03/11/2018 - Despertei às 07:30 horas, mas levantei somente uma hora e meia depois. Novamente tomamos café da manhã no hotel. Estávamos na rua às 10:30 horas. O tempo estava bem nublado, cinzento, ventava muito. Como descobrimos no dia anterior que a Maratona de New York seria no domingo, dia 04/11/2018, e que terminaria no Central Park, mudamos os planos, pois, inicialmente iriamos ao parque no mesmo domingo. Assim, o destino de sábado era o famoso pulmão de NYC. Fomos de metrô.
Pegamos a linha 2, direção Uptown, na estação 34th St, descendo na 110th St, ao norte do parque. No vagão, um homem deitado dormia tranquilamente, enquanto outro, visivelmente drogado, tentava se manter sentado. Na estação seguinte a que embarcamos, uma mulher entrou e começou a cantar. Era uma música sem fim, uma música de louvor. Parecia que ela inventava a letra na hora. Na medida em que o trem seguia, ela aumentava o tom em que cantava. Entre uma estrofe e outra, um refrão que ficou grudado em minha cabeça boa parte do dia. Era um simples "iá iá iá iá iá", cantado em plenos pulmões, quase que gritado. Quando o trem parava em uma estação, ela diminuía o tom, quase sussurrava, mas não parava de cantar. O trem zarpava, ela cantava mais e mais alto. Fiquei impressionado com a quantidade de gente suja e fedorenta que entrou nesta linha ao longo de nosso trajeto. Esta tônica se repetiu em todas as linhas que usamos em NYC.
Enfim chegou nossa estação. Seguimos as indicações para sair bem em frente ao Central Park. Bastou atravessar a rua 110th e caminhar pelo parque. Nunca tinha andado na sua parte norte. É bem mais vazia, tem poucos turistas, mas há movimento de moradores praticando alguma atividade física, entre elas a corrida, a caminhada, a pedalada e o hóquei, em uma quadra bem próxima da entrada norte. Um preservado jardim, o Conservatory Garden, está na parte leste do parque, onde paramos para tirar algumas fotos. Ele lembra os jardins europeus, com desenhos bem definidos, fontes, alamedas, caramanchão, bancos. Continuamos nossa caminhada, subindo e descendo, seguindo a pista para caminhadas. Chegamos ao lago Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir, de onde se tem uma bela vista do skyline de NYC. Pegamos a pista que circunda o lago pela parte oeste, caminhando até o meio, e tomando a outra pista de caminhada novamente, sempre em direção sul. Passamos pelo enorme gramado, onde no verão fica repleto de gente tomando sol e fazendo pique nique. A fome começou a dar sinais de vida. Era hora de dar uma pausa no passeio e procurar algo para comer. Consultei as minhas anotações. Como o tempo estava frio, nada melhor do que uma comida quentinha. Assim, escolhemos o restaurante Jin (462 Amsterdam Ave), especializado em lamen. Não era longe dali. Está no Upper West Side. Saímos do parque pela 81st St, passando ao lado dos jardins do Museu de História Natural. O restaurante escolhido figura em várias listas dos melhores lamens (ramen) da cidade. Chegamos nele às 12:50 horas. Um tímido sol ameaçava sair. Estava lotado. Havia fila de espera, com gente em pé dentro do restaurante e fora, na calçada. Fui até a recepção, fiz um breve cadastro no tablet, informando nome e celular. Expliquei à recepcionista que meu celular era do Brasil, pois, segundo ela, só podia colocar número dos Estados Unidos. Ela me orientou a colocar apenas meu nome, assentar na cadeira vazia que estava em frente e esperar que seria chamado. O tempo aproximado de espera seria de vinte minutos. Na verdade, havia duas cadeiras vazias. Ficamos ali esperando, vendo o entra e sai de comensais. Muitos asiáticos frequentam o lugar, que é bem pequeno. Fomos chamados para sentar antes do tempo indicado. Ficamos no balcão, vendo toda a movimentação da minúscula cozinha. Para maiores detalhes deste nosso belo almoço, acesse o blog Tenho Fome de Que, clicando aqui.
A conta foi uma das mais baratas desta nossa viagem ficando em U$ 35,93 + U$ 4,07 de gorjeta, totalizando U$ 40.
Saímos do restaurante às 13:35 horas, pois o serviço é muito rápido. Voltamos para o Central Park. Mas antes de entrar, caminhamos pela calçada da Central Park West Ave, passando em frente à entrada do Museu de História Natural, onde havia uma fila surreal pelo lado de fora; em frente ao New York Historical Society; e paramos na esquina da 72nd St, onde fica o icônico Dakota Building, cenário do sombrio filme O Bebê de Rosemary, e onde em sua calçada foi assassinado John Lennon. Desta esquina, cruzamos a avenida e entramos no parque de novo, em local já muito cheio, com muitos turistas, bem diferente da parte norte. Ali está o Strawberry Fields, com uma mandala no chão em mosaico com a palavra Imagine ao centro. Seguimos na direção leste, parando para mais fotos. O percurso da maratona estava todo cercado, mas era permitido caminhar por ele. Chegamos à fotogênica Bethesda Fountain, cenário de inúmeros filmes, séries e programas de TV. Tive uma súbita vontade de ir ao banheiro. Tive que usar o banheiro público que fica na escadaria de acesso à esta fonte. Fiquei surpreso com a limpeza e de ter papel higiênico.
Continuamos, sempre no sentido leste, chegando em um pequeno lago cheio de barquinhos controlados remotamente. Era uma regata de barco modelismo. Ao lado deste lago, há um monumento em homenagem a Hans Chritian Andersen. Ali costuma ocorrer contação de histórias. Também próximo ao lado fica uma escultura de Alice no País das Maravilhas, que é bem bonita.
De lá, pegamos a pista onde passaria a parte final da maratona, descendo para a parte sul do parque, mas sempre do lado leste, parando na estátua do cão Balto, que tornou-se herói no inverno rigoroso que viveu o Alasca em 1925. Cansamos de tanta natureza, esculturas e gente. Resolvemos sair do parque por ali mesmo, saindo na 5th Ave. Fomos pela calçada do parque, passando em frente ao zoo local, chegando na entrada da estação do metrô 5th Ave at 60th St. Pegamos a linha R, direção Downtown, descendo na estação 42nd th. Voltando para o hotel, ainda paramos na loja Midtown Comics (200 West 40th St) para comprinhas relacionadas ao mundo das histórias em quadrinhos, em especial aos heróis. Deixamos U$ 33 na loja.
Descanso mais que necessário no hotel de 16:20 às 17:40 horas.
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