Em maio de 2014, fiz uma viagem de férias aos países nórdicos, onde conheci, junto com minhas amigas Cláudia, Dora e Vera, algumas cidades escandinavas. A primeira delas foi Helsinque (Helsinki), capital da Finlândia, na qual passamos três noites. Saímos de Brasília dia 16/05/2014, uma sexta-feira à noite, em voo da Air France, com conexão em Paris, onde pegamos um voo da Finnair. Quando chegamos em Helsinque, já era bem tarde da noite do sábado, 17/05/2014. No aeroporto, depois de pegar nossas malas, compramos um chip para nosso roteador móvel de wi-fi, carinhosamente apelidado de Rachel. Custou € 6 e deu para nós quatro navegarmos na internet tranquilamente durante nossa estadia na capital finlandesa. Para o hotel, contratamos um táxi no próprio aeroporto. Ficamos hospedados no Radisson Blu Plaza Hotel (Mikonkatu 23), reservado antecipadamente pela internet por meio do Booking. O hotel tem ótima localização, dando para ir a pé na maioria das atrações turísticas da cidade. É bem próximo da Estação Central. Não foi necessário fazer câmbio, uma vez que a Finlândia adota o euro como moeda. Em quase todas as atrações que visitamos fomos a pé. Aliás, andamos muito a pé pelas ruas da capital finlandesa, tanto de dia quanto de noite. Embora fosse auge da Primavera, fazia frio, especialmente à noite. Saímos agasalhados todos os dias. O sol se punha bem tarde, lá pelas 22 horas, o que nos dava a sensação de aproveitar mais o dia. Os finlandeses aproveitam, e muito, os poucos dias de sol que têm durante o ano. Adoram ficar nas áreas externas dos bares e restaurantes, geralmente com mesas nas calçadas, além de ocuparem todos os espaços verdes da cidade. E fumam muito! Vimos muitos deles sentados nos gramados de praças, esplanadas e parques. Eis os locais que visitamos:
Domingo - dia 18/05/2014 - logo na saída do hotel, paramos na espaçosa praça da Estação Central, cujo edifício se destaca com sua imponente torre do relógio. Também na praça está o Teatro Nacional e alguns movimentados bares noturnos. Outro destaque da estação são as estátuas que emolduram a entrada principal. De lá, seguimos para a Catedral de Helsinque, uma igreja luterana que se localiza na Praça do Senado (Senaatintori). Ela é pintada de branco com destaque para suas cúpulas verdes. Seu nome correto é Catedral de São Nicolau. O exterior é mais impactante que o seu interior, que achei muito simples. Um culto ocorria quando nela entramos. Ganhamos uma Bíblia em português na saída. Nesta praça está o prédio do Senado, sede do governo finlandês, e a Universidade de Helsinque. É desta praça que saem os ônibus de dois andares que fazem o city tour, aqueles do tipo hop on hop off. Seguindo sempre para a esquerda, chegamos em um dos vários cais da cidade, de onde avistamos a suntuosa Catedral Uspenski, igreja ortodoxa russa com fachada avermelhada. Subimos um pequeno monte para conhecer seu interior. Ficamos pouco lá dentro, pois também chegamos no momento em que celebravam um culto. Mas conseguimos apreciar o interior ricamente ornamentado, com destaque para o dourado, para o vermelho e para o azul. Em seguida, fomos para a Praça do Mercado, onde uma feira acontecia. Nesta praça, está localizada a Prefeitura da cidade, abrigada em um prédio azul, assim como a Embaixada da Suécia. Um aviso contendo os horários de saída da barca para a Fortaleza das Ilhas Suomenlinna nos chamou a atenção. Em dez minutos partiria o próximo barco. Não tivemos dúvidas. Compramos o bilhete de ida e volta e fomos conhecer o principal ponto turístico de Helsinque. Ele fica distante quinze minutos de barco da Praça do Mercado. É considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A fortaleza é muito grande, podendo-se gastar um dia inteiro para visitá-la. Ficamos por quase três horas no local, entrando e saindo de prédios históricos, passeando por suas ruas, apreciando o mar de suas pequenas praias. Vimos muitos finlandeses aproveitando o sol, estirados na grama. Voltamos para a Praça do Mercado, pois a fome dava sinais de vida. Antes de procurar um restaurante, zanzamos por entre as barracas da feira. Aquelas que vendiam comida me chamaram a atenção, especialmente por causa da grande oferta de almôndegas cozidas feitas com carne de rena, servidas em abundante molho de tomate (só fui experimentar esta iguaria local em um dos restaurantes que fomos). As frutas frescas, como morangos e cerejas, também eram vendidas em muitas barracas. Muito artesanato e roupas femininas completavam a miríade de produtos na feira. É nesta praça que começa o Parque Esplanadi. Na verdade, o parque é o canteiro central muito largo de uma alameda, onde se concentram belos edifícios neoclássicos, que abrigam hotéis sofisticados, restaurantes, bares e lojas. Procuramos o restaurante Sunn, que tinham nos indicado, mas não gostamos por ele ter o serviço self-service para o almoço. Resolvemos almoçar no Sasso (Pohjoisesplanadi 17), especializado na culinária italiana. Após o bom almoço, voltamos para nossa caminhada, conhecendo, sem pressa, o local mais visitado pelos finlandeses, o Esplanadi. No seu gramado central, vimos muitos locais aproveitando o domingo. Sempre em grupos. A grife finlandesa Marimeko tem uma loja nesta alameda. As estampas de flores desta grife, surgida nos anos 50, são famosas. Flores em tons vermelhos estão presentes em roupas, bolsas, capas para celulares, guardanapos de papel, guarda-chuvas, canecas, entre muitos outros. Entramos e, obviamente, compramos. Com sacolas nas mãos, resolvemos passar no hotel antes de seguirmos em frente. Do hotel, pegamos um táxi e descemos no Parque Sibelius. Já era final de tarde, mas o sol estava firme e forte no céu. O destaque deste parque é o Monumento Sibelius, motivo pelo qual pedimos para descer do táxi perto dele. O monumento presta homenagem a Jean Sibelius, importante compositor finlandês, falecido em 1957. Um busto do músico está colocado ao lado da enorme obra que parece um órgão, com seus tubos grandes feitos de aço inox. Tiramos algumas fotos e saímos sem direção fixa pelo parque. Olhamos no mapa e não estávamos distante de outro ponto de interesse da cidade, a Igreja Temppeliaukio. Sigamos a pé para lá, observando os prédios residenciais no caminho. Perto de onde fica a igreja, deparamos com um cartaz engraçado em uma porta de ferro. Era a sede de uma escola de samba: Escola de Samba Império do Papagaio, escrito no nosso bom português. Quando chegamos na igreja, ela já tinha fechado. Eram 17:10 horas. O horário de visitação se encerrava às 17 horas. Como nós, vários outros turistas deram com os burros n'água. Pegamos um táxi para voltarmos para o hotel, onde descansamos um pouco antes de sairmos para jantar. Tínhamos reserva confirmada por e-mail, pelo próprio dono do restaurante, para 20 horas. Pedimos na recepção do hotel para chamar um táxi. Eles chamaram uma van enorme, mas o percurso foi cobrado no taxímetro. Quando chegamos ao Restaurant Chef & Sommelier (Huvilakatu, 00150), restaurante premiado da cidade, suas portas estavam trancadas com um grande cadeado para o lado de fora. Nenhum sinal de vida lá dentro, conforme olhamos pelos vidros. Ficamos putos. Obviamente que as devidas reclamações foram feitas e o dono se desculpou, também por e-mail que tinha se enganado, pois o restaurante não funciona para jantar no domingo. A sorte é que o motorista da van nos esperou. Consultamos pela internet outros restaurantes, mas não demos sorte, pois estavam todos fechados naquele dia. Era domingo, disse-nos o motorista, e quase nenhum restaurante funcionava na cidade naquele horário. Voltamos para o Esplanadi e acabamos jantando no Kappeli (Etelaesplanadi 1), um restaurante localizado em uma casa no meio da esplanada, muito frequentado por turistas. Depois do jantar, quando experimentamos a culinária local (comi e gostei da almôndega de carne de rena), voltamos a pé para o hotel. Fazia 12 graus. Já passavam das 22 horas. O sol se punha. Era hora de dormir, pois no dia seguinte, iríamos para Tallinn, capital da Estônia.
Segunda-feira - 19/05/2014 - Acordamos cedo, tomamos o café da manhã no hotel e antes de seguirmos para o porto, onde pegaríamos um navio para Tallinn, entramos em um táxi que estava parado no ponto em frente ao hotel e rumamos para a Igreja Temppeliaukio. Chegamos pouco antes de abrir. Um aglomerado de turistas se formou na entrada. Era muita gente, mas como não estávamos em grupo, fomos desviando da multidão, conseguindo entrar bem na frente. Valeu a visita, pois seu interior é muito diferente e muito interessante. A igreja tem formato circular, encrustada em uma rocha. O teto, também circular, é de cobre, com um anel de vidro entre ele e as paredes de pedra. Esta parte de vidro permite a luz natural banhar o interior do templo luterano. A bia batismal, também de pedra, e o órgão são outros destaques da igreja. Na saída, entramos em um táxi e fomos para o porto para pegarmos o navio para a capital da Estônia, onde ficamos por algumas horas. Chegamos de volta à Helsinque por volta de 20:30 horas. Do porto, seguimos a pé para o restaurante Pure Bistro (Pohjoisesplanadi 9), praticamente na Praça do Mercado, onde tínhamos reserva para jantar. Cansados, mas satisfeitos com nosso dia, voltamos a pé para o hotel depois da ótima refeição.
Terça-feira - 20/05/2014 - acordamos bem cedo para fecharmos as contas no hotel, pois nosso voo para Estocolmo partiria às 09:25 horas. Tomamos o café da manhã ainda no hotel, chamamos um táxi e seguimos para o aeroporto. Nosso check in foi todo automático. O voo da SAS saiu no horário.
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