Na última quinta-feira, iniciou mais um projeto diferente no CCBB de Brasília. Chama-se Vox Brazilis. Ingressos a R$ 7,50 a meia entrada para correntistas do Banco do Brasil. Trata-se de uma série de shows com grupos vocais brasileiros. Serão oito grupos, divididos em quatro grupos de dois. Assim, em cada show, há dois grupos se apresentando. Fui no primeiro dia do projeto, com os grupos Mawaca e Vozes Bugras, ambos de São Paulo, como as atrações anunciadas. Depois de meia hora de atraso, esperando as portas do teatro se abrirem, funcionários do centro cultural informam que o grupo Mawaca, por problemas com a mesa de som, não se apresentariam. Ofereceram a opção de assistir apenas o show do Vozes Bugras, com troca de bilhetes para o dia seguinte, em uma apresentação especial do Mawaca às 19 horas. Preferi ficar e conferir o grupo que não conhecia. O teatro ficou vazio, com menos da metade de sua capacidade preenchida. Novas explicações sobre os problemas técnicos e o Mawaca entra em cena, também pede desculpas e canta, à capella, uma canção de ninar do Haiti. Muito bonita. É a vez do Vozes Bugras entrar no palco. Sete mulheres, sendo quatro vocalistas, uma contatora de histórias e duas percussionistas. O grupo resgata canções de cunho religioso, além de fazer um belo estudo sobre as músicas de raiz. O forte da apresentação é quando elas cantam juntas. Em separado, a tendência para quem assiste é fazer as inevitáveis comparações. No final, uma interessante performance com batucada pelo corpo. Achei válida a experiência de conhecer este grupo e sua proposta. Na plateia, a maioria parecia ter acabado de sair de uma aula de yoga. Até brinquei com uma amiga, dizendo que a turma do oooohmmm estava por ali. Ao passar pela bilheteria, troquei o ingresso para a apresentação do dia seguinte, mas deixei com uma amiga, pois não estaria em Brasília. Algumas pessoas tiveram a coragem de, mesmo assistindo ao show, pedir o dinheiro de volta. Só pediria o dinheiro de volta se optasse em não ver o show.
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