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sábado, 29 de novembro de 2014

JOGOS VORAZES

Antes de ir ao cinema para ver a terceira parte da saga Jogos Vorazes, baseada nos livros de Suzanne Collins, resolvi rever o primeiro filme e conferir, pela primeira vez, o segundo filme. Ambos estão disponíveis para quem assina Netflix, que é o meu caso. De uma única sentada, vi estes dois filmes. Somados, eles tem perto de cinco horas de duração. Depois que os vi, regado a Fanta Laranja e pipoca feita no microondas, estava preparado e atualizado para assistir no cinema a terceira parte, o que fiz na noite de quarta-feira, quando fui ao Cinemark Iguatemi com Bibs.
Desta forma, vi em um espaço de três dias, os seguintes filmes:
1) Jogos Vorazes (The Hunger Games), produção de 2012 dirigida por Gary Ross.
2) Jogos Vorazes: Em Chamas (The Hunger Games - Catching Fire), produção de 2013 dirigida por Francis Lawrence.
3) Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 1), produção de 2014 dirigida por Francis Lawrence.
Não há como negar que os filmes foram feitos para um público mais jovem, mas os produtores foram espertos ao colocar em papéis coadjuvantes atores com carreira consolidada em Hollywood, como Donald Sutherland (Presidente Snow), Wood Harrelson (Haymitch Abernathy), Julianne Moore (Presidente Alma Coin), Philip Seymour Hoffman (Plutarch Heavensbee), em sua última aparição nas telonas, Stanley Tucci (Caesar Flickerman), Elizabeth Banks (Effie Trinket), ou um cantor consagrado do mundo pop e famoso por ser pegador, Lenny Kravitz, dando vida ao estilista Cinna. Desta forma, o filme tem muita ação, como os jovens gostam, consistência de interpretação e sustentação de um texto com forte conotação política, como os adultos preferem. Alia-se a tudo isto a presença contagiante de Jennifer Lawrence, vivendo a heroína Katniss Everdeen, que tem transitado muito bem entre gêneros pipoca e filmes mais profundos. E ainda tem os jovens galãs Josh Hutcherson (Peeta Mellark) e Liam Hemsworth (Gale Hawthorne), que disputam o coração de Katniss.
Várias referências a filmes de sucesso estão presentes nestes três filmes. A roupa dos pacificadores e o jeito robótico de agir lembram os stormtroopers de Guerra nas Estrelas, assim como o design das naves espaciais. A estética dos rebeldes, incluindo cenário e figurinos, lembra muito o clássico Metrópolis, de Fritz Lang. Perucas e figurino dos habitantes da Capital nos remete a Priscilla, A Rainha do Deserto. E até 1900, de Bernardo Bertolucci, é reverenciado em cena do terceiro filme, quando os trabalhadores de um dos distritos marcham de forma conjunta para enfrentar os pacificadores. Cena esta que Bertolucci chupou de um quadro exposto na Pinacoteca Bera, em Milão.
O cerne da trama é a eterna luta de oprimidos e opreessores, com uma heroína que aceita o papel de liderança, comandando a luta dos distritos contra a Capital. Enquanto os dois primeiros filmes focam nos jogos anuais onde cada distrito é representado por dois tributos, ou seja, um casal em um certame que só termina quando 23 dos 24 destes tributos são mortos, o terceiro nos introduz na guerra que os distritos travarão com a Capital, tendo como líder a vencedora dos jogos no primeiro filme, Katniss Everdeen.
Este terceiro filme é muito mais sombrio e, embora saibamos que a guerra começou, a ação é bem menor dos que nos dois primeiros filmes.
Foi bom ver os três filmes um em seguida ao outro, pois a noção do conjunto e dos motivos de cada passo dado pelos protagonistas e antagonistas fica bem mais clara. Dá para ver os filmes de forma isolada, mas alguns pontos podem ficar obscuros. Dos três, prefiro o segundo, com mais ação. Que venha logo a quarta etapa da saga, que chegará aos cinemas em 2015.

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