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sábado, 23 de julho de 2011

SOY LOCO POR TI AMERICA - PAULINHO MOSKA, FRANCISCA VALENZUELA E ANA CAÑAS

Mais um final de semana cultural. Bem agitado, por sinal, com muitas opções em Brasília. Com ingresso comprado com antecedência (R$ 7,50, meia entrada, correntista Banco do Brasil), a noite de sexta-feira foi reservada para conferir o último show do projeto Soy Loco Por Tí America, coordenado por Paulinho Moska e que ocupou o Teatro I do CCBB durante as noites frias de julho em Brasília, sempre de sexta-feira a domingo. O show estava marcado para ter início às 21 horas. Cheguei cedo, motivo pelo qual resolvi comer algo rápido no movimentado Bistrô Bom Demais. Havia apenas uma mesa desocupada. Tratei logo de me sentar. Pedi um sanduíche recheado de frango grelhado, shimeji e queijo no pão ciabatta, acompanhado de Coca Cola Zero. Enquanto esperava, lia os jornais do dia. Na mesa ao lado, quase todas as atrações da noite: os músicos da banda de Moska, ele próprio e a convidada latino-americana do final de semana, Francisca Valenzuela. Uma enorme fila de espera se formava para tentar comprar os ingressos dos convidados desistentes. O sanduíche estava saboroso. Com tempo de sobra, pedi um cheesecake ao estilo de New York. Não foi uma boa pedida. A calda estava por demais ácida. Pedi um café para fechar o lanche. Paguei a conta, peguei a Nota Legal e fui para a porta do teatro, que ainda não estava aberta. Neste tempo, chegou a outra convidada da noite, a cantora paulistana Ana Cañas, cercada de assessoras. Meu assento era bem localizado, na primeira fila, centralizado. O show teve atraso de dez minutos para começar. Como nos dois shows anteriores que vi deste projeto, Paulinho Moska entrou entoando versos das mesmas canções, fez um discurso muito semelhante, dizendo que a noite seria uma espécie de beijo de língua, com muita saliva, entre o Brasil e a América, cantou trechos de duas canções, Elegia, de Péricles Cavalcanti e Augusto de Campos, sob poema de John Donne, e Três Caravelas, música do disco Tropicália ou Panis et Circenses, versão de João de Barro para Las Tres Carabelas (Algueiro Junior e Moreau). Terminada as duas canções, ele chamou ao palco a chilena Francisca Valenzuela com quem dividiu um belo rock chamado Dulce. Francisca vestia um modelo de menina sapeca, com saia curta, pernas à mostra, sapatilhas e uma camisa masculina amarela, com cintura marcada por um cinto dourado. A cantora chilena logo se entrosou com a plateia, cantando as primeiras músicas apenas ao piano. Uma escolha diferente para uma cantora com pegada pop-rock. Em uma destas músicas, ela batia os pés no chão, em ritmo bem marcado, enquanto tocava o piano, mas logo fez sinal para nós batermos palmas, dizendo que faltava uma bateria para acompanhá-la. Ótima interação cantora-público. Quando ela chamou Ana Cañas ao palco, foi um delírio. Ao final da apresentação das duas, parecia que já se conheciam há anos, mesmo tendo as famosas colas em pedestais, pois ficou claro que tinham acabado de conhecer o repertório uma da outra. Foi uma mistura de música do disco Hein?, mais recente trabalho de Cañas e das novas composições de Valenzuela. Um dos grandes momentos do show foi quando dividiram o microfone para cantar o bolero No Quiero Tus Besos, escrito por Ana Cañas e a mexicana Natalia Lafourcade, música com a qual Cañas disse estar homenageando o projeto que reuniu cantores brasileiros e sul-americanos nos palcos dos CCBB de Brasília e de São Paulo. Para o bis, reservaram uma bonita interpretação de Lágrimas de Diamantes, homenageando, desta forma, o anfitrião do projeto, Paulinho Moska, autor desta linda composição. Para mim, foi o melhor show que assisti do projeto quando analisamos a sinergia entre os cantores. Individualmente, gostei muito da apresentação da banda colombiana Los Aterciopelados, no primeiro final de semana deste projeto. Na saída, um amontoado de gente ao redor de uma minúscula mesa tentava comprar um cd de Valenzuela. Rapidamente a versão mais simples se esgotou. Quando consegui chegar à mesa, havia poucas unidades da versão dupla, com cd e dvd, por R$ 40,00, do primeiro trabalho da cantora, Muérdete La Lengua. Comprei um exemplar, que tratei de ouvir assim que cheguei ao carro. Antes de ir embora, passei perto do display onde ficam os folders dos eventos do CCBB. Em cima do balcão da bilheteria, já fechada, pelo lado de fora, disponível para quem quisesse pegar, alguns envelopes vermelhos me chamaram a atenção. Peguei um. Ao abrir, vi que era um convite, válido para duas pessoas, para a vernissage da mostra "Anticorpos - Fernando & Humberto Campana 1989-2009" na segunda-feira, 20 horas, dia 25 de julho. Levei o envelope comigo, mesmo sabendo que não poderei estar presente. Ric irá. Espero que ele consiga pegar um catálogo da mostra para mim.


Francisca Valenzuela e Ana Cañas - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Ana Cañas - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Francisca Valenzuela - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Paulinho Moska - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Francisca Valenzuela e Ana Cañas - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Francisca Valenzuela - Show do projeto Soy Loco Por Tí America


Despedida do show de Francisca Valenzuela e Ana Cañas - Projeto Soy Loco Por Tí America

4 comentários:

  1. todo o agradecimento do mundo ao projeto de Paulinho Moska. foi lindo conhecer esses artistas.

    essa Francisca Valenzuela é incrível!

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  2. Prezado Eduardo,

    Concordo com seu post: um agradecimento a Paulinho Moska e sua produtora e um axé para Francisca Valenzuela, grande cantora chilena.

    Um abraço.

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  3. Oi Noel, demais teu texto! Lindas as fotos também! Aqui em Sampa elas homenagearam a Amy Winehouse colando "Back to Black" nesse bolero da Ana com a Natalia. Foi lindo. Sou apresentadora de rádio e no meu blog tem as entrevistas que fiz com a Francisca, com o Cabrera e com Aterciopelados pro meu programa especial sobre o festival. Se quiser fazer uma visita: www.sololatino.com.br.
    Um abraço,
    Alessandra.

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