Fui para o Teatro da Caixa Cultural com as amigas e colegas de trabalho Kitty, Karina, Diana e Hélida G. para ver mais um espetáculo da programação da edição 2013 do Cena Contemporânea. Desta vez era uma peça uruguaia, com dez anos de sucesso ininterrupto por aquelas paragens. Sessão das 20:30 horas, ingressos, como os demais, comprados ao preço unitário de R$ 10,00, em data anterior ao início do festival. O teatro recebeu um bom público, mas não lotou. Em cena, dois atores, Pablo Routin e Edú Lombardo, interpretam dois bufões, ou algo similar, saídos de uma autêntica Comedia Dell'Arte, ou do Carnaval de Veneza, mas sem as máscaras, que são substituídas por pesada maquiagem branca. Fui sem saber o que era murga, uma figura típica do carnaval uruguaio, que também nada conheço. Logo no início, percebi que não gostaria, pois elementos de clown estão presentes e, confesso, tenho preguiça deste tipo de personagem. O texto é todo falado em espanhol, com legendas em português que passavam em local acima do palco. É um musical que se inspira nos tipos do carnaval uruguaio e muitos destes tipos acabam por não ter uma tradução em português. Assim, além de murga, cuplé foi outra palavra muito falada e que fiquei sem saber o que era. Depois, já em casa, consultei o santo Google e descobri que ambos são estilos musicais. Os números musicais são muito mais interessantes do que a parte falada do texto. Com poucos objetos em cena, apenas duas cadeiras e duas mesas, nada atraía minha atenção para o palco. Com quinze minutos de espetáculo, já tinha gente se levantando e saindo do teatro, enquanto eu já tinha consultado o relógio por duas vezes. Ainda repetiria este gesto por mais umas dez vezes antes de encerrar a peça, que tem duração de pouco menos que uma hora. Outras pessoas não aguentaram e também se retiraram do local. Fomos ficando, mas Kitty e Hélida G. não deixaram por menos e acabaram por tirar uma boa soneca. Uma criança ria muitos de uma cena que resvalava na comédia pastelão, com os atores dando tapas na cara um do outro e agradecendo. A criança ria e o público ria da sua risada gostosa. Quando os atores saíram de cena e uma projeção no fundo do palco os mostra sentados na lua, o público começou a bater palma. Aproveitamos para levantar e sair, mesmo com as luzes ainda apagadas, pois ainda rolava um filminho na tela. Achei muito ruim, mas não posso considerar esta peça como a pior do festival porque eu desconheço as figuras e ritmos do carnaval uruguaio. Acredito que se conhecesse um pouco, entenderia o texto e poderia gostar da peça. Desolé.
artes cênicas
Que pena teve uma oportunidade unica e não gostou
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