Sábado, dia 24 de agosto, sessão das 21 horas na Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Ingresso comprado antecipadamente por R$ 10,00. Teatro lotado. Na minha companhia, as amigas e companheiras de trabalho Karina, Fabiola, Maíra e Hélida G. No palco, as atrizes Drica Moraes e Mariana Lima encenam A Primeira Vista. Direção de Enrique Diaz para o texto do canadense Daniel Macivor. Para quem viu em 2010 a peça In On It, do mesmo autor, podemos dizer que A Primeira Vista é uma versão feminina para aquele texto. Logicamente não se trata de uma encenação da mesma história. Os textos mantém um diálogo, uma conexão, pois tratam das idas e vindas de um casal gay. No caso de A Primeira Vista, duas mulheres se encontram em um acampamento (uma atividade tipicamente canadense) e a partir deste encontro, há um ir e vir no tempo, quando a relação das personagens, que não tem nomes definidos, é contada. O cenário é difuso, sem que o público possa identificar direito onde elas estão. Em um local incerto e em tempo também desconhecido, elas contam a história de suas vidas, especialmente quando seus momentos se entrelaçavam. A química das duas atrizes está perfeita no palco. Mesmo sabendo previamente que Drica Moraes fora indicada para o Prêmio Shell 2013 como melhor atriz justamente por sua performance nesta peça, não consigo dizer quem é a melhor em cena. O texto traz algumas características comuns às outras duas peças que assisti do mesmo autor; a já citada In On It e Cine_Monstro, vista recentemente no mesmo festival Cena Contemporânea de que faz parte A Primeira Vista. Assim, a ironia, o humor negro, encontros e desencontros, espontaneidade e morte estão presentes. As situações vividas pelas personagens rendem boas risadas ao longo dos cerca de 80 minutos de duração do espetáculo. Ao final, conseguimos entender perfeitamente o cenário difuso por onde passa toda a história. Muito bom.
artes cênicas
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