01/11/2018 - Depois de um bom descanso no hotel, tínhamos que nos aprontar para sair. Noite fria, noite de musical. Quando decidimos ver apenas um musical durante nossa estadia em New York, escolhemos King Kong, cujos ingressos nos custaram U$ 170,44 + U$ 10,87 (IOF) = U$ 181,31, comprados pela internet em 26 de setembro de 2018.
King Kong estava em período de pré-estreia, em cartaz no The Broadway Theater (1681 Broadway). Marcado para ter início às 20:00 horas. Saímos do hotel meia hora antes. Fomos caminhando pela 8th Ave, subindo até a 52rd St e virando nela à esquerda. No trajeto, muitos turistas procuravam seus respectivos teatros para ver algum musical. Uma fila inacreditável se formava em frente à entrada de um destes teatros, na própria 52rd St, para ver o musical Cher. Passamos por esta fila, quando senti uma vontade enorme de ali estar, mas vontade dá e passa. Chegamos na nossa fila, tão grande quanto. Embora gigante, a fila andou muito rápido e foram mega eficientes para conferir ingressos, encaminhando-nos para o setor onde sentamos. Quando comprei, só havia entrada para o mezanino, na fila K. Assentos bem apertados. A visão do palco era muito boa, embora nossos lugares eram bem no alto. Teatro lotadíssimo. Com dez minutos de atraso, as luzes se apagaram, a orquestra soou os primeiros acordes. Começava o espetáculo. Chistiani Pitts, a atriz principal, interpreta a mocinha, eternizada como a louraça Jessica Lange na versão da década de 70 para os cinemas. Jessica Lange fica só na lembrança, pois o estereótipo da mocinha frágil e loura é totalmente quebrado neste musical. A atriz é negra, um sensacional diferencial para todas as versões cinematográficas existentes. Ela dá um show de interpretação, de dança e de canto, fazendo uma personagem destemida, nada frágil e com bom coração. As melhores cenas são dela com o King Kong, um boneco gigantesco (aí a nossa localização foi show de bola, pois tínhamos uma visão de frente para o gorila). A nossa dúvida antes de começar o musical era como eles iriam fazer com o Kong. E fizeram da melhor maneira possível: não esconderam que era um boneco manipulado por umas 10 pessoas, que seguravam cordas, arames e similares, e até "voavam" com as cordas para fazer os movimentos de cabeça, braços, mãos e pernas. Os movimentos de olhos, nariz e boca eram mecanizados. O bom de ver um musical em que se conhece a história é que podemos apreciar os detalhes da produção, os mecanismos que utilizam para tornar mais real possível o que estão contando no palco. Belíssimo espetáculo, que teve duração de quase duas horas e meia, com intervalo de vinte minutos. Saímos do teatro às 22:20 horas, quando decidimos que era hora de forrar o estômago.
Dentre os restaurantes que marquei nas redondezas estava o 5 Napkin Burger (630 9th Ave), que não ficava longe de onde estávamos. Na verdade, é uma hamburgueria com cara de restaurante. Como queríamos comer um hambúrguer novaiorquino e o 5 Napkin tinha em seu cardápio uma versão que figurava na lista dos 27 melhores hambúrgueres da cidade segundo a Time Out NYC, resolvemos conferir. Para ler sobre nossa experiência neste local, visite o blog Tenho Fome de Que, clicando aqui.
Deixamos o restaurante quase meia noite, pagando a conta no valor de U$ 62,33 + U$ 7,67 de gorjeta, totalizando U$ 70.
Dali, resolvemos continuar nossa caminhada por Hell's Kitchen, subindo a 9th Ave até a 52nd St, onde fica o bar gay nº 1 da cidade, o Industry Bar (355 West 52nd St). Na porta, o segurança nos pediu carteira de identidade para provar que tínhamos mais de 18 anos. Mesmo com a barba branca, tive que mostrar. Acho isto falta de bom senso, mas não vou discutir a legislação local. Mostrei minha identidade funcional (crachá), Gastón mostrou o RNE dele, e entramos, sem nada pagar. O local é grande, estava com pouca gente. Demos uma volta para fazer um reconhecimento de área, sentando em um ambiente mais ao fundo, perto do palco, onde em instantes começaria um show de drag queens. Ao sentar, o corpo pediu descanso imediato. Não tivemos dúvidas, levantamos e voltamos para o hotel. Não ficamos nem vinte minutos lá dentro.
Entramos no hotel já era o dia seguinte, às 00:30 horas.
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