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terça-feira, 28 de junho de 2011

HERÓIS, O CAMINHO DO VENTO


Quando a peça Heróis, O Caminho do Vento estreou em sua primeira temporada, não consegui ir ao teatro. Passava de carro todos os dias da semana, na ida e na volta do trabalho, via o cartaz, agendava, mas sempre uma viagem a trabalho no final de semana me atrapalhava. Fiquei pesaroso quando a temporada se encerrou sem eu tê-la visto, pois os comentários que ouvia sempre eram favoráveis. Lembro-me que encontrei com o ator Chico Sant'Anna, que não me conhece, em um evento no CCBB e o abordei perguntando se a peça voltaria em cartaz. Ele me respondeu afirmativamente, sem, no entanto, dizer a data. No início de junho, vi o front door pregado no Bloco C da comercial da 205 norte com as datas da nova temporada da peça, com os mesmos atores da primeira apresentação. Agendei para conferir o espetáculo neste último domingo (dia cheio de atividades culturais para mim), na sessão das 20 horas. Cheguei ao Espaço Cena (SCLN 205 - Bloco C - Loja 25) trinta minutos antes da previsão de início da peça. Comprei a entrada na hora, por R$ 20,00 a inteira. Um bom público compareceu, mas não chegou a lotar o pequeno teatro. O texto é de Gérald Sibleyras (no folder a grafia está errada, escrito Gerard), um dramaturgo e ator francês. É a história de três idosos em um asilo em um lugar qualquer da França (a referência ao país se dá indiretamente, como na rima de uma estrofe de uma poesia onde é citada a região de Champagne) onde vivem ex-combatentes, os heróis da guerra, que se reúnem diariamente em uma varanda para conversar sobre passado, presente e futuro, planejando uma fuga do asilo. Um deles é otimista (Chico Sant'Anna), outro pragmático (João Antônio) e outro fronteiriço (William Ferreira). Show de interpretação destes atores radicados em BrasíliaChico Sant'Anna, Joaõ Antônio e William Ferreira. Direção segura e leve de Guilherme Reis. Texto tocante. Terceira idade, velhice, solidão, proximidade da morte. Tudo de maneira descontraída, sem apelações. Comédia gostosa, com final emocionante e lírico. Adorei a peça, que dura em torno de 75 minutos. Quem não viu ainda há chances, mas deve correr, pois ela fica em cartaz somente nos dias 01, 02 e 03 de julho no Espaço Cena. Vale muito. Maravilha de espetáculo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O BRASIL NA ARTE POPULAR - ACERVO MUSEU CASA DO PONTAL



Ao sair do CCBB no último domingo, fui para o Complexo Cultural da República para conferir a mostra "O Brasil na Arte Popular - Acervo Museu Casa do Pontal", exposição que tinha seu último dia no Museu Nacional da República. Fiquei receoso de não dar tempo, pois cheguei às 17:50 horas e o museu fecha às 18:30 horas. Mas, felizmente, consegui ver tudo, lendo todos os paineis e displays que estavam no espaço expositivo, que ocupava o piso térreo do museu. Ric não quis entrar, preferiu ficar no carro me aguardando. A entrada era gratuita e havia um bom público lá dentro. Estava de mochila, motivo pelo qual tive que colocá-la no guarda-volume, localizado na saída do museu. Fotos não eram permitidas. Até bem pouco tempo, eu cometia um erro, muito comum, por sinal, de achar que arte popular e artesanato são a mesma coisa. Ledo engano. Li uma matéria sobre as sutis diferenças quando pesquisava na internet sobre o Complexo Cultural da Liberdade, em Belo Horizonte, onde haverá um museu dedicado à arte popular. Também comprei um livro, cuja capa ilustra este post, que traz o acervo do Museu Casa do Pontal, localizado no Rio de Janeiro. Foi justamente este museu que cedeu as obras para a exposição em Brasília. A imagem da capa do livro é a mesma que ilustra o cartaz da mostra. Separadas por temas, as obras estão dispostas de forma didática e de fácil circulação, sem uma direção única a percorrer. Grandes nomes da arte popular brasileira estavam representados na exposição. Cito cinco Mestre Vitalino, de Pernambuco, Noemisa, do Vale do Jequitinhonha (MG), famosa pelas bonecas de barro, GTO, também mineiro, especializado em esculturas em madeira, Maria de Beni, com suas representações das cavalhadas de Pirenópolis (Goiás), e Adalton, com sua arte erótica, de Niterói (Rio de Janeiro). Na área destinada ao sincretismo religioso, peças de cerâmica e madeira que remetiam ao catolicismo, com anjos, presépios, ex-votos e procissões, e às religiões afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé, com representações de terreiros, pretos velhos e orixás. Outra ala era para retratar as brincadeiras de crianças: soltar pipa, pular amarelinha, jogar peão, entre outras, que hoje as crianças não conhecem, pois são viciadas em videogames. Em uma outra área, uma mostra das profissões, outra era dedicada ao Rio São Francisco, com uma série de barcos em madeira dispostos em linha reta pendurados por fios de náilon sob um fundo azul. Uma linda instalação. Uma pequena área era reservada para a arte erótica, onde um aviso dizia que a idade recomendável para ver as obras em cerâmica, a maioria de Adalton, era de 16 anos. Artistas como Mestre Vitalino, as bonequeiras do Vale do Jequitinhonha, Nino, Nhô, tinham uma área própria. Mas a parte mais concorrida era a que representava as festas populares: carnaval (um desfile na Marquês de Sapucaí em cerâmica que, ao apertar um botão, os bonecos mexiam braços, pernas e cabeças, e um samba enredo ecoava, simulando o carnaval carioca), maracatu, cavalhadas, folia de reis (com mecanismos móveis iguais ao do carnaval), maracatu, bumba meu boi (com todas as suas variações), quadrilhas em festas juninas. Todas as festas populares tinham peças de variados tamanhos e pequenos textos que não esgotavam de forma alguma a matéria, mas davam, sinteticamente, uma boa explicação para os visitantes. Fiquei no museu até os seguranças passarem dizendo que era hora de fechar. Belíssima exposição. Arte popular brasileira. Arte digna de figurar em museus mundo afora. Ao sair, perguntei o horário de funcionamento normal do museu. De terça a domingo, de 09:00 às 18:30 horas. Como ele é bem próximo da rodoviária, acho que deveriam estender este prazo para, pelo menos, 20 horas, dando tempo para quem sai do trabalho durante os dias da semana visitar o local, sempre com ótimas exposições gratuitas. Se não for possível esta dilatação de horário, que se faça como nos museus importantes da Europa, onde um dia da semana (na maioria deles, o dia é a quinta-feira), o museu poderia ficar aberto até mais tarde, até 21 horas. Ressalto que CCBB e Caixa Cultural já funcionam de terça a domingo de 09:00 às 21:00 horas para visitação. Porque não seguir este exemplo exitoso? Fica a solicitação.

MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO - MIT - "TEATRO DELUSIO"


Fui na última sessão do quarto e último espetáculo da Mostra Internacional de Teatro - MIT que ocorreu no Teatro I do CCBB durante o mês de junho. Sessão em horário diferenciado: 16 horas de domingo, com casa cheia. Ingresso, como de costume, comprado previamente por R$ 7,50. Desta vez, Ric foi comigo. Não houve atraso para iniciar a peça "Teatro Delusio", da companhia alemã Familie Floz. Três atores em cena durante uma hora e vinte minutos. Nenhum diálogo, nenhuma fala. Vemos os bastidores de um teatro em cuja programação estão os clássicos das grandes casas de espetáculos da Europa: música erudita, ópera e balé. Nunca vemos nada do que ocorre no palco, apenas ouvimos as músicas, o canto, tudo em gravação. O que vemos é o trabalho dos funcionários do teatro e o entra e sai dos artistas, além de uma bailarina fantasma, tema recorrente em coxias dos teatros mundiais. São vários personagens interpretados pelos três atores, entre eles o eletricista, a faxineira, a camareira, o maestro, as bailarinas, o gerente, o diretor, o coreógrafo, a responsável pelas perucas, a diva, o divo, e um gatinho de estimação. O interessante é que os atores não mostram o rosto. Sempre estão com máscaras. A troca de roupas e máscaras é um dos pontos a destacar da peça. As máscaras que eles usam são construídas de forma caricata, mas que mantem uma semelhança bem perto do estereótipo que faço de um alemão. São moldadas para que tenhamos a impressão de que há expressão facial durante as cenas. Um trabalho fenomenal de corpo dos atores. É o movimento do corpo, das mãos, da cabeça, que nos leva a crer que há alteração nas feições da máscara. Dei muitas risadas. O MIT fechou com chave de ouro sua pequena mostra em Brasília. Desta vez, o saldo foi positivo, pois gostei muito de duas peças, a que abriu e a que fechou a mostra, e achei interessante a terceira delas. Somente a portuguesa foi uma decepção. O CCBB estava concorrido, pois além da peça, duas exposições estão no local, além de uma mostra de cinema cujo tema é a moda. Gosto muito de ver um centro cultural tão movimentado aos domingos. Com exceção do teatro, todas as demais atrações eram gratuitas. Além disto, há o ônibus do centro cultural que circula diariamente, de graça, levando e trazendo os interessados em ver o que há de bom na cultura para se ver. Poderia existir um CCBB em cada canto do país. A cultura agradece!

sábado, 25 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO - MIT - "KESKUSTELUJA"


Depois de ver o excelente show de Marisa Orth encerrando o Todos Os Sons Domingo CCBB 2011 de junho, fiquei no centro cultural, pois tinha ingresso (R$ 7,50) para ver a terceira peça da Mostra Internacional de Teatro - MIT programada para 21 horas no Teatro I. Desta vez a atração vinha da Finlândia com o espetáculo Keskusteluja, do grupo WHS, com os atores performáticos Ville Walo & Kalle Hakkarainen. Não era uma peça, mas sim um espetáculo circense. Os dois atores ficam em cena o tempo inteiro, mas não interagem. Cada um alterna seus números. Não há falas. Apenas gestos, olhares e projeções. Uma projeção constante de um filme mudo soviético de 1924 (Aelita, dirigido por Yakov Protazanov) era o elemento de interação de um dos dois atores. O filme era projetado em diversos formatos de telas. Tais telas, na verdade, eram pedaços de tamanhos e formas variadas feitos em papelão. A sincronia entre o ator e a cena muda era de impressionar. O outro performático fazia um número contínuo de malabares, utilizando diversos objetos, como uma bola em um livro que me lembrou o personagem Jack do sombrio desenho produzido por Tim Burton. Ele também utiliza um boneco sem cabeça, nos quais as pernas e braços são presos com um imã, fazendo diversos movimentos de dança e de malabarismo com os membros do boneco. Utiliza ainda cubos de madeira e um telefone para seu interminável número de malabares. O piso do teatro é todo coberto com placas retangulares de papelão que são levantadas e tombadas em diversos momentos e posições para a já citada projeção ser exposta ao público, que lotou o teatro. Não tenho dúvidas de que preferi o ator que se relaciona com a atriz no filme mudo. Dá a impressão que a atriz vai sair da tela como no filme A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen. O número de malabarismo chega a cansar, pois ao final fica um mais do mesmo, mas valeu a pena conhecer este trabalho circense que veio da Finlândia.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

TODOS OS SONS DOMINGO CCBB 2011


Programação musical no final de tarde de domingo nos jardins do CCBB. Entrada gratuita. Três shows diferentes, sendo duas atrações de Brasília e uma nacional. Cheguei quase na hora de começar, por volta de 17 horas, passando antes pela bilheteria para comprar entrada para um novo projeto musical que se inicia em julho. Trata-se de Soy Loco Por Tí America, com o cantor Moska de mestre de cerimônia recebendo a cada final de semana um cantor brasileiro e um cantor ou banda da América do Sul. Ingresso na mão, fui para a área onde estava montado o palco para o Todos Os Sons Domingo CCBB 2011. Cadeiras de plástico para o público, mas muitos preferiram se sentar na grama, estendendo toalhas e cangas, no melhor estilo pic nic. Mesmo já com muita gente ocupando as cadeiras, consegui me sentar na primeira fileira, ao lado de conhecidos que encontro em quase todos os eventos culturais de Brasília. Costumamos nos chamar de amigos de fila de shows, teatros e afins. A primeira atração foi um conjunto instrumental liderado pelo músico Fernando Corbal. Foram quarenta minutos de boa música emoldurada por um belíssimo entardecer. O vento frio exigia um blusa. O público ia chegando cada vez em maior número. O show teve a duração certa. Todos os músicos são muito bons e a música de Corbal é diversificada, não cansando ninguém. Digo isto porque não sou muito fã de música instrumental, pois tenho a tendência de ficar com sono, mas isto não ocorreu com esta primeira atração. Um breve intervalo para arrumar o palco e outra atração da cidade subiu ao palco. Era o Pedro Martins Quarteto, banda jovem liderada por quem dá nome ao conjunto. Com projeções de imagens ao fundo, o grupo mostrou que é afinado, é antenado com o que rola nos dias de hoje, sabe tocar junto, mas achei o som dos garotos muito repetitivo, além do líder ser egocêntrico. Tudo ele dizia minha banda, minha composição, minha música, meu cd. Precisa amadurecer um pouco mais. Esta segunda atração me deu sono, motivo pelo qual aproveitei para me levantar, ir ao banheiro, comprar algo para comer e beber para, em seguida, retornar ao meu lugar para conferir a atração nacional da noite. O gramado já estava tomado de gente. O público compareceu em peso. Quando às 19:20 horas foi anunciado o show Romance Vol. II, a galera começou a gritar. Músicos entram em cena vestidos de calças pretas e camisetas de malha também pretas com um coração vermelho bem brilhante nelas aplicado. Era a banda de Marisa Orth. Ela entrou de modo triunfal, em um vestido tomara que caia vermelho que tinha uma providencial abertura para deixar à mostra as belas pernas da atriz/cantora. Simpática, sarcástica, sensual, má, diva, doidivana, bêbada, tonta. Marisa Orth encarnou tudo isto em sua apresentação. Não faltou o bordão "Cala a boca Magda!", gritado por alguma idiota da plateia, que Marisa rebateu de pronto, perguntando se a pessoa poderia ser mais criativa. É sabido que ela odeia que façam isto em suas apresentações, pois ela já densercanou a Magda do Sai de Baixo há anos. A plateia delirou com a resposta irônica da cantora. O show é um desfile do cancioneiro romântico. Grande parte das canções resvala no brega. Marisa Orth chegou a dizer que cantava o melhor da MPBBP (Música Popular Brasileira Bem Popular). Um ponto alto do show é a versão dela para Massagem For Men, do repertório de Sharon, cantora que surgiu na década de 1980 na esteira das cantoras bumbum, como a Gretchen. Esta música fazia parte do repertório da Banda Vexame da qual Marisa era vocalista. Bem diferente de Sharon, Marisa Orth não rebola no palco, preferindo uma interpretação mais insinuante, principalmente quando passa as mãos lascivamente no cabo que sustenta o microfone. Também fizeram parte do set list da cantora na noite de domingo sucessos em outras vozes como Minha Fama de Mau (Roberto Carlos), Fruto Proibido (Rita Lee), Amor (Secos & Molhados), As Dores do Mundo (Jota Quest), Lama (Maria Bethânia). Mas o melhor de tudo foi a performance para Insanidade Temporária, música de André Abujamra e Flávio de Souza. Foi uma mistura de interpretação musical com uma encenação teatral. Ótimo. Ao final do show, todos de pé em frente ao palco, durante o bis. Aproveitei para correr até a banquinha montada ao lado do palco para comprar o cd de mesmo nome do show. Adoro o projeto Todos Os Sons, que acontece uma vez por mês, sempre no primeiro domingo após a lua cheia, nos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro, quando não chove em Brasília. As próximas atrações nacionais são: o paulista Thiago Pethit em julho, a pernambucana Karina Buhr em agosto e uma grande atração internacional em setembro, quando o projeto Todos Os Sons migra para a Praça do Museu Nacional da República em encerramento conjunto com o festival Cena Contemporânea, com a cantora portuguesa Maria João fazendo o show principal. Imperdível.


Pedro Mariano Quarteto - Projeto Todos Os Sons Domingo CCBB 2011


Marisa Orth no show Romance Vol. II - Projeto Todos Os Sons Domingo CCBB 2011


Marisa Orth no show Romance Vol. II - Projeto Todos Os Sons Domingo CCBB 2011


Marisa Orth no show Romance Vol. II - Projeto Todos Os Sons Domingo CCBB 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

EU TE AMO




Quando saí do almoço, resolvi conferir a exposição montada no piso térreo do Brasília Shopping por ocasião do Dia dos Namorados. Exposição de fotos de Kasuo Okubo retratando casais de namorados nus. Entrada gratuita, permitida somente para maiores de 16 anos. Entrei primeiro, enquanto Ric ficava com seu sobrinho. Depois foi minha vez de ficar com o menino, enquanto Ric conferia as fotos. Belíssimos ensaios fotográficos com casais hetero e homossexuais, sempre nus. Além das fotos, dois vídeos eram projetados em duas televisões. Um deles com fotos dos casais que ganharam o direito de serem fotografados por Okubo por terem feito compras acima de um determinado valor no shopping. No outro vídeo, o making of destas fotos. O curioso de se ver foram os locais escolhidos. Todos durante o dia, em áreas externas bem conhecidas da cidade como a Torre de TV e o Buraco do Tatu (trincheira que liga o Eixão Norte ao Eixão Sul passando por debaixo do Eixo Monumental e da Rodoviária. Gostei muito. Do lado de fora do centro de compras, grandes letras anunciavam o nome da exposição EU TE AMO, conforme foto abaixo.



DISNEY ON ICE


Domingo de manhã, dia 19 de junho de 2011, dia em que me livrei de uma vontade que me persegue há anos. Fui a um espetáculo de patinação no gelo. Como estava com o hóspede mirim em casa e meu presente para ele de aniversário foi levá-lo ao Disney On Ice - Aventuras em Walt Disney World no Ginásio Nilson Nelson, juntei o útil ao agradável. Para ficar no setor Central Rosa, paguei R$ 90,00 cada ingresso, preço de meia entrada, pois utilizei o cartão de crédito da bandeira Mastercard como forma de pagamento. O show começou no horário marcado, ou seja, 11 horas da manhã, sem um minuto de atraso. Como estamos em Brasília, muita gente chegava com mais de quinze minutos de show em andamento. Foi fácil estacionar, fácil entrar e fácil sair. Muito bem organizado. Nas cadeiras, enquanto aguardávamos o início do espetáculo, dezenas de vendedores uniformizados ofereciam às crianças guloseimas e brinquedos. Haja dinheiro para comprar tudo o que passa, a maioria bugigangas que serão esquecidas num canto qualquer das casas. Não comprei nada. Apenas vi o show, tirando muitas fotos. É bem produzido, as coreografias são simples, mas entendo que assim deviam ser por se tratar de uma montagem para o público infantil. A sincronicidade de movimentos é legal de se ver. A história em si é uma colcha de retalhos, mote encontrado para entrar em cena vários personagens da Disney que são queridos da criançada mas que não transitam no mesmo universo. Assim, Pato Donald, Mickey, Minnie, Margarida, Pluto, Pateta, Buzz, Wood, Jessie, Os Incríveis, Malévola, Cinderela, Branca de Neve, Chapeleiro Louco, Alice, Piratas do Caribe, Stitch fazem parte da mesma história, na qual Malévola encarna todas as bruxas más das histórias da Disney. As crianças ficam vidradas, encantadas com o que veem e participam, acenando para os personagens, gritando quando eles pedem para gritar, fazendo gestos com as mãos e sorrindo muito. O show é dividido em dois atos, ambos com mais ou menos quarenta minutos de duração. Entre os dois atos, há um intervalo de meia hora, providencial para levar as crianças ao banheiro ou para vender mais guloseimas e bugigangas. Gostei, matei minha vontade e quero ver um espetáculo adulto na primeira oportunidade que tiver. Do ginásio, fomos direto para o Brasília Shopping, onde chegamos quase duas horas da tarde para almoçarmos no enorme Coco Bambu. Tivemos sorte de ainda achar mesa no piso superior, pois em questão de minutos a casa lotou e se formou uma longa fila de espera. O restaurante funciona em sistema de buffet livre, ao preço de R$ 45,00 por pessoa. Para a criança, optamos pelo prato infantil (R$ 22,50), já que ele quase não come. A comida é boa, mas o serviço ainda deixa a desejar, mesmo com exército de garçons. Colocaram as focácias de entrada em nossa mesa quando já tínhamos terminado o almoço, fator determiannte para avaliar a qualidade do serviço. Ao pagar a conta, descobri que aos domingos o consumo acima de R$ 50,00 em restaurantes (não vale a praça de alimentação) garante gratuidade no estacionamento do shopping, bastando apresentar o cupom fiscal no balcão de atendimento localizado no térreo antes de se dirigir ao caixa do estacionamento. No balcão, fui informado que o shopping estava oferecendo, também de forma gratuita, ingressos para uma peça infantil que começaria às 15 horas, mas os ponteiros do relógio já passavam de três horas da tarde. Ficou para a próxima.



PROJETO ENCANTADORAS - ÂNGELA RÔ RÔ


Depois de um sábado inteiro dedicado a programas com áurea infantil, fui relaxar no Teatro Oi Brasília, conferindo mais um show do Projeto Encantadoras. A cantora da noite foi Ângela Rô Rô. Teatro lotado, público maduro. Rô Rô acompanhada apenas por um músico, Ricardo Maccord, tecladista e operador do computador. Hilária, como sempre, a cantora chamava o computador de filarmônica, nominando antes de cada música uma cidade diferente. O show foi alto astral. Ângela Rô Rô continua com ótima presença no palco, simpática, desbocada, com voz firme, cantando cada vez melhor. Entre uma e outra música, aproveitava para pigarrear e mexer os ombros, além de contar histórias de sua vida. Segundo ela, as dores no corpo e a tosse sem fim eram sinais da idade. O repertório foi o que eu queria. Só sucessos e clássicos de sua autoria. Além das composições próprias, cantou em ingês e em francês. A sua intepretação de Ne Me Quitte Pas é sublime. Acertei no Milênio e Compasso, da nova safra de sucessos estiveram presentes e entusiasmaram o público assim como Fogueira, Tola Foi Você, Simples Carinho e Amor, Meu Grande Amor. Como sempre, ela não poupou nem a questão do preço do ingresso do projeto da qual estava fazendo parte. A entrada, preço único, custou R$ 25,00. Ela disse que era praticado preço popular mas para se chegar ao teatro não existia transporte popular. O que se via do lado de fora era uma coleção de carros "populares", como Porsche, Ferrari, Mercedes Benz, BMW, entre outros. Completou dizendo que quanto mais rico, mais difícil tirar dinheiro do bolso. Foi uma risada só no teatro. Fez uma reverência à Maria Bethânia, cantora de quem gosta muito e disse lindas palavras sobre a Presidente Dilma. Foi aplaudida. Ao final do show, o já tradicional sorteio, do qual não fui contemplado.


Ângela Rô Rô em show no Teatro Oi Brasília - Projeto Encantadoras


terça-feira, 21 de junho de 2011

DINOSSAUROS DA PATAGÔNIA



Ainda no sábado, após almoço no El Paso Texas, fomos para o ParkShopping, onde está a exposição "Dinossauros da Patagônia", montada na Praça Central, no piso térreo, com entrada gratuita. A exposição tem peças do Museu Paleontológico Egídio Feruglio (Mef), localizado na região da Patagônia, Argentina, onde se tem um dos maiores parques arqueológicos da América do Sul. São esqueletos de dinossauros de diversos tamanhos, com descrição em displays de seus possíveis hábitos. Também há bonecos de plástico que dão a ideia de como o esqueleto do dinossauro exposto era em sua forma viva. Exposição pequena, rápida de se ver, com grande fluxo de famílias. As crianças adoram.  Os adultos também. Não foi diferente com o sobrinho de Ric, que corria de um lado para o outro, vendo os esqueletos, vendo os bonecos e querendo se fotografar perto de cada um deles. Como estava no shopping, para não perder o hábito, passei na Fnac e comprei algumas revistas e filmes em blu-ray. Já iniciava a noite. Era hora de voltarmos para casa.



DIA E

O sábado começou com um belo café da manhã, com um estresse em relação a Getúlio que demonstrou ciúmes com a presença da criança em casa, com atualizações de leitura de jornais atrasados, com o garoto assisitindo, em dvd, a animação Carros, já que ele ficara alucinado com o trailer da sequência deste desenho animado na noite anterior. Já perto de 14 horas, decidimos pretigiar um amigo que estava com uma tenda armada com comida mexicana no II Festival de Gastronomia Hispano-Americana, parte das festividades da Semana del Español, promovida pelo Instituto Cervantes. O festival aconteceu no dia 18 de junho, data instituída para celebrar a língua espanhola, recebendo o sugestivo nome de Dia E. As tendas estavam armadas na área posterior do Espaço Cultural Instituto Cervantes, onde um grande número de pessoas passeava pelas tendas que vendiam comida mexicana, peruana, colombiana, espanhola, empanadas argentinas. Também haviam tendas que promoviam a cultura e o turismo de alguns países de fala espanhola.
Quando chegamos, um grupo tocava a tradicional música típica peruana, aquela com flautas e cds para vender ao final da apresentação. O calor era grande, pois cobriram o local, com uma espécie de lona fina para evitar o sol, mas parecia um forno. Ficamos pouco tempo. Deu para comer uma empanada na barraca argentina, onde só havia sobrado a com recheio sabor pizza. Nas outras barracas era difícil chegar, pois muita gente deixou para almoçar no local. Nada passava de R$ 10,00. Ouvimos umas três músicas, pegamos um balão a gás para o garoto e decidimos ir almoçar. Para ficar no clima do Dia E, fomos para o El Paso Texas da Asa Sul, onde desfrutamos do buffet de comida latina. Quando deixamos o restaurante, já passavam das quatro horas da tarde.


Apresentação de grupo tocando músicas típicas do Peru

KUNG FU PANDA 2


No último final de semana, recebemos um hóspede de seis anos, sobrinho de Ric. Assim, a nossa programação foi recheada de atrativos para crianças. Começamos na noite de sexta-feira, indo ao Pátio Brasil Shopping para conferir o filme Kung Fu Panda 2 (Kung Fu Panda 2), produção dos Estados Unidos de 2011, dirigida por Jennifer Yuh. Escolhemos a sessão dublada, por motivos óbvios, mas confesso que teria sido mais interessante ouvir as vozes de Jack Black, Angelina Jolie, Luci Liu, Dustin Hoffman, Gary Oldman, Jackie Chan, Jean-Claude Van Damme, entre outros, que dublaram os personagens do desenho animado. Tinha dois tíquetes trocados no site DOTZ que me davam o direito de retirar dois ingressos na rede de cinemas da Severiano Ribeiro até o dia 30 de junho. Desta forma, só paguei a meia entrada do garoto, ao custo de R$ 10,00, por ser uma sessão das 21 horas. Neste horário, o contingente de crianças é menor, o que garante menos barulho na sala de projeção. O primeiro filme da série foi muito divertido, pois o "ator" principal, o Panda, é uma graça e consegue a nossa simpatia de imediato. Nesta sequência, a China está ameaçada por um pavão, herdeiro do trono que fora banido pelos próprios pais por ter se aliado ao mal. Ele retorna poderoso, com um exército de lobos e gorilas, e com uma máquina de metal que cospe bolas de fogo. O Panda e seus amigos (a tigresa, o macaco, o louva-a-deus e a cobra) partem para detê-lo e ainda recebem a ajuda de dois outros "cérebres" lutadores de kung fu, o touro e o crocodilo. Nesta segunda parte, além da ação em si, é mostrada a origem do Panda e como ele foi achado e adotado por um ganso. Nas cenas de flash back, a animação tem um formato diferente, lembrando os desenhos animados que fizeram sucesso na televisão na década de setenta, com fundo chapado, sem perspectiva de longe/perto. Gostei desta homenagem aos desenhos daquela época. É lógico que o grupo do kung fu triunfa ao final, mas a cena do Panda retornando ao lar para os braços de papai ganso é muito bonita, carregada de emoção. Claro que há uma referência a uma possível continuação, ao aparecer o pai verdadeiro do Panda, em uma comunidade da espécie julgada extinta pelo maléfico pavão. Vamos aguardar o terceiro filme da série. Gostei como entretenimento e o garoto adorou tanto o filme, quanto os trailers que passaram antes, entre eles o da animação Carros 2. Do cinema, fomos todos para a unidade da Pizzaria Valentina da Asa Sul, com um frio de 15° C. Criança adora pizza e nós também. Assim, unimos o útil ao agradável. Foi a primeira vez que fui à filial da pizzaria que mais gosto na cidade. Acho a matriz, na Asa Norte, mais aconchegante. O cardápio é o mesmo, o atendimento sempre eficiente e cortês, a qualidade da pizza também é a mesma, mas tenho uma preferência inexplicável pela matriz.

domingo, 19 de junho de 2011

MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO - MIT - "PERSONA (INGMAR BERGMAN)"

Na última quinta-feira, eu e Ric comparecemos ao CCBB para conferir a segunda peça da Mostra Internacional de Teatro - MIT. Teatro I bem cheio, com muita gente do mundo das artes cênicas da cidade. Ingresso, como sempre, a R$ 7,50 para quem é correntista do Banco do Brasil. A atração de duas noites, quinta e sexta, era o Teatro Turim. Apesar do nome, ele não é italiano, mas vem de Portugal. Encenação no velho e bom português lusitano, pleno de chiados e com alguma dificuldade de entender o que as atrizes Katrim Kaasa, Teresa Tavares e Anabela Moreira falavam. O mínimo que posso dizer do diretor, João Canijo, cineasta, conforme indicado no folder da mostra, é que ele foi muito ousado, pois resolveu encenar o clássico filme Persona, de Ingmar Bergman, dando à peça o mesmo nome do filme. Na verdade, não se trata de uma versão para os palcos, mas uma transposição literal do texto. Ao fundo, uma tela reproduzia a cena do filme que víamos em cena, em seu idioma original, o sueco. As comparações são inevitáveis e, talvez, tenha sido esta a intenção do diretor. Obviamente, o filme de Bergman é infinitamente superior, assim como o desempenho das atrizes. Ver Liv Ullmann (a atriz Elizabeth Vogler) e Bibi Andersson (a enfermeira Alma) na tela é até covardia. As atrizes portuguesas não estão à altura. A atriz que encarna Elizabeth Vogler não consegue passar o sofrimento que vemos na tela, enquanto a que faz a enfermeira Alma dá um ritmo acelerado em suas falas, como se estivesse sofrendo desde o início, totalmente diferente de Bibi Andersson, que mostra serenidade na face até mesmo quando tem um acesso de fúria (afinal, ela é a enfermeira Alma). O filme é muito metafórico: o próprio nome da enfermeira, Alma, já indica a tentativa de Vogler de se apropriar da sua identidade. A fusão de imagens do rosto das duas atrizes suecas ao final da projeção é a síntese do desejo de Vogler. Isto João Canijo não conseguiu mostrar. A peça dura pouco mais que uma hora, enquanto o filme tem mais de oitenta minutos. Assim, algumas cenas foram limadas do espetáculo. A transposição de uma cena para outra no palco ficou chata demais. Não há nenhum fundo musical que poderia amenizar tal troca de cenário. As atrizes empurram móveis e objetos, posicionando-os nas marcações existentes no tablado. Ficou irritante, não dando ritmo à encenação. Em alguns momentos, cheguei a pensar que o diretor apenas queria mostrar à plateia como Bergman, segundo seu ponto de vista, havia feito as cenas, além de também evidenciar que uma cena em cinema envolve muito tempo de bastidores que não cabem no teatro, que é mais visceral, mais direto, mais cru. Outra prova desta tentativa de desnudar os bastidores do cinema é a atriz que faz a médica, pois como tem uma participação mínima, mas não sai de cena, sendo a principal responsável pela troca dos móveis de lugar, ela ainda "dirige" as duas outras atrizes quando estas não conseguem ver o que se passa na tela. Nestes momentos, ela diz "entra!", como se estivesse gritando o famoso jargão do cinema: "Ação!". Isto se faz necessário, pois a ideia é sincronizar as duas cenas: tela e palco. Cinema e teatro, cada um tem sua magia e o diretor Canijo tentou unir tais magias, mas, infelizmente escolheu um filme difícil, onde a questão psicológica é forte e a imagem é tudo. Tanto é assim, que a fotografia de Persona, o filme, é maravilhosa. Saí sem saber se tinha gostado ou não. Ouvi comentários do público na saída do teatro, fazendo a inevitável comparação, mas sem um juízo de valor preciso, algo do tipo "gostei" ou "não gostei". Acho que merecia uma melhor reflexão e foi o que fiz depois, já em casa. Pensei até em rever o filme, pois tenho o dvd em minha coleção, mas desisti, pois faria uma comparação cujo resultado seria desastroso para a peça. Em minha opinião, merece destaque a ousadia do diretor, mas o que se viu em cena não correspondeu a esta ousadia. Conclusão: não gostei do que vi.


sábado, 18 de junho de 2011

GETÚLIO DE CASTIGO!


Carinha triste. Getúlio de castigo porque fez xixi onde não devia. Já fazia mais de dez dias que ele andava solto pela casa, pois sabia onde deveria fazer suas necessidades (no tapete higiênico onde ficou de castigo até fazer xixi, sem poder deitar - o tapete da foto), mas só foi chegar uma criança de seis anos, sobrinho de Ric que veio passar o final de semana conosco, que ele começou a agir para chamar a nossa atenção. Não sabia que um cachorro sentiria ciúmes.

Deu até pena de ver esta carinha triste, como se estivesse pedindo para sair do castigo. Mas fiquei irredutível, pois ele tem que ser condicionado é agora, já que acabou de completar três meses de idade no último dia 14 de junho.

Este castigo foi na sexta-feira à noite. O pior que novo castigo foi dado na manhã deste sábado, pois enquanto todos tomávamos café, sentados na mesa da sala, ele ficou rodeando todo mundo e como ninguém parou para brincar com ele, foi até a porta da sala e fez um coco. Levou uma surra e ainda ficou novamente no tapete, com uma cara mais triste ainda, apertando os olhinhos como se fosse chorar. Passados quinze minutos, veio até mim e ficou lambendo meus pés e tornozelo, querendo carinho. Acabei por dar comida para ele na minha mão.

À tarde, tudo voltou ao normal. Xixi e coco no local certo e muita energia no danado.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

JOHN PIZZARELLI QUARTET


No último domingo, dia 12 de janeiro, constatei que as músicas de George Gershwin, John Lennon, Paul McCartney, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, James Taylor, João Gilberto tem algo em comum. Todas elas ficaram ótimas com os arranjos feitos pelo grupo de John Pizzarelli, numa batida jazz. Isto ocorreu em show no Auditório Ruth Cardoso do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 20 horas, para o qual paguei R$ 88,00, já incluída a taxa de administração da Ingresso Rápido, para ficar bem localizado na Plateia Vip. John Pizzarelli estava acompanhado por piano, bateria e violoncelo, este último a cardo de seu irmão, músicos que formam o John Pizzarelli Quartet. O band leader não largou sua guitarra em nenhum momento do show. Todos usam terno e gravata, embora o show não seja formal como o traje poderia sugerir. Houve um atraso considerável para o início do espetáculo, pois houve venda de ingressos duplicados para o mesmo assento, fato que movimentou a produção para recolocar todos que tiveram este transtorno. O show é alegre, Pizzarelli é simpático, utilizou várias frases em português, e se dirigiu ao público, em inglês, por várias vezes. Ao cantar a primeira das canções brasileiras, Águas de Março (Tom Jobim), na versão inglesa, elogiou a música brasileira, dizendo-se ser um arodoroso fã. Ainda fizeram parte do set list do show outras canções brasileiras, entre elas Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), também cantada na versão inglesa, que foi acompanhada, em português, pela plateia, fazendo um bonito jogo de línguas para a música; e Só Danço Samba (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), cantada em um português quase sem sotaque. O show durou por volta de uma hora e meia, com direito a dois bis. Gostei do show, da vibração positiva em noite fria e especial em Brasília. O espaço não ficou cheio, muito antes pelo contrário, havia muita poltrona vazia. Não é a primeira vez que vejo isto em um show de jazz no mesmo local. Por falar em local, o Auditório Ruth Cardoso não é espaço apropriado para shows de jazz. É muito grande, com péssima acústica, muito frio e nada intimista, aspectos que não combinam com um show deste gênero musical. Teatros menores, como o Oi Brasília, a Caixa Cultural e o CCBB, para ficar apenas com três exemplos na cidade de Brasília, seriam muito mais adequados para receber tais shows.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO - MIT - "AMAR"


Como escrevi na postagem anterior, começou a Mostra Internacional de Teatro (MIT) no CCBB, ocupando o Teatro I. A primeira peça veio da Argentina. Montagem da Companhia Alejandro Catalán chamada "Amar". Três casais, vividos pelos excelentes atores Edgardo Castro, Lorena Veja, Natalia López, Toni Ruiz, Federico Liss e Paula Manzone, fazem uma viagem para um balneário. Não há indicação qual o motivo, tanto pode ser uma temporada de férias quanto um final de semana. A ação se passa em uma noite neste balneário, onde os três casais interagem. Dos seis, cinco já se conheciam, sendo uma apenas a intrusa, ou a novata no grupo, recém namorada do "garotão" da turma. Todos estão na casa dos trinta anos, menos a novata, que tem 26 anos. Nesta noite, onde eles estão em um local com um jardim externo e uma pista de dança de boate (para mim, um hotel), a conversa começa inocente, com o papo rolando em torno do dia a dia, mas na medida em que a noite avança e as bebidas começam a fazer efeito, algumas "verdades" sobre o relacionamento de todos aparecem, trazendo momentos tensos e dramáticos. É o verdadeiro cair o pano da hipocrisia de uma sociedade que exige que as pessoas simulem comportamentos, principalmente quando estamos lidando com relacionamentos amorosos, com o amar, título da peça. Como nas peças mais recentes do teatro argentino (falo tendo como referência as que vi nos últimos anos, especialmente as de Daniel Veronese), o diretor Alejandro Catalán optou pelo naturalismo. A história pode acontecer com qualquer um de nós e os atores estão bem soltos, bem naturais. Não há iluminação direta. Cabe aos atores posicionarem ou segurarem lanternas para iluminar rostos, corpos e partes de corpos, dependendo do que o texto exige que se ressalte. Quando estão dançando, aqueles que não estão na cena tremulam as lanternas, simulando as luzes de uma boate. Outro efeito cênico interessante é o barulho do mar, feito a partir da manipulação de dois suportes feitos com garrafas de plástico cheias de grãos. O subir e descer dos grãos dentro da estrutura de plástico simula o vai e vem das ondas do mar. A peça começa assim, com dois atores manipulando a engenhoca, mostrando ao público que a história se passará à beira mar, e também termina do mesmo modo, porém o fim é na escuridão total, apenas o mar e a conversa bem baixinho dos personagens, revelando-nos que eles foram tomar uma brisa, foram colocar os pés na água, que a vida continua, apesar de tudo o que vivenciaram em uma intensa noite. Além do ótimo texto, destaco também a opção do diretor em mostrar para o público como são feitos os efeitos cênicos, além da entrada e saída dos atores da cena (eles nunca deixam o palco, mas ficam na penumbra, como se não estivessem sendo vistos por nós). O MIT começou bem. Gostei muito do que vi.


MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO - MIT


Mostra Internacional de Teatro (MIT) - em cartaz no CCBB durante o mês de junho com quatro espetáculos estrangeiros: uma companhia da Argentina, uma de Portugal, uma da Finlândia e outra da Alemanha. A mostra é realizada todo ano em parceria com o tradicional Festival Internacional de Teatro de Londrina - FILO. Quero conferir todos os espetáculos. Comecei conferindo "Amar", da Cia Alejandro Catalán, grupo argentino, que merecerá um post aqui neste blog. Já tenho entradas compradas (R$ 7,50 cada ingresso) para as peças de Portugal e Finlândia. Para o espetáculo alemão comprarei ingresso durante esta semana.

PROJETO ENCANTADORAS - ROBERTA CAMPOS

O Teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1, Conjunto 1B, Bloco C), vizinho ao Palácio da Alvorada, tem um projeto interessante chamado Encantadoras que traz ao seu palco uma figura feminina de destaque, seja na música brasileira, seja nas artes cênicas. Os shows musicais predominam esmagadoramente a programação. Pelo projeto já vi Zélia Duncan, Teresa Cristina, Tulipa Ruiz, entre outras, sempre shows deliciosos de se ver, porque o teatro não é grande, permitindo uma interação entre a cantora e o público imediatamente. Comprei entrada para ver a mineira Roberta Campos, cujo segundo disco, Varrendo a Lua, costuma ser frequente no som do meu carro. Pelo projeto, todos pagam meia entrada, sem necessidade de comprovar ou doar nada. Simplesmente o preço é único: meia entrada a R$ 25,00. O show de Roberta Campos ocupou o teatro nos dias 10 e 11 de junho. Fui na primeira noite, sexta-feira passada, sozinho. Quando cheguei, uma recepcionista me entregou um pequeno formulário para preencher, se quisesse, obviamente. Era uma pesquisa sobre o teatro e o que eu gostaria de ver na sua programação. Ao final do show, haveria sorteio de brindes para quem preenchesse a ficha. Brinquei com ela, dizendo que esperava ter sorte, pois no show da Tulipa Ruiz apenas mulheres foram as sortudas. O teatro abriu no horário certo. Meu lugar era na primeira fila, local privilegiado neste teatro, pois entre a fila e o palco há um grande espaço. O público era pequeno, em sua maioria jovem. Alguns casais homossexuais na casa dos vinte e poucos anos mostrava que Roberta Campos era a escolhida da vez deste público. Ao meu lado, dois jovens que estavam totalmente enamorados,  assistiram ao show de mãos dadas, tirando muitas fotos da cantora. Um deles chegou a chorar em duas músicas que falam de amor perdido. Os poucos que compareceram ao  teatro eram antenados com as músicas da cantora mineira, pois a maioria cantava quase todas as músicas, especialmente as que fazem parte do último disco. Como sempre ocorre, pouco antes do início do show um telão desce no centro e imagens dos últimos shows na casa são passadas. A última imagem foi de Tulipa Ruiz que elogiou o projeto Encantadoras e anunciou a atração da noite. Era de se esperar que as luzes se apagassem, o telão subisse e a banda de Roberta Campos entrasse em cena. As luzes se apagaram, o telão subiu, mas nada de banda nem de cantora entrarem no palco. Isto só foi acontecer quarenta e cinco minutos após o horário previsto pra o show ter início. Depois de muito tempo, alguém resolveu pedir desculpas ao público, mas sem maiores explicações. 21:45 horas: Roberta Campos entrou com sua banda, formada por um guitarrista, um baixista e um baterista, empunhando um violão e atacou de Varrendo a Lua, sendo acompanhada por todo o público. Dali em diante, ela cantou músicas do segundo álbum, uma canção do primeiro cd, uma música nova chamada Sete Dias (uma balada do tipo fossa), e alguns covers, como Segue o Seco (Carlinhos Brown, eternizada na voz de Marisa Monte), o refrão grudento de Beija-Flor, sucesso da banda brasiliense Natiruts, refrão este que foi cantado por toda a plateia, além de duas músicas do repertório da Legião Urbana, algo rotineiro nos shows em Brasília, algo que acho mais insuportável cada dia que passa. No geral, o show não me empolgou. Roberta Campos é infinitamente superior em gravação. Ao vivo é contida, diria até mesmo sem graça. A interação com a banda é fraca (ela só apresentou os rapazes já no bis, coincidência ou não, somente depois que alguém gritou para ela os apresentar). No palco, ela me lembrou, forma de cantar e voz, a Paula Toller no  início  de carreira, quando desafinava bastante (quem não se lembra da gravação ao vivo de Nada Por Mim, quando Toller desafina feio). Roberta Campos chegou a desafinar também por duas vezes. A voz dela não preencheu o ambiente, como aconteceu com o show de Tulipa Ruiz ou o de Teresa Cristina no mesmo espaço. Embora esforçasse, a empatia com o público, muitos deles fãs, não rolou. Terminado o show, era hora do sorteio. Seriam quatro cds promocionais contendo quatro músicas do álbum mais recente da cantora. Por ironia do destino, meu nome foi o segundo a ser chamado. Ganhei um cd com músicas que já tenho. Levei assim mesmo, pois tenho um amigo que gosta dela e que não tem o disco. Vou dar este cd promocional para ele. Do teatro, fui  jantar com Ric e amigos, pois a fome já gritava dentro de mim. A próxima atração do projeto será Ângela Rô Rô, show para o qual já comprei a entrada.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

SEM SENTIDO


Quinta-feira, dia 09/06/2011, convite para eu e Ric irmos à pré-estreia da peça Sem Sentido, em cartaz no Teatro SESC Sílvio Barbato (Setor Comercial Sul, Quadra 2, Edifício Presidente Dutra). Não conhecia o espaço, relativamente novo na cidade. Fácil acesso, com estacionamento à vontade em frente ao prédio no período noturno. A peça estava marcada para começar às 21 horas. Chegamos com meia hora de antecedência, pois precisávamos pegar os convites para a sessão fechada para convidados. Ingresso na mão, fui conferir parte da exposição da artista plástica Ângela Brito, intitulada "Flores em Você". Ao todo, segundo o informativo da exposição, são quinze pinturas com a temática flores, sendo seis delas expostas no foyer do teatro, a parte que eu vi. As demais obras estão no hall do restaurante que funciona no prédio. As telas expostas estão à venda. Como não vi a exposição por completo, prefiro me abster de fazer comentários, pois é necessário ver o conjunto para tentar captar a "alma" dos quadros. As portas do teatro se abriram com um pouco de atraso. A sala é confortável, com capacidade para 170 pessoas, ideal para espetáculos mais intimistas, seja de música ou de artes cênicas. Com produção de Nalva Sysnandes, a peça Sem Sentido tem texto e direção de Daniela Diniz, que ao final, subiu ao palco agradecendo a dupla de atores que colaboraram, durante as leituras e ensaios, na construção final do texto. Segundo o folder do espetáculo, a peça é uma quase comédia. Quando entramos, os atores Luiza Guimarães, no papel da personagem "Ela", e Similião Aurélio, no papel do personagem "Ele", já estavam no palco, recebendo os convidados com muito carinho. Não sei se faz parte da encenação, mas nem bem as pessoas se sentaram, eles já falavam para a plateia, explicando coisas sem sentido para o contexto, uma referência clara ao título da peça. O texto gira em torno do "amar", com tudo que neste ato está envolvido. Na verdade, os atores representam um casal em seus vários momentos e estágios de relacionamento (também podemos ter uma leitura de que são vários casais, com momentos específicos de seus relacionamentos, mas isto pouco importa para o enredo, pois o importante é mostrar tais momentos). Sem uma sequência lógica (mais uma referência ao título), o texto passeia pelo encontro, pelas primeiras saídas, onde há o encantamento, as juras de amor, depois, o tédio, a mesmice, a rotina de um relacionamento, a briga, o retorno, novas juras eternas de amor. A diretora preferiu conferir um tom natural à encenação, mesmo quando o texto esbarra em um humor mais escrachado. Na noite de estreia, os atores improvisaram em alguns momentos, aproveitando que estavam cercados de convidados, a maioria já conhecidos da dupla, o que não era o meu caso. O figurino, à primeira vista, parece muito simples. Ambos estão com uma camisa de malha cinza chumbo. Ela usa uma calça leg mais escura e uma bota vermelha, enquanto ele usa um calçado mais escuro, com calça vermelha. Não sei se foi intencional, mas fiz uma leitura do relacionamento por eles vivenciado (e de quebra, por todos nós), com as cores do figurino. Os tons de cinza e quase preto (para utilizar o mesmo quase da definição da peça) refletem a zona cinzenta que é um relacionamento, pois nunca sabemos como ele será ou estará daqui a alguns minutos, enquanto o vermelho denota a paixão, que de uma forma ou de outra, está presente, em pelo menos um instante, em qualquer relação amorosa. Esta foi a leitura que fiz do figurino casando-o com o texto e a encenação. O timing de comédia de Similião Aurélio é ótimo. Tão bom que em uma cena onde os dois travam um divertido diálogo sentados na lateral esquerda do palco, a atriz Luiza Guimarães ri em cena, para, rapidamente, se recompor e voltar à cena. O tempo inteiro o texto tenta nos mostrar que amar é sem sentido, mas saí com a certeza de que amar faz sentido. E muito! A peça dura pouco mais do que sessenta minutos. É leve, diverte e faz refletir. Em alguns trechos, me senti em cena, vivendo coisas que já vivenciei. A peça fica em cartaz até dia 26 de junho, sempre de sexta a domingo, depois será encenada em dois dias no SESC Ceilândia, encerrando a temporada em mais dois dias no SESC Taguatinga. Programa que vale a pena conferir. Para quem reclama que não há opções nas cidades que integram o Distrito Federal, aí está um bom programa para se ir a dois, ir sozinho ou em turma. Vida longa ao teatro feito em Brasília! Na saída, um belo coquetel nos aguardava, mas já tinha compromissos de jantar com amigos, que nos aguardavam no Le Plateau d'Argent, restaurante do Hotel Mercure Eixo.

LOS CAPRICHOS DE GOYA

Na última quarta-feira, pela terceira vez desde outubro do ano passado, coloquei o aparelho para medir minha pressão pelo período de 24 horas, para exame conhecido como MAPA. Como fui às 13 horas, tinha que retirar o tal aparelho e entregar a ficha com as anotações de todas as atividades que realizei durante o tempo em que estava submetido ao exame na quinta-feira, entre 11 e 13 horas. Cheguei à clínica um pouco antes do meio dia. Não havia ninguém. Demorei menos de quinze minutos entre chegar, retirar o aparelho e voltar para o carro. A clínica fica na Asa Sul, bem próximo do Instituto Cervantes, instituição que ajuda a difundir a cultura hispânica em Brasília, além de  ter cursos da língua espanhola, cada vez mais procurado pelos brasilienses. Desde o último dia 01º de junho, este instituto promove vários eventos culturais comemorativos em relação ao El Dia E (O Dia E), celebrado em 18 de junho como o dia da língua espanhola: la fiesta de todos los que hablamos español. Embora tendo 19 dias de duração, este evento recebeu o nome de Semana del Español. Dentre as várias atividades, que incluem gastronomia, teatro, dança, música, cinema, literatura, fotografia, está uma mostra de artes plásticas chamada Los Caprichos de Goya. É uma exposição que fica em cartaz no Espaço Cultural Instituto Cervantes (SEPS 707/907, Conjunto D, Asa Sul) até o próximo dia 18 de junho. São 80 (oitenta) gravuras do famoso pintor espanhol Francisco Goya, com quadros famosos no Museo del Prado e em outros grandes espaços museológicos do mundo, editadas em 1799. Nesta época, o pintor se recuperava de uma doença e muitos dizem que as gravuras sofreram influência deste processo de convalescênça. Quando cheguei, não tinha ninguém na exposição, apenas o segurança. Com paredes em vermelho forte, as gravuras são mostradas aos pares, com a de número ímpar sempre localizada na parte superior da moldura, todas do mesmo tamanho. Toda gravura tem um título e a maioria delas possui uma pequena explicação do que ela representa. Segundo informações escritas em uma das paredes da exposição, estas explicações foram feitas pelo próprio Goya quando as gravuras foram expostas no Museo del Prado, em Madri. Li tudo que estava escrito na parede antes de começar a observar cada uma das oitenta gravuras, também lendo atentamente o que o artista explicou sobre o que retratava. Se desconsiderarmos as datas e o pintor, verificamos que as  gravuras com suas respectivas explicações são atemporais, pois o retratado se encaixa  em situações que ainda vivemos hoje. Críticas são feitas à prostituição, aos casamentos de conveniência, à falsidade dos seres humanos, ao alcoolismo, ao poder manipulador da religião. Ao ver a primeira gravura, tive a certeza de que já tinha visto aquela exposição antes. Revirando os artigos publicados em jornais de Brasília  nos meses de maio e junho deste ano, além da internet, li que estas mesmas gravuras já estiveram expostas na cidade por duas ocasiões, sendo uma delas no Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes. Lembrei-me de que compareci a esta exposição, mas foi em um dia concorrido, cheio de gente, com filas, sendo impossível ficar o tempo necessário em frente a cada um dos quadros para observar o que Goya retratava, seus traços precisos, suas metáforas. Gostei mais de vê-las (ou revê-las) agora,  onde tive todo o tempo necessário para conferir cada uma delas, gastando mais tempo em frente àquelas de que mais gostava.  Pela ordem, são três grandes temas escolhidos pelo artista: o cotidiano, onde bebida, sexo e religião são constantes, uma série com figuras de burros como se fossem humanos ou até mesmo superiores a nós e uma série dedicada a bruxas e duendes. Esta última série é a mais surreal, bem ao estilo Apocalipse. Nem vi o tempo passar. Quando terminei, percebi que mais gente aproveitava a hora do almoço para ver as gravuras do artista espanhol. Fiquei ali por quase uma hora. Gostei muito da exposição. Aproveitei para pegar um folder da Semana del Español e me programar para conferir mais eventos culturais, a maioria delas gratuitas, como esta exposição Los Caprichos de Goya.

domingo, 12 de junho de 2011

DIA DOS NAMORADOS

Para quem mora em Brasília e ainda não decidiu onde comemorar o Dia dos Namorados (vale comemoração sem ter namorado também), segue uma dica deliciosa: o prato Piqueo Del Amor, especialmente preparado pelo chef David Lechtig, do El Paso Latino (SCLS 404, Bloco C, Loja 19, Asa Sul) para esta data. Disponível no cardápio deste a última sexta-feira, dia 10 de junho, é um ótimo prato para compartilhar. Experimentei o prato na sexta-feira. Muito saboroso e expressa em apresentação caprichada a força da culinária peruana. Tem ceviche, leche de tigre, tequeños, anticucho de frutos do mar, choclos tostados, coquetel de camarões com guacamole. Para aguçar o paladar, segue a foto, um deleite para os olhos. Ainda dá tempo de jantar!


Piqueo del Amor - El Paso Latino

X-MEN: PRIMEIRA CLASSE

O mundo dos super heróis sempre me fascinou, especialmente o Batman (tenho, inclusive, vários itens relativos a este herói, sem superpoderes, como revistas, filmes, carros e bonecos). Por causa disto, todo anúncio de um novo filme sobre qualquer herói, fico aguardando com ansiedade a sua estreia, lendo tudo que está a meu alcance sobre o andamento da produção. Fora o Batman, disparado o meu favorito, o universo X-Men também me chama a atenção. Tanto pela ação em si. com a eterna luta contra o bem e o mal, manjadíssima por todos nós, mas também pela mensagem da necessidade de o mundo conviver com as diferenças, com a diversidade de culturas, religião, modo de ser, de agir, orientação sexual, necessidades especiais, idade, forma física, preferências. Todos os quatro filmes sobre os X-Men que já passaram nas telonas tinham esta mensagem subliminar, mas não eram tão evidentes como no quinto filme da franquia, que reinaugura o universo dos mutantes no cinema ao abordar como tudo começou. O filme X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class)  é uma produção americana de 2011, dirigida por Matthew Vaughn e estrelada por James McAvoy (Charles Xavier, o futuro Professor Xavier) e Michael Fassbender (Erich Lehncsherr, o futuro Magneto). O subtítulo, Primeira Classe, não deixa claro que o filme vai contar como os mutantes se juntaram, o motivo desta união e como os dois grandes amigos Professor Xavier e Magneto escolheram lados opostos, fato que pontuará toda a história destes mutantes. Tal subtítulo remete apenas à escola formada para ensinar os mutantes a lidar com seus poderes especiais e suas diferenças. Para não fugir do corriqueiro em filmes de heróis, o ator que interpreta o vilão dá um show de caracterização. No caso, o vilão é o nazista Sebastian Shaw, vivido por Kevin Bacon. Claro que ele não entra na galeria de vilões memoráveis das telonas (o Coringa de Jack Nicholson, o Coringa de Heath Ledger, a Mulher Gato de Michelle Pfeiffer ou o Duende Verde de Willem Dafoe, só para citar alguns), mas em relação ao elenco deste X-Men, a maioria atores ainda desconhecidos ou saídos de seriados da televisão americana, ele está muito bem como um manipulador, sádico e frio mutante que quer a destruição do mundo a partir de uma terceira guerra mundial, bem no auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, já que o filme tem ambientação nesta época da história mundial. Vou usar um termo utilizado por um amigo sobre a película. Como eu sabia que ele já assistira ao filme, perguntei a ele na noite de domingo passado, quando comíamos uma pizza, o que achara. Ele disse que tinha gostado, que era cheio de metalinguagens. Quando vi o filme, só lembrava da palavra metalinguagem e realmente a fita é recheada de linguagens para descrever outras linguagens. São as mensagens subliminares, onde se destaca a questão da convivência entre diferentes. Nada mais atual, nada mais real. Gostei do filme. Mostrou que filme de ação também serve para pensar. Vi este filme em um momento de folga, na última terça-feira, quando estive em Belo Horizonte. Fui ao Cinemark do Pátio Savassi Shopping, quando utilizei o cartão de crédito Bradesco para pagar meia entrada no valor de R$ 5,50.

sábado, 11 de junho de 2011

AVENIDA PAULISTA - PASTA, PIZZA i VINO - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Final de domingo. Encontro com amigos para a já tradicional pizza para encerrar o final de semana. Desta vez, mudamos o nosso destino. Escolhemos a pizzaria recém inaugurada na cidade, a Avenida Paulista - Pasta, Pizza i Vino (SCES Trecho 2, Lote 41 - Lago Sul), localizada no novo pólo gastronômico da cidade, próximo à Ponte JK. Quando chegamos já passava das 22 horas, mas o movimento ainda era grande. Meus amigos já estavam sentados em uma mesa no piso superior, mas preferiram descer, no momento em que chegávamos, para o térreo, pois acharam o local da mesa onde estavam muito barulhento. Ficamos bem no fundo do salão, próximo ao caixa. Serviço esforçado, mas pode melhorar. Todavia, não prejudicou o atendimento. Pedimos a carta de vinhos, mas o vinho que escolhemos não tinha na adega. O garçom não sabia, fizemos o pedido, ele saiu e retornou com a notícia de que o vinho não estava disponível. Este é um mal que afeta várias casas de Brasília. Colocam opções no cardápio sem as ter. Seria mais interessante informar ao cliente dos vinhos não disponíveis no dia. Outro vinho foi escolhido. Pedimos duas pizzas grandes, oito pedaços cada uma, para saciar nossa fome. A minha não era grande, por isso só comi uma fatia do sabor marguerita. Massa muito gostosa, recheio idem. Todas na mesa apreciaram suas escolhas, elogiando as pizzas que comeram. Ainda ficamos um tempão batendo papo, saindo do restaurante perto da meia noite. A vista da Ponte JK iluminada é sensacional do ponto onde fica a Avenida Paulista. Vou voltar mais vezes, esperando que o problema com a falta de vinhos do cardápio seja resolvido em breve.


Ponte JK


Pizzaria Avenida Paulista

Gastronomia Brasília




TERROR


Esteve em cartaz durante o mês de maio, além do primeiro final de semana de junho, o projeto Nova Dramaturgia Brasileira, que ocupou o Teatro II do CCBB. A ideia do projeto consistia em encomendar um texto inédito de um autor da nova safra da literatura brasileira e entregá-lo a um diretor, também da nova safra. Este tinha o desafio de montar uma peça a partir do texto, utilizando os atores que quisesse, limitado em quatro em cena. Por causa de trabalho e outros compromissos, não pude checar três das quatro peças que surgiram dentro deste projeto. Consegui ver apenas a última delas, pagando R$ 7,50 pela entrada. No último domingo, sessão extra, 20 horas. O teatro não estava lotado, mas tinha um bom público. "Terror" era a peça, com texto de João Paulo Cuenca e direção de Pedro Brício. Encenada por João Velho e Nina Morena, a história se passa em um quarto qualquer na manhã de 11 de setembro de 2001, onde um casal de amantes vivencia um momento de decisão, quando na televisão anunciam o atentado às Torres Gêmeas em Nova York. É claro que o fato afetou, de início, o comportamento de ambos. Ela, casada, com o marido morando justamente onde aconteceu o atentado que chocou o mundo, com passagem marcada para lá encontrá-lo no dia seguinte. Ele, um cara que queria aprofundar o relacionamento entre ambos, dois colegas de profissão, atores, trabalhando em uma mesma peça. Ela mostra-se mais senhora de si, com posições firmes, deixando seu companheiro mais na defensiva. Trabalho de atores muito bom. O sorriso de Nina Morena é de se destacar. Quando ela sorria, parecia que seu riso preenchia todo o espaço cênico. João Velho também mostra uma composição interessante de seu personagem, ora decidido, ora oscilante, mas demonstrando um profundo amor por sua amante. Apesar do atentado, a vida continua e continuou para eles. O final é de um lirismo especial e ainda conta com João Velho totalmente nu, tomando banho na penumbra. Prato cheio para quem gosta! A peça tem curta duração, perto de cinquenta minutos. O texto é atual, direto, sem rodeios. O diretor escolheu um estilo natural para a peça, o que casou bem com a proposta de texto. Pelo que vi, lamentei não ter conseguido ver as outras peças. Que venham novos projetos como este.


MAIS FOTOS DE GETÚLIO