Fui ao CCBB Brasília para ver a exposição Gênesis, de Sebastião Salgado. Depois de passar quase três horas apreciando as fotos da mostra, fui conferir outra exposição montada no local e que, de certa forma, dialogava com Gênesis. Refiro-me a Cerrado - Uma Janela para o Planeta. Esta exposição ocupa vários espaços do centro cultural: os dois pavilhões, a Galeria 3 e ainda enfeita alguns trechos externos. Está dividida em módulos.
Comecei pelo pavilhão onde está o módulo A trama do Cerrado: diversidade. Nele estão expostas sementes, folhas secas, peixes, insetos, ninhos, tocas e formas de dispersão das sementes e folhas. Tudo em uma cenografia que desperta a curiosidade e chama a atenção. As sementes, por exemplo, estão expostas em bolas de vidro que pendem do teto, como se fossem lustres.
Em seguida, fui para a Galeria 3, parando no meio do trajeto para ler alguns causos de moradores do Cerrado, para ver a reprodução das pegadas de mamíferos que vivem neste meio ambiente, além de ler painéis sobre a evolução deste bioma.
Na Galeria 3 está o módulo Os quatro elementos: água, fogo, terra e ar. Com possibilidade de interagir com a exposição, o visitante conhece os tipos de árvores, como elas sugam a água do solo, a renovação da água, a importância do fogo para o Cerrado, os diversos tipos de solos.
Terminei minha visita no pavilhão de vidro, onde está o módulo Grande Sertão Veredas: paisagens do Cerrado. Ao entrar, o visitante consegue ouvir os sons do Cerrado, sentir o seu cheiro, e conhecer as formações vegetais que compõem o este bioma. Algumas árvores mortas integram a cenografia.
Nesta exposição, aprendi que o Cerrado ocupa 24% do território brasileiro, estando presente em 11 estados. É um universo ainda por descobrir, especialmente no que diz respeito à sua flora e à sua fauna, além das inúmeras possibilidades de dele extrair, de forma sustentável, produtos para a sociedade.
Mostra elucidativa, educativa e bem montada.
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