Morangos Silvestres (Smultronstallet) é uma produção sueca, em preto e branco, de 1957, dirigida por Ingmar Bergman.
No elenco, o também diretor Victor Sjostrom no papel de Izak, um médico idoso que revê sua vida enquanto viaja em seu carro para outra cidade na qual receberá uma importante condecoração na Universidade de Lund. Também está a bela Bibi Andersson, atriz constante nos filmes de Bergman, fazendo o duplo papel (Sara/Hitchhiker). No presente, ela é a jovem a quem Izak dá carona e, no passado, a jovem que o médico cortejava.
Sonhos e pensamentos indicam que o médico famoso, com cinquenta anos de profissão, teme a morte que se aproxima.
Neste turbilhão de pensamentos, ele repensa seus atos e se aproxima da nora Marianne (Ingrid Thulin), de sua fiel empregada Agda (Jullan Kindahl), também idosa, e de seu filho Evald Borg (Gunnar Bjornstrand).
Um contraste entre o vigor da juventude, tanto no físico quanto nas atitudes e debates, e a velhice, com ênfase à sabedoria, o reconhecimento pelo trabalho e porque não, a rabugice característica dos mais velhos.
Lindo filme sobre a velhice.
Revendo-o mais uma vez, desta feita para uma aula do Ciclo Bergman do Clube de Análise Fílmica (Cinema com Teoria), me transportei para os anos 80, em uma agitada sessão do Cine Clube do Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, onde me formei em Ciências Econômicas.
Logo após a exibição do filme, em uma cópia sofrível em VHS, o debate foi caloroso, reproduzindo, no auditório da escola, a discussão sobre religião que os jovens travam em uma das cenas do filme.
Filme obrigatório para todos aqueles que amam o cinema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário