Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Teatro Nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teatro Nacional. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de março de 2013

PLAZA BOLÍVAR - CASCO ANTIGUO


Plaza Bolívar com torre da Iglesia de San Francisco de Assis ao fundo

Saindo da Plaza Catedral, peguei a Calle 6 Este, ao lado do Museo Internacional de La Esmeralda, em direção ao seu final, mas, na próxima rua, um soldado do exército me impediu de passar. Era área de segurança nacional, uma vez que a residência do Presidente da República fica no imponente Palacio de las Garzas. Vi o prédio somente de longe, sem poder fotografar. Dobrei à direita na Avenida B, passando em frente à Iglesia de San Felipe de Neri, também fechada. Cheguei na movimentada Plaza Bolívar. Ela é menor do que a Plaza Catedral, mas tem bares e restaurantes, além de alguns albergues nas imediações, o que garante uma presença maior de turistas. Era hora do almoço, estando as mesas montadas na praça cheias de gente bebendo e batendo papo. Ao centro da praça está o monumento em homenagem a Simon Bolívar. A inscrição "Las Naciones de America al Libertador Simon Bolívar" está por cima da estátua do homenageado. Por trás do monumento, está outra igreja, a Iglesia de San Francisco de Assis, também fechada. Do lado desta igreja, um enorme prédio amarelo chama a atenção. É o Palacio Bolívar, sede do Ministério das Relações Exteriores do Panamá. Ele permite visitação pública em certas dependências, mas naquele dia, devido a uma cerimônia que aconteceria à noite, os turistas somente podiam ver o grande vão central, com ótima vista para a baía, através do portão de ferro. Tirei algumas fotos da sua fachada e dei uma volta pelo quarteirão, chegando na Avenida Eloy Alfaro, onde alguns casarões se destacam. Um deles tinha o portão da garagem aberto, o que me possibilitou entrar e ver a baía e os arranha-céus que formam o skyline da parte moderna da cidade. Duas turistas franceses seguiram meus passos para fazer o mesmo. Ninguém nos incomodou. Voltei para a Plaza Bolívar. Um detonado prédio na esquina da Avenida B com Calle 3 Este faz um contraste com os demais prédios da praça porque ele não está em restauração e serve de moradia para várias famílias. Um monte de roupas no varal estava à mostra e servia de inspiração para os fotógrafos amadores que visitavam a região. A Avenida B, a partir desta esquina, estava fechada com tapumes, com apenas uma estreita passagem para pedestres ao lado do muro da igreja dedicada a São Francisco de Assis. Peguei o beco, saindo na lateral do reformado Teatro Nacional, com fachada em tons amarelo e laranja. Há visitação pública, mas cheguei na hora do almoço, estando fechado, portanto. Em frente ao teatro, um belvedere nos permite ver a baía, algumas construções em ruínas, mas já cercadas para obras de recuperação, e muitos bancos para uma providencial parada. Fiquei alguns minutos lendo um folheto sobre o bairro, seguindo em direção à Calle 2 Este, onde existe uma pracinha com uma pequena feira com barriquinhas vendendo artesanato e lembranças do Panamá. O produto mais evidente eram os chapéus. Nesta área, os prédios já estão recuperados, com balcões cheios de flores coloridas, combinando com a pintura das paredes das casas, a maioria com dois andares. Meu próximo destino seria outra praça: Plaza de Francia.


Skyline da Cidade do Panamá


Palacio Bolívar


Sobrado na Plaza Bolívar


Sobrado restaurado no Casco Antiguo


turismo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

TEATRO NACIONAL - SAN JOSÉ, COSTA RICA


12:55 horas. Estava a postos no saguão do Teatro Nacional para a visita guiada em seu interior. A decoração do saguão já dá uma pista do que veremos lá dentro. Suntuosidade, requinte e luxo estão presentes em cada detalhe de portas, vidros, piso, teto, lustres, espelhos e colunas do saguão. O guia apareceu e junto com ele um casal de idosos vindos da Alemanha. O grupo estava formado. Éramos três pessoas. A visita começou pontualmente no horário, às 13 horas. Fotografias são permitidas, desde que sem flash. A construção do teatro foi uma ideia dos grandes produtores de café, que queriam um local ao estilo europeu para apresentação de grandes espetáculos. A proposta foi apresentada ao governo que a aceitou, já que os cafeicultores iriam financiar a sua construção. No entanto, com tantas peças importadas da Europa e dos Estados Unidos, além dos artistas estrangeiros contratados para fazer a decoração, a obra ficou infinitamente mais cara, tendo o governo que arcar com 85% do orçamento. Para tanto, foi criado um imposto e a população mais pobre acabou pagando o pato. Hoje, o teatro é considerado patrimônio nacional e incentivam os costarriquenhos a frequentá-lo, com espetáculos a preços populares todas às quintas-feiras no final da tarde e aos domingos pela manhã. Qualquer pessoa pode ver estes espetáculos, pagando o mesmo valor do ingresso. O teatro foi inaugurado em 1897. Mármore de carrara é o principal material do piso do hall de acesso às escadas, que também tem seus degraus no mesmo mármore. Os pisos de azulejo hidráulico são procedentes da Bélgica e formam belos desenhos. Tudo muito limpo e brilhante. No teto sobre o salão que fica entre o saguão de entrada e o auditório está um imenso mural que retrata a colheita do café, pintado pelo italiano Aleardo Villa. Segundo o guia, há muitos erros na pintura, pois o café não se planta no litoral e a maneira que a principal figura masculina, ao centro do mural, carrega um cacho de bananas está totalmente equivocada. Subimos as escadas para ter uma melhor visão do mural e, em seguida, entramos numa espécie de salão nobre, onde estavam colocando cadeiras de madeira centenárias oriundas da República Tcheca, pois haveria ali um concerto de câmara no dia seguinte. O salão é lindíssimo, com espelhos enormes cujas molduras são douradas e alguns dos detalhes são folheados a ouro. Amplas janelas permitem a entrada da luz natural. O piso deste salão chama a atenção por ser de parquê feito com mais de dez espécies de madeiras nobres, todas provenientes da própria floresta nativa da Costa Rica. Em posição destacada no salão está a estátua original que encimava a fachada do teatro. Por causa das intempéries do tempo, preferiram colocar as três originais dentro do teatro e réplicas ficam hoje no exterior. Descemos um nível para entrar em um dos camarotes do teatro, com poltronas originais. Entramos no que fica ao lado do Camarote Presidencial. Dali, tivemos uma ótima noção do palco, da platéia, dos camarotes, das frisas que não mais são usadas e das galerias, local mais alto e com visão limitada, motivo pelo qual os preços são mais baratos. Em seguida, entramos no auditório, que tem formato de ferradura. Suas poltronas também são centenárias, fabricadas em Nova Iorque. Elas são negras, tem o assento em couro e a estrutura é de ferro forjado. São bem confortáveis e estão perfeitamente preservadas, assim como tudo no teatro. O enorme lustre foi feito inteiramente na Costa Rica. O chão do auditório pode ser levantado, ficando no mesmo nível do tablado. O sistema que levanta e abaixo o chão é totalmente manual, necessitando de oito pessoas para rodar a manivela, como naquelas moendas puxadas por bois. Antes de operacionalizar este sistema, todas as poltronas são retiradas, permitindo uma nova configuração. Fazem isto quando há necessidade de um lugar específico para acomodar a orquestra, já que não ha fosso para ela no teatro. Outro detalhe curioso é que ao levantar o chão e sem colocar nenhuma cadeira, o local se transforma em um salão de baile, fato que está rareando nos últimos anos. Depois de quarenta minutos de visita, chegava ao fim nosso tour pelas áreas principais do teatro. Ao sair, aproveitando a excelente luz do sol que iluminava o frontal do teatro, parei para fotografar o pequeno jardim que fica em frente da sua entrada principal, onde há um busto de Chopin à direita de quem entra, doação da comunidade polonesa e Embaixada da Polônia na Costa Rica. Do lado esquerdo, fica uma estátua de mármore de tamanho natural chamada "Flautista", de Jorge Jiménez Deredia. Saindo do teatro, andei pela pequena praça que fica em frente, chamada Parque Mora Fernández, onde está o hotel mais antigo da cidade, o Gran Hotel Costa Rica, fundado em 1930, cujas paredes azuis dominam a paisagem. Em frente à sua entrada estão palmeiras e muitos bancos onde as pessoas ficam vendo a vida passar. Uma estátua do primeiro presidente do país, Juan Mora Fernández, completa a decoração da praça.


detalhe do Mural do Café, de Aleardo Villa, no teto do salão entre o saguão principal e o auditório


piso de ladrilho hidráulico vindos da Bélgica enfeita os corredores do teatro


turismo