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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BALANÇO DA VIAGEM DE FÉRIAS

Relendo o blog e vendo as fotos, resolvi fazer um balanço da viagem de férias ao Canadá e Estados Unidos. Gosto de listas. Assim, faço este balanço em forma de listas, que refletem apenas a minha opinião. Não consultei os demais nove companheiros de viagem para elaborar as listas a seguir:

a) Minha primeira vez:
1) Voo de helicóptero (sobrevoo nas Cataratas de Niagara - Niagara Parks, divisa de Canadá e Estados Unidos)
2) Subir de elevador até o 103º andar ( Willis Tower, ex-Sears Tower, 4º edifício mais alto do mundo - Chicago, Estados Unidos)
3) Pirulito de mel de maple (na cidade velha, em Québec, Canadá)
4) Carne de canguru (peguei um pequeno pedaço do prato de um amigo no restaurante Bizantium, em Toronto, Canadá)
5) Ice wine (acompanhando uma sobremesa no restaurante Bizantium, em Toronto, Canadá)
6) Vinho tinto canadense (cabernet sauvignon acompanhando um filé de avestruz no restaurante Bizantium, em Toronto, Canadá)
7) Passar oito horas seguidas em um shopping fazendo compras (Chicago Premium Outlet, Aurora, Estados Unidos)
8) Andar de limousine (trajeto aeroporto Chicago O'Hare-Hyatt Regency Hotel, em Chicago, Estados Unidos)
9) Voar em um avião Embraer E-145 no trajeto Chicago-Toronto pela Air Canada (bonito, espaçoso, confortável, silencioso)

b) Melhores restaurantes (em ordem de preferência):
1) Bizantium - Toronto, Canadá
2) Morton's - Chicago, Estados Unidos
3) L'Indépendent - Montreal, Canadá
4) Saloon - Montreal, Canadá
5) Cavalli - Montreal, Canadá

c) Piores restaurantes (em ordem de ruindade):
1) River View - Niagara Parks, Canadá
2) Sweet Water - Chicago, Estados Unidos
3) Macy's Estate Food Court - Chicago, Estados Unidos

d) Melhor passeio de barco: Rio São Lourenço, em Québec, Canadá

e) Pior passeio de barco: Rio São Lourenço, em Montreal, Canadá

f) Cidade mais fotogênica: Québec, Canadá

g) Momento de emoção: assistir ao espetáculo Ovo, do Cirque du Soleil, concebido e dirigido pela brasileira Deborah Colker, em Toronto, Canadá

h) Decepção: show do Blue Man Group, em Chicago, Estados Unidos

i) Oportunidades aproveitadas na viagem:
1) Assistir à montagem canadense do musical Sound of Music (A Noviça Rebelde), em Toronto, Canadá
2) Assistir ao espetáculo que comemora 25 anos do Cirque de Soleil, Ovo, em Toronto, Canadá
3) Ver os Pergaminhos do Mar Morto, em exposição temporária no Royal Ontario Museum, em Toronto, Canadá
4) Ver as fotografias da exposição temporária da Vanity Fair no Royal Ontario Museum, em Toronto, Canadá
5) Assistir ao show do Blue Man Group, em Chicago, Estados Unidos

j) Local inusitado visitado na viagem: consultório dentário do Dr. Rolando Guerra, em Montreal, Canadá

k) Melhor quarto de hotel: Fairmont Le Château Frontenac, em Québec, Canadá

l) Pior quarto de hotel: Hyatt Regency Chicago, em Chicago, Estados Unidos

m) Melhor café da manhã: Fairmont Le Reine Elizabeth, em Montreal, Canadá

n) Pior café da manhã: Hyatt Regency Chicago, em Chicago, Estados Unidos

o) 10 grandes momentos (sem ordem de preferência):
1) Andar a pé pelas ruas da cidade velha em Québec, Canadá
2) Conhecer o Parc Olympique, incluindo sua torre e mirante, em Montreal, Canadá
3) Almoçar na cidade subterrânea, em Montreal, Canadá
4) Niagara Falls (vista de helicóptero, de barco e nas passarelas às margens da queda d'água), Niagara Parks, Canadá
5) Andar a pé na pequena cidade Niagara-On-The-Lake, Canadá
6) Subir na CN Tower, em Toronto, Canadá
7) As exposições temporárias "Pergaminhos do Mar Morto" e "Fotografias da Vanity Fair" no Royal Ontario Museum, em Toronto, Canadá
8) Tour de barco pelo Lake Michigan e Chicago River, em Chicago, Estados Unidos
9) Andar no piso de vidro do mirante do 103º andar da Willis Tower, em Chicago, Estados Unidos
10) Millenium Park, em Chicago, Estados Unidos

p) 10 piores momentos (sem ordem de ruindade):
1) Passeio e city tour em Ottawa, Canadá
2) Subir a pé o Parc Mont-Royal, em Montreal, Canadá
3) Shows de drag no Cabaret Mado, em Montreal, Canadá
4) Almoço no River View, em Niagara Parks, Canadá
5) Café da manhã no Regency Club do Hyatt Regency Hotel, em Chicago, Estados Unidos
6) Sightseeing em dia chuvoso em Chicago, Estados Unidos (impossível ficar no andar descoberto do ônibus por causa da chuva e nada se via direito pelas janelas com películas no andar coberto)
7) A descortesia da garçonete do restaurante Bucca di Beppo, em Chicago, Estados Unidos
8) A American Eagle, subsidiária da American Airlines - atendimento ruim no check in, péssimo serviço de bordo e avião apertado no trajeto Toronto-Chicago
9) Passar pelos controles de raio X nos aeroportos - chato demais tirar sapatos, cinto, casaco, bolsas e afins.
10) O fato de restaurantes no Canadá e nos Estados Unidos fecharam cedo para o jantar (21:30 horas não se aceita mais nenhum cliente)

DESTAQUE: OS COMPANHEIROS DE VIAGEM

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

CANADÁ DIA 6 - MONTREAL


Parc Olympique
Depois de um ótimo café da manhã, sem preocupação com horário, resolvemos ir até o mirante Belvèdere Kondiaronk, no Parc Mont-Royal. Fomos a pé. Perto do hotel, presenciamos um treinamento de evacuação de um grande prédio. Muita gente nas ruas. Subimos a Rue Peel. Um dos integrantes do grupo fica no hotel. A rua foi virando uma ladeira bem inclinada e lotada de estudantes, pois a Université McGill fica no local. Chegamos ao pé do parque e mais um desiste da subida. Subimos uma escadaria de madeira sem fim. Cheguei no alto com a língua de fora. Uma bonita vista da cidade e do Rio São Lourenço. Depois de descansar e fotos, procuramos um táxi, mas nos informaram que seria difícil encontrar um por ali. Descemos a pé pelo caminho que subimos para pegar o metrô em direção ao Estádio Olímpico. Ao chegar de volta à Rue Peel, minhas pernas não obedeciam os comandos cerebrais. Decidimos pegar um táxi. A corrida ficou em CAD 18.
No Parc Olympique, a atração principal é subir a torre inclinada de 175 metros, a maior do mundo no gênero. Há uma espécie de funicular que faz a subida mediante o pagamento de CAD 15. Há folheto explicativo em português, uma raridade em países estrangeiros. Do alto da torre, tem-se uma visão privilegiada de toda a cidade de Montreal com suas 17 pontes, o jardim botânico, bem em frente ao parque olímpico e as construções do complexo que sediou as Olímpiadas de de Verão de 1976. Na loja de souvenir, comprei pins das Olímpiadas de Inverno de 2010 em Vancouver. Já no piso térreo novamente, visitamos o complexo aquático do local, com piscina olímpica e piscina de 15 metros de profundidade para a prática de saltos ornamentais. Há também aulas de mergulho com cilindros no local. Ainda no complexo olímpico fica o estádio onde se realizam grandes shows e eventos esportivos. Há também o Biodôme, que abriga animais e plantas do nosso planeta. Como apenas dois queriam entrar (eu entre eles) e a maioria estava com fome, pegamos o metrô na estação Viau (CAD 2,75 o bilhete individual) e descemos na estação Peel, sem necessidade de trocar de linha.
Logo na saída, identificamos um restaurante de comida italiana e foi a nossa escolha: San Remo (1420, Stanley). Mesa para dez e garçon falando inglês, francês e espanhol. Restaurante simples. Para não ter erro, pedi uma massa com molho carbonara. O prato demorou e veio totalmente sem tempero, me obrigando a colocar sal e queijo parmesão. Houve confusão na entrega dos pratos e teve gente comendo o pedido de outro. Como oito dos presentes pediram a opção do menu, havia sobremesa incluída. Meu pedido era fora do menu do dia, por isso comi um pouco da sobremesa de Ric. Um bolo de chocolate amargo de bom sabor. O café, também incluído no menu, não era expresso. O total da conta ficou em CAD 218, o mais baixo valor até aqui em nossa viagem. Do restaurante, fomos andar um pouco e paramos na loja Diesel. Resolvi voltar para o hotel com Ric e mais dois amigos.
Combinamos todos de encontrar novamente no show de luzes na Basilique Notre-Dame de Montreal. Saímos correndo do hotel às 18:10 horas e fomos a pé. Chegamos em cima da hora (o espetáculo começa às 18:30 horas). Compramos os bilhetes (CAD 10 cada), pegamos os fones de ouvido (há tradução para o espanhol), sentamos onde havia lugar, pois a igreja estava lotada. Nossos amigos já estavam lá dentro. O show começa com um vídeo projetado em grandes telas de pano colocadas em pontos estratégicos da igreja, contando a história da construção daquele templo. O ponto alto é o descerrar das telas, quando os panos são recolhidos parecendo velas voando ao vento, aparecendo o magnífico altar. Luzes vão iluminando partes do altar na medida em que a história é contada por um ator (projetado em tela na lateral da igreja) que representa o clérigo que teve a ideia de como ele seria. Também ilumina-se o belíssimo púlpito em madeira nobre, o imenso órgão e os vitrais. Belo espetáculo. Eu, Ric e mais dois amigos voltamos a pé para o hotel, enquanto os demais tomaram táxis. Na volta, demos a sorte de estar perto da Place Jean-Paul Riopelle perto de 2o horas e presenciamos o espetáculo de água e fogo na fonte La Jouste. Voltamos ao hotel. Hora de fazer as malas para mais uma etapa da viagem. Destino na manhã de sexta-feira: Toronto. Ainda jantamos fora. Dois ficaram no hotel.
Novamente no Village, desta feita no restaurante L'Indépendent (1330, Rue Sainte-Catherine Est), indicação da concierge do hotel. Bistrô de comida francesa, ambiente acolhedor, apenas duas mesas ocupadas, mas já de saída (todos os restaurantes em Montreal fecham cedo, por volta de 22 horas). Atendimento de bom nível. O garçon chegou a trazer à mesa as peças de carne para que cada um entendesse o que era cada nome no cardápio. Escolhi o menu da noite (Table d'Hôte), com uma sopa de tomate de entrada (bom início de boca, mas enjoativo ao final), camarões empanados que estavam crocantes e com um delicioso molho e o prato principal, um lombo de porco com crosta de pimenta ao molho de creme de leite e camembert. Estava fantástico. Foi nosso melhor jantar até aqui. Conta final em CAD 390. Agora sim, hora de voltarmos para casa, acabar de arrumar as malas e dormir. Quatro seguiram para um outro bar na mesma rua do restaurante em que jantamos.

CANADÁ DIA 5 - MONTREAL

Noite dedicada ao Village, reduto gay da cidade. Fomos de táxi (CAD 10) até o Saloon (1333, Rue Sainte-Catherine Est), um misto de bar e restaurante, onde jantamos. Nos acomodaram no mezzanino, em mesa improvisada para dez pessoas. O local estava cheio na parte de baixo e em cima apenas havia uma mesa ocupada com seis pessoas. Mais tarde, nova mesa de doze foi preenchida no piso em que estávamos. A música é boa e não incomoda. O pessoal que frequenta é interessante, sem ser necessariamente gay, embora o restaurante ostente a bandeira do arco íris. Foi a melhor comida que experimentamos até aqui na viagem. Pedi um prato simples, um linguini com funghi sechi. A massa estava al dente, comme il faut, e o molho de funghi estava na medida certa. A conta ficou em CAD 465. Depois do jantar, dois integrantes do grupo voltaram para o hotel.
O restante andou pela rua até o Bar Stock (1171, Rue Sainte-Catherine Est) onde acontecia uma noite dedicada às mulheres (Ladies Nigth). O bar tem um palco, pois a atração do local é o strip tease dos garotos malhados e tatuados. São todos jovens, muito parecidos na postura e com pouca expressão no palco. Poucos se arriscavam em fazer a pool dance. Apenas um se salvou na dança, fazendo algumas piruetas no poste, chegando a ficar de cabeça para baixo. Ficamos uma hora e decidimos voltar para o hotel de táxi (CAD 10). Conversamos um pouco no lobby do hotel e subimos para nossos respectivos quartos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CANADÁ DIA 4 - MONTREAL

Habitat
Acordo muito cedo, pois o pessoal do seguro saúde entra em contato conosco. Mediante pagamento de uma multa de CAD 300, adiamos o passeio de dia inteiro para Otawa para 7/10. Manhã livre. Consulta marcada pelo seguro para às 15:30 horas na Clínica Dr. Rolando Guerra, na parte francesa da cidade. Café da manhã já quase na hora de terminar o serviço de buffet. Saímos para conhecer Vieux Montreal. Fomos a pé, tirando fotos pelo caminho. Paramos na Square Victoria, onde há uma réplica, doada por Paris, de uma entrada antiga do metrô francês. O governo parisiense já tentou reaver o presente, pois as lâmpadas vermelhas que enfeitam a parte de cima da estrutura de ferro da entrada da estação não mais existem na capital francesa. O governo de Montreal se recusou a devolver o presente.
Mais adiante, paramos na Basilique Notre-Dame de Montreal, uma cópia da famosa catedral parisiense, mas com um interior muito mais bonito. A entrada custa CAD 5. Não é grande, mas tem um belíssimo altar, com a cor azul predominando. A igreja possui o piso inclinado. Nunca tinha visto isto antes em igrejas antigas. Continuamos a caminhar pela parte antiga da cidade, cheia de restaurantes e lojinhas de souvenirs.
Chegamos ao porto e compramos bilhetes para um tour de uma hora no Le Bateau Mouche pelas águas geladas do Rio São Lourenço. Pouca coisa interessante para se ver. Apenas uma construção montada em cubos transformados em apartamentos e cujo metro quadrado tem preço estratosférico. A aparência é de uma favela. Foi construída na época da Feira Mundial de 1967, mesmo época da construção da grande esfera que serviu como pavilhão dos Estados Unidos na feira, uma das estruturas vistas no passeio fluvial. Hoje se chama Biophèsre e abriga um museu e um centro dedicado às águas. O cruzeiro passa entre duas ilhas: Île Sainte-Hélène e Île Notre-Dame. Ao voltar para terra firme, continuamos a andar pela Vieux Montreal, tirando fotos e mais fotos, especialmente da Place Jacques Cartier.

Hora de pegar o metro (CAD 1,75 cada bilhete) e seguir para a consulta com o dentista.





Na clínica, todos falavam espanhol, o que facilitou muito a consulta. Atraso de meia hora para o atendimento e mais de uma hora depois, saímos satisfeitos com o resultado. O seguro cobriu tudo. Dente quebrado, dente consertado. A fome apertou e pegamos o metrô de volta para o hotel. Descemos na estação Bonaventure e conhecemos parte da cidade subterrânea, caminhando até a entrada do nosso hotel, sempre debaixo da terra.
Perto do hotel, uma concentração de bares e restaurantes, com muita gente na happy hour. A vida acontece também debaixo da cidade. Pausa para almoçar/jantar neste complexo gastronômico. O escolhido foi o Deli Planet (Les Halles de la Gare - suite 90445), já com quinze anos de existência. O restaurante é enorme, com uma parte ruidosa dedicada aos adeptos da happy hour. Sentamos na parte tranquila, onde são servidas as refeições. Cardápio semelhante ao Outback. Pedi um sanduíche de filé com cogumelos paris grelhados, acompanhado de fritas (sempre crocantes) e salada de repolho. O prato é enorme, podendo ser dividido para duas pessoas tranquilamente e estava saboroso. O prato de Ric era maior ainda: uma costelinha de porco bem cozida. A conta para duas pessoas ficou em CAD 60. Ao final, passamos numa loja para comprar barras de cereais para a viagem para Otawa e aproveitamos para adquirir água, muito mais barata do que no quarto do hotel.

CANADÁ DIA 3 - MONTREAL - FOTOS

Centro de Convenções de Montreal

Place Jean-Paul Riopelle - Fonte La Jouste

Estádio Olímpico visto de um mirante do Parc Mont-Real

Oratoire Saint-Joseph

Cathédrale Marie-Reine-du-Monde

Museu de Arte Contemporânea

A torta da festinha surpresa para o amigo aniversariante

Um brinde ao aniversariante























Pratos que escolhemos no restaurante Cavalli






segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CANADÁ DIA 3 - MONTREAL


Baldaquino no altar mor da Cathédrale Marie-Reine-du-Monde

7:00 horas da manhã. Eu e Ric já estávamos no restaurante do térreo do hotel para nosso café da manhã. O buffet é tão farto quanto o de Québec. A recepcionista que nos atendeu era de uma simpatia ao extremo enquanto o garçon que servia nossa mesa estava com um mau humor visível. A refeição matinal foi muito cedo porque às 9 horas teve início um city tour de duas horas e meia, privativo para os dez amigos. Microônibus na porta no horário e um senhor como guia. A escolha do idioma foi o inglês. Ele falou pausadamente e num tom monocórdio. Fez um breve relato sobre a cidade, sua população (3,5 milhões de habitantes), economia, universidades e esportes. Percorremos boa parte da ilha, apenas com uma parada, em um mirante do Parc Mont-Real, com vistas para o lado leste da cidade, o lado francês. Quando chegamos na parte antiga da cidade, o tom monocórdio do guia já tinha praticamente embalado todos a bordo. Todos reclamavam do sono e ficamos contando os minutos para acabar a excursão, concluída quinze minutos antes do previsto. Demos CAD 50 de gorjeta ao guia e decidimos visitar a Catedrale Marie-Reine-du-Monde, bem ao lado do nosso hotel. O interior da igreja não é suntuoso, mas o baldaquino é muito bonito, todo em cobre e ouro encimando o altar mor. Ao sair do templo religioso, tempo firme, hora de fotos e uma caminhada pelas ruas próximas ao hotel. Direção escolhida foi a Rue Sainte-Catherine W. Entramos na Apple Store, na Olgivy (uma loja de departamentos sofisticada, com várias grifes internacionais), na Foot Locker (loja de artigos esportivos) e seguimos na direção leste. Já na Rue Maisonneuve, entramos pela primeira vez nos subterrâneos da cidade. Pegamos o metrô (CAD 2,75 o bilhete só de ida) na estação McGill e descemos na terceira estação, Berri-UQAM, na direção Honoré-Beugrand. A região é conhecida como Quartier Latin e é dominada pela Universidade de Montreal, cheia de estudantes pelas ruas. A fome falou alto e paramos no restaurante Les 3 Brasseurs (1658, Saint-Denis), uma microcervejaria com mais três endereços na cidade. A decoração é rústica, com os toneis de fermentação da cerveja à mostra no segundo piso, onde nos colocaram para almoçar. Os pratos são bem servidos e chegam rápido à mesa. O prato por mim escolhido foi um combo de costelinha de porco e 1/4 de frango assados, como um churrasco. O frango tinha gosto de pena, mas a costelinha estava macia e com um bom molho. As fritas estavam crocantes, mas de sabor mediano. O café expresso ao final estava muito ruim. O pior de tudo foi a coca diet que pedi. Nunca bebi nada parecido. Puro gosto de água. Coloquei um X no restaurante. A conta ficou CAD 32 por pessoa. A turma se divide, afinal tínhamos uma festa para o aniversariante do dia. Alguns seguiram para comprar apetrechos para a festinha surpresa e eu segui com o aniversariante, caminhando de volta ao hotel. Já dentro do quarto, escuto Ric falando em português no corredor e alguém chorando. Saio e ele pede para eu ajudar uma senhora que passava mal no corredor. Em inglês, ela pedia ajuda, se dizia perdida e tinha a chave do seu quarto nas mãos. Pedi que ela introduzisse o cartão no local adequado, mas ela não conseguia. Pediu que eu abrisse a porta. Cabreiro, peguei a chave, coloquei no local e a luz verde se acendeu. Pedi para que ela abrisse a porta. Ela o faz e pede ajuda. Digo que vou procurar alguém do hotel para ajudá-la, mas ela diz que não precisa. Pede para eu entrar. Digo que não, que a ajudaria ligando para a recepção e pedindo algum funcionário do hotel para ir até seu quarto. Ela fecha a porta dizendo para não pedir ajuda. Volto para meu quarto. A senhora estava visivelmente abalada e cheirava a álcool.
A festa surpresa contou com camisa padronizada com o retrato de todos os dez amigos, com balões, torta, champanhe Drappier e show de Ric dublando Ney Matogrosso. Para que o aniversariante fosse até o quarto onde estava armada a surpresa, um dos amigos ligou para o quarto dele e disse que estava passando mal e precisava de um remédio. Quando ele chegou, todos estavam aguardando com as camisetas com nossas fotos estampadas e o canto de parabéns. Ele ficou surpreso e brindamos com o champanhe. O show foi ótimo, mesmo com as deficiências de potência do som e a falta de iluminação adequada. Ric trouxe para o Canadá toda a sua parafernália. Tudo foi fotografado e filmado. O dono do quarto também resolve fazer uma performance, dubalndo Gloria Estefan, com a música Everlasting Love. Hilário, como sempre. Seguindo a indicação do concierge do hotel, fomos jantar, com prévia reserva, no restaurante Cavalli (2040, Rue Peel) e terminar o dia em festa pelo aniversário do amigo. Próximo ao hotel, fomos e voltamos a pé. O restaurante é de comida italiana e tem decoração moderna, com pouca luz, predominando a cor vermelha, Amplo, há mesas espalhadas em dois pisos. Música suave, incluindo Bebel Gilberto. No cardápio, releitura de clássicos da comida italiana. Pedi uma bisteca sem ler o cardápio porque não enxergo no escuro, mesmo com óculos. Apenas vi o primeiro nome do prato. A apresentação do prato é bonita, com a bisteca bem passada e sem osso. Veio em um leito de espinafre cozido (odeio esta verdura, mas isto não afetou o sabor do prato) e por cima um mix de baby rúcula com shitake. O sabor estava fantástico. Para acompanhar um chianti safra 2007. O serviço peca pela informalidade e as garçonetes, todas com corpos bem malhados e micro vestidos pretos, não sabem servir adequadamente um vinho e pareciam estar com pressa, embora o local não estivesse cheio. A conta ficou em CAD 717,09. Ao sair, tive que chamar uma das garçonetes, pois não havia ninguém na chapelaria para devolver nossos casacos. No restaurante, um problema com um dos amigos nos levou ao hotel e acionamos o seguro saúde. Nada de grave. A solução virá na manhã do dia seguinte.

CANADÁ DIA 2 - MONTREAL


Foto da vista da janela do quarto do hotel do 18º andar

Depois de esperar pouco tempo nossas bagagens na estação de trem, bastou subirmos dois lances de escada rolante e já ficamos de frente para a entrada do nosso hotel. Não foi necessário nem sair da estação. O hotel para cinco noites em Montreal é o Fairmont Le Reine Élizabeth (900, Rene Levesque Boulevard W). Check in diferenciado, pois todos nos associamos ao programa de fidelidade da rede quando estávamos em Québec. Outra vantagem de ser associado é o acesso gratuito à internet. Para ninguém querer ficar no hotel, apenas colocamos as malas nos respectivos quartos e nos encontramos novamente para conhecermos um pouco da noite da cidade. O local escolhido foi a Rue Sainte-Catherine, bairro Village, reduto gay de Montreal. O indicado pelo hotel é o Sky Club. Três táxis (CAD 10 a corrida) nos levaram até lá. Na verdade, era uma boate e vazia, embora domingo e perto de 22:30 horas. Andamos pela rua até chegarmos a um local mais movimentado. Outro clube com entrada paga e noite dedicada às mulheres (Ladies Night).
Optamos em entrar no bar ao lado, chamado Mado (1115, Sainte-Catherine Est). Entrada a CAD 5 e chapelaria a CAD 1,50 por casaco. Cerveja long neck a CAD 5. A bilheteira, a chapeleira e as barwomen são todas drag queens. Descobrimos que Mado é uma famosa drag queen local e há shows todas as noites no cabaret/clube. Por volta de 23 horas começa o show. Não entendia muito o que as drags falavam. Muito rápido, gritado e num sotaque difícil de acompanhar. Os shows de drags são bem fracos. Os do Brasil os superam e muito. Ainda houve uma eleição entre seis frequentadores que subiram ao palco para vermos quem fazia o melhor streep tease. Foram três mulheres e três homens, todos bem novos. Ganhou a mais jovem das mulheres, 19 anos, que levou de brinde uma garrafa de espumante. Também houve uma comemoração de aniversário, com show surpresa de três mulheres que dançavam ao som de Shakira e Madonna. Horrível! Resolvemos ir embora. Um táxi para quatro e outro para seis. Fui no de seis. O motorista, nascido no Azerbaijão, morando há 20 anos em Montreal, insistia em dizer que éramos sete e gostava do futebol brasileiro. Ficou relacionando a escalação da seleção brasileira de futebol tri campeã no México. Ao chegar no hotel, pediu CAD 5 de extra, por ter carregado sete pessoas. A corrida deu CAD 10. Pagamos os CAD 15 sem discutir muito. Lembrei-me de MW que diz que turista deve sempre ser explorado. Fomos para os respectivos quartos. Tomei um relaxante banho. Não consegui dormir. Efeitos do oxigênio líquido e do banho noturno. Revirei na cama a noite toda e ainda levei um soco involuntário de Ric num momento de sonho exacerbado.