e Hilton). Vim para um evento sobre trabalho infantil e já tenho compromissos nesta noite de terça-feira. Um jantar oficial com os organizadores. Para variar, está muito úmido, totalmente diferente de Brasília. Chove fraco desde a hora em que cheguei no hotel.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

POUSADA TAMAN BARU

Bela paisagem da pousada. Sábado, dia 26/06/2010, manhã fria e céu muito bonito. Relax total!

ALMOÇO CONCEITO - ALEX ATALA - PIRENÓPOLIS - GOIÁS




ENTRADA FRIA
Pupunha fresca com vieiras e molho de coral, acompanhado do vinho branco Paço do Teixeiró 2009 (Douro)


ENTRADA QUENTE
Creme de cogumelos com caldo de vitela, tucupi e ervas da Amazônia, acompanhado do vinho tinto Vinha da Tapada 2006 (Alentejo)


PRATO PRINCIPAL
Confit de pato com mandioca Brás e pimenta de cheiro, acompanhado do vinho tinto Vinha da Tapada 2006 (Alentejo)


SOBREMESA
Torta de castanha do pará com sorvete de whisky; curry, chocolate, sal, rúcula e pimenta, acompanhado de vinho do Porto Graham's Fine Tawny

domingo, 27 de junho de 2010

DIES IRAE

Desde 2003 o CCBB de Brasília mostra um recorte do Festival Internacional de Teatro de Londrina (FILO), com um mês de boas peças internacionais, denominado Mostra Internacional de Teatro - MIT. Neste mês de junho, estiveram no palco do CCBB companhias teatrais de Portugal, França, Itália e Espanha, com ingressos a R$ 7,50 a meia entrada para cada espetáculo. Obviamente que as sessões lotaram todos os dias. Desta vez, não pude comparecer a tudo. Vi apenas ao último espetáculo, da espanhola Cia Marta Carrasco. E que espetáculo! A diretora, coreógrafa e intérprete Carrasco é um sucesso na Europa, angariando vários prêmios em festivais no velho mundo. Aqui, ela trouxe Dies Irae; En El Réquiem de Mozart, um misto de teatro, música e dança. São treze pessoas no palco encenando o Dia do Juízo Final, onde todos estão sendo julgados, tendo como fundo a famosa composição de Mozart. Falado em espanhol, mas de fácil compreensão, pois o gestual e a performance corporal são mais importantes e nos falam muito mais do que o pouco texto falado em cerca de oitenta minutos de peça. Visceral, raivoso, contemporâneo, embora ambientado em um passado distante. Como se trata do Juízo Final, a igreja é presença constante. As críticas dirigidas a ela e ao mudo atual são evidentes. A peça fala de opressão da religião, de rancor, de poder, de conchavos e toca em feridas e/ou tabus para os religiosos, especialmente os cristãos: pedofilia, aborto, homossexualismo, submissão ao poder do dinheiro. Ao final, a constatação de que ninguém resistirá ao Dia da Ira. Há nove mulheres e quatro homens em cena, que demonstram um vigor físico excepcional. O ator gordo que é caracterizado como um bufão, sem camisas, dá um show de caras e bocas. Ele se parece com a replicante interpretada por Darryl Hannah no filme Blade Runner misturado com o Coringa interpretado por Jack Nicholson em Batman, de Tim Burton. Ele dança e se move de forma que a barriga volumosa balance num balé todo especial. Já perto do fim, depois de um colóquio com Deus, uma candidata à canonização enfim vira santa e é enrolada toda em plástico de pvc. A atriz fica imóvel, somente com as narinas de fora, presa no espaldar de uma cadeira, transformada em seu trono, durante uns quinze minutos, enquanto uma fiel adorada dança, semi-nua, ao seu redor. Cena impactante que me deixou aflito pela imobilidade da atriz. Ao final, muitos aplausos para este belo espetáculo. Iniciativas como esta propiciam um intercâmbio sensacional para os que lidam com o teatro em Brasília. Prova disto é que vários nomes da cena teatral brasiliense estavam presentes. E o MIT amplia suas fronteiras, chegando depois de Brasília e Rio de Janeiro, a São Paulo. Vida longa ao MIT!


sábado, 26 de junho de 2010

SÁBADO DEDICADO À GASTRONOMIA EM PIRENÓPOLIS



Acordamos muito cedo, antes mesmo do refeitório da Pousada Taman Baru abrir. Fazia um frio gostoso, mas o sol já estava anunciando o calor que faria durante o dia. Café da manhã ótimo, com muitas opções de frutas frescas, selecionadas, bonitas e saborosas, além de bolos, pães, biscoitos e um pão de queijo saido do forno. Voltamos para o quarto para nos aprontarmos para a orgia gastronômica do dia. Saímos por volta de dez horas da manhã em direção ao centro da cidade. Paramos primeiro na Pousada Arvoredo para reservar o jantar elaborado pela francesa Muriel. Descobrimos que ela está se recuperando de um revés de saúde na França. Seguimos, então, para a Pousada Gold, onde no carnaval deste ano a sobrinha de Ric esqueceu um pé da sandália que ganhou do marido. Inútil, como era de se esperar, pois quem vai guardar um pé de sandália por quatro meses? Depois voltamos para o centro da cidade, parando no teatro da cidade, onde Alex Atala dava uma aula. Bem concorrida, não havia lugar para nos sentarmos. Aproveitamos para tirar fotos do teatro, totalmente reformado. Passamos na tenda onde havia uma demonstração de como se faz facas. Ainda no mesmo local, tendas armadas em decorrência do festival, mas que só funcionariam a partir de 16 horas. Eu, Ro e Marcelo entramos na Igreja Matriz para ver como ela ficou depois das reformas pós incêndio. A solução encontrada ficou interessante, mantendo-se o que restou da igreja, sem tentar refazer as paredes. No mais, teto e altar novos, pois o original foi consumido pelo fogo. No local também há um pequeno museu com peças salvas do incêndio. Ao sair da igreja, voltamos a nos reunir, pois estava perto da hora de começar o show de jazz na Venda do Bento (Rodovia GO 338 Km 04, saída para Goianésia), fora da cidade, mesmo local onde aconteceu o almoço conceito de Alex Atala, pelo qual pagamos R$ 300,00 por pessoa. O local é amplo, com uma criação de várias aves, como perus, gansos, patos, araras azuis e vermelhas, tucanos, papagaios, emas e veados. Um amplo redário fica à disposição dos frequentadores. Houve um atraso para liberar a entrada, que só aconteceu às 13 horas. Inicialmente nos colocaram em uma mesa no salão interno, com decoração rústica e paredes repletas de fotografias antigas. Bem atrás de minha cadeira ficava o guitarrista da banda de jazz. Pedimos para trocar de lugar e nos acomodaram em uma mesa na varanda, em local muito mais aprazível. Como levamos um vinho branco, os garçons ficaram desnorteados, mas logo nos serviram. No entanto, no mesmo momento começaram a servir o vinho branco Paço do Teixeró 2009 que acompanhou a entrada fria: pupunha fresca com vieiras e molho de coral. Este primeiro prato anunciava o belo almoço que estava por vir. Em seguida,   vinho tinto Vinha da Tapada 2006 que acompanhou os dois próximos pratos. Primeiro, a entrada quente, um creme de cogumelos com caldo de vitela, tucupi e ervas da Amazônia. Simplesmente fantástico, unanimemente escolhido por nós como o melhor prato do almoço. O terceiro prato foi um confit de pato com mandioca Brás e pimenta de cheiro. O pato estava delicioso e a mandioca me surpreendeu, parecendo uma batata palha. Terminado este prato, serviram um vinho do Porto Graham's Fine Tawny para harmonizar com a sobremesa, torta de castanha do Pará com sorvete de whisky, acompanhado de chocolate, curry, sal, rúcula e pimenta. Mistura de sabores inusitada, mas com um belíssimo sabor. Fim do almoço conceito e desfile de todos os empregados que o prepararam. No final da fila, o chef Alex Atala, aplaudido de pé. Simpático, distribuiu autógrafos e tirou fotos com quem o solicitou, casos de Emi e Ric. Saímos da Venda do Bento em direção à A Confraria do Boxexa (Rua do Rosário, 38 - Centro Histórico) onde tomamos café e comemos cocadas que uma senhora vendia na calçada. A rua estava toda enfeitada de faixas com as cores da bandeira brasileira. Hora de voltar para o hotel e descansar, pois reservamos mesa para jantar no Restaurante Montserrat (Rua Ramalhuda, 10 - Beira Rio), com menu preparado pelo chef de Brasília, Rodrigo Sanchez. Na pousada, todos aproveitaram para dormir, enquanto eu vi o final do jogo entre Estados Unidos e Gana, além de ler jornais da semana. Às 20 horas chegamos no local do jantar, um restaurante aberto há apenas cinco meses. Ficamos em uma mesa na área externa, na parte da frente,  já que não havia mesa disponível no salão interno. Fomos os primeiros a serem servidos. Levamos dois vinhos tintos e ainda pedimos mais uma garrafa do cardápio. O menu começou com um ceviche de tucunaré em cama de creme de milho ladeado por um chantilly de pequi e batata doce cozida. Achei delicioso. Depois veio um ravióli de galinha caipira com cogumelos frescos. O aroma do prato tomou conta da mesa. O terceiro prato foi um cordeiro mamão em molho de vinho tinto, com risoto de aspargos e palmito de guariroba, o melhor da noite Finalizamos o jantar com um fondant de chocolate com Chivas 18 anos. Por este menu, pagamos R$ 58,00 por pessoa. Com o serviço, rolha, águas e o vinho espanhol, a conta ficou em R$ 91,50 por pessoa. Voltamos para a pousada extasiados com o dia gastronômico em Pirenópolis.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

VI FESTIVAL GASTRONÔMICO DE PIRENÓPOLIS


Após almoço preparado por Ric, panquecas de carne e de cenoura, e de ver o jogo Brasil X Portugal, em nossa casa, nós, os seis amigos, fomos para Pirenópolis, Goiás, passar um final de semana agradável, aproveitando o sexto festival gastronômico da cidade. Desta vez, ficamos fora da cidade, em uma belíssima pousada chamada Taman Baru. Gastamos pouco mais de duas horas na viagem, pois há obras de duplicação da estrada. Fizemos o check in com uma simpática Naná. No ato da reserva, pagamos metade do valor referente a duas diárias. Cada dupla ficou em um bangalô. São dezessete bangalôs, coloridos, com nomes de plantas e flores. Eu e Ric ficamos no bangalô Orquídea. Marcelo e Cris, com uma diária pouco mais cara, ficaram com o bangalô Samambaia, enquanto Ro e Emi ficaram na denominada Papoula. A pousada é aconchegante, bem decorada. Resolvemos sentar ao redor de uma mesa na varanda de frente para a piscina e para a serra. A lua cheia surgiu no céu e com ela veio um friozinho, logo espantado com as providenciais mantas trazidas por Ric. A decisão unânime foi ficar na pousada, beliscando petiscos preparados no local, acompanhados dos vinhos trazidos por nós. Como viemos para o  festival gastronômico, antes de chegar na pousada, passamos no Centro de Atendimento ao Turista para pagar a nossa reserva no almoço conceito comandado por Alex Atala na Venda do Bento, no sábado. Preço salgado - R$ 300,00 por pessoa, mas, segundo os organizadores, toda a arrecadação será revertida para adquirir uma cozinha pública para fazer a merenda escolar das escolas municipais da cidade. O final de semana promete!

domingo, 20 de junho de 2010

MANÉ GOSTOSO


Tinha tudo para ser um ótimo espetáculo: Ballet Stagium, de São Paulo, Quinteto Violado e Luiz Gonzaga. Mas não foi. Paguei R$ 20,00 (inteira) para ver a coreografia Mané Gostoso do quase quarentão Ballet Satagium em curta temporada na Caixa Cultural de Brasília. O público compareceu e quase lotou o teatro. Achei o figurino e o cenário fracos, que poderiam ser compensados pela dança, mas o que vi foram apenas poucos bons momentos. Havia um bailarino visivelmente fora de forma física, fato difícil de ser ver em companhias consagradas, como o é o Stagium. O excesso de alegria no rosto dos bailarinos não se configurava na coreografia, cheia de movimentos de mãos e cabeça parecendo hélices ou o manjado bate cabelo dos shows de transformistas e drag queens nos clubes noturnos das grandes cidades. Outro ponto que me incomodou foi a transpiração excessiva dos bailarinos, bem visível pelo fato de o teatro ser pequeno. O suor que respingava para todos os lados, aliado a uma possível água nos cabelos, chegava a atingir quem estava nas duas primeiras filas. A música é o ponto alto do espetáculo, uma bela homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A peça dura apenas quarenta e cinco minutos. Saí decepcionado. No hall do teatro, as opiniões eram divergentes. Uns diziam que acharam maravilhoso e outros tinham opinião semelhante à minha. Meus amigos também concordaram que o espetáculo foi fraco. Já vi coreografias bem superiores do Ballet Stagium.


sábado, 19 de junho de 2010

FILMOTECA ESSENCIAL - BRASIL (06)


Sempre digo que um dos meus filmes brasileiros favoritos é O Bandido da Luz Vermelha, produção de 1968, dirigida por Rogério Sganzerla. Assisti novamente para este post. Continuo achando o filme sensacional. É um policial baseado em fatos reais do famoso bandido que roubava as casas em São Paulo com uma lanterna vermelha. Narrado em off em tom sensacionalista, como se fosse um programa policial de rádio, de enorme sucesso no Brasil até hoje. Enquanto os locutores narram os acontecimentos, as imagens do bandido, vivido por Paulo Villaça, vão tomando conta da tela. Além dos roubos a casas de ricos e homicídios cometidos pelo bandido, ainda há o político mau caráter que quer ser o rei da Boca do Lixo, famosa zona de São Paulo onde se concentravam os cinemas com filmes pornográficos (presentes em larga escala no filme) e que na década de setenta foi palco de inúmeras produções do cinema nacional. Helena Ignez faz Janete Jane, uma garota de programa que foi caso do bandido. Para completar, a narração em off também informa sobre objetos voadores não identificados que foram vistos no Brasil. Há uma relação entre o bandido, o político, a situação política que o Brasil vivia na época e estes objetos voadores. Registro a aparição relâmpago de Sônia Braga como uma das vítimas do bandido e de Carlos Reichenbach, diretor de cinema, como um dos bandidos. Em suma, o filme é um clássico que merece ser visto e revisto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

MADONNA



Acabei de ver em Blu-Ray o último show de Madonna, Sticky & Sweet, gravado em Buenos Aires, Argentina. O mesmo show que esteve no Brasil. Ao final, ficou a pergunta sem resposta:

Porque eu não fui a este show?

domingo, 13 de junho de 2010

MÚSICA PARA NINAR DINOSSAUROS

Desde que li sobre a peça Música Para Ninar Dinossauros na Folha de São Paulo, fiquei com curiosidade para conhecê-la. A oportunidade surgiu neste domingo, quando fui ao Teatro da Caixa para assistí-la. O ingresso custou R$ 20,00. Não estava cheio. Texto de Mário Bortolotto, que também dirige e interpreta. Em cena, seis atores masculinos interpretando três amigos em duas fases distintas da vida, além de seis atrizes fazendo seis prostitutas, sendo três na juventude dos amigos e três na época atual, quando eles estão perto de completar cinquenta anos. O texto é ácido, retratando uma geração, por sinal, a minha geração. Fiquei espantado em ver que a minha geração é, de certa forma, o que se vê no palco. Bortolotto define bem esta geração. É aquela que chegou atrasada. Ela está prensada entre duas gerações distintas: aqueles que viveram a juventude na ditadura militar, em movimentos sociais aguerridos, e a geração dos cara pintadas, responsáveis pelas grandes manifestações de rua contra o então Presidente Collor. Esta geração que nasceu na década de sessenta era criança ou adolescente na efervescência da ditadura e todos os movimentos contra ela e, na década de noventa, já não era tão jovem para pintar o rosto e sair às ruas. O enredo é um vai e vem na vida de três amigos, entre os dias atuais e duas décadas atrás, com uma juventude plena de sexo, drogas e rock'n roll. E o sexo, as drogas e o rock continuam na vida deles, não na mesma intensidade de antes. O que permanece na vida dos três, além de uma amizade sólida, é o convívio com prostitutas. Algumas frases ditas pelos personagens masculinos são cheias de preconceitos, de machismo. As mulheres são as vítimas preferenciais, mas também sobra para o casamento e filhos. A diferença de interpretação é grande. Os três amigos em idade atual, vividos por Bortolotto, Lourenço Mutarelli e Paulo de Tharso são melhores que o trio que faz os mesmos personagens mais jovens. No elenco feminino, as diferenças são ainda maiores. Algumas estão à vontade no papel de putas, mas outras estão visivelmente desconfortáveis. A peça tem uma hora e meia de duração e perde muito no seu terço final, quando os diálogos rumam em direção mais filosófica. O texto é bom, mas a peça não se segura nos seus noventa minutos. O público fica dividido. As palmas foram protocolares e muita gente não se levantou para aplaudir o elenco (coisa rara de acontecer em Brasília). Quando terminou, fiquei com uma questão na cabeça, pois claramente há um retrato de minha geração, mas não vivi e nem convivi com o mundo de desbunde na minha juventude como é mostrado em cena e não sou uma pessoa sem perspectiva, pessimista, como os três o são nos dias atuais. Será que a maioria dos homens perto de cinquenta anos são assim? De qualquer forma, valeu ter conhecido este texto de Bortolotto. Quanto à música para ninar dinossauros, fica óbvio que são os standards do rock mundial. Ótimo a deixa sobre o rock dos anos oitenta, quando eles malham Legião Urbana (algo visto quase como um sacrilégio em Brasília). Desnecessária a citação, mesmo que sem citar o nome,  de Glauco, o cartunista morto recentemente e que entrou para o Santo Daime.


VUVUZELA

O barulho da vuvuzela durante as transmissões dos jogos de futebol na África do Sul é simplesmente insuportável. E juntar vuvuzela com Galvão Bueno é de matar.
Li que a organização da copa está estudando a proibição das cornetas sul-africanas nos estádios, pois há muita reclamação das emissoras que transmitem os jogos. Elas alegam que os telespectadores estão insatisfeitos com o barulho durante as partidas. Não se ouve mais o brado, o canto das torcidas, apenas um barulho ensurdecedor, parecendo um enxame de abelhas gigantes saindo dos auto-falantes das televisões. Se em apenas três dias de jogos, o barulho já é um incômodo para muita gente, imaginem aguentar um mês inteiro de jogos e vuvuzelas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

COPA DO MUNDO

Obviamente estou torcendo para o Brasil neste campeonato mundial na África do Sul, mas alguns times merecem também minha torcida: África do Sul, Nigéria, Portugal e Espanha. Espero que a final seja Brasil e um destes quatro times.
Em casa, tudo preparado para reunir os amigos em torno dos jogos da seleção brasileira. Já combinamos a farra regada a cerveja e refrigerante. Muitos podem perguntar se abandonei o vinho, mas a bebida dos deuses não combina com momentos de euforia coletiva. Como não gosto de cerveja, ficarei no refrigerante.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CONSPIRAÇÃO UNIVERSAL

Hoje foi daqueles dias que tudo conspira contra você.

Lasanha não é um bom prato!

Preciso de um bom banho de descarrego!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

LUGARES (05)

Em Brasília há um restaurante que merece ser conhecido. É caro, mas a experiência é muito interessante. Aquavit (SMLN ML 12 Conjunto 1, Casa 5, Setor de Mansões do Lago Norte) é seu nome. O proprietário e também chef é um estrangeiro que repete a velha história de paixão pelo Brasil e aqui se instala. Ele é Simon Lau Cederholm, um dinamarquês. O restaurante está em uma bela casa nas margens do Lago Paranoá. A casa tem um amplo estacionamento interno. Mesas somente mediante reserva antecipada. Não há cardápio. O diferencial do restaurante é seu menu degustação. Único durante todo o mês. Todos os meses, o chef renova seu menu, escolhendo o que há de melhor e mais fresco na época. Geralmente são seis pratos. Antes do início da orgia gastronômica, o próprio chef vai até a mesa e explica todos os pratos da noite (o restaurante funciona para jantar de quarta-feira a sábado). Simon costuma utilizar ingredientes brasileiros misturados com alguns dinamarqueses, que ele traz quando de suas viagens à terra natal. O comensal pode escolher o menu completo com as sugestões de harmonização com vinhos ou escolher apenas os pratos. Também há opção de escolha reduzida de apenas quatro pratos. Mas vale a pena fazer a degustação completa - algo em torno de R$320,00 por pessoa. As ervas utilizadas nos temperos dos pratos são produzidas em uma horta circular na frente da casa. Já jantei poucas vezes no Aquavit, e como o menu não se repete, nem sempre gostei de todos os pratos, mas, em geral, considero uma alternativa prazerosa a se pensar em Brasília. Vale ligar antes, não só para fazer a reserva, mas também para saber o menu do mês. Melhor ainda é ficar em uma mesa na varanda com vista para o lago de um lado e com os cozinheiros trabalhando harmoniosamente do outro. Um detalhe curioso do restaurante é a realização, sem uma periodicidade certa, de um banquete exatamente como no filme A Festa de Babette. Nesta noite especial, os comensais chegam mais cedo para ver o filme projetado na parede branca do restaurante para, em seguida, degustar os pratos na mesma ordem em que Babette delicia seus convidados no filme dinamarquês. Um luxo!

terça-feira, 8 de junho de 2010

ENCONTROS E DESPEDIDAS - MILTON NASCIMENTO - DISCOTECA ESSENCIAL (05)


Embora mineiro, demorei a gostar de Milton Nascimento. Talvez por esta demora, o disco que mais gosto e entendo ser presença obrigatória em qualquer coleção de discos seja um lançado na década de oitenta. O disco é Encontros e Despedidas, lançamento de 1985, produzido por Mazola. O cd tem doze faixas, todas de autoria de Nascimento com os parceiros Wagner Tiso, Fernando Brant, Tavinho Moura, Tunai, Túlio Mourão, Marco Antônio Guimarães e Ricardo Silveira. É um deleite para os ouvidos. Duas faixas são especiais para mim: Noites do Sertão e Encontros e Despedidas. A faixa que dá título ao disco faz parte da trilha sonora da montagem O Último Trem, do Grupo Corpo e já foi gravada por Simone e por Maria Rita, mas acho a interpretação de Milton Nascimento insuperável. Para abrilhantar ainda mais o disco, a fotografia da capa, de autoria de Cafi, é belíssima.


ENCONTROS E DESPEDIDAS - 1985
MILTON NASCIMENTO

segunda-feira, 7 de junho de 2010

RECANTO IAPOTI

Final de semana dedicado ao dolce far niente.
Sem poder viajar de avião, nadar, fazer sauna e não deixar água ou vento frio entrar no ouvido direito, sábado e domingo poderiam ser um tédio total. Poderia, mas não o foi. Eu e Ric fomos passar os dois dias no Recanto Iapoti, chácara de nossos amigos nas margens da Represa de Queimados, em Cristalina, Goiás, onde já estivemos antes, com direito a postagem neste blog. Foi ótimo. Chegamos no sábado, na hora do almoço, depois de pouco mais de uma hora na estrada. O dia estava lindo. Nossos amigos não estavam, mas tudo estava arrumado para nos receber. Até o quarto já estava preparado. Enquanto arrumávamos nossas coisas no quarto, eles chegaram. Foi ligar o iPod na base e deitar na rede. Um deleite. Como não sei cozinhar, fiquei papeando, enquanto preparavam o almoço. Depois de matar a fome, deitei na rede e só acordei no final da tarde, com uma ventania que indicava um chuva, que logo veio para aplacar o tempo seco. Pareceu-nos que o tempo esfriaria, mas ledo engano. Fomos dormir relativamente cedo. Estava precisando de um descanso como o do sábado.


O domingo amanheceu com neblina e com um frio gostoso. Fiquei lendo revistas antigas que havia levado na varanda da casa, olhando o belo lago que fica em frente. Foi quando chegaram os convidados para o churrasco do dia. Carne, cerveja e muito papo. Depois do almoço, o sol se fez presente. Foi assim nosso domingo. Voltamos para Brasília de baterias recarregadas e já com novo encontro marcado para o local, quando faremos uma festa junina noturna.


FILMOTECA ESSENCIAL - BRASIL (05)


Não poderia deixar de fora de uma filmoteca brasileira essencial o único filme nacional a ganhar a Palma de Ouro em Cannes, em 1962. E o filme vale muito! O Pagador de Promessas, argumento de Dias Gomes, com roteiro e direção de Anselmo Duarte. Filmado na Bahia, especialmente em Salvador, no Centro Histórico, com a maioria das cenas em tomadas externas. Fotografia em preto e branco que valoriza o filme. Festas religiosas e do candomblé se misturam neste filme que fala de fé, obstinação, mas tem também tons políticos, como reforma agrária e comunismo, além de uma severa crítica à intolerância religiosa. No filme, igreja e poder público (leia-se polícia) estão de mãos ligadas. O enredo se desenvolve em torno de Zé do Burro (Leonardo Villar) que acompanhado de sua mulher Rosa (Glória Menezes), caminha sete léguas desde sua roça até a Igreja de Santa Bárbara, carregando uma cruz. A intenção é pagar uma promessa feita para a santa caso Nicolau, seu burro, ficasse curado. Esta promessa é feita em um terreiro de candomblé, perante Iansã, a personificação de Santa Bárbara na religião trazida da África pelos negros escravos. Quando chega na porta da igreja, no dia dedicado à santa, ele é impedido de entrar por Padre Olavo (Dionízio Azevedo) por causa das ligações com satanás (a igreja não aceitava o candomblé). Logo, Zé do Burro vira notícia. A imprensa aproveita para distorcer os fatos e transforma-o em um agitador político. A confusão está armada. Além disto, Rosa, sua mulher, se enrabicha por um cafetão conhecido como Bonitão (Geraldo Del-Rey) que, por sua vez, é sustentado por Marli (Norma Bengell), uma prostituta da região. Brigas, ciúmes, discussões, mentiras, polícia, festa, capoeira, tudo acontece no local, em frente às escadarias da igreja. A cena final é impactante. Esta cena é um soco no estômago da hipocrisia e da intolerância. O filme não envelheceu. Continua um grande filme. As interpretações de Leonardo Villar, ganhador de vários prêmios pelo papel de Zé do Burro, e de Glória Menezes, em sua estreia no cinema, com cabelos escuros, são arrebatadoras. Gosto muito da cena da briga no chão da rua entre Marli e Rosa, enquanto uma banda de música passa tocando seus instrumentos. 

sábado, 5 de junho de 2010

FILMOTECA ESSENCIAL - INTERNACIONAL (05)

Já escrevi antes neste blog que Pedro Almodóvar é um dos meus diretores prediletos. Seus filmes sempre são fortes, ácidos, bem dirigidos. Com certeza, alguns vão figurar nesta minha série. Começo com o filme que, ainda na década de oitenta, foi um sucesso no circuito de cinema de arte brasileiro. A Lei do Desejo (La Ley do Deseo), produção espanhola de 1987, mesmo ano em que ganhou o prêmio Teddy dedicado aos filmes com temática gay no Festival de Berlim. Além de dirigir, Almodóvar também é o roteirista e tem uma rápida aparição como um balconista de uma loja. Seu irmão, parceiro de sempre em suas produções, Agustín Almodóvar, faz o papel de advogado de Pablo. No elenco, os dois principais atores de seus filmes iniciais, Carmen Maura, no papel de Tina Quintero, uma transexual operada no Marrocos, e Antonio Banderas, fazendo Antonio Benítez, um jovem gay obcecado por um diretor de cinema também gay, irmão de Tina, Pablo Quintero, interpretado por Eusebio Poncela. A história gira em torno da vida dos dois irmãos e seus problemas amorosos. Tina tem uma relação de amor e ódio com os homens, pois foi abandonada pelos dois que ela mais amou: um padre e seu pai (mais Almodóvar do que isto, impossível), enquanto Pablo vive uma separação de Juan (Miguel Molina), por quem é apaixonado, quando Antonio Benítez aparece em sua vida. Há cenas intensas de sexo gay, com um famoso frango assado de Banderas. As cores fortes, característica marcante do diretor, estão presentes. Na trilha sonora, além de músicas compostas pelo próprio diretor, há Ne Me Quite Pas, na voz insuperável de Maysa Matarazzo, em uma bela cena dramática, no qual há um travelling interessante com Tina quebrando as paredes com um machado e Ana (Manuela Velasco), a menina que mora com ela, dublando a música. O filme perde um pouco no final, mas vale pelo seu todo. Observem a cena final, com um incêndio inexplicável no incrível altar na casa de Tina.
Depois de vinte anos, revi este filme. Continuo gostando.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

FAXINA GERAL

Esta semana toda dediquei à arrumação de estantes e guarda-roupas de minha casa durante o tempo em que estava livre. Cheguei nesta sexta-feira com a sensação de dever cumprido, mas também tendo constatado, pela milionésima vez, o quanto de tranqueira tenho a capacidade de guardar. São coisas que comprei pelo fato de comprar e que nunca foram utilizadas. Fora livros, discos, revistas e filmes que venho comprando aos borbotões. Sempre algumas lições ficam, sabendo que com algumas delas vou novamente me defrontar em um futuro próximo. Parar de comprar? Creio que não consigo. Sou consumidor voraz, sou colecionador. Mas tirei algumas conclusões:

01) Revistas - ler e passar para frente. A probabilidade de abrir uma revista já lida é perto de zero, principalmente em tempos de informação aos borbotões na internet.

02) Discos (ainda falo discos, embora o correto seria cd?) - não tenho mais espaço físico para guardar. Todos já estão digitalizados com todas as músicas em meu iPod, além de um back up em HD externo. Decidi digitalizar todas as capas para arquivar junto com as músicas, fazendo discos virtuais em pastas separadas por cantor/cantora. Vai ser um trabalho demorado, com certeza. Quando terminar, vou selecionar apenas os cantores/cantoras que gosto muito e desfazer dos demais discos. Pode ser que eu venda para um sebo, que eu faça uma espécie de bazar musical ou mesmo doe parte deles. Decidirei quando terminar o trabalho com as capas.

03) Livros - ler e passar para frente, pelos mesmos motivos apontados para as revistas. Em Brasília, além de bibliotecas públicas, posso doar para o T-Bone Açougue Cultural, que mantém um projeto de empréstimo gratuito de livros, incluindo prateleiras espalhadas pelas paradas de ônibus da Asa Norte.

04) Filmes - meu xodó. Não tem como me desfazer da minha coleção, que hoje possui 2.378 filmes. Todos catalogados e arrumados em ordem alfabética nas estantes. Lugar para eles está difícil, mas sei que continuarei comprando, especialmente os filmes brasileiros.

05) Fotos antigas - da época pré-máquinas digitais. Tenho muitas e não há espaço para guardá-las em casa. Vou consultar um serviço de digitalização semi-profissional para ver o orçamento. Com este valor nas mãos, decidirei se o melhor é digitalizar, fazer um back up e me defazer das fotos eternamente guardadas em álbuns e caixas que raramente são mexidas.

06) Roupas e sapatos - com exceção das roupas específicas de frio, toda roupa que fica no guarda-roupa por um ano sem usar, a probabilidade de eu tornar a vestí-la é quase nula. Assim, vou selecionar as peças que ibernam em meu armário para fazer uma doação aos necessitados.

Aproveitei para tirar das gavetas e caixas várias fotos, posters e afins ligados ao mundo do cinema. Mandei fazer quadros para colocar nos espaços que ainda restam nas paredes do quarto de televisão.

Como podem notar, a faxina foi geral.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

LUGARES (04)



A indicação deste post é o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Lote 22). Irmão mais novo dos centros culturais homônimos do Rio de Janeiro e de São Paulo e prestes a ganhar um irmão, em Belo Horizonte, o CCBB de Brasília, como é chamado pela população da cidade, é diferente das unidades de RJ, SP e BH, pois seu prédio é de arquitetura moderna, enquanto os demais ocupam edifícios históricos, que fazem parte da história arquitetônica de seus municípios. Em Brasília, está localizado em um prédio projetado por Oscar Niemeyer para ser sede do Centro de Treinamento do Banco do Brasil, função que ainda exerce nos dias de hoje. Porém, parte do prédio foi adaptada para receber o centro cultural, cuja inauguração ocorreu em 12 de outubro de 2000. Em 2010, o CCBB de Brasília completa sua primeira década de intensas atividades culturais. No mesmo espaço, temos duas salas expositivas, uma sala de cinema, dois teatros, um espaço multi-uso em forma de caixa de vidro e uma sala também multi-uso. Além disto, conta com um café, um simpático bistrô chamado Bom Demais e um amplo jardim gramado, onde estão algumas esculturas. O estacionamento também é grande, um diferencial em relação aos seus irmãos nas outras cidades. Há ainda um transporte gratuito que passa por determinados pontos da cidade, entre eles os setores hoteleiros sul e norte. O funcionamento é de terça-feira a domingo, sempre de 09:00 às 21:00 horas para os espaços expositivos. Para a programação de cinema, shows, teatro e dança é necessário consultar antes. As vendas de ingressos sempre se iniciam aos domingos para a programação de terça a domingo seguintes. Os ingressos são baratos, sendo R$ 15,00 o preço máximo cobrado. Para quem é correntista do Banco do Brasil, paga-se meia entrada. Já vi muita coisa boa nestes dez anos, como o festival de teatro Cena Contemporânea, a Mostra Internacional de Teatro, o extinto projeto Planeta Circo, exposições de acervos de museus estrangeiros, artistas plásticos brasileiros e estrangeiros, coleções de arte particulares, shows de Milton Nascimento, Vanessa da Mata, Beth Carvalho, Zeca Baleiro, Wando, Rita Ribeiro, Elke Maravilha, Márcio Greyk, MV Bill, Odair José, Jorge Drexler, Paulinho Moska, Paula Toller, Tangheto, Soraya Ravenle, Arnaldo Antunes, Daúde, Paula Lima, David Moraes, Lucas Santanna, Max de Castro, Samba Riachão, Zabé da Loca, Mart'Nália, Wanderlea, Ceumar, Roberto Lubambo, Hamilton de Holanda, Nó Em Pingo D´Água, Bossacucanova, Roberto Menescal, Antônio Vieira. Também cito peças dos grupos Armazém, Cia Sutil de Teatro, Galpão, Giramundo, Hugo Rodas, Irmãos Guimarães, Miriam Virna, e uma infinidade de outras. Enfim, local para se conhecer e desfrutar.




As fotos deste post são de minha autoria.

terça-feira, 1 de junho de 2010

NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO

Ontem foi difícil. Hoje, apesar de ter trabalhado em dobro, desempenhando realmente o papel de duas pessoas, o dia passou rápido, sem grandes consequências. Uma consulta no otorrino revelou o que já suspeitava, forte infecção no ouvido esquerdo, o que me impede de viajar de avião nos próximos quinze dias, além de ter que tomar medicamentos fortes. Mas sem estresse. Pode até beber meu vinho tinto quase diário. Aproveitei a hora do almoço para fazer um dos meus esportes preferidos: comprar filmes e discos na Livraria Cultura do CasaPark Shopping. O ato de comprar me é tão satisfatório que as coisas difíceis por que tenho passado nestes últimos tempos com saúde são até esquecidas. Minha empregada disse que estou com encosto. Como boa maranhense, vai me preparar um banho de descarrego para esta quarta-feira. Salve, salve!