Endereço: Rua Guajajaras, 1.021, Lourdes, Belo Horizonte - MG.
Especialidade: culinária espanhola.
Ambiente: fica em uma loja de frente para o Minascentro. Uma enorme foto de Belo Horizonte na parede à direita de quem entra, além de fotos menores de cidades europeias na parede da esquerda, como a que retrata o Coliseu em Roma, fazem parte da decoração. O proprietário é espanhol, casado com uma brasileira, e responsável pelo cardápio. As mesas estão dispostas junto às duas paredes, tendo um balcão que serve de apoio aos empregados do local mais ao fundo, onde a tonalidade vermelha prevalece nas paredes. As cadeiras são de madeira, cobertas com panos desde o espaldar, que é alto e reto. O formato destas cadeiras é bem incômodo para se sentar, pois exige uma postura ereta o tempo inteiro. É bom para os praticantes de yoga.
Serviço: muito informal e um pouco lento. Os garçons ainda não conseguem explicar direito todo o cardápio. A impressão que tive é que eles nem conhecem os pratos que vendem. Pedimos a mesma bebida, um simples refrigerante, por três vezes para que ela chegasse à mesa e olha que o local nem cheio estava. O cardápio, bem gasto por sinal, é uma folha de papel, onde no verso conta um pouco a história de como surgiu o restaurante. Para a paella é necessário fazer reserva antecipadamente.
Quando fui: almoço do dia 16 de dezembro de 2011, sexta-feira.
O que bebi: uma lata de guaraná zero, Antárctica, obviamente.
O que comi: uma das opções dos pratos identificados como "executivo". Todos são listados de forma direta no menu, sem maiores explicações, que devem ser solicitadas ao garçom no momento de pedir. Quando fui, nem todos os pratos estavam disponíveis para o almoço, pois faltavam ingredientes na cozinha. O garçom informou quais poderiam ser servidos. Escolhi um bacalhau com grão de bico. Enquanto aguardamos (éramos cinco pessoas), pedimos duas porções de pinxitos (quatro unidades cada uma, com sabores variados), uma das entradas que mais tem saída no Mediterrâneo, segundo nos informou o garçom. São muito parecidos com as bruschettas italianas. Típicas do norte da Espanha, são fatias de pão torrado cobertas com recheios de ingredientes típicos espanhóis. Gostei muito dos recheios que experimentei - presunto ibérico e ovo de codorna frito. Terminada a entrada, os pratos quentes chegaram à mesa. O meu veio em um prato fundo de louça branca, o que potencializou a cor amarela do bacalhau e do grão de bico. Parecia uma sopa, ou mesmo uma dobradinha. O aroma estava ótimo, assim como o sabor. O bacalhau desfiado tinha o tempero no ponto, sem puxar no sal, e o grão de bico envolto em caldo encorpado estava bem macio. Alguns pedaços de cenoura cozida contribuíram para que o prato não ficasse monocromático. Animados com os pratos principais, resolvemos arriscar na sobremesa. Só duas opções no dia: torta de maçã e crema catalana. Pedimos uma torta e quatro cremas. A garçonete que passou a nos atender voltou da cozinha dizendo que só havia três cremas, mas da torta havia mais unidades. Simplesmente cortamos a crema. A torta de maçã chegou primeiro. Quem pediu não gostou. Parecia uma pizza sem sabor, com massa muito fina. Tive uma decepção com a crema. Chegou em pote de vidro transparente (prefiro quando servido em ramequins) e já com a crosta pronta. A capa de açúcar queimado (não sei se usaram chapa de ferro ou maçarico) estava boa, mas o creme em si estava demasiadamente líquido, sem consistência e quase sem açúcar. Totalmente dispensáveis as sobremesas. Pedimos café expresso, mas a máquina estava quebrada.
Quanto pagamos: R$ 215,00, para cinco pessoas.
Minha avaliação: +++. Boa opção para uma happy hour despretensiosa, comendo as variedades de pinxitos, acompanhadas de vinho ou de cerveja artesanal que é vendida no local.
Gastronomia Belo Horizonte (MG)
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