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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CONFRARIA VINUS VIVUS - 84ª REUNIÃO

Confraria Vinus Vivus se reuniu em 24 de fevereiro de 2014 para sua 84ª reunião. Desta vez, o tema era vinho branco elaborado com a casta sauvignon blanc. Neste 84º encontro, uma ausência: André, que foi substituído por Jarbas. Eis os vinhos degustados na noite:

Vinho 1 – Dog Point Vineyard Section 94

Safra: 2008.
Álcool: 14%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Dog Point Vineyards.
Região: Marlborough, Nova Zelândia.
Cor: amarelo palha, com halo aquoso.
Aromas: querosene, resina, defumado, maracujá.
Boca: cítrico, maracujá, acidez muito presente, boa estrutura de boca, frisante, há untuosidade.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho de segundo e terceiro uso.
Importador: Viníssimo.
Valor: R$ 245,00.
Harmonização: frutos do mar, moqueca.


Vinho 2 – Pur Sang

Safra: 2008.
Álcool: 12,5%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Didier Dagneau.
Região: Vale do Loire, França.
Cor: amarelo com reflexos esverdeados.
Aromas: mel, cajá, manga com leite, musse de manga, manga verde, mineral, pedra (seixos), pêssego, rapadura queimada, redução de molho de laranja.
Boca: seca a boca, limão, casca de laranja, saliva bem por causa da acidez.
Estágio: sem estágio.
Importador: Casa Flora.
Valor: R$ 513,00.
Harmonização: mariscada.
Observação: Vinho biodinâmico. Foi o preferido da noite por Abílio, Keller e Cláudia.

Vinho 3 – Malartic-Lagravière

Safra: 2010.
Álcool: 14,5%.
Casta: 70% sauvignon Blanc e 30% sémillion.
Produtor: Château Malertic-Lagravière.
Região: Graves, Bordeaux, França.
Cor: amarelo com reflexos esverdeados.
Aromas: limão, cítrico, limão siciliano bem suave, funcho, elegante.
Boca: menos ácido do que os anteriores, equilibrado, com fim de boca amargo.
Estágio: sem informações.
Importador: Real Comercial.
Valor: R$ 670,00.
Harmonização: aves, paella.
Observação: Foi o campeão da noite, sendo o preferido por Leo Soares, Leo Ladeira, Bruno, Vera, Fernanda, Jarbas e Marcos.

Vinho 4 – Amayana

Safra: 2009.
Álcool: 14,5%.
Casta: 100% sauvignon blanc.
Produtor: Viña Garcês Silva.
Região: Valle de Leyda, Chile.
Cor: amarelo palaha.
Aromas: tomilho, floral, chiclete de menta, banana.
Boca: falta acidez, mineral, não persiste na boca.
Estágio: 13 meses em barricas de carvalho francesas novas.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 145,00.
Harmonização: peito de frango grelhado, legumes no vapor.


Após a degustação, a anfitriã serviu mais uma vez um excelente jantar. Abriu com uma salada morna de batatas cozidas com hadock defumado, dill, creme azedo e caviar. Em seguida, foi servida uma bouillabaisse. Para acompanhar, torradas de queijo gruyère e creme rully (batata + alho + azeite). Finalizamos com um suflê de laranja. O jantar foi acompanhado pelo vinho branco francês Poussière de Lune e pelo neozelandês Dog Point.








vinho

gastronomia

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ÁLBUM DE FAMÍLIA

Prosseguindo a saga de assistir aos filmes que tem indicações nas diversas categorias do Oscar, aproveitei uma chance quando estava em São Paulo para ir conferir Álbum de Família (August: Osage County), produção americana de 2013. Na verdade, eu e Karina fomos para o Center 3 para ver Philomena, pois tínhamos olhado os horários das sessões na Folha de S.Paulo, escolhendo o filme estrelado por Judi Dench. Quando chegamos na bilheteria, descobrimos que a informação do jornal estava errada. Escolhemos, pois, ver Álbum de Família. O cast de atores é muito bom: Meryl Streep, Julia Roberts, Juliette Lewis, Sam Shepard, Chris Cooper, Ewan McGregor, entre outros. A direção de John Wells é segura e favorece para que as atrizes brilhem em suas interpretações, especialmente Streep e Roberts. Não é por acaso que as duas concorrem às estatuetas de melhor atiz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente. Para mim, Julia Roberts é tão protagonista quanto Meryl Streep, quando deveriam concorrer na mesma categoria, mas sei que são as produtoras dos filmes que indicam quem são os atores principais e quem são os coadjuvantes. É um filme para atrizes. Os atores são mero coadjuvantes, mesmo que haja grandes intérpretes como Shepard e McGregor. Embora tenha gostado muito das performances de todos os atores e atrizes, feito que credito ao diretor, a história é muito chata. Streep vive a matriarca que mora em uma cidade pequena com seu marido. Quando ele desaparece, as suas filhas retornam à casa e acabam revivendo as crises do passado, o que potencializa um acerto de contas e uma espécie de mea culpa coletiva. Brigas, gritos, vício em remédios, adolescente problemática, separação, entre outros fatores que incitam mais problemas, tomam conta da tela. Dá para ouvir algumas pessoas puxando o nariz, em sinal de que algumas cenas estão ali para provocar choros. O ritmo não ajuda e a história acaba se repetindo, o que me provocou sono no decorrer da projeção. Ao fim e ao cabo, não morri de amores pela película.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

D.O.M. - GASTRONOMIA EM SÃO PAULO (SP)

Jantar no D.O.M., o restaurante número seis do mundo segundo a edição 2013 da lista organizada pela revista britânica The Restaurant, é mais do que um jantar, é viver uma experiência gastronômica. Quando foi confirmada a reunião em São Paulo, eu e Karina decidimos fazer uma reserva para a noite de 05 de fevereiro. O atendimento excelente já começou ao telefone. A atendente foi muita atenciosa, confirmando a reserva para 20:30 horas, mesa para quatros pessoas. Na tarde do dia 05, recebi uma ligação do restaurante confirmando a nossa mesa e o horário. Eu, Karina e Alberto chegamos dez minutos antes do horário marcado, enquanto Cíntia chegou alguns minutos depois. Assim que entramos, fomos conduzidos diretamente para nossa mesa, localizada no lado direito de quem entra, perto da parede, mais ou menos no meio do salão, com visão total da cozinha, que é aparente, o que nos permitiu ver a movimentação dos cozinheiros. Infelizmente, não vimos o premiado chef Alex Atala. Para o jantar, não há opções em cardápio, pois eles trabalham com menus fixos. Há um menu degustação vegetariano harmonizado com águas saborizadas com ervas e temperos; um menu degustação de quatro pratos; e um outro de oito pratos. Não há indicação do que será servido. Assim que fazemos nossa escolha, cada um é perguntado sobre as suas eventuais restrições alimentares. Todos na mesa optaram pelo menu de quatro pratos (R$ 357,00), que incluia ainda o aligot e a sobremesa. Falei para o maitre que eu não comia espinafre e nem ostra. Os demais da mesa também indicaram suas restrições. Enquanto esperávamos, foi servido o couvert da casa (R$ 38,00 por pessoa). Coube a mim escolher o vinho, mas como não tinha ideia do que seria servido, pedi ajuda ao sommelier. Disse que a preferência era pelo vinho tinto. Como o forte da noite seriam os frutos do mar, ele nos sugeriu um vinho mais leve. O que achei interessante foi que ele fez indicações de vinhos que não eram tão caros, já que a carta é recheada de vinhos que ultrapassam os três dígitos por garrafa. O vinho que escolhi foi o francês Clos du Tue La Caillère Cheverny 2011 (R$ 220,00). A garrafa foi suficiente para toda a noite, pois meus companheiros de mesa não bebem muito. Água mineral com gás Prata (R$ 6,00 cada garrafa) acompanhou todo o jantar. O couvert era muito bem apresentado, com dois tipos de pães feitos na casa, sendo um deles integral, pão de queijo, que tem um pouco de fécula de mandioca na massa, o que lhe confere um aspecto rústico por fora, com a casca mais grossa e crocante, sendo o seu interior bem macio. Gostei tanto que nas reposições dos pães só escolhia esta iguaria mineira que conquistou o Brasil inteiro. Para passar nos pães, o couvert contava com manteiga Aviação, pasta de alho assado com purê de batatas, que era servido com um alho caramelizado que estava delicioso, e uma coalhada fresca com azeite de ervas. Tudo muito bem temperado. Este couvert serviu para aguçar nossa curiosidade pelo que viria em seguida. Antes de iniciar a sequência do menu, foi servido o já esperado mimo da casa: mandioca grelhada na manteiga de garrafa com queijo catupiry e redução de vinho do Porto. Brasilidade pesente em amuse bouche deliciosa. A mandioca tinha uma consistência que nunca tinha provado antes. Para completar, foi servida uma taça do drinque kir roçal, uma brincadeira com o famosoz kir royal. No caso, era feito de espumante brasileiro e licor de jabuticaba. Doce, refrescante, ótimo para apurar as papilas gustativas. A seguir, faço a descrição dos pratos que degustei, ressaltando que serviram cinco pratos em um menu definido como de quatro pratos:
1. Salada de abobrinha, lula, lagostim, folhas precoces, castanha do pará e redução de tangerina. Uma interessante mistura de texturas e sabores. Prato suave, mas cheio de personalidade. Mais uma vez, a brasilidade domina.
2. Brandade de palmito pupunha, anchova e telha de tapioca, com molho rôti. Muito interessant o salgado da anchova ser amenizado pela suaviade do palmito pupunha.
3. Peixe olho de cão grelhado em leito de arroz com algas e redução do caldo do próprio peixe. Foi uma surpresa para mim o sabor leve deste peixe de água salgada. Gostei muito.
4. Camarão braseado, creme de couve, lâminas de cogumelo paris fresco, batata cozida e rúcula. Para mim, o creme de couve foi totalmente inusitado. Estava ótimo. O camarão estava bem temperado e saboroso.
5. Costelinha de porco assada com mel e especiarias, mandioca braz, espuma do caldo da própria costela e vinho tinto. Novamente a mandioca me surpreendeu, cortada como se fosse batata palha e frita como um tempurá. A costelinha era ao estilo brasileiro, sem sair facilmente do osso. A mistura de doce e salgado é outro ponto de destaque neste prato.
6. Aligot. É o famoso prato do D.O.M. Um purê de batata cuja massa leva queijo minas e queijo gruyère. O sabor é fantástico. O que chama a atenção é a maneira como é servido. O garçom tira da panela o purê com duas colheres e fica girando no ar. O queijo garante que o purê não caia enquanto é girado até o garçom o posicionar no prato em frente a cada cliente, deixando um punhado cair. Um aroma agradável preencheu nossas narinas.
7. Torta de castanha do pará, sorvete de uísque, rúcula selvagem, chocolate com curry, sal e pimenta. Novamente um prato bem apresentado e com uma explosão de sabores. Fechamos com chave de ouro um ótimo jantar.
Para finalizar, pedi uma xícara de café descafeinado Nespresso (R$ 7,00). Pagamos a conta e pedimos  dois táxis. Foi a terceira vez que jantei no D.O.M., foi a terceira vez que me surpreendi com ótimos pratos, sabores e atendimento. Para completar, com excelentes companhias.

RAMONA - GASTRONOMIA EM SÃO PAULO (SP)

No intervalo do almoço de quarta-feira, dia 05 de fevereiro, eu, Karina, Albeto, Eduardo, Carolina e Eduardo resolvemos não ir longe. Atravessamos duas ruas e chegamos ao restaurante Ramona (www.casaramona.com.br), na Avenida São Luís, 282, República. É um restaurante relativamente novo no cento de São Paulo, com uma proposta de comida contemporânea em local agradável ao som de rock. São três ambientes, mas na hora do almoço apenas o térreo e o segundo piso funcionam. No subsolo, aberto no período da noite, funciona o bar Estônia. A decoração dá ao local um ar sóbrio, meio decadente, mas com um certo glamour, o que combina com o próprio centro da capital paulista. O volume da música não atrapalha e o setlist é muito bom. Lá dentro, a loucura do trânsito da cidade é deixada de lado. Os garçons são simpáticos e muito atenciosos. O cardápio traz opções para quem quer fazer uma refeição de maneira tranquila, mas também há pratos para os mais apressados. Sempre há as opções do dia. O comando da cozinha pertence ao chef Bruno Fischetti. Para beber, pedi uma garrafa de água mineral com gás Prata, enquanto para o almoço, escolhi o orecchiatte ao ragú de linguiça suína artesanal (R$ 44,00). Os nossos pedidos demoraram cerca de vinte minutos para chegar à mesa. Meu prato era bem servido e tinha uma forte cor vermelha, devido ao molho de tomate que envolvia a massa, aquela em forma de orelha, que estava cozida al dente. O ragú de linguiça suína era bem temperado com muitas ervas e tinha um sabor forte puxado para algo gorduroso. Para meu paladar, precisava ser menos forte, assim como o molho de tomate que acompanhava a massa, pois estava ácido além do que aprecio. A maioria das pessoas que estavam comigo gostou de seus respectivos pratos, o que me faz colocar o restaurante novamente na lista para ser visitado. Mesmo não tendo apreciado muito meu prato, gostei do almoço como um todo por causa da descontração que estávamos, mesmo falando temas de trabalho.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

RITZ - GASTRONOMIA EM SÃO PAULO (SP)

O restaurante Ritz (www.restauranteritz.com.br), localizado na Alameda Franca, 1.088, Jardins, existed esde 1981 e está na minha memória afetiva em relação a São Paulo. Foi o primeiro local que fui quando estive pela primeira vez na capital paulista. Era uma quinta-feira à noite, em 1995, por volta de 23 horas, e ele estava lotado de gente. A fila de espera era grande e ninguém parecia se incomodar, aguardando ser chamado ao mesmo tempo em que bebiam algo, fumavam ou paqueravam, ou faziam isto tudo ao mesmo tempo. Sempre que posso, arrumo uma forma de retornar ao Ritz. Na noite de 03 de fevereiro deste ano, convidei Alberto, um amigo e colega de trabalho de Manaus, para jantar lá. Chegamos perto de 21 horas e já havia fila de espera, mesmo sendo uma terça-feira. Colocamos o nome na lista e ficamos do lado de fora, pois o bar estava completamente ocupado. Os bancos externos da calçada em frente ao restaurante também estavam ocupados. Pensei em pedir algo para beber enquanto esperava, mas logo chamaram meu nome. Como éramos dois, foi mais rápido arrumar uma mesa. O local é pequeno, com as mesas bem colodas umas nas outras, o que dá um certo charme ao restaurante. O bar fica na direita de quem passa a porta rotatória vermelha, uma da marcas registradas do local. As mesas ficam dispostas em dois ambientes, um em frente ao bar, sendo o maior deles, e o outro em um pequeno mezanino, onde um quadro negro tinha uma ilustração de arranha-céus com suas antenas, paisagem característica da Avenida Paulista, e indicava algumas sugestões do dia. O atendimento é muito bom, com jovens garçons circulando entre as mesas, todos com uma camiseta branca indicando que trabalham no Ritz. Alguns itens do enxuto cardápio são famosos, como a caipirosca de frutas, o hamburguer (que já ganhou vários prêmios como o melhor da cidade), a torta de maçã e os bolinhos de arroz. Estes últimos são insuperáveis. Todas as vezes que vou ao Ritz, peço uma porção desta iguaria como entrada, e nunca me arrependo. Deta vez não foi diferente. Pedimos uma porção com 10 unidades de bolinho de arroz (R$ 18,80). Enquanto batíamos um papo descontraído e apreciávamos os bolinhos fritos, servidos com um chutney de pepino, eu bebia uma ótima caipirinha de uva. O cardápio possui alguns pratos que são servidos em dois tamanhos, como foi o caso de minha escolha. Pedi a opção maior do linguine cogumelos - porcini, shitake e shimeji com creme de limão (R$ 52,70). O prato não demorou a chegar. É bem servido, tem boa apresentação e aroma suave. A massa estava cozida no ponto correto. Como é servida em um bowl, a sua temperatura é conservada por mais tempo, possibilitando que a massa continua seu processo de cozimento lentamente. Ficamos mais de duas horas no restaurante. Nada de sobremesa e nada de café. Pagamos a conta, pegamos um táxi e voltamos para nossos respectivos hotéis, já que o tabalho iniciaria cedo na manhã seguinte.

BAR DA DONA ONÇA - GASTRONOMIA EM SÃO PAULO (SP)

Estive em São Paulo a trabalho no período de 03 a 07 de fevereiro, aproveitando para esticar o final de semana na capital paulista. Neste tempo, aproveitei todos os tempos livres para aproveitar o que a cidade tem de bom. O evento que participei ocorreu de terça a sexta-feira, sempre com duas horas diárias de almoço. Como era no centro da cidade, procurei almoçar sempre por perto. O primeiro almoço foi um repeteco, pois já conhecia o restaurante, mas os colegas de trabalho com os quais iria almoçar ainda não tinham ido ao Bar da Dona Onça (www.bardadonaonca.com.br), comandado pela chef Janaína Rueda, localizado no térreo do famoso Edifício Copan. Quando chegamos estava lotado. Éramos cinco pessoas: eu, Karina, Teresa, Fátima e Roberto. Não havia mesa disponível, motivo pelo qual a recepcionista nos conduziu até o bar, pois do lado de fora fazia um calor insuportável. Mas nem bem aproximamos do bar e nossa mesa já estava disponível. As mesas do restaurante são bem coladas umas na outras, lembrando os pequenos restaurantes franceses. A decoração é muito interessante, sempre remetendo à pele da onça, que acaba sendo onipresente nos quadros que enfeitam as paredes. Todos eles são fotografias de locais turísticos ao redor do mundo com a doce presença da onça pintada. Um quadro negro toma conta da parede por cima do bar, onde as sugestões do dia estão descritas com interessantes ilustrações. O atendimento foi apressado, mas isto não comprometeu nosso tempo de almoço. Para beber, pedi uma garrafa de água mineral com gás Prata. O cardápio traz pratos da culinária brasileira, com destaque para a comida de boteco. Assim, há opções com jiló, torresmo ou bife acebolado em tiras. Nesta linha, escolhi um fígado acebolado, iguaria que gosto muito, mas quase nunca como. Há muito estava com vontade de comer um fígado de boi bem feito. No caso, um fígado acebolado com purê de batata (R$ 46,00). Não houve demora na chegada de nossos pedidos na mesa. O meu prato não tinha uma aparência muito boa, mas exalava um perfume sensacional, um misto de doce com salgado. Não me arrependi por minha escolha. O fígado veio cortado em tiras, muito bem temperado, mergulhado em um molho espesso e escuro. Macio, quase desmanchava na boca. O purê de batatas cumpriu sua função de acompanhamento, não atrapalhando a estrela principal do prato. Quase sem tempero, ele ajudou a suavizar o sabor do molho que envolvia o fígado. Sensacional. Para terminar o almoço, pulei a sobremesa, tomando um bem tirado café espresso. Foi muito bom este repeteco no Bar da Dona Onça.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O AMOR DE CLOTILDE POR UM CERTO LEANDRO DANTAS

Domingo, dia 02 de fevereiro de 2014, Teatro da Caixa Cultural, sessão das 19 horas. Eu fui com Vinícius para ver a peça O Amor de Clotilde por um Certo Leandro Dantas. Ingressos a R$ 5,00, meia entrada para quem doasse um livro, o que foi o meu caso. O teatro recebeu um bom público, mas não ficou lotado. Em cena, a companhia recifense Ensaia Aqui e Acolá. A trupe levou para os palcos uma versão leve e gostosa de se ver de A Emparedada da Rua Nova, obra de Carneiro Vilela. Há uma lenda em Recife que diz que uma mulher foi emparedada viva na parede de sua casa por seu pai, quando este soube que ela estava grávida de seu grande amor. O grupo adaptou esta história, dando um final feliz para o casal enamorado, utilizando elementos de circo, de música e de dança para narrar este caso de amor. Os números musicais são hilários, pois os atores fazem dublagens de músicas do universo pop, nacionais e internacionais, no estilo do programa Qual É A Música, apresentado por Sílvio Santos no SBT, na época que o bordão "Pablo, qual é a música?" era o grande mote do programa. A maneira marcada que os integrantes do grupo utilizam para as suas performances é interessnte, pois deixa a história no universo do imaginário, da lenda popular. Tais interpretações são muito boas. Gostei muito.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

RUMO AO PLANETA BOING

No primeiro sábado de fevereiro resolvi ir ao teatro com Vinícius. A vontade era de rir, motivo pelo qual uma comédia pastelão seria a melhor opção. Fomos ao Teatro da Unip para ver a companhia brasiliense Os Melhores do Mundo. Teatro completamente lotado para as duas sessões da noite. Tínhamos entrada para a segunda sessão, com horário de início previsto para 21 horas. Chegamos mais cedo, pois comprei os ingressos pela internet e seria necessário trocá-los na bilheteria. Ficamos um bom tempo no hall do teatro, pois a troca foi muito rápida e como tínhamos chegado por volta de 20 horas, tivemos que esperar por mais de uma hora, já que houve um atraso para liberarem a entrada do público. Era a primeira vez que ia ao Teatro da Unip e gostei das acomodações, embora tenha ficado em uma fila que tinha a vantagem de ter espaço para as pernas, pois ficava em frente ao corredor de acesso às demais fileiras, por causa da distância para a fila da frente e da inclinação da sala, tive dificuldade de ter uma visão plena do palco. Da próxima vez, comprarei lugares mais à frente. Quanto à peça, também era a primeira vez que via Rumo ao Planeta Boing. A trupe é muito querida em Brasília e isto fica evidente durante toda a encenação. Mas a história é fraca e eu acho isto pouco relevante, pois é visível que eles não tem a preocupação em encenar peças mais elaboradas. O importante são as piadas e as gags inseridas ao longo do espetáculo. No caso, a história gira em torno da primeira expedição brasileira no espaço, quando os astronautas foram lançados ao cosmo para levar um carregamento de babanas para o fictício Planeta Boing. No espaço, descobrem que há um sabotador entre eles. No início, uma mensagem no telão alerta ao público que caberá aos que ali estão decidir quem é o sabotador, dando chance para a intereação com a plateia e novas gags. A melhor piada se refere ao Fluminense e sua virada de mesa constante no futebol brasileiro. A certa altura, quando a nave está prestes a cair, todos vestem a arma contra a queda, ou seja, os cinco integrantes da trupe colocam a camisa do clube carioca. Momento de muitos aplausos da plateia. No mais, uma bobagem como eu já esperava. Diverte, mas ao sair do teatro, nada fica. Puro pastelão. Definitivamente, não é meu gênero preferido para ir ao teatro

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O LOBO DE WALL STREET

Em período pré-Oscar, foco nos filmes que concorrem nas suas diversas categorias. Assim, aproveitei uma brecha no meu tempo para ir ver o mais novo filme de Martin Scorsese, O Lobo de Walt Street (The Wolf of Wall Street), produção americana de 2013, protagonizada por Leonardo Di Caprio. Baseado em fatos reais, o filme narra, em 180 minutos, a história de Jordan Belfort, um americano que fez fortuna vendendo ações de empresas fora da bolsa de valores. Sua trajetória vai desde o início na bolsa, passa por sua ascensão, cheia de falcatruas e prejuízos ao erário público, até ele ser pego pelo Estado e denunciar todos os seus parceiros para escapar de uma pena grande. Sua vida foi intensa, com muita festa, sempre com mulheres bonitas e muita droga. Não sou fã de Di Caprio, mas quando ele é dirigido por Scorsese o considero um ótimo ator. Sua peformance neste filme é tão boa que ele concorre ao Oscar de melhor ator, assim como Jonah Hill concorre ao prêmio de melhor ator coadjuvante. Embora longo, o filme não cansa, mas algumas cenas poderiam ser limadas na edição, porque parecem repetidas. Boa reconstituição de época. Gostei. Não creio que leve a estatueta de melhor filme e nem de melhor diretor. Scorsese é sempre bom, mas ele não fez nada além daquilo que esperamos quando vemos um filme dirigido por ele.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

NAU FRUTOS DO MAR - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Domingo, dia 26 de janeiro de 2014. O telefone toca por volta de onze horas. Era Fabíola me chamando para almoçar no Nau Frutos do Mar. Gostei da ideia, pois queria conhecer a unidade deste restaurante que tem origem em João Pessoa, Paraíba, pertencente ao mesmo grupo do Mangai. Combinamos de nos encontrar no próprio restaurante às 13 horas. Ele fica no complexo de lazer Beira Lago, perto da Ponte JK, ao lado do Mangai. Quando cheguei, já não havia vaga no estacionamento. Tive que colocar o carro na via de acesso ao estacionamento, seguindo as orientações de um funcionário do restaurante Mangai, especializado em comida sertaneja nordestina. Passei ao largo deste restaurante, constatando que havia uma enorme fila de espera. No Nau não foi diferente, mas para minha sorte, Fabíola já tinha chegado, conseguindo uma mesa redonda na varanda, onde já estava sentada com sua mãe, uma amiga que ela chama de prima, com sua respectiva mãe. Lá descobri que o Nau tem estacionamento coberto. Elas já tinham pedido duas entradas enquanto me esperavam. Cheguei a tempo de experimentar os bolinhos de macaxeira com bacalhau (R$ 29,90, quatro unidades). O bolinho estava sem tempero, mas o bacalhau tinha sal em excesso o que compensou quando no paladar. O serviço é lento e ruim. Pedimos refrigerantes e sucos que demoraram a chegar. Reclamamos por mais de uma vez para que nossas bebidas chegassem à mesa. Para o almoco, pedimos dois pratos para compartilhar com as cinco pessoas da mesa: camarão poldina - camarões refogados na manteiga aromatizada, servidos sobre arroz cremoso de nata, queijo coalho e salsinha, coberto com cubinhos de queijo coalho empanados, acompanhado de batata palha (R$ 119,00). Prato saboroso, especialmente o arroz. O segundo prato foi o camarão sofisticado - camarões salteados na manteiga, com molho cremoso de nata e mostarda, pedacinhos de palmito e cubos de queijo coalho, acompanhados de arroz branco e batata palha (R$ 112,00). Prefei o primeiro prato, embora possa soar mais do mesmo. Nada de sobremesa. Depois de wuase duas horas no restaurante, pedimos a conta, que chegou rapidamente, diferente das entradas e das bebidas. Afinal, eles tinham que esvaziar logo a mesa, pois a fila de espera era surreal. Total: R$ 438,46.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

NINFOMANÍACA

Lars von Trier tinha dito logo após o lançamento de Anticristo, quando ainda comentava sobres seus filmes, que um de seus próximos lançamentos seria um filme pornográfico. O lançamento seguinte foi Melancolia, um filme profundo e triste que tratava dos últimos dias da Terra, sem nenhuma cena que pudesse ser considerada pornográfica. Muitos acharam que era uma bravata do diretor dinamarquês. Mas eis que chega seu mais novo filme, Ninfomaníaca (Nymphomaniac), produção de 2013, recheado de cenas típicas de um filme pornô. Vi o filme duas vezes, em dois cinemas diferentes em Brasília, em um espaço de uma semana entre um e outro. A primeira vez foi no Espaço Itaú no shopping CasaPark, enquanto a segunda vez foi no Cine Liberty. Como foi diferente a reação do público. No Itaú, vi muita gente levantando para ir embora, ouvi comentários negativos e muita gente se movendo de forma incomodada em suas poltronas. Já no Liberty, o público ficou até o fim, prestando muita atenção aos quase 120 minutos de projeção. Lars von Trier fez um filme de cinco horas e meia, deixando a cargo dos produtores a tarefa de fazer a edição. Para que o filme fosse viável economicamente e até mesmo por estratégia de lançamento e marketing, eles dividiram o filme em duas partes, com cerca de duas horas cada uma. Neste primeiro filme, conhecemos Joe, interpretada por Charlotte Gaisnbourg e Stacy Martin, esta última a grande surpresa do filme, por ser seu primeiro filme e protagonizar cenas ousadas de sexo explícito. Joe narra para Seligman (Stellan Skarsgård) sua vida e seu vício em sexo, desde a mais tenra idade. O que mais chama a atenção é a falta de qualquer tipo de emoção quando ela põe em prática seu vício. Algumas partes de sua história nos parecem inverossímeis, mas isto o próprio Seligman trata de pontuar com Joe, especialmente seus encontros com Jerôme (Shia LaBeouf). As comparações ao longo da história são muito interessantes, especialmente a última delas quando as imagens comparam três cenas de sexo com um movimento de toca piano. A parte que mais gostei do filme é a que não tem nenhuma cena de sexo. É quando aparece a Sra H, interpretada magnificamente por Uma Thurman. A cena é surreal, cheia de ironias e divertida. Ao final, a constatação de que quando o amor aparece na sua vida, o prazer não veio junto. Muitas perguntas ficam sem respostas nesta primeira parte, o que nos faz querer que o Ninfomaníaca 2 estreie logo nos cinemas. Gostei, mas não morri de amores. Acho que faltou emoção!