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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

EU SOU SUA

Noite de sábado, 20 horas, Cine Brasília. Sessão de encerramento do III Festival Internacional de Cinema de Brasília - III BIFF. O cinema estava bem cheio, mas não lotou, embora a organização tenha distribuído convites para quem comprou ingressos para a Mostra Competitiva nas noites de quarta, quinta e sexta-feiras. Com um pequeno atraso, a cerimônia foi bem informal, rápida e não cansou quem estava esperando a projeção do filme vencedor da Mostra Competitiva. Foram apenas cinco prêmios:
01) Melhor atriz: Amrita Acharia, por sua interpretação no filme norueguês Eu Sou Sua (I Am Yours).
02) Melhor ator: Armando Valdés Freire, por sua interpretação no filme cubano Conducta.
03) Melhor roteiro: Ernesto Daranas, filme cubano Conducta.
04) Melhor direção: Joana Kos-Krauze e Krzysztof Krauze, pelo filme polonês A História de Papusza.
05) Melhor filme: Eu Sou Sua.
Cada um dos agraciados recebeu o montante de U$ 10 mil e um troféu.
Como o filme vencedor eu ainda não tinha visto, fiquei na sala de projeção para conferir esta produção norueguesa de 2013, com 96 minutos de duração, cuja direção coube a Iram Haq.
Eu Sou Sua (Jeg er Din) é a história de Mina (Amrita Acharia), uma norueguesa com ascendência paquistanesa, jovem, mãe solteira, que não consegue viver com um único namorado, até que conhece na capital norueguesa Jesper, um cineasta e roteirista sueco. Os dois se apaixonam e ela se muda para Estocolmo para viver com ele. No entanto, a presença do menino Felix, filho de Mina, vai incomodando o sueco até ele não aguentar mais e pedir um tempo a ela, que, por sua vez, retorna para Oslo. Para piorar sua situação, ela tem sérios conflitos com os pais em mais um filme que aborda a questão do respeito às tradições em contraponto à sociedade moderna, cada vez mais individualista, e exigindo soluções imediatas para todos os problemas. Ainda há uma conturbada relação dela com o pai de seu filho. Mina vira refém de sua opção de vida, mas não consegue se impor perante a dominadora mãe, perante o pai do menino, perante o namorado sueco, perante à comunidade paquistanesa em Oslo. Ela sente que tem de ser de todos, mas não é sequer dona de si mesma. Diferente do que ocorreu em outras sessões do festival, ao terminar o filme, enquanto passavam os créditos, ninguém aplaudiu a película. Todo mundo foi levantando e deixando a sala de projeção. Eu achei o filme mediano. Não me fisgou.

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