Na terça, nada de peça teatral, mas sim dois números de dança moderna do grupo sul-coreano Bereishit Dance Company. A coreografia é de Park Soon-ho. Programa do Teatro Plínio Marcos, no complexo cultural da Funarte, que recebeu um bom público. Estava acompanhado de Karina, Diana, Hélida G. e Kitty. A primeira coreografia foi Pattern & Variable conta com três homens e duas mulheres dançando no palco. Sem ler a pequena sinopse que entregaram ainda na fila de espera, coisa que só fiz após o final de tudo, percebi que tinha elementos de lutas marciais nos passos dos bailarinos. Depois, li que tudo se passava nos bastidores de uma competição de judô. Ao saber, tudo faz muito sentido. Os passos são bem marcados, como na ginástica artística. Até elementos da capoeira são visivelmente identificados durante os vinte minutos de duração da dança. No centro do palco, um tatame não deixa dúvidas sobre as artes marciais. Um breve intervalo de dez minutos e começa a segunda apresentação, com três músicos sentados na lateral esquerda do palco, tendo três tambores diferentes à frente. Começava a coreografia Balance & Imbalance, sem tatame, com outro tipo de iluminação, cuja sinergia com a música é perfeita. Alguns bailarinos da primeira apresentação voltam a dançar este número, que tem ligações mais fortes com a cultura asiática, seja na formação de símbolos com os próprios corpos dos dançarinos, seja no figurino dos músicos ou o rufar dos tambores. Pela sintonia entre música, dança e performance, gostei mais da segunda parte. Belo espetáculo. Só mesmo em um festival plural como o Cena Contemporânea para trazer atrações de boa qualidade de países tão distantes para Brasília.
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