Carlos (Walmor Chagas), um jovem paulistano de classe média, vive em São Paulo na época do início do desenvolvimento industrial, em especial da indústria automobilística, no final dos anos cinquenta e início dos anos sessenta. Três mulheres fazem parte de sua vida: Hilda (Ana Esmeralda), a intelectual; Ana (Darlene Glória), a biscate; e Luciana (Eva Wilma), a moça de família, com quem ele se casa e tem um filho. É claro que ele trabalha na indústria emergente, primeiro na Volkswagen e depois em uma empresa de auto peças. Em meio a esta vida atribulada, Carlos se sente angustiado e seu sentimento é de fugir de tudo e de todos. Este é o enredo de São Paulo Sociedade Anônima, filme dirigido por Luiz Sérgio Person e lançado em 1965. Filme obrigatório, pois Person imprime um toque especial nas filmagens, com muito flash back, muita narração em off (não é chato, como na maioria dos filmes que utilizam este tipo de recurso), e enquadramentos repetidos, especialmente no rosto de Darlene Glória (há duas cenas ótimas: o tapa na cara que ela leva de Walmor Chagas em uma praia do litoral paulista, e o banho de mangueira que ela toma em um pequeno pier, no mesmo litoral). Estreia nas telonas de Walmor Chagas, com cabelo totalmente preto, e de Darlene Glória, num papel que já indicava que encarnaria em outros filmes a femme fatale. Person consegue mostrar na história de Carlos, um pouco da vida paulistana daquela época e das falcatruas que os empregadores já faziam para burlar a lei, especialmente a trabalhista. Destaco ainda a aula que Hilda dá a Carlos sobre a pintura de Lasar Segall durante uma exposição que percorrem no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera.
Noel,
ResponderExcluirEsse é CLÁSSICO mesmo, assim, em letras garrafais.
Bjs
Pek,
ResponderExcluirÉ CLÁSSICO e é ÓTIMO!
Bjs.