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sábado, 19 de outubro de 2013

ZUMBILÂNDIA

Mais um filme em casa. Desta vez, resolvi colocar o BD de Zumbilândia (Zombieland), produção americana de 2009, dirigida por Ruben Fleischer. O elenco conta com Woody Harrelson (Tallahassee), Jesse Eisenberg (Columbus), Emma Stone (Whicita) e Abigail Breslin (Little Rock), além da participação especial de Bill Murray interpretando a si próprio. O cartaz brasileiro do filme não deixa dúvidas quanto à seriedade do enredo: nenhuma, pois seu subtítulo é "uma comédia mortal", ou seja, nem mesmo a história dos mortos-vivos é fiel às suas origens. São apenas 88 minutos de duração, tempo para lá de suficiente para encaixar o roteiro fraco de uma turma que vaga pelas cidades americanas devastadas pelos zumbis, procurando um porto seguro. Os personagens se dirigem uns aos outros pelo nome das cidades onde nasceram. Muita correria, muitos tiros, muitos mortos-vivos morrendo e muita sacanagem que as garotas aprontam com os dois caras da história. Há referências ao cinema de Hollywood, como a citação de Anaconda, que Whicita disse ter sido o primeiro filme que ela assistiu sem ser censura livre. Ao citar Anaconda, há uma referência indireta ao casaco de pele de cobra que Tallahassee utiliza nas cenas finais. Columbus, vivido por Eisenberg, cita o Facebook, um ano antes da estreia de A Rede (The Social Network) onde ele interpreta o criador da rede social mais popular do planeta. A parte final do filme, toda ambientada em um parque de diversões, é uma colagem de vários filmes de gêneros variados, como comédia e terror, que tem uma parte da história desenvolvida em parques de diversão. A atitude de Tallahassee lembra Mickey Knox, personagem central de Assassinos por Natureza (Natural Born Killers, 1994), também interpretado por Harrelson. Mas a citação mais gritante é a de Os Caça-Fantasmas (Ghost Busters), megassucesso de 1984. Além da presença de Murray, seu protagonista, há uma reprodução de uma cena do filme homenageado, com Bill Murray empunhando a engenhoca que chupava os espectros fantasmagóricos, além de Ghost Busters passar na televisão na sala da mansão do ator em Hollywood. A música tema, homônima do filme, interpretada por Ray Parker Jr. também aparece nas cenas gravadas na mansão do ator. Voltando à história, dei boas risadas das situações vividas pelos personagens, como o medo de Columbus de palhaços. Obviamente que o final é pra lá de previsível. Zumbilândia é daqueles filmes que quando o letreiro começa a subir na tela, a gente esquece logo a história. Dá para divertir e passar o tempo, não mais do que isto.

filme 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

FOGO DE CHÃO - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Endereço: SHS Quadra 5, Bloco E, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3322 4666.

Especialidade: churrasco, em sistema de rodízio.

Quando fui: almoço de 12 de outubro de 2013, sábado. Éramos 02 pessoas: eu e Vinícius. Chegamos antes das 13 horas, quando o restaurante ainda estava vazio. O local é difícil de estacionar, mas há serviço de manobrista. No entanto, não precisei utilizar deste serviço, pois encontrei uma vaga nas proximidades do restaurante.

Serviço: garçons sempre atentos, preocupados em deixar o cliente satisfeito. A gentileza é ponto alto. Eles acomodam bolsas, sacolas e mochilas em uma cadeira vazia, cobrindo-os com uma toalha de mesa para evitar a gordura característica de churrascarias. Além do rodízio oferecido a todo instante até que o comensal vire a sua "bolachinha" para o lado vermelho, os garçons sempre perguntam se o cliente tem alguma preferência, levando, em seguida, a escolha para quem pediu.

O que bebi: duas latas de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 6,90), em copo com muito gelo, e, ao final, uma xícara de café espresso Nespresso (R$ 6,50).

O que comi: Fiquei com o rodízio (R$ 104,00). Não saí da mesa, apesar do excelente buffet de acompanhamentos, próprios de uma churrascaria, mas sem invencionices que tomaram conta da maioria dos restaurantes desta modalidade no Brasil, como a existência de sushis e sahimis. O buffet tem o básico, tudo com ótima aparência. Na mesa, serviram porções de pão de queijo, que estavam quentes e saborosos, polenta assada, banana assada, farofa, molho para a carne de cordeiro e molho chimichurri. Preferi focar em alguns cortes de carne: picanha, filé mignon, alcatra, coxa de frango e costela suína. Além das carnes, pedi mussarela assada, no que fui prontamente atendido por duas vezes. Tudo estava muito bem feito, temperado apenas com sal grosso, deixando o sabor da carne dominar. Nada de sobremesa

Valor total da conta: R$ 279,73.

Minha avaliação: * * * *. Para mim, a melhor churrascaria do Brasil. Não é a toa que ela ostenta uma estrela no Guia Quatro Rodas.

Gastronomia Brasília (DF)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

POVOS DO CHOCÓ

No segundo andar do Museu Nacional dos Correios vi uma pequena exposição sobe o universo artesanal de dois povos indígenas colombianos, os Cuna e os Waunana, ambos da região do Chocó, que fica no norte da Colômbia. São quase duas centenas de objetos, divididos em setores. O primeiro exibe tecidos trabalhados pelas mulheres para enfeitaram as suas roupas. Este trabalho se chama mola, artesanato tradicional do povo Cuna. São tecidos coloridos, que servem de adorno, cujas figuras remetem à fauna e à flora da região. É a parte mais bonita da exposição, cujas peças foram valorizadas com a disposição na parede como se fossem pequenos quadros. Em seguida, também na parede, estão bastões de madeira talhados pelo povo Waunana. São instrumentos importantes nas mãos dos seus xamãs, especialmente para curar doenças. O próximo setor traz uma série de damaguas, telas decorativas obtidas a partir da maceração do tronco de uma árvore local e pigmentadas com tintas vegetais. Seu simbolismo é forte no meio dos Waunana. Em seguida, ainda do mesmo grupo indígena, estavam trabalhos em fibra guerregué que se transformaram em pratos e cestos de decoração. Ainda dos Waunana, as tallas compõem a próxima parte da exposição, tudo ainda na parede. Tais tallas são esculpidas em madeira e servem de decoração. É um trabalho masculino. Todos os objetos expostos tinham forma de animais. Nada mais são do que as pontas decorativas dos bastões expostos na segunda sessão da exposição. Por fim, também do povo Waunana, barcos decorativos de madeira encerram a mostra. Tais barcos, mostrados protegidos por uma redoma de vidro retangular, também tem a função religiosa, pois as figuras humanas nele inseridas ajudam a lutar contra as enfermidades e contra a morte. Mais uma oportunidade de aprender que não desperdicei.


mola


mola


mola


detalhe da ponta de um bastão


damaguas


prato decorativo feito com a fibra guerregué

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O CASAL DE DEUS - LOURDES E WALDOMIRO


O Casal, 2013, quadro pintado pelo casal de artistas da exposição. À esquerda está a pintura de Lourdes de Deus e à direita, a de Waldomiro de Deus.

Aproveitando que eu estava no Museu Nacional dos Correios, onde fui conferir a exposição A Sagrada Família, resolvi ver as demais mostras temporárias que ocupavam os outros andares do museu. Assim, fui para o quarto andar, onde tinha lugar O Casal de Deus - Lourdes e Waldomiro. O casal tem em comum, além do sobrenome Deus e de serem casados, o gosto em pintar. Filiam-se à arte naif, utilizando os planos chapados, sem perspectivas de profundidade, e as cores vibrantes. Mas eles vão além disto e dão toques distintos às suas pinturas. Lourdes mostra as festas populares e a natureza florida, enquanto Waldomiro prefere retratar o cotidiano, com uma visão crítica bem interessante, o que fica evidente em um quadro  de 2007 chamado O Acidente no Metrô Pinheiro, quando ele retrata carros sendo engolidos pelo buraco que se formou quando da construção da linha amarela do metrô de São Paulo. O ambiente não era bem iluminado, o que prejudicou as fotos, permitidas desde que sem o uso do flash, uma vez que o foco não iluminava de forma uniforme os quadros. Não conhecia o casal e mesmo não sendo um estilo que eu curta, gostei dos quadros, especialmente os de Waldomiro.


Lourdes de Deus retrata a festa de Parintins. De um lado, o Boi Garantido, com sua característica cor vermelha. Do outro, o Boi Caprichoso, com o azul que lhe é característico.


O Acidente no Metrô Pinheiro, 2007


artes plásticas 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A SAGRADA FAMÍLIA

Desde que o Museu Nacional dos Correios foi reaberto em Brasília, tenho tentado acompanhar a sua programação, especialmente as exposições que ocupam suas galerias. Em cartaz desde o dia 29 de agosto, consegui um tempo neste domingo, 13 de outubro, último dia da exposição, para conferir A Sagrada Família. Tratava de um recorte do barroco e da arte popular atual, demonstrando que o tema "religião" esteve sempre ligado à arte escultória no Brasil, especialmente a popular, aquela longe de museus, galerias e ateliês. As esculturas sacras estavam expostas no terceiro andar do museu e eram divididas em dois espaços. O primeiro deles, à direita de quem entrava, era mais sombrio, com paredes cinzas, iluminação mais baixa, focada nas peças. Das paredes saíam cones que lembravam espinhos, o que potencializava o caráter de reverência e de tristeza das peças, todas elas produzidas nos Sécs. XVIII e XIX, representando o barroco brasileiro. Eram peças lindas, bem esculpidas em madeira ou em pedra, a maioria delas de autores desconhecidos. No outro lado da sala, o cenário era bem mais alegre, com vários buquês de flores do cerrado presos em finas cordas formando uma cortina sobre a parede amarela. As peças eram atuais, produzidas no Séc. XXI, mantendo a religiosidade como tema central, mas se revestindo de uma alegria, mesmo quando retratavam momentos tristes da vida de Jesus. O material utilizado vai além de madeira e pedra, com a presença de obras em barro, metal, e até mesmo em madeira de coqueiro. Uma certa subversão da ordem se notava nos presépios, com elementos bem brasileiros. No maior deles, a Sagrada Família é toda formada por pessoas negras. Nesta parte moderna, os autores são identificados, mas ainda há peças atuais cuja autoria ainda é desconhecida. Gostei muito de poder ter apreciado obras de épocas tão diferentes, com técnicas tão diversas, mas que falam a mesma língua.


Sagrada Família - escola mineira - Séc. XVIII - madeira - Coleção Hecilda e Sérgio Fadel


Pietá - Humberto Araújo, 2007 - coleção particular


Pai eterno - autor desconhecido (Portugal) - Séc. XVIII - madeira - coleção particular


arte sacra

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

UM OLHAR SOBRE O BRASIL - A FOTOGRAFIA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DA NAÇÃO

Duas horas e quarenta e cinco minutos. Este foi o tempo que gastei para ver as 350 fotografias que integram a exposição Um Olhar Sobre o Brasil - A Fotografia na Construção da Imagem da Nação, em cartaz desde 20 de agosto nas Galerias 1 e 3 do CCBB de Brasília. Aproveitei o burburinho em torno da Virada Cultural que tomou conta do centro cultural dias 12 e 13 de outubro para conferir esta exposição que tem curadoria de Boriz Kossoy, com Lilia Moritz Schwarcz como curadora adjunta. Junto com a identificação da foto, com seu autor, data e local, há uma descrição sintética sobre o momento histórico que vivia o nosso país. A mostra cobre um período de 120 anos, indo de 1883 a 2003 (o fôlder diz 170 anos, mas ao fazer as contas do intervalo temporal, vemos que há um erro), mostrando aspectos culturais, religiosos, políticos, econômicos, esportivos, vida cotidiana e cenários do Brasil. Os curadores buscaram em coleções públicas e privadas fotografias, a maioria em preto e branco, fazendo um recorte para passear pela história brasileira, com a preocupação de mostrar exemplares que não se restringem ao eixo mais comum nestas mostras: São Paulo-Rio de Janeiro-Brasília, mas perpassam praticamente todos os estados do país, com fotos tiradas tanto nas capitais quanto em cidades do interior. Como o período abrangido é extenso, todos os tipos de fotografias estão representadas, desde aquelas montadas em estúdios, que foram famosas no final do Império e no início da República, até aquelas em tons realistas, escancarando mazelas e condições de milhares de brasileiros, passando por alguns exemplares do fotojornalismo. Muita coisa já conhecia, seja por intermédio de estudos, da literatura, do cinema, seja por outras mostras de fotografias, mas ao ler cada descrição, aprendi mais um pouco da nossa história, como a febre de cartões de visitas estampados com fotografias que dominou o fim do Império, seja para eternizar o momento para gerações futuras, seja para os fotógrafos lucrarem com a venda de cartões com fotos dos escravos para abastados europeus que gostavam de exotismo em suas coleções. Todos os grandes fotógrafos que atuaram no Brasil no período abrangido pela exposição, sejam eles estrangeiros ou brasileiros, tem, pelo menos, um exemplar exposto. Assim, há obras de Araquém Alcântara, Evandro Teixeira, Orlando Brito, Sebastião Salgado, Mário Cravo Neto, Pierre Verger, Haruo Ohara, Marc Ferrez, entre outros. Fatos marcantes da história, como o golpe militar de 1964, os comícios pelas diretas, os protestos dos cara pintadas pedindo o impeachment de Collor, as eleições de Collor, FHC e Lula, o famoso discurso de João Goulart para os camponeses sobre a reforma agrária, a passeata dos cem mil, Guga erguendo a taça de campeão em Roland Garros, as conquistas da Copa do Mundo de futebol em 1958 e 1970, flagrantes da vida da família de D. Pedro II, a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, a parada gay de São Paulo, além de imagens de festas religiosas e profanas do nosso país. Fotos de várias cidades captadas na primeira década do século XX me chamaram a atenção. Neste setor, na Galeria 1, por onde começa o percurso da mostra, estão fotos de Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Belém, João Pessoa, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais. O senão ficou por conta da escrita embaralhada de muitas descrições das fotos, o que dificultou a leitura, especialmente para quem usa óculos como eu. Na Galeria 1, algumas destas descrições estão localizadas abaixo das fotografias. Para conseguir ler tudo, precisei de me curvar ou abaixar em frente a estas fotos. No mais, foi um passeio sensacional pela história do Brasil. Para quem ainda não foi e se interessa em ir, tem que correr, pois a exposição fica em cartaz somente até o próximo dia 20 de outubro.

fotografia

domingo, 13 de outubro de 2013

UDI GRUDI E ORQUESTRA EM CONSERTO

Começo esta postagem esclarecendo que o título está grafado de maneira correta: conSerto, com "s" mesmo, como está escrito no fôlder do espetáculo. Durante o mês de outubro, mês da criança, a programação do Teatro I do CCBB de Brasília tem como alvo o público infantil, embora adultos também são fortes candidatos a gostar. De 04 a 27 de outubro, com sessões às sextas, sábados e domingos, está em cartaz Udi Grudi e Orquestra em Conserto. Como já tinha visto dois espetáculos deste grupo de circo-teatro brasiliense, dos quais gostei, embora tenham um pé no "clown", gênero que não aprecio muito, resolvi conferir este novo show, comprando entrada (R$ 5,00) para a sessão das 17 horas de domingo, 13 de outubro, quando também ocorria a primeira Virada Cultural do CCBB em comemoração ao aniversário do Banco do Brasil e da unidade do centro cultural de Brasília, além de ser o primeiro final de semana da exposição Mestres do Renascimento - Obras-Primas Italianas. Imaginando que o local estaria cheio, cheguei com duas horas de antecedência. Não foi difícil estacionar, mas a fila para ver as pinturas italianas era imensa. Aproveitei o tempo para comer algo, pois ainda não tinha almoçado. Por volta de 16:30 horas a minha amiga Karina chegou. Entramos logo para o teatro, que teve lotação completa. Uma meninada fazia alvoroço nas cadeiras, em clima bem festivo. E foram os meninos que ficaram impacientes e começaram a bater palmas, pois o show estava atrasado. Logo as luzes se apagaram, a cortina se abriu, mostrando a orquestra já postada à direita do palco. Uma violinista entrou, cumprimentou a plateia, deu o tom para os seus companheiros, tomando seu lugar, quando a maestrina Michelle Fiúza se posicionou, dando o sinal para os primeiros acordes. Foi a deixa para a trupe do Circo Teatro Udi Grudi entrar em cena: Marcelo Beré, Luciano Porto, Márcio Vieira, Ana Flávia Garcia e Nonato Veras. A direção do espetáculo coube a Leo Sykes, também diretora do grupo. O Udi Grudi ficou conhecido por fabricar seus próprios instrumentos musicais a partir de material reciclado, objetos inusitados como garrafas pet ligadas com mangueiras de plástico; canos de pvc que se transformam em instrumentos de percussão; roda d'água; raladores de cozinha; e até uma bacia amassada. Assim, sempre há números musicais em seus espetáculos, que seguem uma estética clown, mas sem as pinturas e vestimentas características de um palhaço. Um elemento ou outro, como um sapato com bico mais alongado usado por um dos integrantes do grupo, ou um penteado parecido com um cientista louco, aparecem para não deixar dúvidas que a inspiração deles é o universo circense, mais especificamente o dos palhaços. Diferente dos outros espetáculos que assisti do grupo, este também se utiliza de instrumentos ortodoxos, não só pela presença da orquestra, chamada Sinfonieta de Brasília, mas também por alguns instrumentos percussivos usados em cena. Uma historinha de cowboy é encenada de forma bem simples, entremeada por números musicais instrumentais e cantados, além de citações de cinema, como o agonizante fundo musical para a famosa cena do assassinato da mocinha no chuveiro de Psicose, de Alfred Hitchcock. Segundo o fôlder, nove números musicais, pinçados do rol de clássicos brasileiros e mundiais, integram o programa, entre eles Maria Bonita, de Antônio dos Santos, Marcha Nupcial, de Felix Mendelssohn, e Peixe Vivo, de domínio público. Todas as apresentações são revestidas de um tom de comédia, mas sem descaracterizar as famosas músicas. A participação do público cresce na medida em que o show vai chegando ao fim, terminando com a meninada encostada no palco, querendo subir, provocando alguns bons improvisos dos integrantes do grupo. Os guris gostaram muito, aplaudindo, rindo, gritando, pulando das cadeiras e correndo nos espaços livres do teatro. Os adultos se esqueceram por um instante que eram adultos e se entregaram, participando ativamente do show. Foi um divertido final de tarde de um domingo quente e bonito na cidade.

teatro

sábado, 12 de outubro de 2013

TOTALMENTE INOCENTES

Quando o filme Totalmente Inocentes foi lançado nos cinemas brasileiros, passei batido. Como faço coleção de filmes nacionais, assim que ele foi lançado no formato de dvd, comprei, mas o esqueci largado na estante. Neste sábado, foi o filme escolhido para rodar no meu player. Produção de 2012 dirigida por Rodrigo Bittencourt, tem como uma das produtoras Mariza Leão, a responsável pelos dois filmes De Pernas Para o Ar, sucessos de público quando lançados. Totalmente Inocentes aproveita a esteira dos chamados "favela movies", concentrando sua história em um morro fictício, o DDC, onde a comunidade convive com a guerra para o controle do tráfico de drogas. Mas o filme não segue a violência de Cidade de Deus ou de Tropa de Elite 2, embora se utilize de elementos destes filmes em algumas cenas, uma verdadeira homenagem do diretor a estes dois filmes da recente cinematografia brasileira que fizeram sucesso no Brasil e no exterior. Cartazes de ambos decoram as paredes de casas do DDC. Chupados de Cidade de Deus temos o traveling circular que começa em câmara lenta e termina acelerado, e a perseguição de uma galinha, em uma hilária tentativa frustrada de um roubo desta galinácea. De Tropa de Elite 2 fica o cerco à casa da chefe do tráfico, a invasão do morro pelo BOPE e a utilização de seu subtítulo "o inimigo agora é outro" em uma conversa ao telefone, quando o cartaz do filme de José Padilha é enquadrado ao término da ligação. Também há citações e referências a outros filmes e programas de televisão, como o garoto que anuncia o que acontece no morro em um programa transmitido via internet, em linguagem muito parecida com a saudosa série Armação Ilimitada. A roupa e o andar da Diaba Loura lembram muito as características do personagem do ator espanhol Antonio Banderas no filme A Balada do Pistoleiro. Além de todas estas referências, os efeitos gráficos utilizados com incursões de imagens animadas dão um toque jovial, moderno e leve à história. Mesmo se tratando de um filme que toca em temas pesados como o tráfico de drogas e a violência em torno dele, é uma deliciosa comédia onde se destacam as participações especiais de Ingrid Guimarães, como Raquel, a diretora da revista Taras e Tiros, e de Fábio Assunção, como Wanderlei, o repórter fotográfico desta mesma revista. Ainda na esteira de Cidade de Deus, a participação de Leandro Firmino como o policial Tranquilo, é um contraponto ao seu papel de bandido no filme de Fernando Meirelles. Como seu parceiro, Fábio Lago vive Nervoso. No melhor estilo comédia pastelão, Tranquilo é o nervoso da dupla, enquanto Nervoso é só tranquilidade. Quanto à história, Do Morro (Fábio Porchat, em ótima caracterização) traí a Diaba Loura (Kiko Mascarenhas) e assuma o controle do tráfico no Morro DDC, onde vive Dafé (Lucas D'Jesus) e seu irmão Torrado (Cauê Campos). Dafé gosta de Gildinha (Mariana Rios), que vai trabalhar como estagiária na revista Taras e Tiros e acaba por ajudar Wanderlei. Do Morro também tem uma queda por Gildinha, irmã de Bracinho (Gleison Silva), amigo de Dafé. Pensando que Gildinha tem uma queda por Do Morro, Dafé decide se tornar traficante, pedindo ajuda a Bracinho. Porém, nenhum dos dois leva jeito para a bandidagem e a confusão acaba sendo armada. Diversão garantida, embora o final seja bem previsível.

filme 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

III CONFERÊNCIA GLOBAL SOBRE TRABALHO INFANTIL

Após mais de 12 meses de muitas e muitas reuniões, conseguimos, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério das Relações Exteriores e Organização Internacional do Trabalho - Escritório Brasília, realizar a III Conferência Global sobre Trabalho Infantil (III CGTI), que teve lugar em Brasília nos dias 08, 09 e 10 de outubro. Os últimos dias foram tensos, nervosos, agitados para todos os que estavam envolvidos na organização, mas o resultado da conferência foi muito bom. Conseguimos um público expressivo de inscritos/participantes, bem maior que dos que compareceram nas duas últimas edições da conferência, em 1997 e em 2010, ambas na Holanda. Estiveram participando dos debates, ouvindo as palestras e exposições de experiências mais de 1.200 pessoas, com representação de setores de governo, de entidades representativas de trabalhadores, de empregadores e da sociedade civil organizada, além de organismos internacionais. 153 países estiveram representados, quase o dobro da II CGTI. Além da troca de experiências e de intercâmbios entre estas pessoas, foi adotada, após um longo período de negociação, a Declaração de Brasília, um importante documento que traça objetivos realistas e factíveis para acelerar, em todo o mundo, a erradicação do trabalho infantil. Para nós da organização o final da conferência foi um misto de alívio e sensação de dever cumprido. Abraços, lágrimas nos olhos e um largo sorriso no rosto de cada um de nós comprovou que tínhamos alcançado nosso objetivo. Ficaram para trás as tensas reuniões, as discordâncias, os consensos que permearam os meses dedicados ao evento. E deixamos nas mãos da Argentina a responsabilidade de realizar a IV conferência em 2017, quando, assim esperamos, a Declaração de Brasília tenha tido plena aplicação em todos os países presentes na III CGTI e que o trabalho infantil no mundo esteja cada vez mais perto de ser apenas uma lembrança e um registro na história mundial. Ao final da quinta-feira, a maioria dos que participaram da organização se reuniu no próprio local do evento para comemorar o resultado do nosso trabalho. Dançamos, comemos, bebemos e brindamos à vida e ao futuro, sem trabalho infantil, obviamente.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

OS BÓRGIAS - A PRIMEIRA FAMÍLIA CRIMINOSA - 1ª TEMPORADA

Juntar Neil Jordan e Jeremy Irons é sinônimo de qualidade. E é isto mesmo o que comprovei quando terminei de assistir a primeira temporada da série Os Bórgias - A Primeira Família Criminosa (The Borgias), dirigida pelo primeiro e protagonizada pelo segundo. Feita para a TV, é uma co-produção de Hungria, Irlanda e Canadá, lançada em 2011. Com primorosa reconstituição de época, a série se baseia na verdadeira história da família Bórgia, cujo patriarca, Rodrigo (Irons), tornou-se papa no Séc. XV cometendo toda a sorte de crimes e pecados, e continuou a praticá-los para se manter no poder. Assassinatos, traições, luxúria, entre outros pecados, fazem parte do cotidiano da família. Rodrigo, já no posto máximo da igreja católica, nomeia um filho como chefe da guarda do Vaticano e o outro, Cesare (François Arnaud), como cardeal e seu principal consultor/auxiliar para a manutenção do poder. Cesare preferia ser o comandante da guarda e tem Micheletto (Sean Harris), um bandido achado na sarjeta, como seu principal comparsa nos assassinatos. As intrigas palacianas são muitas, incluindo as escapadas de Rodrigo para transar com belas mulheres, entre elas a bela Giulia Farnese (a também bela atriz Lotte Verbeek), assim como as de Cesare. Isto sem falar em Lucrezia Borgia (Holliday Grainger), a filha angelical que se casa com um homem bem mais velho, escolhido pelo seu pai como uma estratégia de aliança, e torna-se uma peça fundamental no intricado jogo de xadrez da família. Ela também dá suas escapadas sexuais. A série não é um documentário, portanto, não é fiel à história, e Jordan conduz bem a parte ficcional, com personagens sem existência nos registros históricos da igreja. Mas é um excelente meio para compreendermos a riqueza da igreja católica, do jogo de poder que existe em seus bastidores, além de mostrar o quanto um homem é capaz de fazer para se manter no e com poder. E é uma excelente diversão. A fotografia é outro ponto alto da série, com cores fortes e vibrantes, mesmo em tomadas externas. A caracterização do rei francês Carlos VIII (Michel Muller) é digna de nota, pois o ator é muito bom, além de ser feio como o monarca francês o era. São apenas nove episódios na primeira temporada, com duração aproximada de 50 minutos cada um. Assim que terminei, já me deu uma vontade grande de colocar no aparelho o primeiro episódio da segunda temporada, mas deixei para depois que chegar de férias.

filme

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

BOTECO BRASÍLIA - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Após um longo dia de trabalho, já na metade da noite, fui levar Diana em casa quando resolvemos parar em um boteco para espairecer da tensão e do cansaço da jornada. Juntaram-se a nós Alberto e Karina. A escolha recaiu no Boteco, filial de Brasília da casa pernambucana também presente em outras cidades do país.

Endereço: SCLS 406, Bloco D, loja 35, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3443 4344.

Especialidade: comida de boteco, com destaque para as enormes coxinhas.

Quando fui: noite de 09 de outubro de 2013, quarta-feira. Éramos 04 pessoas. O bar tem decoração característica de botecos, especialmente as mesas e cadeiras de madeira, o chão forrado com ladrilho hidráulico e televisões ligadas em jogos de futebol. Preferimos ficar no salão mais ao fundo, em mesa escondida atrás da parede que divide os dois ambientes do bar.

Serviço: sistema de rodízio de alguns itens do cardápio, como empadas, coxinhas, espetos de lingüiça, de picanha, de frango, escondidinhos, entre outros, além dos copos de chopp. Embora seja rodízio, pague-se por cada item consumido, sempre anotado por um atento garçom que acompanha aqueles que servem comidas e bebidas. Wi-fi gratuito, mediante senha enorme fornecida pelo garçom. O wi-fi é fraco. Preferi navegar na rede 3G do meu celular. Os garçons são prestativos e passam constantemente nas mesas oferecendo os quitutes que saem do forno e da brasa a todo o instante.

O que bebi: uma garrafa de água mineral com gás de 350 ml (R$ 3,70), e um copo de caipirinha de lima da pérsia (R$ 7,60), que estava uma delícia, feita com cachaça leve e com sabor adocicado.

O que comi: comecei aceitando uma empadinha de frango (R$ 5,90),que tinha acabado de sair do forno, com massa podre e com recheio generoso. Em seguida, aceitei uma unidade da lingüiça toscana (R$ 6,50), cujo sabor deixou a desejar, pois não estava suculenta como eu gosto. Veio a primeira coxinha da noite, ou melhor, um coxão, aromática, bonita, com aquela cor cobreada. Pedi a de camarão (R$ 9,90), cuja massa tem camada fina, deixando muito espaço para os camarões que compõem o recheio. Mas a melhor mesmo é a coxinha de frango, a mais simples, que utiliza o próprio osso da coxinha da asa para dar sustentação ao salgado, no lugar do antigo palito (as coxinhas antigamente tinham um palito na ponta para segurá-las). Simplesmente deliciosa. Deu vontade de pedir outra, mas já estava pra lá de satisfeito. Também foram consumidos na mesa pelos meus amigos: coxinha de frango com catupiry (R$ 8,90), empada de queijo do reino (R$ 5,90), caldo de feijão (R$ 4,80), tomate sertanejo (R$ 10,90), lingüiça suína formiga (R$ 6,70), miniescondidinho de caranguejo (R$ 11,70), caipifruta (morango e lima – R$ 13,20 cada uma).

Valor que paguei do total da conta: R$ 51,00.

Minha avaliação: * * * 1/2. Boa opção para um happy hour com amigos, apreciando as iguarias que passam a todo momento nas mesas.


Gastronomia Brasília (DF)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS PRODUZIDOS EM REGIÕES NÃO USUAIS

Estive na noite de segunda-feira, dia 07 de outubro, em uma degustação de vinhos produzidos em regiões fora do eixo produtor mais conhecido no mundo. Éramos onze pessoas e chamamos a noite de "degustando vinhos exóticos". A reunião foi na casa de uma amiga, quando provamos seis vinhos, todos tintos. A seguir, as impressões de cada um deles:

Vinho 1: Dragon Seal, vinho produzido na cidade Donghuayman, região de Huailai, na China, perto da famosa muralha chinesa. É um corte de syrah e cabernet sauvignon, com 12,5% de álcool. Experimentamos a safra 2003, que estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e mais 6 meses em garrafa antes de chegar ao mercado consumidor. Ao ser servido, não surpreendeu no aroma, aliás, algo quase ausente no primeiro ataque. Estava claramente em franca decadência. Na boca, se mostrou amargo, quase intragável. Muitos dos presentes nem conseguiram dar o segundo gole, derramando o restante da taça nos baldes de descarte colocados na mesa. A sua evolução nas taças que sobraram foi horrível, terminando com um forte aroma de cinzas de cigarro, o mesmo ocorrendo no paladar. Desprezível.
Vinho 2: Intipalka Nº 1, vinho peruano cujo nome significa na língua quechua, a utilizada pelos incas, vale do sol. Produzido por Santiago Queirolo na cidade de San José de los Molinos, região do Valle de Ica, tem em sua composição 45% cabernet sauvignon, 45% tannat e 10% syrah. A safra que provamos foi a de 2008, com forte teor alcoólico: 14,5%, o que é percebido logo que o vinho é servido nas taças. Estagiou 24 meses em barricas de carvalho. Assim que o álcool se dissipou, apareceram aromas de chocolate, couro e frutas vermelhas. Na boca, seus taninos se mostraram elegantes e aveludados. A cor escura se deve à tannat utilizada em sua elaboração. Foi o preferido da noite.
Vinho 3: Campos de Solana, Coléccion de Altura, vinho produzido pelas Bodegas Campos de Solana na região de Tarija, na Bolívia, safra 2009, com 14% de gradação alcoólica. Em sua composição, as castas cabernet sauvignon, merlot e malbec. Aromas de geleia de frutas vermelhas, bem doces, o que o fez um tanto quanto enjoativo no nariz. Logo tais aromas sumiram, cedendo lugar para um horrível cheiro de pano de limpeza de mesa de bar. Na boca se mostrou com sabor muito forte e amargo, sendo intragável.
Vinho 4: Sartori, produzido pela Sula Wines na região de Nashik, Índia. A safra que provamos foi a de 2011, cujo rótulo não traz a gradação alcoólica. Elaborado com um corte de merlot e malbec, não agradou nem no nariz nem na boca. O aroma, como o primeiro vinho da noite, evoluiu para cinzas de cigarro. Muito ruim.
Vinho 5: Yarden, vinho de Israel produzido na Galileia, 100% merlot. Safra 2004, com 15 graus de álcool. É produzido por Golan Heights Winery. No nariz, notas de tabaco e chocolate. No paladar, taninos presentes que, apesar da safra, ainda incomodaram, pois secou demais toda a boca.
Vinho 6: Primeira Estrada, vinho produzido na cidade de Três Corações, Minas Gerais, Brasil, 100% syrah, safra 2010, a primeira a chegar no mercado da vinícola Estrada Real. Com 13,5% de álcool, não me surpreendeu tanto quanto na primeira vez que o provei, quando de uma degustação de vinhos brasileiros promovida pelo Decantando a Vida. O aroma mais marcante foi o de framboesa, evoluindo para uma baunilha ao final. Na boca, se mostrou redondo, bom para tomar sem maiores cerimônias.
Todos consideraram a degustação positiva, mesmo com vinhos muito ruins, pois foi a chance de provarmos vinhos tão diferentes e termos as impressões de grupo. Para os presentes, apenas três vinhos mereceram uma classificação por ordem de preferência, que foi a seguinte: Intipalka Nº 1, Primeira Estrada e Yarden. Os vinhos de China, Bolívia e Índia não foram aprovados de forma alguma.
Terminada a prova dos seis vinhos descritos acima, foi servido um jantar, acompanhado pelo vinho branco Don Pascual Reserve, produção uruguaia com a casta viognier, com 13% de álcool, safra 2010.
Entrada: panacotta de queijo de cabra com salada de baby folhas regada com azeite chileno com forte aroma de azeitonas.
Prato principal: arroz de frutos do mar, com destaque para a cabeça de lula.
Sobremesa: suflê de laranja.
Café: Nespresso.
Jantar delicioso em uma agradável e proveitosa noite.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OLIVAE - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Mais um restaurante para conhecer na cidade. Convidei Diana, Karina e Fabiola para almoçar na segunda-feira no Olivae, que fica na chamada quadra dos restaurantes da Asa Sul.

Endereço: SCLS 405, Bloco B, loja 06, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3443 8775.

Especialidade: culinária contemporânea.

Quando fui: almoço de 07 de outubro de 2013, segunda-feira. Éramos 04 pessoas. O restaurante é pequeno, mas não tivemos dificuldades em sermos acomodados, pois apenas duas mesas estavam ocupadas. Ficamos perto da porta lateral que dá para a passagem entre os blocos. Chegamos pouco antes de 13 horas e por lá ficamos por mais de uma hora.

Serviço: garçons simpáticos, atenciosos. Assim que Diana reclamou que o seu filé estava frio, providenciaram a troca do prato de imediato. Cardápio enxuto, com opções de pratos executivos para o almoço de segunda a sexta. A apresentação do cardápio é simples: descrição dos pratos em folhas de papel reciclado presos em uma prancheta de material compensado. Wi-fi gratuito mediante fornecimento de senha. Há serviço de manobrista, cobrado à parte, mas não o utilizamos.

O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 4,50), em copo com muito gelo e, ao final, uma xícara de café espresso (R$ 3,80).

O que comemos: as meninas pediram o couvert da casa (R$ 9,20), que consistia de fatias de pães artesanais, manteiga saborizada, conserva de berinjela e de tomate cereja, único item que experimentei. A casa tem uma variedade de azeites portugueses, fazendo justo ao seu nome, dos quais três deles foram colocados à mesa para acompanhar o couvert. Todos nós preferimos escolher entre os pratos executivos. É uma espécie de menu, do qual o cliente escolhe uma das opções de carne, sendo que a salada de entrada e as guarnições são idênticas para todas. O molho da carne também é uma escolha do comensal. No caso, pedi um medalhão de mignon ao poivre (R$ 37,90), ao ponto, com o molho de pimenta verde (poivre vert) servido à parte em uma molheira individual de porcelana branca. A salada de folhas verdes e minimilho já vem servida junto com o filé. Regada com azeite gourmet., a salada estava saborosa. O meu filé veio frio, o mesmo acontecendo com as escolhas das minhas amigas, motivo pelo qual Diana reclamou e seu prato foi trocado. A carne estava no ponto correto e bem macia, permitindo que o molho completasse o seu tempero, mas ser servida fria mostrou que o descongelamento é feito “na marra“, após os pedidos serem anotados, o que prejudicou o seu sabor. As guarnições são oferecidas em sistema de rodízio, chegando quentinhas à mesa. Foram as seguintes as opções: batatas fritas cortadas em forma palito, que não provei; purê de mandioquinha, que estava com ótimo aroma e consistência, mas no paladar não surpreendeu; abobrinha e cenoura cortadas em juliene salteados na manteiga, estavam bem feitas, em consistência boa, não muito cozidas, bem saborosas; salada de trigo integral com hortaliças, bem insossa; e tomate recheado com farofa de pães e presunto, o melhor de todas as opções, quente, com recheio crocante, bem temperado e saboroso. Não compartilhei a sobremesa com minhas amigas.


Valor que paguei do total da conta: R$ 55,19.

Minha avaliação: * * 1/2. O restaurante precisa melhorar a preparação de seus pratos. Não se pode servir pratos frios.


Gastronomia Brasília (DF)

domingo, 6 de outubro de 2013

NIPPON - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Domingo preguiçoso... Já passavam das 14 horas quando resolvi ligar para David perguntando se ele já havia almoçado. A resposta foi um convite para almoçarmos juntos, mas tinha que ser depois das 15 horas. Aceitei, acabei de escrever um e-mail, tomei um banho e esperei a indicação de onde iríamos. Assim que recebi uma mensagem por Whatsapp com uma seleção de restaurantes para eu escolher, optei pelo Nippon, onde não ia há muito tempo.

Endereço: SCLS 403, Bloco A, loja 28, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3224 0430.

Especialidade: culinária japonesa.

Quando fui: almoço de 06 de outubro de 2013, domingo. Éramos 05 pessoas: eu, David, Roberto, Chico e Pedro. Tivemos que esperar um pouco para sentarmos, mesmo chegando após 15 horas.

Serviço: manobrista (R$ 7,00) eficiente; atendimento na entrada, quando colocamos o nome na fila de espera, muito bom. O sistema de rodízio de domingo é o mesmo das noites, com o cliente marcando em duas boletas os itens quentes e frios que deseja comer, indicando a quantidade. O restaurante cobra pelo desperdício, ou seja, é melhor escolher exatamente o que será consumido. Serviço de garçom um pouco lento, com demora na entrega de alguns itens que escolhemos no rodízio. Precisamos reclamar por duas ocasiões para o nosso pedido chegar à mesa. Pedi um refrigerante light em copo com gelo, sem limão, mas serviram-me um refrigerante normal, em copo com gelo e uma fatia de limão.

O que bebi: uma lata de 350 ml de Schweppes Citrus (R$ 4,90), em copo com muito gelo e um pedaço de limão, e, ao final, uma xícara de café espresso Diletto (R$ 3,50).

O que comi: Fomos no rodízio (R$ 67,90), utilizando os boletos para fazer as anotações de nossos pedidos de pratos quentes e frios com suas respectivas quantidades. De quente, comi um gioza recheado com carne,  tempura de legumes (berinjela, mandioca cenoura), tempura de camarão, e hot Philadelfia, enquanto nos frios, abusei de sushis e sashimis de salmão, camarão, atum e pepino. Gosto muito da comida do Nippon. Sempre bem cuidada, bem temperada e com ótima apresentação. Desta vez não foi diferente.

Valor que paguei do total da conta: R$ 90,36.

Minha avaliação: * * * 1/2. O restaurante é muito agradável, sem invenciones nos sushis e sashimis. Serve o básico da culinária japonesa que o Brasil conhece.


Gastronomia Brasília (DF)

sábado, 5 de outubro de 2013

LE BOUQUET GARNÍ BISTROT

Recebi um convite para jantar no apartamento de um amigo na noite de sexta-feira. Fomos cinco os sortudos convidados de um casal que nos acolheu muito bem e nos brindou com um menu fantástico, devidamente harmonizado. Foi realmente uma noite estupenda.
Fui o último a chegar, mas com apenas dez minutos após o horário marcado para o jantar. A mesa estava posta, em decoração muito bonita, com o menu encima de cada prato. Eles chamaram aquele momento de Le Bouquet Garní Bistrot. De início, serviram uma rodada de crostini e bruchette em três recheios diferentes: pera em cubos com nozes; figo fresco com presunto cru; e tomate fresco com mussarela de búfala. Todas as três regadas com azeite e muito gostosas. Sou suspeito para dizer a que mais gostei, pois a de tomate com queijo, não importa que tipo se utilize, é sempre a minha favorita. Para acompanhar estes petiscos pré-jantar, o anfitrião preparou uma caipiporto de uva. Nunca tinha experimentado uma caipirinha feita com vinho do Porto. Com muito gelo, ficou muito agradável de tomar como um drinque de boas vindas. Além deste drinque, também foi servido o champanhe Veuve Clicquot. Enquanto estávamos sentados, os anfitriões preparavam os pratos na cozinha gourmet montada anexa à mesa. Uma ótima solução para que o chef não deixasse de participar de nossas conversas, que giravam em torno de inúmeros assuntos: vinhos, gastronomia, literatura, cinema, viagens, filhos (não foi o meu caso!), trabalho. A entrada foi servida em seguida: salada de baby folhas com presunto cru e figos, regada com um molho feito à base de aceto balsâmico e mel. Muito interessante a profusão de sabores: doce, ácido, amargo (de algumas folhas verdes). Para acompanhar, o vinho rosé Domaine Tempier Bandol 2010. O próximo prato consistiu de vieiras grelhadas com espuma de coco, prato que estava divino. Harmonizaram com este prato dois vinhos. O espumante brasileiro Estrelas do Brasil 2006 e o vinho branco francês Poussière de Lune 2008, um vinho cuja garrafa é fechada com tampinha de cerveja, faz espuma na hora em que é servido e tem cor de cerveja, ou seja, um horror (não gosto de vinho branco e nem de cerveja!). Fiquei com o espumante, que harmonizou muito bem com as vieiras. Tudo estava ótimo até então, mas ainda viria o melhor prato da noite: codornas recheadas aos dois molhos. O anfitrião avisou para tomar cuidado com a linha, pois ele desossara a pequena ave e, para fechá-la, teve que usar uma. Nem notei que tinha linha. Acho que comi junto com a carne, que estava uma verdadeira iguaria. A codorna, assada no ponto, com um excelente aroma, foi servida em um berço de cenouras e vagens cozidas e cortadas à juliene. Também dois vinhos, tintos obviamente, acompanharam este prato: o Grand Clos Pinot Noir 2007, uma surpresa para mim que nunca tinha experimentado um vinho suíço, e o Gevrey-Chambertin Bernard Lagarrigue 2010, produzido em solo francês, que não provei. Enfim, a sobremesa, um abacaxi grelhado ao rum, com calda de manga e sorvete de coco, acompanhado pelo vinho de sobremesa Château Padouen Sauternes 2009. Para finalizar a noite, os anfitriões ainda serviram café Nespresso com vários docinhos com chocolate.
Saímos quando a madrugada já tinha dado o ar da graça. Noite excelente.

crostini e bruchette

salada de baby folhas com presunto cru e figos

vieiras grelhadas com espuma de coco

codornas recheadas aos dois molhos

abacaxi grelhado ao rum, com calda de manga e sorvete de coco