Depois de conferir cinco peças da programação do Cena Contemporânea 2013, tirei o domingo para descansar. Mas na segunda-feira, 26 de agosto, reiniciei a minha maratona, indo com Diana e Kitty assistir ao único espetáculo do festival em cartaz naquela noite: À Deriva, novo trabalho do grupo Teatro do Instante, daqui de Brasília. Chegamos ao CCBB, onde uma tenda foi montada nos jardins justamente para a estreia deste espetáculo, por volta de 19:30 horas, ou seja, meia hora antes do previsto para o início da peça. Com ingressos adquiridos com antecedência, pelo qual pagamos R$ 10,00 cada um, ficamos sentados em pequenas poltronas brancas colocadas perto da entrada da tenda. Ao entrarmos, fomos alertados para não tirar as cadeiras do lugar, pois os atores circulavam por trás delas. O espaço acomodava poucas pessoas e ficou lotado. Os atores já estavam sentados nas mesmas cadeiras disponíveis para a plateia. Tais assentos estavam dispostos em forma de um quadrado, com todas as ações acontecendo no meio da tenda, em seus quatros cantos e por trás das cadeiras, muitas delas de forma simultânea. Assim, muita gente acabava escolhendo que cena ver, pois é impossível prestar atenção em tudo ao mesmo tempo. Mas isto não impede o perfeito entendimento do texto. Em cena, dois atores e cinco atrizes dão vida a personagens que estão repletos de memórias. Memórias do passado, memórias do presente, memórias do futuro, memórias que nunca existiram, memórias de um mundo particular, memórias coletivas, memórias individuais, ou simplesmente, memórias. O mundo frenético em que vivemos é sintetizado na personagem de Alice Stefânia, de longe, a melhor performance do espetáculo. Mas todos os outros atores em cena tem momentos marcantes nos 60 minutos de duração de À Deriva. A dramaturgia é de Jonathan Andrade, o que, para mim, sempre é sinal de qualidade. Direção de Giselle Rodrigues. Gostei tanto que vou assistir de novo, já que eles anunciaram que voltarão a encenar no mesmo local nos dias 05, 06 e 07 de setembro.
artes cênicas
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