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domingo, 30 de setembro de 2012

GASTRONOMIA EM HONG KONG, CHINA - FLAME AT TOWNGAS AVENUE



Endereço: G/F 59-65 Paterson Street, Causeway Bay, Hong Kong, China (www.towngasavenue.com). Há outro endereço na cidade.

Fone: +852 2367 2710.

Especialidade: culinária contemporânea, com destaque para pratos italianos e franceses.

Quando fui: jantar do dia 22 de setembro de 2012, sábado. Éramos cinco pessoas sem reserva. Quando chegamos, o restaurante estava bem cheio, mas como já passavam das 21 horas, conseguiram arrumar uma mesa para nós. Flame faz parte de uma interessante loja de móveis e utensílios para cozinha.

 Serviço: embora bem cheio, tivemos um atendimento bom, com rapidez para tirar os pedidos e na chegada dos pratos à mesa. Avisaram que a cozinha fecharia às 22:30 horas, motivo pelo qual tínhamos que fazer os pedidos antes deste horário.

O que bebi: compartilhamos uma garrafa do vinho tinto italiano Sensi Collezione Merlot 2009 (HK$ 248 – R$ 65,00 ou U$ 32), feito na região da Toscana. Com o vinho, bebemos duas garrafas de água sem gás Vapura. O vinho é digno, sem muita personalidade, mas não fez feio na harmonização com meu prato principal.

O que comi: neste jantar, fui de entrada e prato principal.

Entradabruschetta de presunto e tomates frescos (HK$ 88 – R$ 23,20 ou U$ 11.40). Três unidades bem apresentadas em prato retangular de porcelana branca. O presunto era San Daniele. Havia um leve toque de alho e vinagre balsâmico sobre os tomates. Difícil comer com as mãos, especialmente por causa do presunto. Foi necessário utilizar garfo e faca.



Prato principal: lombo de bacalhau negro marinado em misô japonês, acompanhado de purê de batatas cremoso. Bacalhau bem temperado, com sabor mais leve (HK$ 188 – R$ 50 ou U$ 24.50). O peixe me surpreendeu. O purê de batatas estava muito comum, sem nenhum diferencial.



Valor que me coube na conta: HK$ 360 (R$ 95,00 ou U$ 46).

Minha avaliação: * * *. Restaurante movimentado, com decoração inspirada e feita com utensílios de cozinha, e frequentado por uma galera jovem.

Gastronomia Hong Kong, China

HONG KONG - DIA 2


Sábado, 22 de setembro de 2012. Segundo dia em Hong Kong. Café da manhã às 9 horas, para, em seguida, pegar um táxi até a estação central do ferry-boat, onde atravessamos o canal para o lado de Kowloon. Travessia rápida. Do outro lado, entramos em um shopping para ver um brechó de bolsas de grifes. Havia uma bolsa Hermès usada que custava a bagatela de R$ 36 mil reais! Depois de ver as bolsas vintages, paramos em uma farmácia, onde ficamos por quase uma hora. Comprei o famoso óleo chinês que serve para tudo, como dores musculares, nariz entupido, dor de cabeça, insônia, tosse, entre outros males. Acabei comprando alguns exemplares para distribuir para meus colegas de trabalho. C, V e D ainda compraram artigos de perfumaria e cosméticos. Nosso objetivo era usar o tíquete do Big Bus Tours, fazendo o percurso da linha azul (Kowloon Tour). Estávamos perto da parada 11 (The Peninsula). Fomos para lá. O calor estava insuportável. Eu transpirava em bicas. Pegamos o ônibus, ficando no segundo piso, mas logo descemos, pois o calor estava de matar. Preferimos ficar no piso com ar condicionado, mesmo tendo uma visão limitada do percurso. Como no dia anterior, quando andamos na linha verde, preferimos não descer, fazendo o itinerário completo dentro do ônibus, que dura cerca de uma hora e quinze minutos e tem sete paradas. Assim que chegamos na parada 15 (Hankow Road), resolvemos descer. Era hora do almoço e o calor que fazia nos dava preguiça de ficar andando pelas ruas. Perto da parada tem um interessante shopping aberto, chamado Hullett House, onde resolvemos entrar para procurar um restaurante. Encontramos o The Parlour (2A Canton Road, Tsim Sha Tsui, Kowloon), onde era servido um ótimo brunch ao preço fixo de HK$ 598 (R$ 157,50 ou U$ 77.10). Um enorme buffet com queijos, frios, frutos do mar, pães, pastas, sopas, quiches, saladas, dumplings, vegetais cozidos e grelhados estava montado em duas salas do local, onde podíamos nos servir à vontade. Além do buffet, cada um podia escolher um prato quente do cardápio. Pedi um risoto de ervilhas, que não estava tão bom quanto os itens do buffet. Champagne Mumm era incluída no brunch. Cada vez que a taça esvaziava, vinha o garçom colocar mais. No mesmo local, em sala separada, acontecia uma degustação de queijos, mas nem precisava pagar para experimentá-los, pois todos eles estavam disponíveis no buffet para quem escolhera o brunch. Ficamos quase duas horas no The Parlour. Seguimos depois para o elegante e enorme shopping Harbour City, a poucos metros de distância do restaurante. Ali passamos o restante da tarde, entrando e saindo de lojas e mais lojas. Como minha máquina digital estava pifando, aproveitei a oportunidade para comprar um modelo novo. Continuei com a marca Sony. Sem combinar, encontramos com S em uma loja no mesmo shopping. Dali, já anoitecendo, andamos um pouco pelas ruas das redondezas, fazendo hora pra se posicionar perto do Hotel Intercontinental, na Avenida das Estrelas, uma calçada da fama, local onde os atores, atrizes, diretores e demais pessoas relacionadas ao cinema de Hong Kong são homenageados com sua palma das mãos eternizadas na calçada. No mesmo local, às 20 horas, uma multidão se posiciona diariamente para ver a sinfonia de luzes, um must see da cidade. Britanicamente, o espetáculo começa, quando quase 50 prédios da ilha de Hong Kong servem de palco para o show de luzes que dançam conforme o ritmo da música que está sincronizada no momento. O show dura vinte e cinco minutos e é bem interessante. Valeu esperar. Quando acabou, seguimos a multidão, saindo do local. Embora houvesse muita gente, ninguém empurrou para sair, mesmo quando o caminho se afunilou. No ponto de táxi não havia nenhum carro, mas logo um parou e levou nós cinco. Em Hong Kong, há vários táxis com o adesivo 5 seats, significando que carregam até cinco passageiros além do motorista. Nosso destino não era o hotel, mesmo com todo mundo com sacolas de compras nas mãos. Resolvemos parar no centro comercial da ilha para jantar. Afinal era noite de sábado. Seguimos a indicação de S e C que já tinham, em outra viagem, jantado no Flame. Depois de jantar, eu e D voltamos a pé para o hotel, enquanto C, V e S foram fazer uma providencial massagem nos pés.

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sábado, 29 de setembro de 2012

GASTRONOMIA EM HONG KONG, CHINA - AMBER



Endereço: 15 Queen’s Road Central, The Landmark, The Landmark Mandarin Oriental, Hong Kong, China (www.amberhongkong.com).

Fone: +852 3172 8006.

Especialidade: alta gastronomia francesa, sob o comando do chef Richard Ekkebus. Pratica a moderna culinária francesa com influências da cozinha praticada em Hong Kong. O menu é trocado a cada três meses.

Quando fui: jantar do dia 21 de setembro de 2012, sexta-feira. Éramos cinco pessoas com reserva previamente feita e confirmada por email com dois meses de antecedência. O restaurante fica no sexto andar do hotel cinco estrelas The Landmark Mandarin Oriental, localizado no chiquérrimo shopping The Landmark.

Serviço: Atendimento impecável, desde a recepção até irmos embora, quando as mulheres receberam uma caixinha com um macarron como cortesia da casa. Maitre atencioso, procurando nos atender da melhor forma possível, consultando o chef sobre possibilidades de alterações no menu degustação da noite. Garçons atentos a todos os movimentos, sempre prontos para auxiliar-nos. Quando alguém se levantava para ir ao toalete, eles dobravam o guardanapo de quem se ausentava da mesa, colocando-o delicadamente na mesa. Pratos não demoram a chegar. Serviço de vinho perfeito. Para preservar o prazer de uma boa conversa em torno de uma excelente refeição, o restaurante não tem serviço de acesso gratuito à internet, mas oferecem para os viciados um acesso pago.

O que bebi: iniciamos nossa noite brindando com a champagne Billecar-Salmon Réserve Rosé (HK$ 1.800 – R$ 474,20 ou U$ 232), produzida na região de Mareuill-sur-Ay, França. Champagne refrescante, em temperatura correta. Fantástico. Quando chegaram nossos pratos, harmonizamos com o excelente vinho tinto espanhol Alion 2007 (HK$ 1.480 – R$ 390,00 ou U$ 191), produzido na região de Ribera Del Duero. Já conhecia o vinho e cada vez que o tomo, o aprecio com mais louvor. Perfeita harmonia com meu prato principal.

O que comi: fiquei interessado no menu degustação, mas ele somente poderia ser ordenado se os cinco integrantes da mesa o escolhessem, o que não foi o caso, pois S não gostou de dois dos oito pratos. Antes de chegar o prato principal, o chef nos brindou com alguns amuse bouche. Eles tinham apresentações lúdicas, brincavam com os olhos e o paladar. Como principal, optei pelo burgaud challandais duck, ou seja, pato assado e glaceado com temperos suaves e mel de lavanda, alecrim polvilhado, acompanhado de nabos kabu. As fatias do pato estavam no ponto certo, quase cruas, bem vermelhas, macias e com um sabor muito suave por causa dos temperos. O doce do mel foi um diferencial do prato. Sensacional. Antes da sobremesa, novo mimo da cozinha para limpar o paladar. Em seguida, um suflê de cointreau acompanhado de sorvete feito também com o licor de laranja. Muito bom. A apresentação do suflê é um caso à parte, pois ele vem em um ramequin, mas a parte que extrapola a vasilha tem o formato de um cilindro, bem chapado na ponta, onde o tostado é visível.


amuse bouche


amuse bouche


amuse bouche


amuse bouche


burgaud challandais duck


amuse bouche


suflê de cointreau


Valor que me coube na conta: HK$ 2.110 (R$ 563,00 ou U$ 272). A divisão da conta não foi feita igualitariamente.

Minha avaliação: * * * * 1/2. Restaurante sofisticado, desde a decoração, passando pela louça e taças, até o perfeito atendimento. Figura em 44º lugar na lista dos melhores restaurantes do mundo, segundo classificação da edição 2012 da respeitada revista britânica The Restaurant. Tem duas estrelas no Guia Michelin. Vale o preço que cobra.

Gastronomia Hong Kong, China

GASTRONOMIA EM HONG KONG, CHINA - 208 (DUECENTO OTTO)



Endereço: 208 Hollywood Road, Hong Kong, China (www.208.com.hk).

Fone: +852 2549 0208.

Especialidade: culinária italiana em clima de bistrô, com destaque para saladas frias e pizzas.

Quando fui: almoço do dia 21 de setembro de 2012, sexta-feira. Éramos quatro pessoas sem reserva. O local estava bem cheio. Fomos acomodados em uma mesa coletiva, com cadeiras altas, estilo balcão de bar. Antes dos pratos quentes chegarem, mudamos para duas mesas pequenas que ficavam logo à direita da entrada do restaurante.

Serviço: simpático, jovial e alegre, combinando com o clima descontraído do local.

O que bebi: duas latas de Coca Cola Diet.

O que comi: seguimos a sugestão da casa, visível em grande cartaz decorando a parede da esquerda de quem entra, servindo-me do buffet de salada que ficava exposto no balcão do bar, além de escolher um prato quente das opções do dia: uma massa do enxuto cardápio. Minha escolha recaiu em um rigatoni com molho pesto à moda genovesa. No buffet de saladas, uma seleção de queijos, frios fatiados, quinoa, tomates, azeitonas, folhas verdes orgânicas, aliche, atum desfiado, legumes levemente grelhados (a abóbora moranga estava muito boa). O prato quente demorou um pouco a chegar, mas não nos importamos, pois aproveitávamos para conversar e descansar um pouco do calor que fazia. A massa é servida em uma cumbuca funda de porcelana branca, em quantidade mínima. Estava al dente e bem temperada. Aprovado. Buffet + prato quente: HK$ 118 (R$ 31,10 ou U$ 15.20).



Valor que me coube na conta: HK$ 160 (R$ 42,10 ou U$ 20.60).

Minha avaliação: * * * 1/2. Restaurante com ambiente descontraído, bonita decoração e comida bem feita a preço justo.

Gastronomia Hong Kong, China

HONG KONG - DIA 1


vista panorâmica de Hong Kong do terraço da Peak Tower

Sexta-feira, 21 de setembro de 2012. Dia quente e úmido em Hong Kong. Acordei de cara com o cemitério muçulmano, pois a janela do meu quarto no hotel Cosmopolitan estava aberta e tinha o cemitério como cenário aos meus pés (estava no 23º andar). Fui o último a descer para o café da manhã. Na entrada do restaurante uma fila considerável se formava, aguardando mesa. Entrei para procurar as minhas amigas. S já tinha saído, pois conhecia a cidade e faria um programa diferente do nosso. V, D e C me aguardavam. Buffet sortido, com muitas opções de comida local e comida ocidental. Assim que terminamos o café, combinamos de nos reunir no saguão do hotel em quinze minutos. Desta vez, fui o primeiro a chegar, aproveitando o tempo para fazer o que todos estavam fazendo no lobby: navegar na internet, usando o acesso wi-fi gratuito naquela área do hotel. A partir de nove horas da manhã, em intervalos de quinze minutos, há um serviço gratuito de transporte do hotel até o centro comercial da cidade. Preferimos caminhar do que pegar o ônibus. Depois de atravessar passarelas subterrâneas e ruas movimentadas, chegamos ao centro comercial. Nossa ideia era pegar a linha vermelha da empresa Big Bus Tours e foi o que fizemos, subindo no ônibus de dois andares em sua parada 3, em frente à loja de departamentos Sogo (Causeway Bay Sogo). O motorista nos entregou o folheto com mapa dos itinerários das três linhas e um fone de ouvido. Pagamos somente quando descemos pela primeira vez, na parada 6 (Peak Tram), pois nosso objetivo era subir o The Peak. Ficamos no segundo andar, em área descoberta, aproveitando a brisa, mas enfrentando o calor forte que fazia na cidade. Há dois tipos de bilhetes para o tour. Um que vale por 24 horas (Premium Tour - HK$ 350 - R$ 92,20 ou U$ 45) e outro que é válido para 48 horas (Deluxe Tour - HK$ 420 - R$ 110,60 ou U$ 54.20). Em ambos os casos pode-se descer quantas vezes quiser, visitar a área da parada, tomando um outro ônibus, além de mudar de itinerário, sempre dentro do prazo de validade do bilhete. Optamos pelo segundo. Junto ao tíquete, vem três ingressos: bonde para subir no The Peak, um cruzeiro de uma hora no canal entre a ilha e Kowloon, e um cruzeiro no barco típico Sampan. Como disse, descemos na parada 6, onde pagamos o tíquete para o Deluxe Tour, atravessamos a rua e entramos na fila para entrar no bonde que nos conduziu ao The Peak. A entrada e o ambiente me lembraram a subida de trem para o Corcovado, no Rio de Janeiro. O bonde que faz a subida, muito íngreme, é de madeira, com mais de 120 anos de funcionamento. Em alguns pontos, parece que ele não vai aguentar subir, ficando quase na posição vertical. A pressão que sentimos pela verticalidade do bonde nos prende na cadeira. A impressão é que vamos despencar a qualquer momento. O bonde estava lotado, incluindo gente em pé, o que é permitido. O ponto final é na Peak Tower, uma torre de 396 metros sobre o nível do mar. Quando entramos, damos de cara com uma série de lojas de lembrancinhas e artigos eletrônicos, além de uma unidade do museu de cera Madame Tussauds, onde tirei fotos ao lado da estátua de Bruce Lee. A torre é um shopping com muitos níveis, cujo acesso se dá por escadas rolantes. Para o terraço é necessário mostrar o ingresso. Quando chegamos no alto da torre, ventava muito e o tempo estava bem embaçado, com muitas nuvens, o que prejudicou nossa vista. Lá em cima havia uma instalação de arte interativa onde cada visitante pegava um coração de papel, escrevia uma mensagem de amor e o pendurava em uma das barras de um enorme coração de fibra de vidro. Claro que interagi com a obra. Respeitadas as devidas proporções, a paisagem lá de cima me lembrou o Rio de Janeiro: praias, mar, lagoa, prédios altos, morro, verde, calor. Ao retornar para o bonde, paramos em algumas lojas para pequenas compras. De volta à parada 6, esperamos o próximo ônibus da linha vermelha, seguindo viagem. Passamos pelo centro financeiro da cidade, onde impressionam a altura e a arquitetura dos arranha-céus, especialmente as sedes do Bank of China e do HSBC, além do Lippo Centre, cuja forma nos revela, com muita força de vontade, coalas agarrados em troncos de árvores. Descemos na parada 8 (Man Mo Temple) para conhecer um templo budista diferente, cuja sala de oferendas tem enormes incensos em forma de espiral pendurados no teto. A fumaça destes incensos somada com as que saem dos demais palitos de incenso tornam o local quase irrespirável. Um senhor que trabalha na loja que fica dentro do templo usava máscara para se proteger da fumaça. Comprei um trio de incensos (HK$ 10 - R$ 2,60 ou U$ 1.30) e fiz minha reverência a Buda. Não ficamos muito tempo no Templo Man Mo. Já era hora de almoçar. Tínhamos visto um restaurante nas redondezas, quando ainda estávamos no ônibus, que nos pareceu interessante. Seguimos para lá. Achamos e gostamos. 208 é o nome do restaurante, uma espécie de bistrô modernete, com público jovem com ares de recém ingressos no mercado de trabalho. Gostamos. Após almoçar, voltamos para a parada 8, onde pegamos novamente a linha vermelha, para não mais descer. Passamos pela parada 9, última do circuito que estávamos, descendo na parada 1, que fica em frente ao Pier 7 da Central Star Ferry, local de ligação com a linha verde (Stanley Tour). Entre nossa chegada e a partida do próximo ônibus da linha verde, nos restou trinta minutos, tempo suficiente para dar uma volta na estação de onde parte o ferry-boat para Kowloon, já na parte continental de Hong Kong. Da estação tínhamos ótimas vistas para a IFC Tower, um enorme arranha céu que abriga um shopping e a concorrida loja da Apple, além de acesso para a Estação Central do metrô. Passada a meia hora, subimos no ônibus da linha verde, em sua primeira parada, que recebe o número 17 (as paradas 10 a 16 pertencem à linha azul). Nada no itinerário nos chamou a atenção para descer, motivo pelo qual decidimos fazer a volta completa sem nenhuma parada. É o itinerário mais longo, com duração de duas horas e meia, sem descidas, com sete paradas. É possível ter um panorama de uma parte da cidade interessante, onde a paisagem é dominada por morros, prédios chiques e praias. Passamos pelo restaurante flutuante Jumbo, especializado em frutos do mar e constante nos guias de turismo sobre Hong Kong, que fica perto da saída dos cruzeiros no barco Sampan. Quando já estávamos próximos de terminar o circuito, em trânsito lento, começou a cair uma leve chuva, que não foi para frente enquanto estávamos no ônibus. Descemos no ponto onde partimos, quando resolvemos dar uma passada no IFC. Da estação de ferry-boat para o arranha-céu há uma enorme passarela suspensa, coisa muito comum em Hong Kong, onde as pessoas caminham por horas sobre as ruas e avenidas. Há passarelas que ligam shoppings, hotéis e prédios comerciais no centro da cidade. Fomos pela passarela. Chegando ao shopping, fomos direto para a loja da Apple, onde uma multidão estava na porta. Era o primeiro dia mundial de venda do iPhone 5. Vendedores atendiam quem chegava nos corredores do shopping, pois a entrada na loja só era permitida para quem tinha previamente feito um cadastro para comprar o novo gadget da Apple. Não conseguimos entrar. Já que ali estávamos, pegamos o metrô, descendo em Causeway Bay, onde havíamos começado nossa jornada naquela sexta-feira. Fizemos o retorno para o hotel caminhando, como no início do dia. Era hora de descansar, tomar um bom banho, e sair novamente, pois tínhamos reserva confirmada, feita com dois meses de antecedência, no restaurante Amber, ranqueado na posição 44 na lista dos melhores restaurantes do mundo feita pela revista britânia The Restaurant, edição 2012.


Lippo Centre


Templo Man Mo


IFC Tower


Repulse Bay


Apple Store em dia de venda do iPhone 5


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GASTRONOMIA EM HONG KONG, CHINA - EL CID



Endereço: Causeway Bay Shop, Shop C-D, G/F, Florida Mansion, 9-11 Cleveland Street, Hong Kong, China (www.kingparrot.com).

Fone: +852 2576 8650.

Especialidade: culinária espanhola.

Quando fui: jantar do dia 20 de setembro de 2012, quinta-feira. Éramos cinco pessoas sem reserva. O local não estava cheio, pois já passavam das 23 horas. Foi um dos poucos restaurantes abertos que encontramos para jantar.

Serviço: bom, com garçom atencioso e simpático. Há serviço de internet gratuito, via wi-fi, mediante solicitação de senha. O garçom, assim que sentamos, nos ofereceu o cardápio, além de colocar uma pequena lousa na mesa ao lado para vermos as sugestões do dia. Alertou-nos, ainda, que a cozinha logo fecharia, motivo pelo qual teríamos que fazer nossos pedidos quase que de imediato, incluindo a sobremesa.

O que bebi: vinho tinto espanhol da região de Ribera Del DueroProtos 2009 (HK$ 400 – R$ 105,40 ou U$ 51.60), com 13,5% de álcool. Perfeito para o prato que escolhi, um bife angus. Acompanhou o vinho uma garrafa de água sem gás Acqua Panna.

O que comi: minha primeira escolha, um prato a base de carne de porco, estava em falta. Assim, pedi um contra-filé angus ao ponto com molho de mostarda Pommery, acompanhado de batatas cozidas (HK$ 360 – R$ 94,80 ou U$ 46.40). A carne chegou no ponto escolhido, mas não estava macia como deveria ser, apesar de ser um bife da raça Angus. As batatas cozidas pareciam que tinham saído do fogo algumas horas antes, pois estavam ressecadas. Não quis sobremesa, nem café.

Valor que me coube na conta: HK$ 500 (R$ 131,70 ou U$ 64.50).

Minha avaliação: * * 1/2. Restaurante médio, mais com cara de bar, mas foi o único que achamos para matar nossa fome.

Gastronomia Hong Kong, China

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DE VOLTA PARA GUILIN E A CHEGADA EM HONG KONG


Caverna Reed Flute

Quinta-feira, 20 de setembro. A chuva continuava a cair em Yangshuo. Tomamos o pior café da manhã da viagem no hotel New West Street Hotel. Desci cedo para o lobby do hotel, onde fizemos o check out, recebi a grana que havia deixado como garantia de volta e fiquei navegando na internet até Bruce e o motorista chegarem. Entramos na van no estacionamento coberto do hotel. Era hora de deixarmos Yangshuo, voltando para Guilin. No trajeto, muita chuva, muita obra na estrada, muita tensão por causa da forma como os chineses dirigem. Vimos muitas barracas de beira de estrada vendendo produtos agrícolas, como frutas e legumes. O que nos chamou a atenção foi a quantidade de toranja (pomelo, grapefruit) que estava à venda. As toranjas eram enormes. Por isso tinha tanto suco desta fruta em todos os cafés da manhã dos hotéis por onde passamos. Para minha felicidade, pois adoro o suco amargo de toranja. Demoramos quase três horas para chegar em Guilin. Fomos direto cumprir o roteiro do nosso pacote, visitando a Caverna Reed Flute. A van parou o mais próximo possível da entrada da caverna, mas ainda tivemos que subir uma longa escada, debaixo de chuva. É uma caverna interessante, com muitas galerias, estalactites e estalagmites pelo caminho, todo ele devidamente calçado com corrimão e avisos para prestar atenção no chão escorregadio. Bruce parava de galeria em galeria para mostrar o formato de cada pedra. Golfinho, peixe, macaco, mãe amamentando seu filho, nuvens, caranguejos, estrela do mar, entre tantas outras formas que a imaginação de cada um possa alcançar. A caverna é bonita, mas as localizadas em Minas Gerais (Rei do Mato, Lapinha e Maquiné) dão de 10 nesta atração de Guilin. Poderia ser melhor se eles não usassem uma iluminação verde e azul, o que confere um ar de boate decadente ao interior da caverna. Demoramos cerca de quarenta minutos percorrendo todos os espaços da caverna. Para pegar a van tivemos que descer as mesmas escadas, tomando um pouco de chuva. A próxima atração era um museu. Chegamos no estacionamento do Museu da Pérola do Mar do Sul da China, onde muitos ônibus de excursão estavam estacionados. V não quis descer do carro. Eu, D, S e C fomos atrás de Bruce. Assim que entramos, fomos recebidos por um senhor de riso fácil que nos apresentou ao museu, levando-nos para uma sala onde retirou uma pérola de uma ostra jovem. Ele deixou que pegássemos na pérola. Em seguida, disse que ia nos mostrar a diferença entre uma pérola legítima e uma falsa, levando-nos para outra sala. A visita ao museu acabava ali. A tal outra sala era uma imensa loja onde artigos e mais artigos feitos com pérolas de todos os tamanhos, formatos e cores estavam à venda. V tinha razão em ter ficado no carro. Demos uma olhada rápida nas vitrines da loja, saindo sem nada comprar. O senhor de riso fácil tirou o riso da cara. Voltamos para o carro. Já era hora de almoçar. Era nosso último almoço incluído no pacote de nossa viagem. Bruce cumpriu a promessa feita mais cedo e nos levou a um restaurante muito popular na cidade, praticamente só frequentado por locais. Fica no centro de Guilin e se chama Xiaonanguo. Nele não há uma só palavra escrita em inglês. A única coisa que identificamos foi a numeração. Ficamos em uma sala privativa. Vieram vários pratos, muitos parecidos com o que vínhamos comendo ao longo dos dias passados na China, mas houve um prato específico, muito apreciado na cidade, que era um peixe da região cozido com muita cebola, pimentão e ervas. Muito bom. Despedimos bem da comida chinesa. Assim que acabamos de almoçar, pedimos um chá de gengibre para ajudar na digestão. Bruce propôs uma esticada em algum hotel da cidade, mas todos preferimos ir direto para o aeroporto, mesmo sabendo que estávamos bem adiantados. Foi o que fizemos. Ao chegar, vimos nossas malas do lado de fora, assim como várias outras, todas separadas por grupos, mas sem identificação e sem ninguém tomando conta. Demos o envelope com a tradicional gorjeta ao motorista, nos mesmos valores dados aos motoristas que nos conduziram nas cidades precedentes, pegamos as malas e fomos fazer o check in, desta feita na Hong Kong Airlines. Embora Hong Kong pertença à China, o setor de embarque utilizado é o da área internacional. Tivemos que fazer imigração, carimbar o passaporte com a saída do país e entregar o papel preenchido na entrada em Pequim. Fomos para um setor específico de check in, enfrentamos a fila para quando chegou nossa vez sermos informados de que o despacho para nosso voo ainda não estava aberto. Tivemos que sair, sentando na parte comum do aeroporto, perto dos despachos para voos internos. Ali, cada um se distraiu como quis. Bruce ficou estudando espanhol, tentando tirar suas dúvidas de pronúncia conosco. Para todo lado que eu olhava no aeroporto via o retrato de Kaká anunciando uma pílula para dor de garganta em banners enormes. Quando eram 16:45 horas, voltamos para o local de nosso check in, onde uma fila enorme já se formava. A entrada só foi liberada quinze minutos depois. Parecia que tinham aberto uma porteira, com muita gente saindo correndo para ser um dos primeiros da fila do check in. Fomos rápidos, sendo um dos primeiros a fazer o despacho da bagagem e pegar nosso cartão de embarque. Despedimos de Bruce, entregando a ele o envelope com sua gorjeta. Fomos para o portão de embarque. O voo não atrasou, decolando no horário. Serviram refeição quente.

Chegamos em Hong Kong no horário previsto, ou seja, às 19:50 horas. No maior aeroporto do mundo é muito fácil caminhar. As malas rapidamente chegaram na esteira. Fizemos câmbio, pois a moeda não era mais o RMB e sim o dólar de Hong Kong. Na saída, compramos o bilhete para o trem expresso que liga o aeroporto à estação central da cidade. O trajeto dura 25 minutos. Na estação, pegamos dois táxis para nosso hotel. O curioso é que os carros eram grandes, mas as malas não cabiam no bagageiro. O motorista, que estava de bermudas por causa do calor que fazia, saiu do carro, acomodou as malas com parte delas para fora, segurou-as com uma cordinha e fechou o bagageiro até onde dava. Fomos pelas ruas movimentadas da cidade com parte das malas para o lado de fora. Em pouco mais do que vinte minutos chegamos ao hotel, o Cosmopolitan (387-397 Queen's Road East). Seu lobby estava lotado, com muitos hóspedes brasileiros que participavam de uma feira internacional de jóias. Nosso check in foi muito rápido. Entrei no quarto, tomei um banho, desfiz as malas e desci para sairmos. Batemos perna pelas ruas do centro comercial da cidade, muito próximo do nosso hotel. Ficamos andando até a fome bater, isto perto de 23 horas. Foi difícil achar um restaurante cuja cozinha ainda estava aberta. Paramos em uma rua de pedestre com bares e restaurantes de ambos os lados. Escolhemos um de culinária espanhola, o El Cid, onde jantamos. Depois, voltamos a pé para o hotel. O calor era forte, agravado pelo fato de o clima ser muito úmido. Chegamos suando bicas no hotel. Novo banho e cama. No dia seguinte, rodaríamos por grande parte da cidade.

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GASTRONOMIA EM YANGSHUO, CHINA - PURE LOTUS VEGETARIAN RESTAURANT



Endereço: 7 Die Cui Road, Yangshuo, China (www.yangshuomagnolia.com/purelotus.htm).

Fone: +86 (0773) 881 8995.

Especialidade: culinária vegetariana, com forte presença de ingredientes da culinária asiática, incluindo o tempero picante.

Quando fui: jantar do dia 19 de setembro de 2012, quarta-feira. Éramos cinco pessoas sem reserva. O local não estava cheio. Ficamos em uma mesa no primeiro salão, bem perto da estante que fazia a divisão para o segundo salão. Logo o local ficou com todas suas mesas ocupadas, especialmente de turistas europeus. Permanecemos quase duas horas no restaurante.

Serviço: acima da média do que presenciamos em restaurantes de culinária local durante nossa viagem, embora nenhuma garçonete falasse inglês. Cardápio com fotos e escrita em chinês e inglês. Para maiores informações, as garçonetes chamavam o que nos pareceu um dos proprietários do restaurante que fica em um hotel. Ele falava um pouco de inglês. Todos os pratos tem uma bela apresentação.

O que bebi: enfim, experimentamos um vinho chinês, o Mogao 2000 (RMB 240 – R$ 78,00 ou U$ 38), elaborado com a casta cabernet sauvignon, tendo 12,5% de álcool. Fraco, muito simples. Ainda bebemos água mineral sem gás Nongfu Spring e, ao final, experimentamos um chá muito consumido na região, o chá de osmantus. Também foi servido um bule de chá de gengibre. Os dois chás são muito bons.

O que comi: compartilhamos oito pratos:
01)   Sopa de abóbora e vegetais (RMB 18 – R$ 5,80) – não experimentei, mas quem provou, gostou.


02)   Mix de arroz e grãos (RMB 22 – R$ 7,10) – parece o nosso sete cereais. Era frito, como os chineses costumam fazer o arroz colorido. Bem temperado.


03)   Abóbora moranga com gema de ovo (RMB 22 – R$ 7,10) – na verdade é um bolo cozido feito com massa de abóbora e gema de ovo. Fica muito doce, mas gostei.


04)   Rolinhos recheados com vegetais cozidos no vapor (RMB 28 – R$ 9,10) – com tempero perfeito, massa de arroz muito gostosa, aprovadíssimo.


05)   Berinjela frita (RMB 32 – R$ 10,40) – são bolinhos de berinjela empanada, muito saborosos.


06)   Wrap de vegetais fritos com pasta de ervilha (RMB 32 – R$ 10,40) – deliciosos, com massa crocante, servem mais como um aperitivo para abrir o apetite.


07)   Rolinhos de amêndoas – crocantes, levemente salgados, perfeitos para acompanhar uma bebida mais forte (RMB 38 – R$ 12,30).


08)   Berinjelas feitas na brasa (RMB 28 – R$ 9,10) – levemente passada em uma farinha, ficam crocantes, estava muito saborosa.



Valor total da conta: RMB 500 (R$ 162,00 ou U$ 80).

Minha avaliação: * * *. Restaurante com comida boa a preço justo, em local bem decorado e agradável. Clima de meditação.

Gastronomia Yangshuo, China

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

YANGSHUO

Saímos do barco debaixo de chuva, fina e constante. O nosso guia insistiu em cumprir o roteiro, ou seja, uma caminhada do ponto de desembarque até o New West Street Hotel (68, Pantao Road), mesmo com a chuva que caía. A ideia era andar pela West Street, uma rua de pedestre cheia de lojas, bares e restaurantes instalados em prédios históricos. A chuva incomodava muito. Não tínhamos o menor interesse em ficar andando a esmo. Preferimos ir o mais rápido possível para o hotel. Bruce apertou o passo, dizendo que não tinha como pegar táxi ou transporte coletivo naquela parte da rua e que o hotel era bem próximo. Seguimos o guia, com passos largos e cara amarrada. Ao final da rua de pedestres na esquina com a rua do hotel, ele nos apontou um carro elétrico que cabia umas dez pessoas. Ele comprou os bilhetes, sentamos no carro que nos conduziu até a entrada do hotel. Realmente ele ficava bem próximo, mas com chuva não tinha como fazer o trajeto a pé. Molhados, fizemos o check in. O serviço era lento. C, V, S e D assim que pegaram as chave subiram para seus respectivos quartos. Eu fiquei para pegar os passaportes e dar a garantia, cobrada em dinheiro. Quando cheguei no quarto, tive uma decepção. Pequeno, com mobília velha, descascada, roupa de cama encardida, sem cofre, banheiro escuro, cortinas com aspecto de que nunca foram lavadas, assento do vaso sanitário rachado, vista do quarto para um quintal imundo e ainda com as costas de um letreiro em neon bem na janela, que brilhou a noite inteira. A chuva apertou. C ligou dizendo que tinha que sair para comprar um tênis, pois só levara sandália aberta e não queria ficar com os pés molhados. V a acompanhou nesta empreitada. Sem internet no quarto, desci para o lobby, onde naveguei um pouco, atualizando o Instagram. Voltei para o quarto para ler um pouco, coisa que pouco tinha feito até então na viagem. Só nos encontramos novamente às 20 horas, quando saímos para jantar. Sem indicações de restaurantes, V consultou o Trip Advisor. Escolhemos o número 2 da lista, especializado em comida vegetariana. V pediu à recepcionista informações de como chegar ao restaurante. Com um inglês difícil de entender, ela apontou para uma rua quase em frente ao hotel, dizendo que não era longe para ir a pé. A chuva insistia em cair. Decidimos ir de táxi. No entanto, nenhum passou na porta do hotel e, para variar, o hotel não podia chamar pelo telefone. Ficamos vestidos com as capas de chuva na porta esperando um táxi passar. C estava com seu tênis novo, todo branquinho. Veio um tuc-tuc. Fizemos sinal, ele parou, mostramos o cartão escrito em chinês pela recepcionista do hotel com o endereço de nosso destino. Ele balançou a cabeça afirmativamente, mostrando com as mãos que a corrida nos custaria RMB 20 (R$ 7,00 ou U$ 3.50). Aceitamos e nos acomodamos, três de um lado e dois do outro, ficando sentados um em frente ao outro. Ríamos muito da situação, enquanto o motorista conduzia o carro em direção totalmente diferente da que a recepcionista havia nos mostrado. Depois de uns quinze minutos, sempre na mesma rua, para a direita do hotel, ele parou em frente a um restaurante bem simples, com letreiros em chinês e tartarugas vivas na porta. Um chinês com cara de poucos amigos, cigarro na ponta da boca, veio nos receber. Ele conversou qualquer coisa com o motorista, dizendo em inglês sofrível que éramos bem-vindos. Pagamos a corrida sem muita convicção que estávamos no local certo. Outro chinês veio até nós mostrando uma mesa horrível. Nas mesas ocupadas vimos vários pratos com carne. Definitivamente não era o restaurante por nós escolhido. Nem entramos.Vimos um hotel ao lado e procuramos a concierge que nos ajudou bastante. O restaurante era perto do nosso hotel. O motorista do tuc-tuc nos enganara. Pedimos um táxi, mas ela disse que era para ficarmos na rua que passava um. Claro que não passou. Resolvemos ir caminhando na direção do hotel, fazendo sinal para qualquer transporte coletivo que passava. Novo tuc-tuc passava. Fizemos sinal, ele parou e V sentou rapidamente. Entregamos o cartão. O motorista demorou para ler, balançando a cabeça afirmativamente, mostrando nos dedos da mão que nos cobraria RMB 30 (R$ 10,00 ou U$ 5). S não aceitou, pedindo para V sair do tuc-tuc. Claro que V não saiu, no melhor estilo "daqui não saio, daqui ninguém me tira". Não era hora de deixarmos escapar aquele transporte. Eu e D também entramos. S ficou negociando até que o motorista aceitou fazer por RMB 20, o mesmo valor que pagamos antes. Passamos em frente ao nosso hotel, entramos na rua previamente indicada, percorremos mais alguns metros, parando em frente ao Pure Lotus Vegetarian Restaurant. Estávamos no local correto. Quando terminamos de jantar, a chuva tinha parado. Voltamos a pé para o hotel, onde passamos a noite na companhia de baratas. Tudo caminhava muito bem em relação ao pacote da agência de turismo, mas esta última noite foi o fim da picada. Não havia necessidade de dormirmos em Yangshuo, uma cidade sem muitos atrativos, a não ser um show idealizado e dirigido pelo mesmo diretor da abertura das Olimpíadas de Pequim, que o guia tentou nos vender ingressos, mas como era ao ar livre, ainda bem que não compramos, pois a chuva não deixou de cair durante nossa curta passagem pela cidade. Daria muito bem para chegarmos do cruzeiro e voltarmos de carro para Guilin, um trajeto de pouco mais de duas horas de duração. Ainda chegaríamos na cidade com a luz do dia. Fica a experiência de verificar em detalhes cada item do pacote a ser comprado em viagens futuras.

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CRUZEIRO PELO RIO LI


Antes das oito horas da manhã do dia 19 de setembro eu já tinha tomado café da manhã, fechado minha bagagem e feito check out no Guilin Park Hotel, pois Bruce passaria para nos pegar por volta de 8 horas. Nosso destino era o pequeno porto de Guilin, distante cerca de uma hora do hotel, onde embarcaríamos às 9:30 horas para um cruzeiro de quatro horas de duração pelo Rio Li (Li River) em direção à Yangshuo, nossa próxima parada na China. No hotel, não me deixaram ficar com a chave magnética, nem pagando por ela. Fiquei sem um item para minha coleção. Bruce sugeriu para deixarmos a mala maior em Guilin, pois nossa estadia em Yangshuo seria de apenas uma noite e nossa partida seria pelo Aeroporto de Guilin. Cada um de nós preparou uma bagagem de mão com itens necessários para a nossa próxima curta estadia. As malas ficaram no lobby do hotel. Não recebemos nenhum comprovante de que lá deixamos cinco malas. O guia informou que a agência de turismo levaria as malas para o aeroporto no final da tarde do dia seguinte, quando deveríamos pegar um voo para Hong Kong. Confesso que fiquei desconfiado, mas era a única maneira possível. Fomos para o porto. Chegamos com vinte minutos de antecedência. São vários barcos de dois andares que partem em comboio no mesmo horário, fazendo o percurso Guilin-Yangshuo diariamente. Este cruzeiro está indicado no livro de Patricia Schultz, 1000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer. O tempo estava bem fechado, com muitas nuvens baixas e escuras indicando que teríamos chuva em breve. Também havia muita neblina tampando os morros. Bruce nos indicou nosso barco. Fomos acomodados no segundo piso, onde também seria servido o almoço, incluído na viagem. Só havia mesas para quatro pessoas. Assim, a acomodação da empresa previa quatro em uma mesa e um em outra separada, quando o escolhido dividiria o espaço com estranhos. Apertamos as cadeiras para caber os cinco na mesma mesa. Ficamos na última mesa, bem ao lado da porta de acesso à varanda do segundo piso (ainda havia um terraço acima do piso onde ficamos, de livre acesso para todos os viajantes). Antes mesmo do barco zarpar a chuva deu sinal de vida, caindo alguns pingos. E foi assim durante todo o percurso. Ora chovia, ora parava, sempre nublado, sempre com neblina, o que prejudicou apreciar a paisagem. Os barcos saem em fila e vão fazendo zigue zague nas águas do rio, evitando bater no fundo, uma vez que o Rio Li é muito raso e estreito nesta região. Alguns pequenos barquinhos, que cabem até seis pessoas, também navegavam no mesmo local. Bruce disse que eram passeios mais curtos, com uma hora de duração. Ainda havia alguns chineses em canoas individuais. Eles encostavam nos barcos vendendo frutas, artesanato e peixes para os turistas. Com um dos pés eles se firmavam no costado do barco grande, ficando em pé oferecendo seus produtos. Muitos conseguem vender, incluindo peixes, que os turistas pedem para os cozinheiros do barco prepararem. As belas paisagens vão se descortinando pelo caminho. Bruce ia indicando as que chamam mais a atenção, como a entrada de uma caverna chamada Caverna da Coroa (Crown Cave), o Morro do Morcego (Bat Hill), as belas montanhas de LangShi e as encostas de um morro onde parece que nove cavalos foram pintados, para mim a parte mais bonita da viagem de barco. Também chama a atenção as formas de cada pedra, que remetem a gorila, golfinho ou imperadores. Mesmo com chuva fina, o pessoal entrava e saía da varanda na medida em que novos cenários apareciam. No entanto, com pouco mais de uma hora de viagem, pareceu-me que estávamos vendo mais do mesmo. Achei que seria melhor pagar por um passeio menor, como os oferecidos pelos barcos pequenos. Para passar o tempo, ficamos sentados conversando e ouvindo música de nossos iPods. Teve um momento que muita gente foi para fora. Era chegada a hora de ver a mesma paisagem estampada nas notas de 20 yuan. Depois disto, nada mais me despertou o interesse de tirar fotos. O almoço foi servido pouco antes do meio dia, no sistema self service. Claro que todos do barco se concentraram no segundo piso. Quem era turista de fora da China fez duas filas, uma de cada lado do buffet, mas os chineses ignoraram solenemente a fila e entraram empurrando. Uma chinesa magrinha e bem pequena fez um prato digno de um estivador do cais. Duvidamos que ela comeria tudo, mas ela o fez. A comida era insossa, com pratos comuns da culinária chinesa, com os quais já estávamos enjoados de tanto comer. Terminado o almoço, deu uma preguiça total. Chegamos ao local de desembarque às 13:30 horas, com muita chuva. Meu guarda-chuva estava dentro da mala que ficara em Guilin. Ao sair do barco, comprei de um camelô uma capa de plástico, bem vagabunda, pela qual paguei RMB 5 (R$ 1,60 ou U$ 0.80). Uma caminhada na chuva nos aguardava...




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