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domingo, 13 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI

Depois de rever alguns colegas de trabalho, entre eles um amigo antigo, todos juntos em um ótimo almoço no sempre cheio Mestiço (Rua Fernando Albuquerque, 277, Bela Vista), aceitei a proposta do amigo para vermos um filme. Como ele já havia assistido Cisne Negro, optamos por outro candidato ao Oscar 2011 de melhor filme. O escolhido concorre a doze estatuetas douradas. O Discurso do Rei (The King's Speech), de Tom Hooper, co-produção de Inglaterra, Austrália e Estados Unidos de 2010, com Colin Firth (Rei George VI), ganhador do Globo de Ouro 2011 por melhor ator em drama, Helena Bonham Carter (Rainha Elizabeth), em um raro momento no cinema onde não interpreta personagens desequilibradas, e o premiado Geoffrey Rush (Lionel Logue), vivendo um ator shakespeareano frustrado que tem papel fundamental na trama como o ajudante do futuro rei em se ver livre de sua gagueira. Baseado em fatos reais, com excelente reconstituição de época, especialmente cenários e figurinos, já sabemos de antemão que o Rei George VI conseguirá fazer seu discurso sem gaguejar quando o Reino Unido entra na Segunda Guerra Mundial. O bom do filme é ver dois excelentes atores em cena, numa sinergia interpretativa sensacional: Colin Firth e Geoffrey Rush. Não é a toa que ambos são candidatos ao Oscar 2011. O primeiro na categoria de melhor ator e o segundo como melhor ator coadjuvante. Helena Bonham Carter também brilha, candidata ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, mesmo fazendo um papel menor, uma esposa dedicada ao Duque de York, futuro Rei da Inglaterra, sem arroubos e sem esquisitices. O diretor Tom Hooper consegue envolver a plateia em um clima interessante, pois mesmo quem já conhecia a história, fica apreensivo com o primeiro discurso do rei em rede mundial da rádio BBC. Só vi três dos 10 filmes candidatos na principal categoria até agora, não podendo dar uma opinião segura, mas dos três que assisti (O Discurso do Rei, A Origem, A Rede Social), gostei mais do filme de Christopher Nolan, A Origem, mas sei que suas chances são mínimas. Pretendo ver mais filmes durante esta semana para formar uma opinião mais contundente. Entre os atores, tanto Colin Firth, como o rei gago, quanto Javier Barden, o doente terminal em Biutiful, estão excelentes. A Academia gosta de ingleses e gosta de personagens que tenham algum tipo de deficiência (a gagueira), assim, Colin Firth sai levando vantagem. Vi O Discurso do Rei na sala 6 do Cine Bristol, complexo de cinemas da Play Arte no pequeno Shopping Center 3 na Avenida Paulista. A sala estava quase lotada. Um fato me perturbou durante o filme. Um funcionário saiu da sala, deixando a porta entreaberta. Como estava sentado na última fileira, bem próximo à porta de saída, o barulho que vinha de fora atrapalhava a audição. Esperei um pouco, mas ninguém que trabalha no cinema percebeu isto. Tive que me levantar para fechar a tal porta. É um problema recorrente nas salas do Cine Bristol, fato relatado pelo meu amigo que mora em São Paulo, especialmente nas sessões de final de semana, quando o fluxo de pessoas ali é muito grande. A proteção acústica já não ajuda, e ainda há funcionários do próprio cinema que deixam a porta aberta. A direção precisa cuidar disto, afinal o ingresso custa muito caro - R$ 20,00 a inteira. Voltando ao filme, gostei do que vi, especialmente do desempenho de Rush.

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