Vista do High Line Park a partir do terraço do Whitney Museum
31/10/2018 - Dia de celebração. Dia de comemorar mais um ano de vida. Completei 55 anos neste dia, ao lado de Gastón, meu companheiro de todas as horas há 3 anos. Muito feliz.
Acordei bem cedo, por volta de 06:26 horas, mas fiquei lendo e respondendo mensagens recebidas, só saindo da cama às 08:00 horas. Estávamos com fome, logo descendo para o café da manhã no hotel, que estava incluído na diária. Ele é servido no Pub & Restaurant Doylers 37, que tem entrada para os hóspedes pelo saguão principal do hotel.
Tendo em vista minhas duas experiências anteriores em NYC, fiquei surpreso positivamente com o café da manhã. O sistema é self-service, onde havia, sem variações diárias, opções quentes (ovos mexidos, bacon frito, linguiça frita, batata chips, batata da casa frita) e frias (bagel, croissant, danish, muffin de chocolate e de mirtilo, iogurte de morango e de mirtilo, ambos também na versão light, iogurte grego natural, caixinha individual de cereal, manteiga, cream cheese, mel, manteiga de amendoim, geleia de frutas, maçã, banana e salada de frutas, com forte presença de melão em variados tipos), além das bebidas (suco de laranja, suco de maçã, suco de cramberry, chá, café, leite e água). Ainda podia pedir na cozinha, preparados na hora, ovos fritos, omelete, french toast e panqueca, sem custos adicionais. Os garçons eram bem atentos, pois quando percebiam que os ocupantes de uma mesa já estavam terminando, eles levavam a nota para assinatura do hóspede. Na nota, constava o preço individual do café da manhã: U$ 16 + taxa, mas por cima do total, havia um carimbo com a palavra complementary, que quer dizer cortesia, mas, na verdade, já devidamente incluído no valor da diária. Em se tratando de Estados Unidos, mesmo com o café da manhã incluído na diária, eles esperam gorjeta e para tal, havia um espaço em branco, acima do local para assinar, para o hóspede colocar o valor que queria deixar de gorjeta, com a sugestão mínima de 18%. Coloquei um X nos espaços em branco, assinei e deixei a nota na mesa. Não demos gorjeta em nenhum dos cafés da manhã durante nossa estadia, mas nem por isso deixaram de nos tratar com amabilidade e educação.
Saímos do hotel às 09:45 horas. Dia lindo, mas frio. Fomos direto para o High Line Park, descendo pela 11th Ave até a 30th St, onde entre a 11th e a 12th Aves, há um acesso para este parque suspenso construído onde antes havia um trilho de bonde. Neste acesso em que entramos, havia um grande canteiro de obras em fase de finalização, onde a partir da Primavera 2019 funcionará um novo ponto turístico na cidade, o Hudson Yards, com shoppings, restaurantes, prédios comerciais e residenciais, jardins, além de uma incrível escada rolante em zigue-zague ao ar livre, cuja estrutura já era possível ver. O que mais me chamou a atenção foi uma placa indicando que em breve seria naquele lugar a Little Spain, uma espécie de Eataly com produtos espanhóis.
O High Line Park tem cerca de 2,3 km de extensão. Nosso acesso por ele foi praticamente em uma das suas extremidades. Caminhamos, assim, para a outra extremidade, em direção ao Whitney Museum of American Art, já na região do Chelsea. Neste caminho, gastamos por volta de uma hora, pois paramos muito para tirar fotos, para apreciar a paisagem, ruas e prédios do entorno, bem como para ver as muitas obras de arte ao ar livre existentes no parque. Na altura do Chelsea Market, perto do final do parque, havia uma feirinha com produtos artesanais, e também barraquinhas que vendiam adesivos, bottons, chaveiros e afins contra o Trump. Demos uma olhadela em tudo, acabando por comprar 3 bottons (U$ 1 cada um), dois com o mesmo dizer - #notmyPresident, e um com a palavra Resist escrita em uma bandeira do arco-íris. Bem atual em tempos de conservadorismo dominando o mundo. Ao final do parque, perto das escadas que levavam para a calçada abaixo, uma obra nos chamou a atenção. Era um luminoso que dizia Somos 11 Millones/We Are 11 Million, da artista americana Andrea Bowers. Na descrição da obra está que este é o número de imigrantes ilegais vivendo nos Estados Unidos em 2018.
Descemos as escadas, dirigindo-nos para o museu
Whitney Museum of American Art (99 Gansevoort St). Era minha primeira vez neste museu que tem como foco a arte americana. Apenas duas pessoas estavam na fila. Eram 10:55 horas. Compramos as entradas por U$ 25 cada uma, totalizando U$ 50. Estávamos com sede, mas o restaurante do térreo do museu ainda estava fechado. Só abriria às 12:00 horas. Perguntei à empregada do museu que verificava as entradas onde poderíamos tomar algo, sendo informados que havia um café no oitavo andar do museu, já aberto. Antes de percorrer os andares expositivos, deixamos mochilas e blusas mais pesadas na chapelaria que fica no subsolo, sem custo adicional e subimos direto para o oitavo e último andar, onde há uma galeria para exposições temporárias, um café e acesso ao terraço. Paramos no
Studio Café at Whitney Museum, onde fizemos um lanche rápido e matamos nossa sede, deixando ali U$ 19,05, sem gorjetas. Para ler mais sobre nossa experiência neste café, acesse a postagem que fiz em meu blog de gastronomia, o
Tenho Fome de Que, clicando
aqui.
Depois desta pausa, fomos para o terraço, de onde se tem vistas maravilhosas de Downtown, incluindo o The One, do Hudson River, do High Line Park, dos prédios com tijolinho à vista que dominam a arquitetura desta região, e até da Estátua da Liberdade ao longe. Em seguida, percorremos todos as galerias com exposições ativas do museu. Vimos as seguintes exposições:
1. Mary Course: A Survey in Light - pinturas em tons claros, tudo muito branco. Não nos entusiasmou.
2. Where We Are: Selections from The Whitney's Collection - 1900-1960 - um recorte interessante do acervo do museu. Foi o que mais gostei.
3. Programmed: Rules, Codes and Choreographis in Art - 1965-2018 - uma mistura de arte com tecnologia, com abundância de vídeo-instalações. Confesso que não tenho muita paciência para este tipo de exposição.
4. Andy Warhol - From A to B and Back Again (partial view) - era uma pequena mostra da exposição do artista que somente entraria em cartaz em novembro de 2018. Gosto bastante da obra de Warhol e estava exposta uma seleção de retratos do Mao Tse-Tung, que nunca tinha visto ao vivo.
Saímos do museu com a ideia de ir para o Chelsea Market, mas com tranquilidade e vendo o que havia no caminho. Eis que nos deparamos com a Samsung (837 Washington St). Pensamos que era uma loja e entramos, já que Gastón tem um celular da marca sul-coreana. Não era uma loja propriamente dito, mas uma sim um local de entretenimento, com diversas atrações para experiências em realidade virtual. Era um mini parque de diversões com alta tecnologia. Tudo gratuito, bastando preencher em um tablet alguns dados e se responsabilizar por eventuais prejuízos à sua saúde. Feito isto, uma pulseira foi colocada em nossos pulsos e fomos "brincar". Primeiro um game de zumbis, que detestei, depois uma simulação de montanha russa sensacional (Gastón não quis participar, com receio de ter vertigem). Em seguida, nova simulação, desta vez de esquiar na neve, não tão empolgante quanto a anterior (Gastón participou porque viu que era mais tranquilo, que não mexia tanto quanto a montanha russa). Em todas estas experiências usamos óculos de realidade virtual. No piso superior, havia uma flag ship da marca com o que havia de mais moderno nos lançamentos de celulares, tablets e relógios. Um passeio que não estava planejado do qual gostamos muito.
Seguimos para o Chelsea Market (75 9th Ave), local sempre muito movimentado. De mercado, com bancas de frutas, legumes, temperos, verduras, cereais, bebidas, e similares, não há quase nada. Ele foi tomado por lojas de decoração, de presentes e de dezenas de restaurantes e lanchonetes para todos os gostos e bolsos. Como era dia de Halloween, estava todo decorado com bonecos animados de mortos-vivos, fantasmas, abóboras, e esqueletos. E ainda havia uma horda de crianças fantasiadas que paravam nas lojas com suas cumbucas, dizendo trick or treat para ganhar doces e balas. Fomos andando no sentido da 10th Ave, parando nas lojas, entrando em algumas, vendo cardápios. Em alguns locais, para comer em pé, havia fila. Tudo muito desconfortável e barulhento. Em uma das lojinhas de lembrancinhas, compramos uma caixa de mini lâmpadas douradas (U$ 9) para Gastón colocar em sua loja em BH.
Era hora de almoçar. Dentre os locais que eu havia marcado nas redondezas, estava um muito elogiado, um bar de tapas, culinária espanhola, chamado Tía Pol.
Saímos do Chelsea Market pela 10th Ave, e subimos em direção Uptown. Na esquina da 10th Ave com 18th St, na parede externa do Chelsea Square Market, há um belíssimo painel colorido retratando Gandhi e Madre Teresa de Calcutá, dois ícones da paz, pintado pelo brasileiro Kobra.
Enfim, chegamos ao Tía Pol (205 10th Ave) às 13:50 horas.