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terça-feira, 2 de setembro de 2014

UMA DOSE VIOLENTA DE QUALQUER COISA

Mais um filme nacional conferido por mim nestas últimas semanas. Cada vez fico mais fã de filmes produzidos em solo brasileiro. Fui à pré-estréia de Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa no Cine Brasília, a casa do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A direção é do brasiliense Gustavo Galvão. O filme é descrito em seu cartaz como sendo um road cerrado movie, uma vez que traz a história de dois caras pelas estradas de Distrito Federal, de Goiás e de Minas Gerais. Pedro, interpretado por Vinícius Ferreira, desiludido com a vida na capital brasileira, abandona emprego e casa, fugindo de tudo e de todos. No caminho encontra Lucas, em atuação sensacional de Marat Descartes, um outsider que também segue sem rumo pelas estradas brasileiras. Juntos vão viver momentos engraçados, outros nem tanto, cruzando com pessoas tão perdidas quanto eles. Leonardo Medeiros interpreta um traficante paraguaio chamado Jesus que também cruza o caminho de Pedro e Lucas. Um Jesus paraguaio só podia ser traficante de drogas!
A violência a que o título se refere é muito mais psicológica do que física, o que nos motiva a refletir sobre como vivemos na atualidade. Vida corrida, cheia de metas a serem cumpridas, cheia de cobranças, sem muito tempo para devaneios e prazeres. Vida que nos enlouquece. Vida que precisa de ser parada. Vida que precisa de uma fuga.
O roteiro é um pouco confuso, pois há momentos em que ficamos na dúvida se as cenas são fruto de sonhos e pensamentos de Pedro ou se aquilo é real.
A parte mais confusa do roteiro já é no final, quando a história se passa nas ruas da cidade histórica mineira Ouro Preto. Mais personagens fugitivos de si mesmos aparecem neste momento, especialmente Virgínia, interpretada por Catarina Accioly. A interação entre Virgínia e Pedro fica no campo da dúvida. Está ou não está acontecendo? 
O filme é um bom road movie, bem no estilo americano, mas com pitadas enormes de brasilidade. É acima da média. Ótimo para reflexões. E não deixa de ser uma porrada em quem o assiste.
Depois do filme, fui com Hélida G. e Fabíola para a festa de lançamento da película. Festa boa na qual todas as tribos da cidade conviviam dançando ao som de ótima música. Bebemos espumante a noite inteira.

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