Sexta-feira, 30 de julho de 2010. 21 horas. Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro lotada para ver a peça Ensina-me A Viver. Não é a primeira vez que esta peça vem a Brasília. Já tentei assistí-la antes, tanto aqui em Brasília quanto em São Paulo, mas não consegui, pois os ingressos sempre estavam esgotados. Assim que vi a notícia no jornal, imprimi o cupom de descontos Sempre Você para assinantes do Correio Braziliense para comprar o ingresso (R$ 35,00 - meia entrada). O texto é do americano Colin Higgins que já foi transposto para o cinema em 1971, recebendo o título em português idêntico ao da peça (em inglês é Harold and Maude). O texto foi traduzido por Millôr Fernandes, adaptado por João Falcão, que também assina a direção da peça, sucesso de público no Brasil. Glória Menezes (Maude) e Arlindo Lopes (Harold) encabeçam o elenco, que ainda conta com Stella Maria Rodrigues (a mãe de Harold), Antônio Fragoso (como o padre, o tio militar de Harold, o terapeuta e o inspetor da polícia), Fernanda de Freitas (as três pretendentes de Harold), além de um elenco de apoio. É uma história de amor, porém os enamorados aqui são uma senhora à beira de completar 80 anos que adora viver e um jovem perto de completar 20 anos que adora a morte. Os dois se encontram em um enterro de um desconhecido qualquer e passam a se ver frequentemente. Enquanto isto, a mãe de Harold, cansada de ver as simulações de suicídio de seu filho, resolve encontrar, por intermédio de uma agência de matrimônio, uma namorada para ele. A interpretação de todo o elenco é muito boa. Destaco Arlindo Lopes, um jovem ator que dá vida e emoção ao seu personagem. Glória Menezes faz uma velhinha adorável, cheia de vida como não poderia deixar de ser, com um sotaque infantil que demonstra o quão jovem de cabeça Maude é. Seu figurino é trocado constantemente, sempre muito colorido, com exceção de uma cena, onde ela usa o branco, tendo em vista o momento da peça. O figurino de Harold também explicita a transposição da veneração pelo funesto para a alegria de viver. Fernanda de Freitas dá um show de interpretação, pois a caracterização das três jovens pretendentes de Harold não nos permite dizer, de imediato, que se trata da mesma atriz. A peça é longa, pois tem 110 minutos, diferente da média dos espetáculos encenados no Brasil, que gira em torno de 60-70 minutos. Mesmo com esta duração, ela não cansa. É divertida, é emocionante. Os efeitos visuais também merecem ser destacados. A movimentação de cortinas para trocar as cenas é sensacional, como também o são os efeitos quando Harold simula alguns de seus suicídios. Há uma ode ao teatro, tanto na cenografia (Maude mora em um depósito abandonado que guarda artigos e cenários de peças teatrais), quanto no texto, pois a senhora idosa diz que o teatro não se guarda, ele dura um único momento, mágico para quem o assiste, enquanto o cinema se guarda em latas. Mas o cinema também é homenageado. O início da peça lembra uma abertura de um filme com a projeção dos créditos da peça nas cortinas que se movimentam. Enfim, é a magia e a emoção que tomam conta do teatro. Gostei muito.
Um pouco de tudo do que curto: cinema, tv, teatro, artes plásticas, enogastronomia, música, literatura, turismo.
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sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
SOBRE TODAS AS COISAS - ZIZI POSSI - DISCOTECA ESSENCIAL (07)
Sobre Todas As Coisas, belíssimo trabalho de Zizi Possi lançado em 1991 pelo Estúdio Eldorado. Neste disco, ela mostra a grande intérprete que é. Sem as amarras das grandes gravadoras, ela consegue reunir um repertório fino, elegante, que a marcaria para sempre. São doze faixas, com músicas escolhidas a dedo, de autores consagradas na música brasileira, como Gilberto Gil, Chico Buarque, Dominguinhos, Edu Lobo, Tom Jobim, João Bosco, Noel Rosa, Cartola, Gonzaguinha, entre outros. Duas interpretações são únicas: O Que É O Que É (Gonzaguinha) e A Paz (Gilberto Gil e João Donato). É um clássico obrigatório em qualquer coleção de música brasileira.
SOBRE TODAS AS COISAS - 1991
quarta-feira, 28 de julho de 2010
TESTE DE AUDIÊNICA - ANO IV - 6ª SESSÃO
Noite de terça-feira. Mais uma sessão do Teste de Audiência no Teatro da Caixa. Mais um filme brasileiro ainda não finalizado para deleite dos fãs do cinema nacional. Como de costume, recebi na entrada do teatro um formulário concordando em nada dizer/publicar sobre o filme antes de ele ser lançado. O público comparece em grande número. Creio que tenha sido a sessão que eu compareci na qual havia maior número de pessoas. O filme, bem como o cineasta, não é divulgado previamente. O convite da sessão, sempre gratuita, informa ser um filme surpresa. Quando os curadores do festival anunciam a diretora Tizuka Yamazaki houve um frissom na sala. Ao final, já nos debates, uma estudiosa e amante do cinema nacional, sempre presente em mostras e festivais, saudou a cineasta dizendo que é bom ver ela de volta. A maioria das pessoas que se manifestou durante o debate com a cineasta e a sua produtora disse ter gostado muito do filme, da história e alguns afirmaram que se emocionaram com as personagens e o enredo. Recheado de atores e atrizes famosos, o filme se chama Amazônia Cauana. Tizuka foi muito simpática, respondendo e comentando o que ouvia, além de esclarecer pontos que ainda serão acrescentados e/ou melhorados na finalização. Também consultou os presentes sobre o entendimento de determinadas cenas, sobre o entendimento do enredo, se era necessário excluir uma cena, enfim, parece que a troca entre público e envolvidos com o filme estava sendo produtiva. Quanto aos meus comentários, deixarei para fazê-los quando ele for oficialmente lançado.
terça-feira, 27 de julho de 2010
AINDA NO RIO
A manhã de terça-feira está um pouco fria no Rio de Janeiro. Não sei se porque levantei muito cedo, o fato é que estou de camisa de manga comprida. Fiz o check out no hotel às 07:30 horas. Peguei um táxi para o Aeroporto de Santos Dumont já com o check in do voo da TAM para Brasília feito e impresso desde domingo, quando ainda estava em casa. O trânsito ainda fluia bem, motivo pelo qual cheguei cedo ao aeroporto. Instalei-me na sala vip doméstica da TAM, aproveitando as poltronas confortáveis e o acesso à internet, enquanto aguardo a hora do embarque, o que acontecerá somente às 09:20 horas, se não houver atrasos.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
VISTA DE TIRAR O FÔLEGO
Manhã de segunda-feira, dia lindo, calor gostoso. Reunião de trabalho em uma pequena sala com duas janelas que proporcionam uma vista deslumbrante da Baía de Guanabara. 13º andar de um prédio no centro da cidade. Fiquei de frente para a janela, podendo, nas horas de folga, apreciar o mar, o vai e vem dos navios, os pousos e decolagens dos aviões no Aeroporto Santos Dumont, os prédios de Niterói, os pássaros a voar no lindo céu azul, o Palácio da Ilha Fiscal (que ainda não conheço), a Ponte Rio-Niterói, o prédio histórico da Santa Casa. A reunião foi muito produtiva, possibilitando definição de como será a apresentação que farei, juntamente com uma colega de trabalho, em um curso de formação de novos servidores que ingressarão no ministério. Paramos ao meio dia para almoçar. Escolhemos um restaurante nas proximidades: Da Silva (Clube Ginástico Português - Avenida Graça Aranha, 187 - 4º andar - Centro). Do mesmo grupo do premiadíssimo restaurante de comida portuguesa Antiquarius, tem um buffet variado de comida lusitana, a preço fixo (R$ 45,00), com sobremesas à parte (cobrado por quilo). Bolinho de bacalhau, lulas ensopadas, anéis de lula fritos, bacalhau desfiado, postas de bacalhau grelhadas, arroz de pato, arroz de galinha caipira, arroz de lagosta, feijão tropeiro, leitão assado, cordeiro cozido, pasteis de queijo e carne, além de uma boa variedade de saladas frias e petiscos. É uma perdição. Queria experimentar de tudo, mas me controlei e fiquei nos que mais aprecio da cozinha portuguesa, ou seja, o arroz de pato e as lulas. Tive que guardar espaço para a sobremesa. Ainda bem que não tinha pasteis de Belém e pasteis de Santa Clara, pois gosto muito destes dois típicos doces portugueses. Fiquei no toucinho do céu, estogonofe de nozes, escrachada (à base de ovos) e um pudim delicioso. Deixei de lado várias iguarias para não comer além do que devia. Voltamos para nossa reunião e trabalhamos até perto de três e meia da tarde. Finalizamos os trabalhos, com as apresentações para o curso devidamente revisadas. Para voltar ao hotel, optei pelo metrô. Caminhei um pouco pelas ruas do Centro, observando atentamente os prédios históricos. Tirei uma conclusão de que deveria fazer uma visita ao Rio para conhecer melhor o seu centro histórico. Há boas opções de hoteis na região. Esta visita turística a esta parte do Rio de Janeiro já faz parte de meus planos. Peguei o metrô na Cinelândia em direção à Copacabana. Desci na estação Siqueira Campos, pois queria passar na loja Modern Sound (Rua Barata Ribeiro, 502 D - Copacabana) e ver as novidades em cds. Gosto muito desta loja, pois a variedade em cds e dvds musicais é imensa. Todos os lançamentos de gravadoras de qualquer porte se encontra na loja. Além disto, há um simpático café onde acontecem interessantes shows no início da noite. Vale a pena passar por lá. Comprei quatro lançamentos: "Maria De La Riva Ao Vivo em São Paulo", "Dois Em Um" (segundo a crítica especializada, um misto de Nara Leão e Portishead), "Música de Brinquedo" (Pato Fu) e "Quando O Canto É Reza" (Roberta Sá & Trio Madeira Brasil). Ao chegar no hotel, uma decepção. Já passavam das 16 horas e o quarto ainda não estava arrumado. Liguei para a recepção do Mercure Arpoador (Rua Francisco Otaviano, 61 - Arpoador) para reclamar. Disse que não queria a arrumação naquela hora, pois queria descansar. Pedi toalhas limpas e reposição do frigobar. Demoraram quase meia hora para entregarem as toalhas. Pediram-me desculpas, pois todos os empregados da governança estavam em reunião de trabalho e a arrumação só começaria no final da tarde. Aproveitaram a segunda-feira, dia de menos movimento, para realizar a reunião. Poderiam organizar melhor, fazendo esta reunião no período da manhã, quando ainda há hóspedes nos quartos, aprontando para sair. Vou deixar esta reclamação por escrito.
SEGUNDA COM SOL BRILHANTE - DIA DE TRABALHO
Estou no Rio de Janeiro. Segunda-feira com sol brilhante. Reuniões a portas fechadas e ar condicionado o dia inteiro...
domingo, 25 de julho de 2010
BRASIL ENEACAMPEÃO!
Só dá Brasil no cenário mundial do voleibol. Parabéns à seleção brasileira masculina que chegou ao nono título da Liga Mundial em campanha belíssima, ganhando de todas as fortes seleções convincentemente. Não deu para a Rússia na final em Córdoba, Argentina. Brasil 3 X 1 Rússia. Nove vezes campeão!
ENEACAMPEÃO.
Que venha o título de campeão do mundo ainda neste semestre!
RIO DE JANEIRO AGAIN
Estou no Rio de Janeiro novamente. Mais uma vez a trabalho. Cheguei no hotel Mercure Arpoador por volta de 19 horas. Muitas reuniões nesta segunda-feira. Vou sair para aproveitar a agradável noite carioca.
VOLTO A TER AGENDA CULTURAL CHEIA
Depois de algum tempo com rotina de trabalho-casa-trabalho, assistindo muita televisão (Passione) e filmes em dvd, aproveitei o sábado para conferir a agenda cultural de Brasília para os próximos dias. Consultei jornal, revista, folhetos recebidos pelo correio e internet, decidindo o que ver. Antes de escolher o restaurante para o almoço de sábado, passei, sempre na companhia de Ric, na bilheteria do Teatro Nacional para comprar entradas para as peças teatrais "Ensina-Me A Viver" e "Gorda". Em ambas, terei a companhia de Ric. Paguei meia entrada por ter o cupom Sempre Você do Correio Braziliense (assinantes). Depois de compradas estas entradas, fomos para o ParkShopping, pois precisava comprar presentes de aniversário para quatro pessoas, sendo que duas delas devo o presente, uma vez que fizeram anos alguns dias atrás. Almoçamos na Forneria Baco, no próprio shopping, aproveitando o festival de camarão, em cartaz aos sábados no local, pagando R$ 45,00 pelo buffet. Há uma grande variedade de pratos frios e quentes, além de pratos com camarão servidos à mesa. Aproveitei que estava por lá para verificar novos filmes em dvd na Fnac. Havia uma promoção de filmes já no mercado há algum tempo. Demorei um pouco para ver e escolher quais filmes levar para casa. Comprei 6 filmes por R$ 80,00. No caixa, registraram o preço unitário, cobrando R$ 120,00. Reclamei. Chamaram a gerente, pois sabiam do desconto, mas o sistema não permitia que ele fosse concedido. Calculadoras nas mãos, valor total da compra, dedução do desconto verdadeiro e paguei a conta certa pelos seis filmes. Ainda no shopping, comprei um aromatizador de ambientes, destes com palitos de madeira como difusor, na Tânia Bulhões Perfumes. Do ParkShopping uma pequena viagem até o CCBB, onde comprei entradas para a peça "Tempo de Comédia". O calor estava forte. Pausa para água, café, sobremesa e sorvete no Bistrô Bom Demais. Continuando o périplo de compras para eventos culturais, fomos para o Teatro Oi Brasília. Lá, comprei entradas, só para mim, para dois dias do festival I Love Jazz. No primeiro show, Elza Soares e Nivaldo Ornelas são uma das atrações da noite. Para estes shows, paguei meia entrada, também utilizando o cupom Sempre Você. Cansados, voltamos para casa, onde atualizei minha agenda com estes eventos, além de assinalar outros espetáculos cujas entradas ainda não estão à venda, como a mistura de balé, teatro, música e circo Antigravity, e a peça "Confissões de Mulheres de 30". Isto tudo sem falar na programação do Cena Contemporânea, que se inicia na última semana de agosto. Esta intensa programação começa nesta próxima terça-feira, 27 de julho, quando haverá mais uma sessão do Teste de Audiência do cinema brasileiro no Teatro da Caixa Cultural. Para completar o sábado intenso, fomos jantar para comemorar o aniversário de Cris no restaurante Dom Francisco da Asa Sul. Serviço eficiente, bons vinhos tintos, ótima companhia, delicioso galeto na brasa. Feliz aniversário Cristovão, já que hoje, 25 de julho, é o dia correto de seu nascimento.
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
FILMOTECA ESSENCIAL - BRASIL (07)
Carlos (Walmor Chagas), um jovem paulistano de classe média, vive em São Paulo na época do início do desenvolvimento industrial, em especial da indústria automobilística, no final dos anos cinquenta e início dos anos sessenta. Três mulheres fazem parte de sua vida: Hilda (Ana Esmeralda), a intelectual; Ana (Darlene Glória), a biscate; e Luciana (Eva Wilma), a moça de família, com quem ele se casa e tem um filho. É claro que ele trabalha na indústria emergente, primeiro na Volkswagen e depois em uma empresa de auto peças. Em meio a esta vida atribulada, Carlos se sente angustiado e seu sentimento é de fugir de tudo e de todos. Este é o enredo de São Paulo Sociedade Anônima, filme dirigido por Luiz Sérgio Person e lançado em 1965. Filme obrigatório, pois Person imprime um toque especial nas filmagens, com muito flash back, muita narração em off (não é chato, como na maioria dos filmes que utilizam este tipo de recurso), e enquadramentos repetidos, especialmente no rosto de Darlene Glória (há duas cenas ótimas: o tapa na cara que ela leva de Walmor Chagas em uma praia do litoral paulista, e o banho de mangueira que ela toma em um pequeno pier, no mesmo litoral). Estreia nas telonas de Walmor Chagas, com cabelo totalmente preto, e de Darlene Glória, num papel que já indicava que encarnaria em outros filmes a femme fatale. Person consegue mostrar na história de Carlos, um pouco da vida paulistana daquela época e das falcatruas que os empregadores já faziam para burlar a lei, especialmente a trabalhista. Destaco ainda a aula que Hilda dá a Carlos sobre a pintura de Lasar Segall durante uma exposição que percorrem no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
BEIJO BANDIDO
Domingo à noite. 19 horas. Eu e minha mãe estamos no Palácio das Artes em Belo Horizonte para assistir ao show Beijo Bandido de Ney Matogrosso. Encontro com minha tia e uma amiga na plateia. Público majoritariamente feminino e acima de sessenta anos. Entrada custou R$ 150,00 a inteira. Ney começa no horário, com o teatro totalmente lotado. Apenas quatro músicos acompanham o cantor no palco. Cenário simples, com muito uso de projeções, algo raro nos shows dele. Nada de figurinos extravagantes como em Inclassificáveis, seu show anterior. Mesmo não sendo exagerado, o figurino é típico do cantor: terno claro de um pano brilhante, fundo vermelho escarlate no paletó, bota preta, gravata preta desarrumada de propósito, usada com a camisa semi aberta e um cinto bem chamativo. Matogrosso desfila todo o repertório de seu último trabalho que tem o mesmo nome dado ao show. Momentos de emoção ao cantar Fascinação. O show tem menos rebolado, com o cantor ficando sempre no meio do palco, sem se movimentar muito. Claro que há uns requebros, uns rebolados, senão não seria show de Ney Matogrosso. Quando ele tira o paletó, a plateia vai ao delírio, com muitos gritos de gostoso ecoando no teatro. Depois de cantar 14 músicas em exatamente uma hora, ele encerra o show. Se curva para agradecer ao público e se retira. Volta, depois dos pedidos de bis, canta mais duas músicas, desta vez com o público de pé e se retira novamente. Novos pedidos de bis. Ney retorna ao palco, canta mais três músicas, finalizando com a belíssima Fala, da época em que fazia parte do grupo Secos & Molhados. Ney se supera a cada show. Faz coisas diferentes, de difícil comparação. Com 68 anos, ainda está super em forma e com uma voz cada vez melhor. Vida longa a Ney Matogrosso. Gostei muito do que vi.
domingo, 18 de julho de 2010
PLANEJAMENTO DE VIAGEM
Acordamos tarde, pois estávamos cansados do batidão do sábado. Dispensamos toda a programação do dia que incluía visita em dois museus. Fizemos o check out no hotel no horário costumeiro. Nossos amigos mineiros nos buscaram para irmos ao apartamento dos donos de Kika. Lá, os que voltavam para Brasília à noite aproveitaram para fazer o check in no voo da Gol. Em seguida, com guias, folders, revistas e folhetos nas mãos, decidimos nossa viagem conjunta em março de 2011. Doze dias no Egito com o G10. Seis, onde me incluo, seguirão para Israel e Jordânia. Os outros quatro irão para Turquia. Com destinos e pré-roteiros definidos, é hora de começarmos as cotações da nossa viagem. Terminamos este primeiro planejamento perto de 15 horas e a fome já dava sinais de vida. Como os moradores de Brasília queriam comida mineira, escolhemos o premiado restaurante Dona Lucinha (Rua Padre Odorico, 38 - São Pedro). Comida mineira de primeira, dividida em dois buffets: um de comida da fazenda, mais molhadinha, e outro com comida de tropeiro, mais seca. Todos foram mais de uma vez nas duas opções, além dos sempre deliciosos doces típicos de Minas Gerais. Ao sair do restaurante, me despedi de todos, agradecendo aos quatro amigos de BH a excelente acolhida que nos deram. Peguei um táxi em direção à casa de meus pais, pois levaria minha mãe ao show Beijo Bandido, de Ney Matogrosso, no Palácio das Artes.
SÁBADO DE FESTA EM BH
Depois do excelente passeio em Inhotim, a noite de sábado foi reservada para um a festa no apartamento dos donos da simpática poodle Kika. Cerca de trinta pessoas aproveitaram a noite com muito espumante e uísque, música de excelente qualidade, conversas divertidas e picantes, comida deliciosa, preparada por um chef e servida nos momentos certos (a organização e a eficiência fazem parte da vida dos anfitriões). Os petiscos servidos foram bem diferentes. Eles escolheram comidinhas tipicamente brasileiras com toques mineiros: pão de queijo assado na hora com duas opções de recheios, linguicinha frita e pernil assado. Um garçom passava com tigelinhas de escodidinho de mandioca e carne seca, de angu e galinha caipira, de abóbora moranga com costelinha. Já de madrugada, como bons mineiros, comemos um mexidão, servido em poções individuais em marmitas enroladas em guardanapos de chita. Glamourizaram a comida popular! Ainda houve sobremesa e docinhos mineiros (doce de leite em cubos, canudinho). Foi uma noite divertida. Aproveitamos muito a companhia destes grandes amigos. voltamos para o hotel já perto de três horas da manhã.
sábado, 17 de julho de 2010
PARAÍSO DAS MADRESSILVAS
O sábado foi todo dedicado a Inhotim. Dez horas da manhã, os seis hóspedes do Mercure My Place já aguardavam os amigos de BH para uma jornada cultural no belíssimo museu de arte contemporânea de Inhotim (Rua B, 20 - Inhotim, Brumadinho). Demoramos mais do que o de costume para chegar, pois havia um trecho da BR 381 em obras, causando um grande engarrafamento na região de Betim. Conseguimos chegar ao museu ao meio dia. A quantidade de carros no estacionamento já nos indicava que estava bem cheio. Na recepção, pagamos as entradas (R$ 16,00 a inteira) e compramos também o direito de circular em determinados trechos em carrinhos do tipo que existe nos campos de golfe (R$ 10,00). A entrada é uma pulseira, cuja cor identifica se temos o direito de andar com o tal carrinho. No caso, tínhamos pulseiras brancas. Já conhecia o local, mas só tinha ido uma única vez, alguns anos atrás. Há muitas novidades. Percorremos jardins, matas, pavilhões, paramos em quiosque para comer um cachorro quente, almoçamos no restaurante self-service do local, tiramos muitas fotos, gostamos das obras e instalações. Não gostamos de outras obras e instalações. Fizemos piadas, interagimos em duas obras cujo mote era a dança. Enfim, nos divertimos muito. Destaco a galeria de Adriana Varejão, a de Rivane Neuenschwander, Sound Pavillion ("O Som da Terra"), de Doug Aitken, os Penetráveis, de Hélio Oiticica e Inversão para o Vermelho, de Cildo Meireles, obra (instalação) que já tinha visto antes, tanto no local, quanto em uma Bienal de São Paulo, mas não canso de gostar dela. Inhotim já foi tema de um post neste blog, fazendo parte da série Lugares (foi a segunda postagem da série). É local obrigatório para se conhecer, para passar o dia, para sentar em um dos diversos bancos e apreciar a natureza, em perfeita harmonia com o que há de mais contemporâneo nas artes plásticas no mundo. No final do dia, com o museu quase na hora de fechar, voltamos para os carros e retornamos a BH. Hora de descansar, pois a noite nos espera com uma recepção oferecida por amigos mineiros.
O título deste post é uma piada que alguns certamente entederão...,
SEXTA-FEIRA GORDA EM BH
Passei a manhã de sexta-feira na casa de meus pais em Belo Horizonte, onde também almocei. Logo após o almoço, meu irmão me deu carona até o hotel Mercure My Place (Rua Professor Morais, 674, Savassi), pois tinha reserva para duas noites neste hotel em um encontro dos amigos que viajaram juntos para o Canadá. Depois de fazer o check in e deixar a mala no apartamento, resolvi cortar meu cabelo em um salão próximo ao hotel. O salão estava lotado. Esperei mais de uma hora para ser atendido. Corte de sempre: curto, somente na tesoura. Na volta para o hotel, passei rapidamente no shopping Pátio Savassi apenas para ver o movimento e as vitrines. Já no quarto, descanso um pouco aguardando ligação de um amigo para irmos às comemorações ao Dia do Estado, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, nova sede do Governo de Minas Gerais na MG-010. Meu amigo me pegou às 16:20 horas, conforme combinado, e fomos conversando até o local da festa. Monumental é a melhor palavra para definir a Cidade Administrativa. Projetada por Oscar Niemeyer, ocupa o espaço onde fora o Jockey Club Serra Verde. Com vários orientadores de estacionamento, paramos o carro para pegar uma van que nos transportou até os estandes do credenciamento. Marcada para 17 horas, a solenidade começou com atraso de quarenta minutos, com a orquestra da Polícia Militar de Minas Gerais se apresentando. Em seguida, do alto do prédio, dois atores declamaram textos e poesias de autores mineiros. Ao final desta apresentação, todos os 853 municípios de Minas Gerais foram anunciados em ordem alfabética enquanto um desfile com todas as suas bandeiras era coreografado na Praça Cívica, em frente às cadeiras onde estávamos assentados. Ainda houve apresentação de um coral cantando canções mineiras, de adolescentes andando de bicicletas, correndo, fazendo uma coreografia enaltecendo Minas e jogando bolas brancas com os nomes de todos os municípios para nós, o público, brincar um pouco. Políticos, adultos, prefeitos entraram no clima e jogaram as bolas para o alto. Um balão transparente com o mapa de Minas Gerais desenhado foi solto no céu claro de uma fria e bonita noite. Houve assinatura de um decreto determinando que anualmente, em 16 de julho, haverá uma manifestação cívica e cultural na Praça Cívica da Cidade Administrativa aberta ao público. Ouvimos alguns discursos e resolvemos ir embora, pois estava na hora dos amigos que vinham de Brasília chegar e nós os buscaríamos no Aeroporto de Confins. Aeroporto lotado com estacionamento difícil de achar vaga. O voo da Gol atrasou meia hora. Recebemos os cinco amigos que nós acomodamos em dois carros, pois outro amigo mineiro também se juntou ao grupo. Seguimos direto para o hotel, onde fizeram o check in. Curto espaço de tempo no hotel, já que tínhamos reserva no restaurante Café do Museu (Museu Histórico Abílio Barreto - Avenida Prudente de Morais, 202, mezanino - Cidade Jardim). Restaurante simpático, com todas as mesas ocupadas, serviço razoável, ótimo consomé de tomate como cortesia de entrada, excelente filé mignon ao molho de jaboticaba. Ficamos cerca de duas horas e meia no restaurante, onde os dez companheiros da viagem do Canadá puderam novamente se reunir, planejando férias em conjunto para o início de 2011. Como era aniversário de uma amiga querida de Caeté e sabendo que ela estava comemorando em um boteco da cidade, ligamos para ela, pegamos o endereço. Não estavam longe. Um dos amigos nos ofereceu carona. Eu e Ric chegamos no Anastácia Botequim (Rua Vitório Marçola, 192, Anchieta) quase uma hora da madrugada. Todos os amigos cervejeiros de BH lá estavam. A cozinha já havia encerrado as atividades da noite, mas a cerveja não parava de chegar à mesa. A aniversariante estava muito contente e foi ótimo rever amigos que não via há tempos. Pek também estava e me deu de presente alguns filmes brasileiros que gravou para mim, além do primeiro disco de Regina Souza, quando ainda assinava Regina Spósito. Perto de três horas da manhã, nos despedimos, pegamos um táxi e voltamos para o hotel, cansados, mas felizes com o reencontro de tantos amigos queridos. A noite seria curta, já que a programação de sábado começaria cedo.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
A JOVEM RAINHA VICTORIA
Depois de três meses sem ir ao cinema, aceitei o convite da amiga Kitty para ver A Jovem Rainha Victoria (Young Victoria), co-produção da Inglaterra e dos Estados Unidos de 2009 e ganhadora do Oscar de melhor figurino. Dirigida por Jean-Marc Vallée, tem no elenco Emily Blunt (Victoria), Rupert Friend (Albert) e Paul Bettany (Melbourne). Filme de época, retratando a ascensão de Victoria ao posto de Rainha da Inglaterra com seus erros e acertos nos primeiros anos de reinado, incluindo sua inexperiência, a manipulação política de seu conselheiro, o casamento com o príncipe e primo Albert. O diretor quis, claramente, retratar o romance de Victoria e Albert, não deixando de incluir, como pano de fundo, as intrigas políticas, cujo exemplo explicitado no filme é bizarro: uma crise no Parlamento inglês devido às camareiras da rainha, todas indicadas por Melbourne. Emily Blunt não convence fazendo o papel de uma jovem de dezoito anos. Suas feições são de uma mulher mais velha e a direção é pouco inspirada. O diretor fez mais do mesmo, pois há vários filmes retratando a monarquia inglesa e este repete cenas e imagens que já vi anteriormente. Assisti ao filme, na seção das 19 horas, no Usiminas Belas Artes, em Belo Horizonte, onde estava em reunião de trabalho. Fazia muito tempo que lá não ia e o clima agradável, com as pessoas bebendo um café ou batendo papo enquanto aguardam as sessões continua o mesmo. E por falar neste local, cuja programação não fica apenas em filmes do circuitão comercial, ao ver o final abrupto de A Jovem Rainha Victoria, lembrei-me de alguns filmes franceses que assisti neste cinema cujo final era sempre inesperado e muitos dos presentes saíam com cara de espanto e/ou ódio. O filme vale pela fotografia, pela direção de arte e pelo figurino.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
FILMOTECA ESSENCIAL - INTERNACIONAL (07)
Um Lugar Ao Sol (A Place In The Sun), dirigido por George Stevens é um filme que merece ser visto e revisto. Estrelado por Montgomery Clift (George Eastman), Elizabeth Taylor (Angela Vickers) e Shelley Winters (Alice Tripp), estreou em 1951 e ganhou seis Oscar, incluindo melhor diretor. Baseado no livro Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, é um melodrama clássico. George, pobre, mas sobrinho de um industrial, começa a trabalhar na linha de produção da fábrica de seu tio e se envolve com Alice, uma operária, mas, ao mesmo tempo, começa a frequentar as festas na casa de seu parente rico, onde conhece e se apaixona por Angela. Ambicioso, George quer ascender socialmente, preferindo o glamour da alta sociedade, mas Alice comunica que está grávida e força o casamento. George planeja, então, se livrar dela e acaba preso, julgado e condenado. Elizabeth Taylor, com apenas 17 anos, faz uma Angela luminosa, cheia de vida, sabedora do que quer. Montgomery Clift faz um George contido, observador e atormentado, em belíssima interpretação. Nunca gostei de Shelley Winters e minha opinião não muda neste filme. Ela não passa nenhuma verdade, parece forçada, além de estar muito feia como a pobre Alice. O elenco de apoio também está muito bom, mas quem ilumina o filme é o casal Clift/Taylor. Curioso, vi os extras do dvd, no qual há uma entrevista com Elizabeth Taylor dizendo que havia beijado a primeira vez na vida apenas duas semanas antes das filmagens, tendo ido, portanto, sem nenhuma experiência para as gravações e seus beijos em Clift foram por pura intuição (ou seria instinto?). Valeu ter revisto este filme que sempre figura na lista dos cem melhores filmes já realizados. Na lista da revista Bravo! 100 Filmes Essenciais, ele figura na posição 73. E por falar nesta lista, só faltam dois filmes para eu ter visto/revisto todos eles: Kaos, dos irmãos Taviani e Pixote, A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco.
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
DÚVIDA CRUEL
Lendo o jornal Correio Braziliense desta segunda-feira vi uma propaganda de um show na cidade. O show não me interessou, mas a identificação de uma das atrações me chamou a atenção e fiquei com uma grande dúvida: o que é sertanejo universitário? Uma invenção midiática para vender uma dupla sertaneja? Parece com o tal do forró universitário que foi "inventado" para se distinguir do forró que faz sucesso no Nordeste. Já achava estranho para o forró ter esta subdivisão, agora vem os marqueteiros e inventam uma nova subdivisão para a música sertaneja. Será que o tema central desta subdivisão é o lamento do corno manso, como na música sertaneja urbana (outra denominação surgida na década de oitenta para se diferenciar da chamada música de raiz)? Não gosto deste gênero musical, embora more na cidade onde das dez músicas mais tocadas nas rádios, pelo menos oito são sucessos de duplas sertanejas, novas e antigas (isto sem falar no ídolo teen Luan Santana), conforme publicação mensal na revista Billboard editada no Brasil. Eu sei que o heavy metal também mereceu uma centena de subdivisões, ou mesmo o samba, mas tais divisões se referem às melodias, ao ritmo e não porque os cantores são jovens, produzidos, urbanos e fazem sucesso no meio universitário (minhas suposições para conceituar o termo).
domingo, 11 de julho de 2010
FILMOTECA ESSENCIAL - INTERNACIONAL (06)
Muitos conhecidos meus dizem que os filmes de Ingmar Bergman são arrastados, lentos e chatos. Não é a minha opinião. Concordo que alguns não são fáceis de encarar, mas gosto de todos que vi até hoje. E como colecionador, não pode faltar filme deste diretor sueco em uma filmoteca essencial do cinema internacional. Foi difícil escolher qual colocava primeiro. Fiquei entre Persona, O Sétimo Selo e Morangos Silvestres. Fiquei com este último. Morangos Silvestres (Smultronstallet) é uma produção sueca, em preto e branco, de 1957. No elenco o também diretor Victor Sjostrom no papel de Izak, um médico idoso que revê sua vida enquanto vai em seu carro para outra cidade na qual receberá uma importante condecoração na Universidade de Lund. No elenco, a bela Bibi Andersson, atriz constante nos filmes de Bergman, fazendo o duplo papel de Sara, no presente ela é uma jovem a quem Izak dá carona e no passado é a jovem que o médico cortejava. Sonhos e pensamentos indicam que o médico famoso, com cinquenta anos de profissão, teme a morte que se aproxima. Neste turbilhão de pensamentos, ele repensa seus atos e se aproxima da nora Marianne (Ingrid Thulin), de sua fiel empregada, também idosa, e de seu filho. Um contraste entre o vigor da juventude, tanto no físico quanto nas atitudes e debates, e a velhice, com ênfase à sabedoria, o reconhecimento pelo trabalho e porque não, a rabugice característica dos mais velhos. Lindo filme sobre a velhice. Revendo-o, me transportei para os anos 80, em uma agitada sessão do Cine Clube do Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, onde me formei em Ciências Econômicas. Logo após a exibição do filme, em uma cópia sofrível em VHS, o debate foi caloroso, refletindo no auditório da escola, o debate sobre religião que os jovens travam em uma das cenas do filme. Filme obrigatório em qualquer coleção.
FÚRIA DE TITÃS
Depois de vinte e nove anos, assisti novamente ao filme Fúria de Titãs (Clash of The Titans), produção americana de 1981, dirigida por Desmond Davis. No elenco, participações de Laurence Olivier (Zeus), Ursula Andress (Afrodite), Maggie Smith (Tétis). Nos papeis principais, dois atores bonitos, mas totalmente sem tempero, que não fizeram muito sucesso nos cinemas depois, Harry Hamlin (Perseu) e Judi Bowker (Andrômeda). Lembro-me, como se fosse hoje, da sessão no extinto Cine Jacques, na Rua Tupis, no Centro de Belo Horizonte, MG, quando vi o filme em uma matiné, acompanhado de irmãos e primos. Os efeitos especiais eram sensacionais no início dos anos 80, com várias cenas feitas em stop-motion. Mas, ao rever a fita em blue-ray, percebi quão toscos estes efeitos são nos dias de hoje, com o avanço tecnológico usado em favor do cinema. A história vem da mitologia grega. Perseu, filho de Zeus com uma mortal, é "transportado" por Tétis, uma das deusas esposas de Zeus, para a cidade de Jopa, na qual mora Calibos, o filho de Tétis que foi condenado por Zeus a uma deformação física que lembra o diabo devido a sua maldade. Em Jopa, vive a jovem princesa Andrômeda, que fora noiva de Calibos sendo por ele amaldiçoada a se casar apenas com o pretendente que decifrar um enigma que se altera sempre. Perseu aparece, se apaixona por ela, luta contra Calibos, doma Pégasus, o cavalo alado, enfrenta três irmãs cegas, um cão com duas cabeças, Medusa, escorpiões gigantes e Kraken, o temível monstro dos mares. Isto tudo para ficar ao lado de sua amada, Andrômeda. Interessante destacar que a vida dos mortais é um jogo nas mãos dos deuses do Olimpo, no qual o tabuleiro possui um formato que pode ter duas leituras: uma arena de lutas ou um anfiteatro. A magia do teatro, inclusive, aparece na cena em que Perseu acorda justamente no centro do anfiteatro abandonado da cidade de Jopa. Ursula Andrews quase não tem falas, se limitando a caras e bocas. Laurence Olivier faz um Zeus simpático, longe da imagem que temos de um deus furioso. Valeu a pena rever o filme. Agora, vou esperar a refilmagem, recentemente nas telas de cinema, estar disponível para consumo caseiro para checar a mesma história com efeitos especiais de última geração.
DIGITALIZAÇÃO COMPLETA
Enfim, terminei a tarefa de digitalizar todos os meus cds, tanto músicas quanto suas respectivas capas. Já passei tudo para meu iPod de 160 GB, além de ter feito back up em um HD externo. Foram 27.142 músicas de 1.996 cds. Já não há espaço físico para guardar tantos cds (fora os dvds) em minha casa. Agora vou fazer uma seleção e devo ficar com cerca de 800 cds. Ainda não sei o destino que darei aos que não forem selecionados.
Assim, já tenho a coleção de dvds (2.395) e a de cds devidamente revistas e arrumadas. Partirei agora para livros, cujo trabalho será menor, pois de tempos em tempos faço uma doação dos exemplares lidos para uma biblioteca.
Este desapego faz parte de mudança de filosofia de vida. Quero curtir a vida, especialmente em viagens, conhecendo novos mundos, nova gente, novos sabores, novas artes, novas culturas.
sábado, 10 de julho de 2010
TRUE BLOOD II
A série é fantástica. É pura ficção, fantasia, mas inteligente. É uma grande metáfora da sociedade em que vivemos. A luta pelos mesmos direitos! Vi os doze episódios da segunda temporada em dois dias. Agora é esperar até o final do ano para comprar e assistir aos doze episódios da terceira temporada, atualmente em cartaz na tv fechada. Prefiro ver em dvd, em sequência.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
JANTANDO COM AMIGOS
Segunda-feira brava. Começou relaxante, com uma reflexologia no início da manhã. Mas ao chegar no local de trabalho, o dia se mostrou daqueles de arrepiar. Pilhas e pilhas de documentos em minha mesa de trabalho. Parece que estavam todos represados e, após a eliminação do Brasil na Copa da África do Sul, a barragem estourou, desaguando tudo de uma vez só. Fora os documentos, ainda havia mais de cem e-mails para responder e um treinamento para coordenar.
Já eram mais de vinte horas quando um amigo me convidou para comer uma pizza. Estava ainda trabalhando. Finalizei o que fazia e fui me encontrar com os amigos na Valentina Pizzaria, a minha preferida em Brasília. Seis pessoas na mesa. Muita conversa fiada, planos de viagem novamente em grupo para o início de 2011, além de discutirmos sobre a programação do encontro que acontecerá em Belo Horizonte com os dez companheiros da viagem ao Canadá em 2009. Comecei o dia de forma relaxante e terminei do dia da mesma forma.
sábado, 3 de julho de 2010
INCLASSIFICÁVEIS - NEY MATOGROSSO - DISCOTECA ESSENCIAL (06)
Ney Matogrosso é meu cantor preferido. Tenho todos os discos que ele lançou, incluindo aqueles com o Secos & Molhados. É um cantor que se aprimorou com o tempo. Sua voz continua firme e linda. Ele não tem medo de ousar, de gravar e cantar com a nova geração. São muitos os discos dos quais gosto, mas seu trabalho de 2008, lançado pela EMI, Inclassificáveis, é sensacional. Deve constar em qualquer discoteca básica da música brasileira. E tão bom quanto o disco é o dvd, reflexo do ótimo show de mesmo nome. Neste disco, Ney grava os compositores consagrados Chico Buarque e Edu Lobo (Ode aos Ratos), Cazuza (O Tempo Não Para e Porque Que A Gente É Assim), Caetano Veloso e Gilberto Gil (Divino Maravilhoso), Itamar Assumpção (Ouça-Me e Existem Coisas Na Vida)), e Arnaldo Antunes (Inclassificáveis). Apresenta sua versão para as músicas de compositores estrangeiros Sea (Jorge Drexler, uruguaio) e Lema (Lokua Kanza, nascido no Congo). E como sua marca registrada, não se esquece da nova geração, gravando Mal Necessário (Mauro Kwitko), Fraterno (Pedro Luís), Um Pouco de Calor (Dan Nakagawa) e Veja Bem Meu Bem (Marcelo Camelo). Ainda há as gravações bem particulares de Leve (Iara Rennó e Alice Ruiz) e Coração Coragem (Cláudio Monjope e Carlos Rennó). E regrava a música Mente, Mente, de Robinson Borba, presente em seu disco Bugre, de 1986. Esta mesma música, Ney a gravou em dueto com Arrigo Barnabé para a trilha sonora do filme Cidade Oculta, produção brasileira de 1986 dirigida por Chico Botelho. Não bastasse a beleza da interpretação de Ney Matogrosso, o cd tem uma inspirada capa em tom azulado.
INCLASSIFICÁVEIS - NEY MATOGROSSO - 2008
sexta-feira, 2 de julho de 2010
E A VIDA VOLTA AO RITMO NORMAL
Brasil fora da Copa do Mundo de Futebol.
As coisas, enfim, voltam ao eixo.
A vida continua...
Que venha 2014!
As coisas, enfim, voltam ao eixo.
A vida continua...
Que venha 2014!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
LUGARES (06)
O nome é curioso: A Casa das Onze Janelas. Um casarão de dois andares construído no século XVIII às margens da Baía do Guajará em Belém do Pará que abriga uma coleção de arte moderna e contemporânea brasileira. O prédio foi construído para ser residência e depois se transformou em hospital militar. Totalmente reformado no início deste século, faz parte do chamado Núcleo Cultural Feliz Lusitânia onde ficam prédios históricos que foram recuperados e hoje abrigam museus e centros culturais, todos ao redor da Praça Frei Caetano Brandão, muito bem conservada. Neste local estão a Catedral da Sé, a Igreja de Santo Alexandre, o Museu de Arte Sacra, o Forte do Presépio e A Casa das Onze Janelas. Vale a pena conhecer este complexo. Gostei muito da Casa das Onze Janelas. A construção está pintada em tom amarelo, com jardim e varandas com vistas para o imenso rio. Dos terraços, jardins e varandas, em entardecer de céu limpo (coisa não muito comum em Belém), dá para se ver um belo por do sol, fato que não pude presenciar. Fui duas vezes ao local no mesmo dia. A primeira, no meio da tarde, quando visitei a exposição do acervo pagando R$ 2,00 pela entrada. Não se pode entrar com bolsas que devem ser deixadas em um escaninho no térreo cuja chave fica em nosso poder. São três salas de exposições. A maior parte do acervo está na sala do térreo, com obras de artistas da fase modernista. Entre as obras, exemplares de Tarsila do Amaral, Burle Marx, Amílcar de Castro, Cildo Mirelles, Cícero Dias, entre tantos outros. Há gabinetes de papeis que podemos abrir para ver as obras, mas a luz no local estava queimada. Uma pena. Logo na entrada, fui avisado que não poderia tirar fotos, mas não há nenhuma câmara e nem mesmo vigilantes ou funcionários nas salas de exposição. Fiquei totalmente sozinho durante todo o tempo que percorri as três salas. Um absurdo, pois qualquer pessoa pode tocar as obras, danificando-as. No segundo piso, cujo acesso se dá somente por escada, portanto não há acessibilidade para pessoas com deficência, ficam as duas outras salas. A maior delas concentra as obras de artistas contemporâneos, como os mineiros Marco Paulo Rolla e Rosângela Rennó. A sala menor tinha uma instalação de Jocatos, artista da cidade que ganhou o prêmio Secult de Artes Visuais. No jardim, há esculturas e debaixo das arcadas uma grande obra do artista paraense Emmanuel Nassar. No térreo, ocupando quatro ambientes, está o Boteco das Onze, que funciona tanto como restaurante quanto como bar. A esmagadora maioria das pessoas prefere ficar no terraço, ao ar livre, em frente ao rio. Fui à noite para jantar, quando me sentei no ambiente do restaurante (ainda há o bar e a varanda) para degustar um prato tipicamente local: risoto paraense, ou seja, arroz com jambu, tucupi e camarões. Gostei muito. Apesar dos pontos negativos que elenco neste post, incluindo a falta de um folder sobre o espaço, achei muito interessante a proposta deste espaço cultural e torço para ser um sucesso. A iluminação dos prédios reformados à noite também merece ser conhecida.
Fotos deste post de minha autoria tiradas em junho de 2010.
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