Sensacional! Assim foi a abertura do projeto Dois Pra Lá, Dois Pra Cá, idealizado por Giselle Kfuri e Solange Kafuri para homenagear quatro décadas da parceria de João Bosco e Aldir Blanc. Serão três shows diferentes em três finais de semana consecutivos de setembro no Teatro I do CCBB de Brasília, com ingresso custando R$ 7,50 para quem é correntista do Banco do Brasil. O primeiro show, com casa cheia, foi do próprio João Bosco. No palco, apenas um banquinho, um violão, uma mesa com uma jarra e dois copos de água e o cantor. Foi um show hipnotizante. Há muito não ia a um show em que a plateia ficasse o tempo todo absorta nas músicas, no violão, nas histórias deliciosas de um cantor, como foi o da noite de domingo. Além das músicas da parceria de sucesso com Aldir Blanc, João Bosco interpretou a canção que foi o lado A de seu primeiro compacto, Águas de Março, de Tom Jobim, seu padrinho musical. Este compacto saiu encartado no Pasquim, o lado B tinha a música Agnus Sei, da dupla homenageada neste projeto, interpretada por João Bosco durante o show. Também cantou uma música de Vinícius de Moraes. As demais, grandes sucessos como Cosa Feita, Corsário, Linha de Passe, Dois Pra Lá, Dois Pra Cá, Rancho da Goiabada, Gol anulado, De Frente Pro Crime, Bijuterias, A Nível De, Plataforma, entre outros. Também teve lugar para músicas mais recentes, especialmente Sonho de Caramujo, presente no seu mais novo trabalho. Entre uma e outra música, João Bosco divertia a plateia com histórias de seus primeiros dias no Rio de Janeiro, de seu tempo de faculdade em Ouro Preto, de Elis Regina. Durante as músicas, ninguém falava nada, nenhum barulho, nem mesmo as famosas tosses, muito comuns nesta época de seca na cidade. Mesmo conhecendo as músicas, o público preferiu ficar embevecido com a sempre peculiar interpretação de João Bosco. Na música De Frente Pro Crime, instados pelo cantor, todos respondiam ao final de cada frase, fazendo um belo coro. A plateia só acompanhou, cantando a música do início ao fim, na última música do bis, quando a clássica O Bêbado e A Equilibrista fechou o belo show. Na próxima semana tem Leila Pinheiro e Pedro Mariano com repertório da dupla Bosco-Blanc eternizado por Elis Regina em gravações antológicas. Já tenho o ingresso.
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