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terça-feira, 9 de setembro de 2014

LUCY

Estava de bobeira no domingo à noite, sem ideia do que fazer, quando abri o jornal e dei de cara com a propaganda do novo filme de Luc Besson. Decidi ir conferir no Espaço Itaú de Cinema no CasaPark Shopping o filme Lucy, estrelado por Scarlett Johansson e Morgan Freeman.
Besson voltou à forma que mais gosto dele. Mistura muita ação, com elementos bem excessivos, e uma ficção científica sensacional. Lucy é uma garota que está em Taipei, quando se vê envolvida com uma máfia de traficantes de drogas liderada por um sanguinário sulcoreano. Ela é forçada a ser mula para transportar uma nova e poderosa droga para a Europa, mas as coisas não saem como planejadas pela máfia. A droga se espalha no organismo de Lucy e ela passa a usar, progressivamente, a capacidade de seu cérebro em níveis muito superiores ao que o ser humano utiliza. Paralelamente às cenas de Lucy, o Professor Norman, interpretado por Morgan Freeman, apresenta sua teoria justamente sobre o que o homem seria capaz de fazer se conseguisse aumentar o percentual de utilização de seu cérebro. Obviamente que a vida dos dois vai se cruzar em Paris.
Besson se reinventa, fazendo referências nítidas a alguns seus filmes, tais como Nikita - Criada para Matar (1990), O Quinto Elemento (1997), e Táxi - Velocidade nas Ruas (1998). Até mesmo o figurino utilizado por Johansson tem inspiração ao figurino usado por Anne Parillaud em Nikita. Além de beber na fonte de seus próprios filmes, ele ainda traz referências a 2001 Uma Odisseia no Espaço (Lucy, a primeira mulher bebendo água em um cristalino rio e a relação de Lucy com os computadores), aos filmes de lutas marciais produzidos em Hong Kong (a posição de luta da gangue sulcoreana ao enfrentar Lucy em Paris), além de pitadas do universo das artes plásticas, como a releitura para A Criação de Adão, a clássica obra de Michelangelo no teto da Capela Sistina no Vaticano, quando Lucy (a primeira mulher) e Lucy (Johansson) repetem a pose do encontro dos dedos indicadores.
O roteiro, também de autoria de Besson, é muito bem construído, linear, sem cansar o público. E Scarlett Johansson, mesmo sem aparecer nua durante toda a projeção, continua esbanjando sensualidade.
Gostei muito do que vi.

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