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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

A FILHA PERDIDA (THE LAST DAUGHTER)

A Filha Perdida (The Last Daughter), 2021, 121 minutos.

Estreia na direção da atriz Maggie Gyllenhaal, tendo como protagonista Olivia Colman (Leda).

Logo que o livro A Filha Perdida, da autora Elena Ferrante, foi publicado no Brasil, eu comprei um exemplar e li tudo em uma sentada. A leitura é empolgante. O filme de mesmo nome é uma adaptação desse livro.

Tal adaptação é assinada pela diretora, Maggie Gyllenhaal. E funcionou bem, sendo fiel às páginas escritas por Ferrante.

Leda é uma professora de literatura que resolve passar as férias, sozinha, em uma praia grega. Ali, vai encontrar uma família ruidosa, cuja interação será cheia de altos e baixos. Na família, está Nina (Dakota Johnson), cuja filha pequena, Elena, é agarrada com uma boneca. Um dia, Elena some de perto da família, o que gera uma confusão, e é Leda que a encontra. Neste rolo, a boneca de Elena também desaparece. O gatilho para Leda foi armado, quando ela vai recordar seus anos iniciais de casamento, com duas filhas pequenas, uma bela carreira de tradutora pela frente, a maternidade, a necessidade de ser livre, a fuga, o arrependimento.

É um filme intimista, de observação, tanto de Leda para com a família ruidosa, quanto de Nina para com Leda. Leda vê em Nina seu passado e Nina vê em Leda seu futuro, chegando, em um diálogo com Leda, dizer que queria ser como ela quando chegasse à sua idade.

Por se intimista, há muitas cenas de mera contemplação, com tomadas amplas dos cenários.

Também nos leva a reflexionar sobre temas sensíveis às mulheres, como, por exemplo, a questão da maternidade. Será que é papel inerente a uma mulher ser mãe? Essa é a principal angústia de Leda com seus 48 anos de idade.

Ao terminar de ver o filme, conclui que não poderia ser outra atriz que não Olivia Colman a interpretar Leda. Como é sensacional a sua performance, sua forma de mostrar seus sentimentos apenas com expressões mínimas no rosto. Genial.

Quanto à direção de Gyllenhaal, é segura, mas não trouxe inovação, preferindo ficar no convencional para não errar.

Vi na Netflix, em 17/01/2022.

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