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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ALGUMAS HORAS EM TALLINN, ESTÔNIA


Quando planejamos nossa viagem para a Escandinávia, Cláudia propôs irmos também à Tallinn, capital da Estônia, pois era muito perto de Helsinque, sendo possível um bate e volta no mesmo dia. Concordamos com a proposta. Compramos o bilhete de navio pela internet pela Viking Line, empresa que faz pequenos cruzeiros pelo Mar Báltico. A viagem dura cerca de duas horas e meia, motivo pelo qual não quisemos o bilhete com direito a quarto. Como a hora de saída do porto da capital finlandesa era às 11:30 h, optamos por almoçar no próprio navio. Assim, não precisávamos procurar restaurante em Tallinn, sobrando mais tempo para conhecer a cidade. No ato da compra da passagem, é necessário escolher o horário do almoço. Escolhemos almoçar às 12:30 horas.
Chegamos ao porto de Helsinque uma hora antes do embarque. Fomos direto para a bilheteria, onde tivemos que trocar o nosso voucher pelos bilhetes. Embora com muita gente, o atendimento foi bem rápido, pois havia muitos guichês para atender a todos. Assim que liberaram o embarque, ao entrar no navio, pegamos o elevador e fomos direto para o último andar, escolhendo um lugar à sombra para ficar. A maioria das pessoas escolhia ficar no sol. Realmente o pessoal daquelas bandas adora aproveitar ao máximo o pouco de sol que tem por ano.
Não ficamos muito por lá, pois a sombra também era o lugar dos fumantes. Resolvemos conhecer as áreas comuns do navio, passando por lanchonetes, bares e cassino, parando na sua loja duty free, onde olhamos os produtos à venda, pesquisamos preços para eventuais compras. Obviamente que não compramos nada na ida, pois seria muito incômodo carregar compras durante nossa caminhada em Tallinn.
No horário marcado, fomos para o restaurante. Na recepção, apresentamos nosso bilhete. Uma garçonete nos conduziu até a mesa que estava reservada para nós quatro: eu, Vera, Dora e Cláudia. A mesa comportava oito pessoas, motivo pelo qual a compartilhamos com outras turistas.
O restaurante era bem grande, com quatro horários distintos de servir o almoço. Acomoda todo mundo. Parece que todos os passageiros tiveram a mesma ideia que a nossa, pois o fluxo de gente era muito grande para almoçar.
O sistema do restaurante é o self service, com ilhas espalhadas em locais estratégicos, embora a comida quente, especialmente as carnes, estavam ao fundo. Atrás de nossa mesa estava uma ilha somente com pratos frios. Havia uma quantidade enorme de caviar, além do onipresente gravlax (aquela fatia fina de salmão cru marinado em uma mistura de endro, açúcar e sal grosso, muito comum na Escandinávia). Cláudia e Vera, fanáticas por estas iguarias, adoraram. O caviar era apresentado em diversas cores e tamanhos, todos frescos.
Fiquei observando o prato das pessoas que passavam. Os jovens se serviam das mesmas coisas: batata frita, croquetes de carne, tudo regado a ketchup em quantidades absurdas. Eles ignoravam totalmente as verduras, legumes, pães e queijos que estavam disponíveis em profusão.
Assim que terminamos de almoçar, cujo prazo é de uma hora para cada turma, faltava meia hora para atracarmos na capital da Estônia.
Sem malas, o desembarque é muito rápido. Passar na imigração foi mais rápido ainda. Já do lado de fora do porto, consultamos o mapa da cidade no celular e vimos que a cidade antiga, que é a parte mais turística do local, não ficava longe. Resolvemos ir a pé. Arrependemos no meio do caminho, pois o calor que fazia naquela segunda-feira, 19 de maio de 2014, não era normal para a época do ano. Faziam 32º C. Mas como já estávamos no caminho, assim como a maioria das pessoas que desceu do navio, continuamos nossa caminhada. Entramos pela parte sul da área murada.
A parte antiga de Tallinn é toda envolvida por uma muralha. O seu interior apresenta uma das mais preservadas áreas medievais do norte da Europa. Por causa desta bela arquitetura e de sua preservação, o centro histórico de Tallinn foi considerado pela Unesco, em 1997, como Patrimônio Mundial da Humanidade.
O amarelo é o tom dominante nas paredes das casas e edificações. Caminhamos sem rumo definido pelas ruas do centro, apreciando as construções, entrando onde era possível entrar, como em igrejas e galerias de arte. Por falar em galerias, a capital da Estônia tem uma expressiva quantidade de museus e galerias de arte. Quando entramos em um beco, chamado Borsi Kaik, demos de cara com uma exposição de esculturas modernas. Uma placa indicava o nome do local: Suurgildi Hoone Sisehoov (Sisehoov Courtyard). Pausa para fotos.
Ao sair do beco, seguindo a torre branca vista de vários pontos da cidade, chegamos na Igreja Oleviste. Pagamos um euro, moeda adotada pela Estônia, para conhecer o interior do templo. Nada de excepcional.
Chegamos à parte principal da parte baixa da Cidade Velha (Old Town), a Praça do Mercado (Raekoja Plats). Nesta praça há uma variedade de restaurantes com garçons vestidos com roupas antigas, preservando o clima medieval do local. Além destes restaurantes, a maioria com comida típica do país, oferecendo, inclusive, carne de urso em seus cardápios, a praça também abriga a prefeitura e uma antiga farmácia, em funcionamento desde 1422. O museu da farmácia estava fechado. Da praça, tem-se acesso à parte alta da cidade, chamada de Toompea. Antes de subir, resolvemos parar em algum lugar para refrescar do calor. Queríamos sorvete, mas não encontramos uma sorveteria nas imediações. Paramos, então, em um café que servia sorvete. Foi também o momento de hidratar e ir ao banheiro.
Saindo do café, decidimos nos perder pelas ruelas, chegando ao portão principal de acesso à parte murada da cidade. Demos meia volta, entramos em outra ruela, seguindo novamente sem rumo. Paramos em uma das muitas lojas de artesanato onde comprei uma matryoshka, aquelas bonequinhas russas que guardam outras bonequinhas menores dentro delas. Elas são artigos típicos da Rússia e como a Estônia fez parte da ex-União Soviética, esta bonequinha também faz parte do rico artesanato estoniano. Pedi à vendedora a boneca mais típica da Estônia, aquela que trazia as cores mais utilizadas no país. Comprei uma vermelha.
Nossa caminhada chegou novamente na Praça do Mercado. Resolvemos subir a encosta para conhecer a catedral ortodoxa russa Alexander Nevsky, cuja cúpula arredondada se destaca no horizonte. Seguimos o mapa, entrando em uma rua para a esquerda e não conseguimos descobrir o acesso para Toompea. Quando vimos, já estávamos novamente próximos da Praça do Mercado. Olhamos o relógio. Já era perto de 17 horas. Era hora de voltarmos para o porto. Desta vez, pegamos um táxi, quando vimos uma pequena parte dos edifícios modernos que ficam do lado de fora da parte murada de Tallinn.
No porto, quis comer algo, mas a fila era grande na única lanchonete aberta e o atendimento era muito lento. Havia apenas uma mulher para receber o pedido, prepará-lo, cobrar, receber o dinheiro, entregar o pedido e o troco. Desisti, resolvendo comer alguma coisa no bar do navio. Novamente o embarque foi no horário e sem tumultos. Procuramos uma mesa vazia no andar da lanchonete e lá nos instalamos. O navio saiu no horário, 18 horas, rumo a Helsinque.
Para passar o tempo, resolvemos comprar no duty free. Fizemos duas turmas para não perdermos a mesa. Na primeira, Vera e Cláudia foram às compras. Quando elas retornaram, foi minha vez, que fui acompanhado de Dora.
Para pagar com cartão de crédito, é exigida a apresentação do passaporte. Fiquei impressionado com o tanto de gente na loja. Todos comprando bebidas alcoólicas. Achei o que queria e ainda comprei uma caixa de um delicioso chocolate finlandês que tínhamos provado em Helsinque. O navio atracou às 20:30 horas na capital finlandesa. O desembarque não é por partes, como nos cruzeiros. Assim, todo mundo deixa o navio no mesmo instante. Ninguém de mãos vazias. Era incrível a quantidade de bebidas que as pessoas desembarcavam consigo. Depois ficamos sabendo que a venda de bebidas alcoólicas na Finlândia é controlada, com incidência de altos impostos. Muitos finlandeses fazem esta viagem para Tallinn com o objetivo de comprar as bebidas, especialmente vodca e cerveja, no duty free do navio. Há uma cota, que todo mundo preenche.
Do porto, seguimos a pé para jantar. Tínhamos uma reserva em um restaurante próximo ao porto.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

AMORES SURDOS

O grupo teatral Espanca!, sediado em Belo Horizonte, completa dez anos de atividades com uma mostra no Centro Cultural Banco do Brasil de BH. A primeira vez que os vi foi no Galpão Cine Horto, também na capital mineira, com a deliciosa peça Por Elise. Depois disto, os vi em todas as ocasiões em que estiveram em Brasília, inclusive revendo Por Elise. Durante minha rápida passagem por Belo Horizonte, ao consultar a programação cultural da cidade, vi que estava em cartaz no Teatro 2 do CCBB BH Espanca! 10 Anos - Mostra 2014. Não tinha dúvidas. Comprei quatro ingressos, o máximo que poderia comprar, todos meia entradas, pois eu e meus convidados somos clientes do Banco do Brasil. Cada entrada custou R$ 5,00, acrescidos de R$ 2,00 por ingresso pelo fato de eu tê-las comprado pela internet. A peça era Amores Surdos, sessão das 20 horas de uma segunda-feira, dia 06 de outubro de 2014. Convidei Rogério, Emi e Kitty. Emi não pode aceitar o convite porque tinha aula de gastronomia na mesma noite.
Precisava trocar os ingressos na bilheteria até quarenta minutos antes do início do espetáculo. Aproveitei que ainda estava de férias, cheguei no centro cultural mais cedo, troquei os ingressos e sentei-me no Café com Letras Liberdade, localizado no térreo do espaço cultural, esperando Kitty e Rogério chegarem. Faltando meia hora para começar a peça, fomos para o segundo andar do prédio, onde já se formava uma fila na porta do Teatro 2, já que não havia lugar marcado. Em frente à bilheteria havia uma fila de espera para ingressos não trocados, pois estavam esgotados. Um rapaz entrou no hall do teatro perguntando se alguém tinha algum ingresso para vender. Só então me lembrei do ingresso do Emi. Dei a entrada para ele que ficou com cara de quem não estava acreditando que eu não queria vender a entrada excedente. Entramos perto de 20 horas no teatro. Naquela altura, eu tinha me lembrado de que já vira a peça Amores Surdos, especialmente da água barrenta que escorre no palco e a presença de um hipopótamo. Teatro lotado. Após os anúncios de praxe, as luzes se concentram no palco para ter início Amores Surdos, peça que estreou em 2006, no Paraná. O texto é de Grace Passô, enquanto a direção é assinada por Rita Clemente. Cinco atores integram o elenco: Assis Benevuto, Grace Passô, Gustavo Bomes, Marcelo Castro e Mariana Maioline.
Como diz um dos atores, logo em sua fala inicial, Amores Surdos é uma história normal, pois todas as histórias já tinham sido contadas ao longo dos tempos. A peça trata do cotidiano de uma família, onde a convivência diária cria uma forma peculiar e bem íntima de todos se relacionarem. O pai ausente é citado a todo momento, inclusive sendo chamado para tarefas banais em conjunto, como tomar um chá, por exemplo. A mãe é superprotetora e autoritária, exercendo um poder incrível nos filhos, inclusive em Júnior, o filho que mora fora do país e liga sempre para a família. Além de Júnior, há um filho com problemas respiratórios, outro que tem dificuldades de sair de casa, um terceiro que é sonâmbulo e a única filha que se tranca em um mundo próprio, quase nunca tirando o fone de ouvido das orelhas. O texto é forte, com diálogos recheados de metáforas, o que nos faz refletir muito sobre nossas relações, não só familiares, mas também com todos os que conhecemos. Uma frase da mãe, vivida por Grace Passô, ecoa até hoje em meus pensamentos. Ela diz mais ou menos assim: tem coisas que foram feitas para a gente viver com elas. Pura realidade!
Algumas cenas são incômodas, como a do filho com dificuldades de sair de casa que tem que deixar o lar, pois era o seu primeiro dia. Não se sabe de que, mas deduzi que era para trabalhar. Mas ele só consegue passar da porta de vidro e fica nela encostado, desesperado, querendo retornar para a segurança de seu lar. A água barrenta que escoa grande parte do espetáculo pelo palco, deixando os atores sujos, me deu uma aflição crescente. Os personagens eram tão cegos com sua vidinha rotineira, que não percebiam que algo estranho e inusual acontecia dentro da própria casa. De tão incômodas, algumas destas cenas acabaram por provocar risos nervosos na plateia.
O sapateado no momento do chá é uma estratégia interessante de mostrar como a vida deles era rotineira, sendo obrigatória a participação de todos. Por falar em sapateado, o rito de passagem da infância para a adolescência/fase adulta é bem representado justamente quando o personagem Pequeno, o que tem problemas respiratórios, calça seus sapatos para solar uma dança marcada, sem vontade, mas carregada de resignação. Já era o final do espetáculo.
Palmas entusiasmadas e longas ao final da peça.
Gostei muito de rever Amores Surdos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

VISITANDO HELSINQUE, FINLÂNDIA


Em maio de 2014, fiz uma viagem de férias aos países nórdicos, onde conheci, junto com minhas amigas Cláudia, Dora e Vera, algumas cidades escandinavas. A primeira delas foi Helsinque (Helsinki), capital da Finlândia, na qual passamos três noites. Saímos de Brasília dia 16/05/2014, uma sexta-feira à noite, em voo da Air France, com conexão em Paris, onde pegamos um voo da Finnair. Quando chegamos em Helsinque, já era bem tarde da noite do sábado, 17/05/2014. No aeroporto, depois de pegar nossas malas, compramos um chip para nosso roteador móvel de wi-fi, carinhosamente apelidado de Rachel. Custou € 6 e deu para nós quatro navegarmos na internet tranquilamente durante nossa estadia na capital finlandesa. Para o hotel, contratamos um táxi no próprio aeroporto. Ficamos hospedados no Radisson Blu Plaza Hotel (Mikonkatu 23), reservado antecipadamente pela internet por meio do Booking. O hotel tem ótima localização, dando para ir a pé na maioria das atrações turísticas da cidade. É bem próximo da Estação Central. Não foi necessário fazer câmbio, uma vez que a Finlândia adota o euro como moeda. Em quase todas as atrações que visitamos fomos a pé. Aliás, andamos muito a pé pelas ruas da capital finlandesa, tanto de dia quanto de noite. Embora fosse auge da Primavera, fazia frio, especialmente à noite. Saímos agasalhados todos os dias. O sol se punha bem tarde, lá pelas 22 horas, o que nos dava a sensação de aproveitar mais o dia. Os finlandeses aproveitam, e muito, os poucos dias de sol que têm durante o ano. Adoram ficar nas áreas externas dos bares e restaurantes, geralmente com mesas nas calçadas, além de ocuparem todos os espaços verdes da cidade. E fumam muito! Vimos muitos deles sentados nos gramados de praças, esplanadas e parques. Eis os locais que visitamos:
Domingo - dia 18/05/2014 - logo na saída do hotel, paramos na espaçosa praça da Estação Central, cujo edifício se destaca com sua imponente torre do relógio. Também na praça está o Teatro Nacional e alguns movimentados bares noturnos. Outro destaque da estação são as estátuas que emolduram a entrada principal. De lá, seguimos para a Catedral de Helsinque, uma igreja luterana que se localiza na Praça do Senado (Senaatintori). Ela é pintada de branco com destaque para suas cúpulas verdes. Seu nome correto é Catedral de São Nicolau. O exterior é mais impactante que o seu interior, que achei muito simples. Um culto ocorria quando nela entramos. Ganhamos uma Bíblia em português na saída. Nesta praça está o prédio do Senado, sede do governo finlandês, e a Universidade de Helsinque. É desta praça que saem os ônibus de dois andares que fazem o city tour, aqueles do tipo hop on hop off. Seguindo sempre para a esquerda, chegamos em um dos vários cais da cidade, de onde avistamos a suntuosa Catedral Uspenski, igreja ortodoxa russa com fachada avermelhada. Subimos um pequeno monte para conhecer seu interior. Ficamos pouco lá dentro, pois também chegamos no momento em que celebravam um culto. Mas conseguimos apreciar o interior ricamente ornamentado, com destaque para o dourado, para o vermelho e para o azul. Em seguida, fomos para a Praça do Mercado, onde uma feira acontecia. Nesta praça, está localizada a Prefeitura da cidade, abrigada em um prédio azul, assim como a Embaixada da Suécia. Um aviso contendo os horários de saída da barca para a Fortaleza das Ilhas Suomenlinna nos chamou a atenção. Em dez minutos partiria o próximo barco. Não tivemos dúvidas. Compramos o bilhete de ida e volta e fomos conhecer o principal ponto turístico de Helsinque. Ele fica distante quinze minutos de barco da Praça do Mercado. É considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A fortaleza é muito grande, podendo-se gastar um dia inteiro para visitá-la. Ficamos por quase três horas no local, entrando e saindo de prédios históricos, passeando por suas ruas, apreciando o mar de suas pequenas praias. Vimos muitos finlandeses aproveitando o sol, estirados na grama. Voltamos para a Praça do Mercado, pois a fome dava sinais de vida. Antes de procurar um restaurante, zanzamos por entre as barracas da feira. Aquelas que vendiam comida me chamaram a atenção, especialmente por causa da grande oferta de almôndegas cozidas feitas com carne de rena, servidas em abundante molho de tomate (só fui experimentar esta iguaria local em um dos restaurantes que fomos). As frutas frescas, como morangos e cerejas, também eram vendidas em muitas barracas. Muito artesanato e roupas femininas completavam a miríade de produtos na feira. É nesta praça que começa o Parque Esplanadi. Na verdade, o parque é o canteiro central muito largo de uma alameda, onde se concentram belos edifícios neoclássicos, que abrigam hotéis sofisticados, restaurantes, bares e lojas. Procuramos o restaurante Sunn, que tinham nos indicado, mas não gostamos por ele ter o serviço self-service para o almoço. Resolvemos almoçar no Sasso (Pohjoisesplanadi 17), especializado na culinária italiana. Após o bom almoço, voltamos para nossa caminhada, conhecendo, sem pressa, o local mais visitado pelos finlandeses, o Esplanadi. No seu gramado central, vimos muitos locais aproveitando o domingo. Sempre em grupos. A grife finlandesa Marimeko tem uma loja nesta alameda. As estampas de flores desta grife, surgida nos anos 50, são famosas. Flores em tons vermelhos estão presentes em roupas, bolsas, capas para celulares, guardanapos de papel, guarda-chuvas, canecas, entre muitos outros. Entramos e, obviamente, compramos. Com sacolas nas mãos, resolvemos passar no hotel antes de seguirmos em frente. Do hotel, pegamos um táxi e descemos no Parque Sibelius. Já era final de tarde, mas o sol estava firme e forte no céu. O destaque deste parque é o Monumento Sibelius, motivo pelo qual pedimos para descer do táxi perto dele. O monumento presta homenagem a Jean Sibelius, importante compositor finlandês, falecido em 1957. Um busto do músico está colocado ao lado da enorme obra que parece um órgão, com seus tubos grandes feitos de aço inox. Tiramos algumas fotos e saímos sem direção fixa pelo parque. Olhamos no mapa e não estávamos distante de outro ponto de interesse da cidade, a Igreja Temppeliaukio. Sigamos a pé para lá, observando os prédios residenciais no caminho. Perto de onde fica a igreja, deparamos com um cartaz engraçado em uma porta de ferro. Era a sede de uma escola de samba: Escola de Samba Império do Papagaio, escrito no nosso bom português. Quando chegamos na igreja, ela já tinha fechado. Eram 17:10 horas. O horário de visitação se encerrava às 17 horas. Como nós, vários outros turistas deram com os burros n'água. Pegamos um táxi para voltarmos para o hotel, onde descansamos um pouco antes de sairmos para jantar. Tínhamos reserva confirmada por e-mail, pelo próprio dono do restaurante, para 20 horas. Pedimos na recepção do hotel para chamar um táxi. Eles chamaram uma van enorme, mas o percurso foi cobrado no taxímetro. Quando chegamos ao Restaurant Chef & Sommelier (Huvilakatu, 00150), restaurante premiado da cidade, suas portas estavam trancadas com um grande cadeado para o lado de fora. Nenhum sinal de vida lá dentro, conforme olhamos pelos vidros. Ficamos putos. Obviamente que as devidas reclamações foram feitas e o dono se desculpou, também por e-mail que tinha se enganado, pois o restaurante não funciona para jantar no domingo. A sorte é que o motorista da van nos esperou. Consultamos pela internet outros restaurantes, mas não demos sorte, pois estavam todos fechados naquele dia. Era domingo, disse-nos o motorista, e quase nenhum restaurante funcionava na cidade naquele horário. Voltamos para o Esplanadi e acabamos jantando no Kappeli (Etelaesplanadi 1), um restaurante localizado em uma casa no meio da esplanada, muito frequentado por turistas. Depois do jantar, quando experimentamos a culinária local (comi e gostei da almôndega de carne de rena), voltamos a pé para o hotel. Fazia 12 graus. Já passavam das 22 horas. O sol se punha. Era hora de dormir, pois no dia seguinte, iríamos para Tallinn, capital da Estônia.
Segunda-feira - 19/05/2014 - Acordamos cedo, tomamos o café da manhã no hotel e antes de seguirmos para o porto, onde pegaríamos um navio para Tallinn, entramos em um táxi que estava parado no ponto em frente ao hotel e rumamos para a Igreja Temppeliaukio. Chegamos pouco antes de abrir. Um aglomerado de turistas se formou na entrada. Era muita gente, mas como não estávamos em grupo, fomos desviando da multidão, conseguindo entrar bem na frente. Valeu a visita, pois seu interior é muito diferente e muito interessante. A igreja tem formato circular, encrustada em uma rocha. O teto, também circular, é de cobre, com um anel de vidro entre ele e as paredes de pedra. Esta parte de vidro permite a luz natural banhar o interior do templo luterano. A bia batismal, também de pedra, e o órgão são outros destaques da igreja. Na saída, entramos em um táxi e fomos para o porto para pegarmos o navio para a capital da Estônia, onde ficamos por algumas horas. Chegamos de volta à Helsinque por volta de 20:30 horas. Do porto, seguimos a pé para o restaurante Pure Bistro (Pohjoisesplanadi 9), praticamente na Praça do Mercado, onde tínhamos reserva para jantar. Cansados, mas satisfeitos com nosso dia, voltamos a pé para o hotel depois da ótima refeição.
Terça-feira - 20/05/2014 - acordamos bem cedo para fecharmos as contas no hotel, pois nosso voo para Estocolmo partiria às 09:25 horas. Tomamos o café da manhã ainda no hotel, chamamos um táxi e seguimos para o aeroporto. Nosso check in foi todo automático. O voo da SAS saiu no horário.

domingo, 5 de outubro de 2014

BRAVO! - LITERATURA E FUTEBOL

Gosto muito de ler contos, prosas e histórias curtas. Há muito uma coletânea da Bravo! chamada Literatura & Futebol estava em minha estante. Em uma sentada, enquanto aguardava um voo no Aeroporto de Brasília, li as dezoito histórias desta coletânea, que tem João Gabriel de Lima como organizador. São textos de autores consagrados da literatura brasileira, sendo dezessete homens e uma única mulher, Clarice Lispector, que comparece com uma crônica publicada no Jornal do Brasil em resposta a Armando Nogueira. Como qualquer coletânea, há altos e baixos, mas no geral, os textos são gostosos de se ler. Todos eles destacam o futebol de alguma maneira, seja diretamente, com histórias de técnicos e jogadores, quanto indiretamente, com o futebol sendo apenas o mote para encontros e desencontros. Destaco os três que mais gostei: Gaetaninho, de Antônio de Alcântara Machado, que não tem piedade para com seu personagem; Na Boca do Túnel, escrito por Sérgio Sant'Anna, um interessante relato de um jogo de futebol entre um time grande e um pequeno sob a perspectiva do técnico na beira do gramado; e O Dia em que o Brasil perdeu a Copa, de Paulo Perdigão, no qual o autor viaja no tempo e assume a responsabilidade pelo Brasil ter perdido a final da Copa de 1950 em pleno Maracanã.

sábado, 4 de outubro de 2014

TRÁGICA.3

Passei uma agradável tarde de quinta-feira, dia 02 de outubro, com meu amigo Adilson no Café com Letras do CCBB BH. Combinamos às 16 horas. Ambos fomos pontuais. Ri muito com as histórias de meu amigo, especialmente sobre sua viagem recente à Europa. Ele tinha dois convites para ver a estréia da peça Trágica.3 em Belo Horizonte, no Teatro 1 do CCBB BH, motivo pelo qual só poderíamos ficar batendo papo até perto de 19:30 horas. A estreia era somente para convidados. Por coincidência, eu tinha comprado entrada para a mesma peça um dia antes para a sessão de domingo, dia 05 de outubro. Lá pelas tantas, Adilson recebeu uma ligação. Era seu amigo dizendo que estava impossibilitado de acompanhá-lo naquela noite no teatro. Assim, fui agraciado com o convite. Desta forma, veria a peça duas vezes. Para aquela sessão, marcada para 20 horas, não havia lugar marcado, motivo pelo qual fomos para a fila às 19:40 horas. Há muito não frequento o mundo teatral de BH, não conhecendo quase ninguém, mas Adilson conhece todo mundo, pois trabalha com assessoria de comunicação na parte cultural. Ele me apresentou a vários atores, atrizes, diretores, produtores, enfim, aqueles que fazem arte na capital mineira. Pouco antes das 20 horas permitiram o acesso à sala onde seria encenada a peça Trágica.3. O teatro não é grande, tendo capacidade para 254 pessoas. Moderno, com boa inclinação da plateia, sentamos na quinta fileira. Com apenas oito minutos de atraso, teve início a peça.
Trágica.3 é uma versão atualizada de clássicos do teatro grego. Traz para o tablado três fortes personagens femininas: Antígona, Electra e Medeia. Três personagens femininas que tem a morte como fator marcante na vida delas. São três esquetes distintas. com três adaptações feitas por diferentes pessoas. Começa com Antígona (texto de Caio de Andrade), interpretada por Letícia Sabatella; segue com Electra (texto de Francisco Carlos), vivida por Miwa Yanagozawa; fechando com Medeia (texto de Heiner Müller), interpretada por Denise Del Vecchio. Completam o elenco os atores Fernando Alves Pinto e Marcelo H. A direção é de Guilherme Leme.
O cenário é despido de qualquer mobiliário, a não ser os instrumentos musicais tocados pelos próprios atores. A forma de atuação é diferente do que estamos acostumados a ver nos palcos teatrais. Não há muita movimentação das atrizes, com raros momentos na esquete de Antígona. O que vale é a forma de dizer o texto. Sabatella mistura partes cantadas na sua forma de dizer o texto. Ficou enfadonho. A falta de movimentação e os acordes de Sabatella, além da tristeza em cena, potencializada pela iluminação, tornam a esquete muito chata. Ao final, vi gente levantar para deixar a plateia. Antígona é a parte mais longa. Cansei.
Miwa Yanagozawa vem em sequência, ficando ajoelhada, com os braços abertos em forma de um V de cabeça para baixo quase o seu monólogo inteiro. Com maquiagem de destaque, como se estivesse sempre chorando, despeja seu texto de forma direta, verborrágica. Difícil de acompanhar. Gostei da parte em que ela dá um grito silencioso. Apenas a boca aberta, e a expressão forte e chorosa.
A última a entrar em cena é Del Vecchio, vestindo uma túnica preta, postada no lado esquerdo do palco, permitindo que todos vissem o vídeo com duas crianças brincando na beira mar que era projetado no telão ao fundo do palco (uma alusão aos filhos que ela teve com Jasão que ela mata). É a parte que mais apreciei, embora a atriz tenha ficado no mesmo lugar no palco o tempo inteiro, com poucos movimentos de braços.
Ao final de 75 minutos, findou-se Trágica.3. Os presentes aplaudiram de forma protocolar. Custaram a se levantar para aplaudir de pé. Alguns permaneceram sentados, que foi o meu caso.
O ponto alto da peça é a sonoplastia.
Depois do espetáculo, o público foi agraciado com um coquetel no hall em frente à porta de acesso ao teatro. Pelo que ouvi, as opiniões eram mais desfavoráveis à peça.
Durante a encenação de Sabatella, eu já havia decidido que não veria Trágica.3 por duas vezes. Devolverei os ingressos comprados para a sessão de domingo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

VISÕES NA COLEÇÃO LUDWIG

Aproveitando os últimos dias de férias em Belo Horizonte, fui conhecer o Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade. O prédio é lindíssimo e já vale a visita por si só. A programação é atraente, como nas demais unidades do CCBB (RJ, SP e DF). Quando lá cheguei, o relógio marcava pouco mais do que 19 horas. Estava com minha amiga Rosângela. Decidimos conferir a exposição em cartaz no terceiro andar: Visões na Coleção Ludwig. Trata-se de um recorte da coleção do casal alemão Peter e Irene Ludwig sobre a arte contemporânea, com predominância da pintura. A arquitetura do prédio, com um andar em formato de retângulo, com um grande vão no centro, favorece o percurso, sem necessidade daquelas idas e vindas comuns em muitos espaços expositivos. É só seguir a ordem das salas em que há obras expostas, Os quadros e algumas esculturas ocupam as salas numeradas de 1 a 6, além de uma enorme foto estrategicamente colocada no térreo, no belo pátio do centro cultural. Ao ler a linha do tempo ao final da exposição, fiquei sabendo que obras da coleção do casal estão hoje espalhadas por museus localizados em algumas cidades europeias, tais como Viena, Budapeste, Colônia, São Petersburgo (de onde vem as obras expostas). Alguns destes museus foram criados apenas para abrigar parte da Coleção Ludwig. Entre as obras expostas no CCBB BH, estão pinturas representativas da pop art e do hiperrealismo. O ecletismo de formas e de narrativas pictóricas tornam a exposição instigante. Logo na sala 1, o quadro Cabeças Grandes, de Picasso, chama a atenção do visitante. Pausa para foto, que é permitido, desde que sem uso do flash. Expoentes da pop art, como Roy Lichtenstein, Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat, têm obras na mostra. Interessante ter visto uma pintura feita a quatro mãos por Basquiat e Warhol. A parte que mais me chamou a atenção foram os trabalhos feitos tendo como base a fotografia ou que remetiam a elas, como alguns quadros do estilo hiperrealista. Vimos todas as obras tranquilamente, percorrendo o circuito em menos de quarenta minutos. Ainda no CCBB, vimos outra exposição que ocupa as salas expositivas do primeiro andar. Obras do artista plástico francês Daniel Hourdé chamada Paradise in Progress, onde a mistura de sensualidade, erotismo e morte é o destaque.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

RECOSTURANDO PORTINARI POR RONALDO FRAGA

Aproveitei minha passagem por Belo Horizonte para conhecer mais um espaço do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Desta vez, conheci a Casa Fiat de Cultura que agora ocupa o prédio que abrigou o Palácio dos Despachos. Fui com minha amiga Rosângela em uma quarta-feira no início da noite. A entrada é gratuita. Gostei do horário de funcionamento nos dias úteis da semana, das 10 às 21 horas, o que permite a quem trabalha o dia inteiro ter um momento para espairecer a cabeça em um belo espaço. Logo no hall de acesso fica o imponente quadro Civilização Mineira, pintado por Cândido Portinari, que foi restaurado. E é justamente sobre a restauração a exposição em cartaz na Casa Fiat de CulturaRecosturando Portinari por Ronaldo Fraga. São cinco módulos no mesmo andar. O primeiro deles, como uma sala de visitas, parece que estamos dentro do quadro Civilização Mineira, na qual há uma interessante instalação com passarinhos pousados em fios de eletricidade. Algo tipo A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen, quando realidade e fantasia se fundem. Na sala à esquerda de quem entra, está uma instalação do estilista mineiro com peças da sua coleção O caderno secreto de Cândido Portinari. É a parte mais vibrante da exposição. Enfeitando a entrada, vários balões de papel super coloridos pendem do teto, lembrando as festas de São João, objetos frequentemente presentes na obra de Portinari. Um forte e delicioso cheiro de café invadiu minhas narinas. O motivo? Grãos de café espalhados em um grande retângulo no meio da sala de onde saem, como plantações, os vestidos de Ronaldo Fraga inspirados na obra do pintor paulista. Um vídeo ao fundo da sala nos mostra o desfile da coleção. Impacto visual, olfativo e auditivo, pois a trilha sonora é deliciosa. Para a direita da sala de visitas, há três outros módulos. No primeiro, textos curtos estampam as paredes contendo informações sobre a vida e a obra de Cândido Portinari. O segundo módulo traz o ateliê de restauro da pintura Civilização Mineira, com informações nos painéis do passo a passo desta restauração. Na última sala está um vídeo sobre o restauro. Pode-se fotografar tudo, inclusive com flash. Ao descer, paramos em frente ao quadro Civilização Mineira mais uma vez, apreciando os detalhes que descobrimos ao percorrer a exposição. Passeio rápido, mas muito agradável.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

OUTUBRO ROSA



O blog Um Dia Após o Outro apoia a campanha de conscientização para a prevenção do câncer de mama.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

SOPRO

O Coletivo Irmãos Guimarães vem apresentando, nos últimos anos, um interessante trabalho calcado na obra de Samuel Beckett, especialmente naqueles textos bem curtinhos, quase sem palavras. Não foi diferente com o mais novo trabalho do Coletivo. Estreou na noite de quinta-feira, dia 18 de setembro, no Teatro Sesc Garagem, a montagem Sopro, uma livre adaptação das peças Passos e Ato sem palavras I do dramaturgo inglês Beckett. Para conseguir um ingresso, basta levar dois quilos de alimentos não perecíveis. Os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes do horário previsto para ter início o espetáculo. Cheguei uns cinquenta minutos antes. Na minha frente, apenas quatro pessoas, todas elas do meio teatral brasiliense. Os Irmãos Guimarães sempre gostam de encenar seus espetáculos em locais menores, com plateia reduzida. Ao entrar, o público se depara com apenas uma arquibancada no teatro, quando normalmente são usadas três delas. A arquibancada ficou cheia para ver Sopro.
Uma projeção indica a primeira peça a ser apresentada, baseada em Passos. Uma única atriz (Liliane Rovaris) em cena, caminhando em um tablado feito com madeiras claras destas que se usam para fazer caixotes. Ao fundo, uma porta entreaberta, deixando escapar um feixe de luz. A atriz caminha de um lado para o outro, contando seus passos, enquanto dialoga com sua mãe, que não aparece em cena. Apenas uma voz em off, de alguém que sofre, de alguém que espera alguma coisa. Uma idosa com cerca de noventa anos de idade. A iluminação dá o tom melancólico que a cena necessita. O ir e vir da atriz se torna rotineiro, mas ao mesmo tempo carregado de angústia. Ela fica contando passos até que para em um canto e despeja o texto na forma em que foi escrito, incluindo a menção de quem está falando a frase, se a mãe ou sua filha, em um diálogo de acerto de contas nunca terminado. A angústia e a melancolia da cena me remeteram à solidão, algo tão vivo nos dias corridos em que vivemos.
Em seguida, nova projeção, indicando a segunda parte de Sopro, quando há uma livre adaptação para Ato sem palavras I. No fundo do teatro, uma cena poética, mas carregada de angústia. Uma senhora com bengala, perto dos oitenta anos, tenta se virar sozinha em uma sala, com todas as dificuldades de arrumar a mesa para tomar um simples chá da tarde. Um retrato vivo das intempéries da vida, especialmente as vivenciadas pelos idosos. Para representar tais intempéries, os Irmãos Guimarães optaram por usar um potente ventilador cuja velocidade do vento vai aumentando, não deixando nada em pé sobre a mesa onde a senhora tenta tomar seu chá.
Mais uma vez os Irmãos Guimarães ousaram, não ficaram no óbvio, e trouxeram o tema da solidão para uma reflexão coletiva.
Neste Sopro, a sinergia entre atrizes e cenário é fundamental, pois este último tem um papel importantíssimo no espetáculo, tornando-o visivelmente impactante e angustiante. Na medida em que a velocidade do vento produzido pelo aparelho avançava, eu ficava a pensar se aquela senhora frágil no palco aguentaria ficar de pé até o final. Fiquei imaginando se ela também voasse como os objetos voaram em cena.
Ao sair, fui cumprimentar Fernando, um dos irmãos Guimarães, quando fiquei sabendo que a senhora era Yara De Cunto, importante nome nas artes cênicas do início de Brasília e que não pisava em um palco há 52 anos. Fiquei impressionado com a disposição daquela senhora em enfrentar o ventilador.
Saí com a certeza que ventos de ousadia continuam a soprar da cabeça dos Irmãos Guimarães.

FÉRIAS NA ESCANDINÁVIA - COPENHAGUE, DINAMARCA

Fotos de minhas férias na Escandinávia - Copenhague, Dinamarca:

https://www.flickr.com/photos/44452722@N03/sets/72157644873100618/

FÉRIAS NA ESCANDINÁVIA - BERGEN, NORUEGA

Fotos de minhas férias na Escandinávia - Bergen, Noruega:

https://www.flickr.com/photos/44452722@N03/sets/72157645285705374/

FÉRIAS NA ESCANDINÁVIA - FIORDES DA NORUEGA

Fotos de minhas férias passeando pelos fiordes noruegueses:

https://www.flickr.com/photos/44452722@N03/sets/72157646800750566/