Domingo, final de tarde. Fui para o CCBB conferir as obras da exposição Brasília e O Construtivismo: Um Encontro Adiado. Como todas as exposições no local, o acesso é gratuito. São dois os espaços expositivos. Grandes esculturas estão na área externa do centro cultural, enquanto as obras menores e projetos não realizados estão na sua Galeria 2. A mostra foi pensada para comemorar o aniversário de cinquenta anos de Brasília. É um encontro de artistas concretistas ou neoconcretistas com a capital federal que nunca existiu, mas poderia perfeitamente ter acontecido. Alguns dos artistas tem obras na cidade, como o caso de Athos Bulcão e de Franz Weissmann. Amílcar de Castro comparece com algumas grandes esculturas, feitas para os espaços abertos, algumas conhecidas do público mineiro.Weissmann também tem obras no pátio, mas também dentro da galeria. Algumas esculturas de Lygia Clark da série Bichos estão expostas, assim como esboços e quadros de Lygia Pape. Obras de Rubem Valentim com formas abstratas que nos remetem à África estão na galeria, assim como um vídeo de Hélio Oiticica apresentando seu Meta Esquema, hoje construído no Centro de Arte Contemporânea de Inhotim (MG). Quadros de Luiz Sacilotto e de Waldemar Cordeiro estão lado a lado com os projetos de Athos Bulcão para os azulejos do restaurante do prédio do Itamaraty e do painel interno do Cine Brasília. Há poucas obras, mas com representatividade do concretismo e do neoconcretismo brasileiro. As esculturas externas, além de embelezarem o CCBB, dão excelentes fotos. Vendo tais esculturas, fiquei me perguntando porque não há uma política de compras por parte do centro cultural para a fixação de esculturas em toda a sua área externa, jardins e espaços de passagem, transformandoo espaço em uma exposição permanente. Hoje, há uma meia dúzia de obras fixas que já embelezam o ambiente, mas poderia haver muito mais.
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