Domingo, 13 de abril. Depois de um passeio pelo ParkShopping, resolvi dar uma passada na Caixa Cultural para conferir a exposição Berço do barroco brasileiro e o seu apogeu com o Aleijadinho, com curadoria de Marcelo Coimbra, em cartaz na Galeria Principal até o próximo dia 11 de maio. Como sempre acontece, a entrada é gratuita. Não é permitido entrar com mochilas, bolsas e sacolas nos espaços expositivos. Para guardar seus pertences, o local oferece uma série de armários cuja chave fica em nosso poder. A galeria estava com um público atento a todos os detalhes das peças e lendo todos os textos que contam um pouco sobre o barroco e sobre Aleijadinho. A cenografia é um caso à parte, com mobiliário da mesma época das peças, com móveis grandes elaborados com madeira pesada, como é o caso de uma arca que era usada para armazenar grãos. Tais móveis servem de apoio para as peças. Assim, tornam-se coadjuvantes para as esculturas sacras de beleza ímpar. Ao todo, são 140 itens expostos. Logo na entrada estão as imagens de santos datadas do início do barroco brasileiro, com obras de Frei Agostinho de Jesus. Há uma série de imagens que tem feições indígenas, mostrando que os religiosos ensinavam a arte de esculpir imagens sacras em sua catequização no Brasil. Mas a parte que chama mais a atenção são as 47 peças atribuídas a Aleijadinho. A maioria delas está colocada em pedestais que giram lentamente, permitindo ao visitante ver os muitos detalhes das imagens. As características imortalizadas em peças que hoje estão em Ouro Preto e Congonhas, ambas em Minas Gerais, possibilitaram a um especialista a atribuir a Aleijadinho a autoria destas imagens em exposição na Caixa Cultural. Ao fundo, uma reprodução de uma capela, com bancos de madeira, ajuda a manter o clima de reverência a este grande artista plástico brasileiro. Entre as imagens, duas delas são inéditas em exposições públicas, o Cristo Bailarino e a Nossa Senhora das Dores. É permitido fotografar, desde que sem uso do flash. Visita obrigatória para quem gosta de arte.
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