Sigo todas as listas de gastronomia que saem pelo mundo. Estava esperando a lista 2017 dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina, promovida pela revista inglesa The Restaurant, pois viajaria de férias para a Colômbia em final de outubro e queria conhecer algum restaurante que integrasse tal listagem. Assim que divulgaram a lista, dia 24 de outubro, vi que três restaurantes de Bogotá estavam entre os 50 melhores da América Latina: Harry Sasson, Restaurante Leo, e Villanos en Bermudas. Obviamente que busquei como fazer reservas, descobrindo que, para os três, as reservas poderiam ser feitas pelo site Restorando. Para o Harry Sasson, o colombiano melhor posicionado na lista, não havia disponibilidade para as datas que eu estaria em Bogotá. Assim, consegui reserva para os outros dois, sendo o Restaurante Leo, outrora conhecido como Leo Cocina Y Cava, para o jantar do dia 30 de outubro de 2017, e o Villanos en Bermudas, para também jantar, em 11 de novembro de 2017. Para comemorar meu aniversário de 54 anos, dia 31 de outubro de 2017, juntamente com um amigo que nasceu no mesmo dia, mês e ano que eu, optamos pelo Criterión, dos aclamados irmãos Hausch, que figurou nesta listagem nos anos de 2013 a 2016.
Aqui relato minha péssima experiência no Restaurante Villanos en Bermudas.
Como já escrito acima, fiz reserva pelo site Restorando em 26 de outubro de 2017, solicitando uma mesa para quatro pessoas para jantar em 11 de novembro de 2017, um sábado, às 20:30 horas, horário de Bogotá, Colômbia. Ou seja, reserva com antecedência de 17 dias! Tal reserva foi confirmada no ato, por mensagem no site, bem como por e-mail, de mesma data, enviado por Restorando. O restaurante Villanos en Bermudas, em 10 de novembro de 2017, um dia antes de minha reserva, enviou-me e-mail, sem assinatura identificada, solicitando a confirmação desta reserva, o que, de pronto, respondi afirmativamente. No sábado, dia 11 de novembro de 2017, chegamos de táxi, os quatro juntos, ao restaurante às 20:30 horas, horário exato de nossa reserva. O restaurante fica em uma casa com duas portas que dão acesso a dois restaurantes distintos. A entrada para o Villanos en Bermudas fica à esquerda. Batemos campainha, fomos recebidos por um atendente que nos levou até o segundo piso, nos acomodando ao final do corredor, na saída do bar, cujo balcão estava totalmente ocupado com pessoas esperando suas mesas ficarem prontas. Ficamos em um local onde havia duas poltronas, uma mesa de centro e dois bancos sem encosto, bem desconfortáveis. O atendente deixou as cartas de coquetéis e vinhos conosco e saiu. Um outro atendente se aproximou, dizendo que nossa mesa estava sendo preparada. Passados quinze minutos que lá estávamos, sem ninguém se interessar se queríamos pedir algo para beber, resolvi perguntar ao segundo atendente sobre nossa mesa, recebendo a resposta que em mais dez minutos seríamos acomodados. Foi quando um dos barman veio até nós perguntando se bebíamos algo. Como preferimos beber vinho, perguntamos sobre harmonização com o menu degustação e ele disse que não havia, mas que o sommelier da casa poderia nos auxiliar. No entanto, o tal sommelier nunca apareceu enquanto lá estivemos. Decorridos quarenta e cinco minutos, com a sala já bem cheia de gente esperando para ser acomodada, resolvemos novamente perguntar sobre nossa mesa para o mesmo atendente. Ele, visivelmente irritado, nos respondeu rispidamente que tínhamos que esperar, dando a entender que se quiséssemos ir embora, seria um alívio para ele. Assim que perguntamos seu nome, ele respondeu que era "Deus". Atitude prepotente e sem educação. Ali perdemos a vontade de jantar neste restaurante. Já na porta para sair, encontramos um dos proprietários do local, o chef Sergio Meza, que se limitou a escutar nossa reclamação, pedindo uma tímida desculpa e afirmando que não podia controlar a reação de seus empregados. Um casal saiu furioso nesta mesma hora. Parece que a recente entrada na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina (n° 40 - Lista 2017) fez mal aos donos do Villanos en Bermudas. Não conseguem honrar as reservas, não conseguem tratar bem seus clientes. O dono não fez nenhuma questão de nos demover da ideia de deixar o local, mesmo com reserva confirmada por mais de uma vez, e tendo esperado por cinquenta minutos para ser acomodados, o que não aconteceu. Serviço de péssima qualidade. Ao jovem proprietário digo que ele não pode controlar a atitude de seus empregados, mas pode, e deve, orientar e capacitar todos eles a tratar com cortesia e educação os clientes que chegam ao restaurante. Saindo, atentei para uma mensagem escrita na parede à esquerda da porta de entrada, quando percebemos que os proprietários se acham superiores e acima de qualquer crítica. Villanos en Bermudas entrou em minha lista das piores experiências em um restaurante que já tive em minha vida. Depois desta, resolvi ler as avaliações sobre o restaurante e constatei que há uma grande quantidade de críticas negativas, tanto da comida, quanto da espera demorada para ser acomodado em mesas. Fica aqui meu questionamento sobre a lisura desta lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina.