Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ANTIQUARIUS GRILL - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

ANTIQUARIUS GRILL




Endereço: Espaço Gourmet do ParkShopping, Brasília, DF.

Especialidade: culinária portuguesa e grelhados (para honrar o grill do nome).

Ambiente: restaurante instalado em área nova no ParkShopping, tem pé direito alto com decoração que mistura um estilo clássico em decorrência de sua origem e do próprio nome, com ares modernos. Assim, o clássico está representado nos lustres, nos encostos dos sofás fixos e nas cadeiras, enquanto o moderno está no uso do laranja, cor que também estampa o cartão de visitas do local, no vidro da bela adega à mostra no salão principal, nos sofás localizados do lado de fora dos salões, utilizados para quem espera uma mesa para se sentar, quando se pode observar o vai-e-vem no espaço gourmet, e nas placas que revestem as paredes. Logo à esquerda de quem entra, há um bar com piano de calda (um pianista executava um repertório eclético, indo de Guilherme Arantes a Beatles, enquanto eu estive no restaurante), e algumas mesas mais baixas, onde as pessoas também almoçavam. À direita da entrada, dois salões com mesas e os sofás fixos, cuja cor predominante é o ferrugem. Há um outro ambiente no segundo piso, em cima da adega, com paredes de vidro. É próprio para almoços/jantares mais reservados.




Serviço: muito corrido, atrapalhado. Um restaurante com o nível do Antiquarius não deve permitir que garçons corram nos salões, mesmo que as coisas estejam super estressantes na cozinha. A correria transmite algo ruim aos frequentadores, como se fosse um fast food e não um lugar para um almoço prazeroso. Custaram a nos entregar o cardápio depois que nos acomodaram em uma pequena mesa que mal cabia nós dois (embora nos informaram na entrada de que a espera girava em torno de 45 minutos, com vinte minutos já nos chamaram para a mesa, motivo pelo qual a entrada, uma porção de bolinho de bacalhau, pedida para a espera, já chegou quando estávamos acomodados). Não perguntaram se queríamos o couvert, colocando-o na mesa simplesmente (em São Paulo teriam sido multados). Os pratos chegaram à mesa quarenta minutos após o pedido, mas isto é normal para o tipo de restaurante e para um dia cheio como foi o domingo em que lá estive. O problema foi depois. A casa utiliza um sistema de não deixar nada na mesa, nem latinha de refrigerante, nem nenhuma travessa com os pratos solicitados. Os garçons nos serviram e levaram a comida para um local longe das nossas vistas. Até aí tudo bem, pois levam as vasilhas para uma estufa, mantendo a temperatura dos pratos. No entanto, a atenção para com as mesas deve ser redobrada, pois o cliente não tem que ficar perguntando se tem mais comida. Ao ver que o cliente está terminando de comer, a obrigação do garçom é chegar até à mesa e perguntar se ele está satisfeito, se quer mais uma porção de seu pedido. Não aconteceu isto. Acabamos de comer, esperamos e nada. Chamamos o garçom e perguntamos se ainda tinha mais. Mais de dez minutos para as travessas retornarem à mesa. No meu caso, o acompanhamento não chegou. Pedi mais um pouco do arroz com brócolis. Quando estava terminando de comer o polvo grelhado é que serviram o arroz. Claro que reclamei do sistema e da demora. Recebi uma resposta não convincente de que a mão-de-obra em Brasília é deficiente, precisando de ser treinada e que se eu fosse ao Rio de Janeiro, não era assim. Disse que já conhecia as unidades do Antiquarius tanto do Rio quanto de São Paulo e que em ambas lembro-me de que as travessas ficaram bem próximas de minha mesa. Colocar a culpa na mão-de-obra de Brasília é muito fácil. Se acham ruim porque não treinaram o pessoal antes, pois, entre o anúncio que o Antiquarius viria para a cidade e a sua inauguração, passou-se um bom período onde todos poderiam ter sido treinados, tanto na teoria quanto na prática. Como observo muito o que acontece ao meu redor, notei que outras mesas reclamavam das mesmas coisas que relato aqui.

Quando fui: almoço do dia 04 de dezembro de 2011, domingo, após 13:30 horas.

O que bebi: guaraná zero, com gelo e laranja. Ric pediu caipiroska de lima da pérsia.

O que comi: Pedimos uma porção de bolinho de bacalhau de entrada. São doze unidades redondinhas, douradas, sequinhas por fora e com uma deliciosa massa por dentro. Apesar de não termos solicitado o couvert, acabamos por experimentá-lo. Não há nada de excepcional: torradas fininhas de pão francês, acompanhadas de manteiga, patê de fígado, ovos de codorna cozidos com molho rosé, uma espécie de lasanha fria de berinjela e queijo derretido, servido ainda em consistência amolecida. O diferencial é justamente o queijo derretido com a torrada, embora a lasanha de berinjela também seja digna de nota. Como prato principal, fiquei em dúvidas entre o arroz de pato, muito famoso no Rio de Janeiro, e o polvo à galega grelhado. Fiquei com a segunda opção, enquanto Ric pediu o arroz de pato. Ambos os pratos vem em panelas rasas (lembram uma frigideira mais alta) de cobre, devidamente tampadas. Os garçons servem uma porção no prato de louça branca à nossa frente. Para o polvo, o acompanhamento é um arroz com brócolis. O polvo estava divino. Em consistência macia, grelhado no ponto, com muito azeite e um leve toque de limão. O arroz também não fica atrás. Bem verde, evidenciando que não economizam no brócolis cujo sabor era dominante. Com um fio de azeite (que tive que pedir, pois não colocaram na mesa), ficou melhor ainda. É claro que repeti. Ao final, bem satisfeito, não foi possível experimentar uma das várias opções de sobremesa que os garçons traziam à mesa para a tentação dos clientes. Finalizamos com café.


Bolinhos de bacalhau


Polvo à galega grelhado com arroz de brócolis


Quanto paguei: R$ 226,00 para duas pessoas.

Minha avaliação: +++ 1/2 (se não fosse o serviço, daria mais uma +). Voltarei em outra oportunidade para conferir se houve melhorias no atendimento, porque a comida vale muito um retorno ao restaurante.

Gastronomia Brasília

4 comentários:

  1. Levando em conta que todo o começo é trabalhoso até que se pegue o ritmo(regional), tenho que parabenizar o restaurante Antiquárius por preservar nessa transição regional a excelência e categoria no serviço e gastronomia, levando à Brasília o melhor da cozinha Portuguesa e Brasileira num só lugar. Só quem realmente é cliente Antiquárius RJ pode, reconhecer essas categorias e dizer "aqui é o meu lugar!" Sucesso Antiquárius!! Brasília abraça vc!!

    ResponderExcluir
  2. Fui ao Antiquarius com a minha esposa e filha esta semana, sendo muito bem recebido pelo gerente Lino e a equipe de atendentes. O atendimento foi muito bom e o melhor o bacalhau estava fantástico. Recomendo a todos. Mercadante.

    ResponderExcluir
  3. Fui ao Antiquarius e o foi atendimento impecável. Residindo em Brasília há 2 anos e meio posso afirmar que a mão de obra aqui é SIM, MUITO DEFICIENTE.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lamento sua falta de sorte!
      Quem sabe uma próxima visita ocorra com sucesso!
      É válido lembrar, que a equipe de atendimento ao público (mão de obra), é local, e mesmo recebendo treinamento por uma equipe formada no RJ, esse serviço tende a encontrar obstáculos regionais e culturais não conseguindo obter 100% de seu propósito.
      Toda grande cidade, possui um perfil particular, ao qual a flexibilidade é um grande recurso neste processo de adaptação.

      Excluir