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sábado, 11 de setembro de 2010

STOMP


Depois de mais um dia cansativo, nada melhor que refrescar a mente em um bom show. Com ingressos comprados (R$ 100,00 - meia entrada com cupom Sempre Você), eu e Ric fomos conferir o show do grupo britânico Stomp, em cartaz neste final de semana na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Com lotação esgotada, o show começou praticamente no horário marcado (21:30 horas). O grupo é famoso por fazer um som percussivo utilizando objetos do dia a dia. Eles não usam nenhum instrumento musical em cena (a não ser um apito no número final). Com oito integrantes, sendo duas mulheres, o show é inspirado no mundo da construção civil, com figurino lembrando os usados por operários deste segmento econômico. A primeira batucada é feita com vassouras, quando o cabo e os pelos são utilizados para dar o tom da música. Além da percussão, o show é permeado de humor, lembrando as comédias eternizadas no cinema e na televisão por Charles Chaplin, O Gordo e O Magro, ou Os Três Patetas. A plateia é instada a se manifestar em quase todos os números musicais, seja aplaudindo um dos integrantes ou acompanhando com palmas ritmadas. Dei boas gargalhadas durante as quase duas horas de espetáculo. Para a percussão, eles utilizam canos de borracha, baldes, pias de metal, água, panelas, sacos e sacolas plásticas, bolas de basquete, jornais, copos descartáveis de refrigerante, sacos de papel, placas de trânsito, tambores de plástico, latões, areia, além do próprio corpo e de sapateado. Merece destaque a sincronia dos oito integrantes do grupo nos números coletivos, além da menção visual a grandes manifestações culturais, como a dança do dragão dos orientais e a dança em círculo de tribos indígenas. Não poderia faltar o esporte predileto dos americanos, com um número com bolas de basquete. Há um número em que, com todas as luzes apagadas do teatro, eles utilizam isqueiros para simular as famosas luzinhas que são utilizadas nas decorações natalinas. Apenas com com movimentos de acender e apagar os isqueiros, vemos as luzes, em várias velocidades, percorrendo um painel imaginário. Acabam o show com um dos integrantes falando em português (creio que seja baiano) sobre o presente que veio da Bahia que eles dariam a nós, o público, atacando com a batida que tornou o Olodum mundialmente conhecido. Excelente show.

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