Recebi um convite para jantar no apartamento de um amigo na noite de sexta-feira. Fomos cinco os sortudos convidados de um casal que nos acolheu muito bem e nos brindou com um menu fantástico, devidamente harmonizado. Foi realmente uma noite estupenda.
Fui o último a chegar, mas com apenas dez minutos após o horário marcado para o jantar. A mesa estava posta, em decoração muito bonita, com o menu encima de cada prato. Eles chamaram aquele momento de Le Bouquet Garní Bistrot. De início, serviram uma rodada de crostini e bruchette em três recheios diferentes: pera em cubos com nozes; figo fresco com presunto cru; e tomate fresco com mussarela de búfala. Todas as três regadas com azeite e muito gostosas. Sou suspeito para dizer a que mais gostei, pois a de tomate com queijo, não importa que tipo se utilize, é sempre a minha favorita. Para acompanhar estes petiscos pré-jantar, o anfitrião preparou uma caipiporto de uva. Nunca tinha experimentado uma caipirinha feita com vinho do Porto. Com muito gelo, ficou muito agradável de tomar como um drinque de boas vindas. Além deste drinque, também foi servido o champanhe Veuve Clicquot. Enquanto estávamos sentados, os anfitriões preparavam os pratos na cozinha gourmet montada anexa à mesa. Uma ótima solução para que o chef não deixasse de participar de nossas conversas, que giravam em torno de inúmeros assuntos: vinhos, gastronomia, literatura, cinema, viagens, filhos (não foi o meu caso!), trabalho. A entrada foi servida em seguida: salada de baby folhas com presunto cru e figos, regada com um molho feito à base de aceto balsâmico e mel. Muito interessante a profusão de sabores: doce, ácido, amargo (de algumas folhas verdes). Para acompanhar, o vinho rosé Domaine Tempier Bandol 2010. O próximo prato consistiu de vieiras grelhadas com espuma de coco, prato que estava divino. Harmonizaram com este prato dois vinhos. O espumante brasileiro Estrelas do Brasil 2006 e o vinho branco francês Poussière de Lune 2008, um vinho cuja garrafa é fechada com tampinha de cerveja, faz espuma na hora em que é servido e tem cor de cerveja, ou seja, um horror (não gosto de vinho branco e nem de cerveja!). Fiquei com o espumante, que harmonizou muito bem com as vieiras. Tudo estava ótimo até então, mas ainda viria o melhor prato da noite: codornas recheadas aos dois molhos. O anfitrião avisou para tomar cuidado com a linha, pois ele desossara a pequena ave e, para fechá-la, teve que usar uma. Nem notei que tinha linha. Acho que comi junto com a carne, que estava uma verdadeira iguaria. A codorna, assada no ponto, com um excelente aroma, foi servida em um berço de cenouras e vagens cozidas e cortadas à juliene. Também dois vinhos, tintos obviamente, acompanharam este prato: o Grand Clos Pinot Noir 2007, uma surpresa para mim que nunca tinha experimentado um vinho suíço, e o Gevrey-Chambertin Bernard Lagarrigue 2010, produzido em solo francês, que não provei. Enfim, a sobremesa, um abacaxi grelhado ao rum, com calda de manga e sorvete de coco, acompanhado pelo vinho de sobremesa Château Padouen Sauternes 2009. Para finalizar a noite, os anfitriões ainda serviram café Nespresso com vários docinhos com chocolate.
Saímos quando a madrugada já tinha dado o ar da graça. Noite excelente.
crostini e bruchette
salada de baby folhas com presunto cru e figos
vieiras grelhadas com espuma de coco
codornas recheadas aos dois molhos
abacaxi grelhado ao rum, com calda de manga e sorvete de coco
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