Noite de sexta-feira quente no Rio de Janeiro. Cansado, decido assistir ao filme Caiçara (Caiçara), de Adolfo Celi. Produção brasileira de 1950, considerada o primeiro clássico da Companhia Vera Cruz. Estrelada pela bela atriz Eliane Lage, o filme conta a história de uma mulher órfã que vivia em um asilo onde foi buscada por um estranho para se casar. Ela se casa, muda-se para a ilha onde ele morava, mas não se dá bem com o marido, autoritário e com hábitos rústicos. Ela desperta desejo em alguns moradores da ilha, especialmente do sócio de seu marido em um pequeno estaleiro. Ainda há uma preta velha misteriosa que lida com o sobrenatural. A cópia do filme no dvd está muito ruim, com péssima qualidade de som. Há cenas inteiras em que eu não entendia nada. No dvd não há a opção de assistir com legendas, o que poderia ajudar na compreensão dos diálogos. De qualquer forma, foi interessante conhecer este trabalho de 1950, considerado por alguns críticos como a inserção do cinema brasileiro no cenário internacional. Eliane Lage era estreante e levou bem o papel da mulher infeliz no casamento. É claro que ela consegue um grande amor ao longo do filme. O cenário escolhido para o fim pode soar estranho, mas a mensagem que o diretor quis passar de fim e começo de uma vida me pareceu convincente. A melhor cena para mim é um tapa na cara que Marina (Eliane Lage) leva do marido com a câmera focando apenas o rosto da atriz. Não aparece o tapa, mas a expressão facial e o movimento do rosto transmitem para nós, espectadores, a sensação de que houve um tapa. Também gostei muito da cena seguinte ao tapa, quando Marina, com um dos ombros descobertos, se vê no espelho, revelando toda a beleza de Eliane Lage. Apesar dos problemas técnicos do dvd e de certa ingenuidade do roteiro, gostei de conhecer este clássico do cinema nacional.
Noel,
ResponderExcluirQue bom que conheceu Caiçara.
Ainda mais depois de ter conhecido pessoalmente a estrela do filme.
Bjs
Pek,
ResponderExcluirComo tenho os outros filmes, quero assistir a todos.
Bjs.