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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

FABIANA COZZA - SAMBA DE BAMBA

Desde março acontece na Caixa Cultural de Brasília, uma vez por mês, um show do projeto Samba de Bamba. A ideia é levar ao palco do Teatro da Caixa um sambista da nova geração para apresentar seu trabalho ao público da cidade. Por vários motivos não consegui ir em nenhum dos shows realizados de março a agosto. Para setembro, comprei ingresso para ver a paulistana Fabiana Cozza, intérprete de sambas que já tinha visto anteriormente em show no CCBB.
Terça-feira, 09 de setembro, 20 horas. Com ingressos esgotados, formou-se uma fila em frente à bilheteria. Era a turma que aguardava as desistências daqueles que receberam convites e que não foram trocar pelo ingresso. O teatro estava bem cheio, mas como ficaram algumas cadeiras vazias, conclui que todos da fila conseguiram entrar. O show começou com apenas dez minutos de atraso. A cantora entoou os primeiros versos ainda com as cortinas fechadas. No palco, cinco músicos acompanhavam Cozza em show baseado em seu mais recente trabalho, Canto Sagrado, todo ele dedicado à cantora Clara Nunes.
E foi justamente esta homenagem à sambista mineira que me fez ficar com um pé atrás em relação ao que ia ver na Caixa Cultural, pois depois que ouvi e vi Mariene de Castro prestar tributo à Clara Nunes em seu show Ser de Luz, fiquei tão tocado com sua interpretação que achava difícil alguém superá-la. Fabiana Cozza não superou, mas chegou bem perto disto. O show é completamente diferente, embora algumas canções sejam as mesmas. Cozza iniciou contida, cantando à capela, centrada no palco, em uma espécie de reverência à homenageada, mas ao longo do show, sua performance em cena, fato comum na sambista, foi ganhando corpo, dando novas roupagens às músicas eternizadas por Clara Nunes.
O show me fisgou a partir da canção O Mar Serenou (Candeia). Vieram outras ótimas performances e belas interpretações de Fabiana Cozza para Meu Sapato Já Furou, Lama, Feira de Mangaio, Candongueiro, Conto de Areia, entre outras. O público correspondia acompanhando o ritmo com palmas e sambando com a "cabeça". Ouviu-se um grito aqui e ali de "poderosa!", "luxuosíssima! ou "maravilhosa".
Ao final, ela agradeceu a presença do público, fez algumas brincadeiras com a seca de Brasília (durante o show ela pára várias vezes para beber água) e disse que estaria no hall do teatro para fotos, autógrafos (CD e DVD vendidos na saída do show) e bate papo com quem quisesse esperá-la.
Ainda sob o impacto do samba, eu, Karina e Allan resolvemos ir para o Outro Calaf, onde toda terça-feira o grupo Adora Roda faz uma apresentação ao vivo cantando sambas do vasto repertório nacional.
Terça-feira foi dia de sambar.

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