Nosso voo saiu no horário de Estocolmo, Suécia. Chegamos em Oslo, capital da Noruega, na manhã de sábado, 24 de maio de 2014. Mais uma cidade em nosso giro pela Escandinávia. O aeroporto de Oslo fica bem afastado da cidade. No próprio aeroporto, tentamos comprar um chip para nosso roteador móvel de wi-fi, mas não conseguimos. Fizemos câmbio, já que a Noruega também não adotou o euro como moeda oficial. Contratamos um táxi na saída do aeroporto para nos levar até o hotel. O valor da corrida seria aquele indicado no taxímetro. Pegamos um carro bem grande, com muito espaço para nós quatro - eu, Vera, Dora e Cláudia. Fui no banco da frente. Na medida em que o carro avançava pela autoestrada, o taxímetro corria em alta velocidade. O valor que aumentava cada vez mais foi o assunto entre a gente no caminho até o hotel. Assim que entramos em um túnel, o motorista travou o taxímetro. Estávamos entrando na cidade. O dia estava bem nublado. Tinha chovido um pouco. Enfim, chegamos ao hotel, quando pagamos cerca de 1.900 coroas norueguesas pela corrida, algo em torno de R$ 680,00!
Como nas cidades anteriores, escolhemos um hotel da cadeia Radisson, o Radisson Blu Scandinavia Hotel (Holbergs gate 30). Fizemos o check in e subimos para guardar nossas malas. Cláudia e Vera não gostaram do quarto que lhes deram. Era muito pequeno e com aspecto de velho. Reclamaram e conseguiram mudar para um quarto melhor. Assim que descemos para o hall do hotel, encontramo-nos com Bruno, que se integraria ao grupo a partir daquele dia. Nossa estadia em Oslo foi de 24 a 27 de maio de 2014, quando conhecemos:
Feira anual da Hegdehaugsveien - Bruno tinha nos falado sobre esta feira, pois ele já tinha passado bem cedo pela rua na qual ela estava sendo montada. Como o restaurante que tínhamos escolhido não abria para almoço, caminhamos até a rua na qual a feira estava funcionando. Antes de entrarmos na tal feira, paramos para almoçar no Cafe Lorry (Parkveien 12). Após o sofrível almoço, fomos conhecer a feira. As lojas ao longo da rua colocam barracas e tendas do lado de fora e fazem promoções. Isto acontece uma vez ao ano e atrai um imenso público. Estava lotado, com muito casal novo com seus filhos em carrinhos de bebê. Sem cerimônias, eles empurram os carrinhos pra cima das pessoas, sem se importar se machucam ou não quem está na frente. Um horror. Ninguém do nosso grupo se interessou em comprar as mercadorias oferecidas. Continuamos nosso caminho até pararmos em uma centenária padaria, a Baker Hansen, onde uma bandinha de velhinhos tocava do lado de fora. Pausa para um café. Em seguida, ainda na rua da feira, entramos em um supermercado para Vera comprar um sal laminado. Quando saímos, Bruno resolveu retornar para o hotel e nós seguimos nossa caminhada em direção ao Parque de Esculturas Vigeland.
Vigelands Skulpturpark - é a principal atração turística da Noruega. Por ser sábado, com tarde sem chuva, estava bem cheio. São mais de duzentas esculturas espalhadas pelo parque. Todas feitas pelo mesmo artista plástico, Gustav Vigeland. Visita obrigatória. Demoramos mais de duas horas neste parque, apreciando todas as esculturas e o bem cuidado jardim. Voltamos a pé para o hotel, passando por caminho diverso ao da ida, o que nos permitiu conhecer mais um pouco da cidade.
Aker Brygge - é o local mais animado da cidade. Fica em um cais movimentado, todo recuperado, no qual prédios de design moderno convivem com as construções antigas. No local estão lojas descoladas, bares agitados, restaurantes para todos os gostos e bolsos, escritórios, prédios residenciais de luxo, museus. Passamos neste cais todos os dias de nossa estadia em Oslo. Na entrada do cais está o Centro Nobel da Paz. Já mais para o final, a arquitetura do Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley se destaca. Quando chegamos ao museu, ele já estava fechado. Vimos apenas as enormes esculturas que o rodeiam e onde vários noruegueses tomavam sol e se banhavam. Na primeira noite na cidade, jantamos neste cais, no restaurante envidraçado Lofoten Fiskerestaurant, especializado em frutos do mar. Noite agradável.
Prefeitura de Oslo - o prédio se destaca na paisagem com sua cor avermelhada como tom dominante e tem uma monumental praça ao fundo, com a história do país contada em amplos painéis em alto relevo. Esculturas de profissões importantes na construção do país estão voltadas para o cais.
Parque do Palácio e Palácio Real - ficam bem próximos do hotel e como andávamos muito a pé, fazia parte de nossa rota passar por este bem cuidado parque no qual se destaca o palácio real. Não fizemos visita ao palácio, limitando-nos a conhecê-lo por fora.
Spikersuppa - é um pequeno parque com cara de praça que dá início ao Parque do Palácio, onde fica a Universidade de Oslo, o Teatro Nacional e alguns prédios antigos, todos muito bem conservados. Aqui parei para comprar um pin na loja do Hard Rock Cafe.
Galeria Nacional - em norueguês, Nasjonalgalleriet, é um museu onde estão obras de arte norueguesas anteriores a 1945, além de exemplares do impressionismo francês, como Monet e cia. Mas o que leva mais público ao museu é a ala dedicada ao pintor Edvard Munch, principalmente porque é neste museu, e não no Museu Munch, que está o famoso quadro O Grito, aquele que foi roubado e recuperado. A sala onde ele está exposto é a única em que não se permitem fotografias e há um segurança apenas para o quadro. Dá para ver o corte que os ladrões fizeram na tela para levá-la do Museu Munch. No dia em que fomos, um domingo, a entrada era gratuita.
Ópera de Bjorvika - a monumental casa da ópera norueguesa é um ponto turístico obrigatório em Oslo. Sua construção em formas retilíneas coberta por mármore branco, cheia de rampas com acesso ao teto, chama a atenção. Ela fica à beira de um canal que banha a cidade. Chovia, mas não era forte, não nos impedindo de "escalar" as rampas brancas. Depois de muitas poses para fotos, resolvemos visitar o interior da casa de espetáculos, onde além de ópera, montagens de balé fazem parte da sua programação. Infelizmente, chegamos tarde demais para comprar um ingresso para a visita guiada daquele dia. Contentamo-nos em conhecer o hall e seu arrojado design em madeira e ferro, além de uma pausa para um refresco no café local.
Estação Central de Oslo - como tínhamos que trocar nosso voucher pelos bilhetes para o tour pelos fiordes noruegueses, fomos até a estação central de trens para fazê-lo, aproveitando para conhecer a região.
Catedral de Oslo - entramos rapidamente no principal templo católico da cidade. Não me surpreendeu em nada.
Castelo e Fortaleza de Akershus - fomos no final de tarde neste castelo medieval. No dia acontecia um festival medieval, com barracas e tendas vendendo produtos artesanais feitos à maneira que se fazia em épocas remotas. Muita gente estava vestida a caráter. Aconteciam demonstrações de lutas. Paramos para ver uma delas, onde todos gritavam, em norueguês, "mais sangue, mais sangue". Cláudia participou ativamente da torcida. Esta fortaleza nos deu uma noção de como era a vida na Idade Média. Passeando por suas ruas, vimos casas, a igreja, o castelo, enfim, tivemos uma ideia de como aquele povo vivia.
Bygdoy - é o bairro onde ficam alguns museus interessantes. Chega-se mais rápido pegando um barco no cais. Foi o que fizemos.
Museu Fram - interessante museu sobre um navio, o Fram, usado para explorações ao pólo.
Museu Marítimo da Noruega - mostra a história da navegação do país por meio de instrumentos de navegação, maquetes de barcos, cartografia, entre outros. Para quem gosta do tema. Fiz uma "leitura dinâmica" do acervo do museu.
Museu Norueguês do Folclore - enorme museu ao ar livre, com dezenas de construções antigas da Noruega, todas trazidas para este local para termos uma noção de como o país evoluiu ao longo dos anos. A mais interessante construção é uma igreja datada do Séc. XIII, chamada Gol. Ela é toda em madeira negra, com interior pequeno e sombrio. Durante a visita ao museu, os turistas cruzam com pessoas vestidas como se saídas de uma máquina do tempo.
Museu do Navio Viking - chamado de Vikingskipshuset, é outro ponto turístico de visita obrigatória. Ele é pequeno e abriga três navios vikings em madeira, construídos no Séc. IX. Sensacional. O museu é feito de forma que o visitante possa apreciar os navios tanto no nível em que estão, quanto por cima, com torres de observação estrategicamente colocadas no espaço expositivo.
Olaf Ryes Plass - esta é uma praça que não estava nos nossos planos conhecê-la. Na início da noite de domingo, dia 25 de maio de 2014, Bruno nos convenceu a ir a um show de jazz, já que Oslo é famosa por ter excelentes músicos que militam neste ritmo. Bruno nos disse que eram dez minutos de caminhada a partir do hotel. Lá fomos nós. E andamos, e andamos, e atravessamos ruas, subimos, descemos, e andamos. Nada de chegar. Além disto, todos estavam famintos. Na verdade, todo mundo queria comer e voltar para o hotel. Nem fã de jazz eu sou. Quando já tínhamos caminhado quase quarenta minutos e nada de chegar às casas de jazz, isto perto de 21 horas, decidimos limar o jazz da noite. Os restaurantes fechavam cedo na cidade, ainda mais aos domingos. Consultamos o Google Maps. Estávamos perto de uma praça que era citada em nosso texto que indicava o que ver na cidade. Não tivemos dúvidas, comunicamos ao Bruno que queríamos parar para jantar. Em cinco minutos estávamos em frente aos restaurantes que rodeiam esta praça. Alguns quase sem movimento, com mesas e cadeiras sendo arrumadas pelos garçons. Na esquina havia uma pizzaria, Villa Paradiso, onde entramos e comemos uma boa pizza. Ao sair, Bruno ainda queria ir ao show de jazz. Nós resolvemos voltar a pé para o hotel, deixando ele para trás.
Na manhã do dia 27 de maio de 2014, acordamos bem cedo, antes de 06:15 horas, pois buscariam nossas malas às 06:30 horas ali mesmo no hotel. Para fazer o tour pelos fiordes noruegueses, saindo de Oslo de trem, fazendo uma baldeação para outro trem e, em seguida, uma baldeação para um barco, achamos complicado carregar as malas. A mesma empresa na qual compramos o pacote para o tour oferece o transporte de bagagem de Oslo para Bergen, nossa próxima parada. Não tivemos dúvidas em contratar este serviço. Assim, pegaram nossas malas no hotel em Oslo às 06:30 horas. Nós voltaríamos a vê-las em Bergen, assim que chegamos do tour pelos fiordes, por volta de 20 horas do mesmo dia.
Depois de despachar a bagagem, tomamos café, fizemos o check out, pegamos dois táxis e fomos para a estação central, de onde nosso trem partiu às 08:05 horas da manhã. Em ponto!
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