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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

NEW YORK - DIA 1 - NOITE



30/10/2018 - Nosso primeiro ponto turístico programado para visitar que tinha que pagar para entrar era o Empire State Building (20 West 34th St). Não era longe do hotel. Fomos caminhando. Da 37th St, descemos a 8th Ave até a 34th St, quando viramos à esquerda, vendo as cores que decoravam o Madison Square Garden e a parte de cima da Pennsylvania Station. Também avistamos o Empire State com sua cúpula iluminada de verde. A cor era em comemoração aos 15 anos que está em cartaz na Broadway o musical Wicked. Utilizamos a entrada da 34th St para ingressar no icônico prédio. Fomos até o balcão de informações para saber onde comprava os bilhetes, que eram vendidos em máquinas de autoatendimento na sala ao lado. Gastón tem vertigem, motivo pelo qual deixei para ele escolher até que mirante ele queria subir: 86º ou 102º (sei que não faz nenhum diferença para quem tem vertigem). O ingresso para o mais alto dava acesso ao mais baixo. Ele escolheu o 86º andar. Para pagar, somente cartão de crédito ou débito. Os dois ingressos saíram por U$ 74 + U$ 4,72 (IOF) = U$ 78,72.
Era a terceira vez que eu iria subir, mas a primeira em período noturno (funciona de 08:00 às 02:00 horas todos os dias do ano). Esta foi a vez que tinha menos gente.
Com as entradas nas mãos, passamos pelo controle de segurança, dispensamos tirar aquelas foto-montagens, seguindo para a fila dos elevadores, que é muito bem organizada. Todo este processo não demorou vinte minutos até chegarmos ao 86º andar. No mirante, há uma parte interna, de onde se pode ter um panorama da cidade de 360º, mas é do lado de fora onde as vistas são mais impactantes. O tempo ajudava, pois não ventava forte e o céu estava limpo. Ver a cidade iluminada, em especial as cúpulas dos prédios, entre eles o Chrysler Building, é sensacional. Gastón não aproveitou muito, pois tão logo ele se aproximava dos grossos vidros de proteção do mirante, ele se afastava, por causa da vertigem. Mesmo assim, ficamos um bom tempo no topo. Para descer, a fila era bem menor. Como tudo nos Estados Unidos, para sair do prédio, era necessário passar por dentro da loja do Empire State. Minha compulsão por comprar bobagens realmente tem passado. Apesar de ter gostado de um monte de quinquilharias que estavam expostas, nada compramos. A saída foi por onde entrei da última vez, passando por alguns restaurantes e uma unidade da farmácia Walgreens, chegando ao deslumbrante hall do prédio, com um alto relevo do próprio Empire State Building na parede do fundo. Saímos pela 33rd St.
Era hora de jantar. Consultei as minhas marcações no Google Maps, disse as opções para Gastón. Escolhemos um restaurante de comida italiana, o Tony's Di Napoli (147 West 43rd St). Subimos pela 5th Ave até a 37th St, viramos à esquerda até a Broadway, onde havia uma exposição com balas gigantes, tipo Cow Parade, cada uma pintada com as cores da bandeira de alguns países. Argentina e Brasil estavam representados. Obviamente que cada um posou ao lado da bala que representava seu país. Seguimos subindo até chegar na 43rd St, rua do restaurante escolhido.
Chegamos no restaurante Tony's Di Napoli às 20:25 horas. É grande, bem concorrido, especialmente após os espetáculos da Broadway. Não tínhamos reserva, mas conseguimos uma mesa no último salão. Pratos enormes, servem tranquilamente de 3 a 4 pessoas. Para detalhes desta nossa refeição, visite meu blog de gastronomia Tenho Fome de Que, clicando aqui.
O valor total da conta foi de U$ 53,35. Deixamos U$ 4,65 de gorjeta, totalizando U$ 58. A garçonete, que até então era um doce de pessoa, ficou visivelmente irritada. Para mim, gorjeta é algo expontâneo, nada imposto. Nas contas dos locais de comida em New York sempre vem as sugestões de gorjeta, geralmente começando com 15 ou 18%, chegando a 22% do valor da conta. Embora sugestão, fica uma impressão ruim, de pressão mesmo sobre o cliente. Aprendi a não me abalar com este tipo de pressão. Deixo quanto quero e ponto final. Eu não tenho que pagar salário de quem não é meu empregado! Se quiser, reclame com o patrão ou com seu sindicato.
No retorno ao hotel, passamos pela Times Square para Gastón ver o movimento noturno, as luzes e a beleza dos painéis publicitários, entrando na loja American Eagle Outfitters para ver preço de roupa.
Chegamos ao hotel muito cansados. Eram 22:15 horas. 

NEW YORK - DIA 1 - TARDE


30/10/2018 - Almoçados, era hora de conhecer a região. Subimos pela 8th Ave a partir da 53rd St. Quando alcançamos a 57th St, paramos para fazer uma breve pesquisa de preços de cuecas e meias na T.J. Maxx. Preços registrados, deixamos a loja.
Continuamos nossa caminhada, parando na Columbus Circle para algumas fotos, entrando, em seguida, no shopping Time Warner Center, aproveitando para uma providencial ida ao banheiro, apesar de ser bem pequeno, movimentado e por isso mesmo, um pouco sujo. Gosto das duas grandes esculturas de Botero que ficam no hall do centro comercial. Elas representam Adão e Eva. Não estávamos com espírito para compras, motivo pelo qual saímos rapidinho dali em direção Uptown para ver a parte externa do complexo cultural do Lincoln Center, que rende boas fotos. Em 2015 fiz uma visita guiada neste local que é bem interessante. Depois, foi a vez de entrar na unidade da loja Century 21 da região (1972 Broadway), que é mais organizada do que a popular unidade de Downtown. Nova pesquisa de preços e voltamos para nossa caminhada. A decisão foi ir voltando a pé para o hotel para descansar um pouco, mas sem pressa. Descemos a Broadway, parando na M&M Store, praticamente em Times Square. Entramos, vimos os coloridos chocolates e produtos relacionados, tiramos algumas fotos, retornando para a rua, sem comprar nada.
A Times Square estava como sempre: lotada de turistas. A fila na TKTS para comprar ingressos para musicais da Broadway de última hora, e por isso mais baratos, era enorme. No miolo da praça, turistas de todas as nacionalidades procuravam o melhor ângulo para selfies. Um desfile de personagens foi aparecendo em nossa frente: um cowboy quase pelado, mesmo com o frio que fazia, Hulk, Homem de Ferro, Homem Aranha, Thor, Minie, Mickey, Wood, Minion, um Batman barrigudinho, enfim, uma miríade de tipos humanos fantasiados que posavam com turistas em troca de alguns dólares. A parada na Times Square nos mostrou que o cansaço físico era grande. Necessitávamos de uma cama. Resolvemos voltar ao hotel, descendo pela 7th Ave. No caminho, paramos na Frame Gourmet Eatery (552 7th Ave) para comprar água. O lugar é grande, cheio de opções para refeições rápidas, incluindo um self-service de comida para levar. Quase nada tem o preço visível. Pegamos duas garrafas de água mineral de 1,5 litros cada uma. Uma Fiji e outra Evian. Gastón quis comer algo doce, escolhendo um muffin de mirtilo. Fomos para o caixa, onde uma chinesa apenas nos disse o valor total: U$ 11,70. Àquela altura, eu nem raciocinava mais. Paguei e fomos embora, sem nota. Nem percebemos que era um roubo o preço cobrado. O pior é que voltaríamos neste lugar e seríamos novamente ludibriados.
Descansamos no hotel, com direito a uma sonequinha, de 15:30 horas às 18:00 horas.
Renovados, era momento de sair novamente.

NEW YORK - DIA 1 - MANHÃ


30/10/2018 - Pousamos às 08:10 horas no JFK Airport e desembarcamos no Terminal 8. Ainda dentro do avião, liguei meu celular. Uma mensagem do cartão de crédito já indicava que o hotel onde ficaríamos tinha lançado o valor completo da diária acrescida das taxas e impostos - U$ 2.529,68.
Em maio de 2018 fiz uma adesão ao Passaporte Américas da Claro. Durante 12 meses, pagando R$ 9,90 mensais, eu poderia utilizar meu telefone celular em mais de trinta países das Américas como se estivesse no Brasil, com as mesmas características do meu plano contratado. No meu caso, 30 GB de internet por mês, ligações e mensagens ilimitadas, desde que feitas dentro dos Estados Unidos, ou de lá para o Brasil. O recebimento de ligações do Brasil também está no plano. Para Gastón, a mesma adesão, a partir de junho de 2018. Ele já havia utilizado o serviço na Argentina em julho e tudo correu bem.
1ª etapa: saindo do avião seguimos as placas que indicavam a imigração e restituição de bagagens. Na imigração, a fila não era de assustar, muito antes pelo contrário, andou bem rápido. Logo chegamos nos totens de autosserviço. Eu e Gastón fizemos os procedimentos juntos. Qualquer questionamento, estávamos com uma cópia de nossa certidão de casamento na mochila. Eu fui o primeiro, colocando a parte do visto americano no visor da máquina, seguindo os passos indicados na tela, tudo em português. Depois foi a vez de colocar dez dedos para verificar a impressão digital. Primeiro os quatro dedos da mão direita, em seguida o polegar direito, passando para os quatro dedos da mão esquerda e o polegar esquerdo. Por fim, fiquei posicionado para a foto. Concluídos estes procedimentos, apareceu na tela se havia mais alguém a agregar, quando respondi afirmativamente, aparecendo as opções. Registrei a opção família e Gastón seguiu os mesmos passos que eu tinha feito. Ao final, dois impressos saíram da máquina. O meu saiu com um X bem grande, enquanto o de Gastón estava sem o X. Seguimos para a fila para o atendimento nos guichês, mas uma agente da imigração nos separou ao ver os impressos. Todos que tinham um X no papel seguiam para a fila dos guichês, enquanto os que estavam sem aquela marcação, seguiam para o lado oposto, onde não havia guichê, mas somente balcões individuais. Gastón ficou preocupado, tentando argumentar comigo que tínhamos que passar juntos, mas eu lhe disse que era melhor cada um fazer o que a senhora indicava. Que não era para ele se preocupar, pois tinha todos os documentos nas mãos, como reserva de hotel, bilhete aéreo com a volta marcada, e falava espanhol. Sempre há alguém que fala espanhol na imigração americana. Cada um foi para seu lado. Gastón passou pelo balcão, nenhuma pergunta lhe foi feita, apenas abriram seu passaporte e o carimbaram. Ele ficou me esperando. Enquanto isso, eu estava na fila dos guichês. Mas não fiquei nem cinco minutos e fui chamado. O agente de imigração pegou meu passaporte, pediu que eu repetisse a checagem de digitais, na mesma sequência que havia feito no totem, olhou para mim, carimbou meu passaporte e mandou eu seguir. Nenhuma pergunta foi feita.
2ª etapa: da imigração para a área de recolha de bagagens. Tudo muito rápido, com as nossas duas malas chegando sem demoras.
3ª etapa: era hora de passar pela alfândega, onde ninguém nem sequer nos olhou.
Ao sair no saguão do desembarque do Terminal 8, Gastón avistou um cara com a placa com meu nome nela escrito. Era o motorista Sérgio, que trabalha para a Leco Tours, a empresa que contratei no final de agosto para fazer nosso transfer aeroporto-hotel. O motorista é brasileiro, nascido e criado em Belo Horizonte, morando em New York há 35 anos. Ele foi muito gentil em levar nossas malas. O carro estava estacionado perto da saída. Era grande, bem confortável, com água de cortesia para os passageiros. No caso, era transfer privativo, só nós dois. No trajeto até o hotel, Sérgio foi conversando, falando sobre sua vida na cidade. Também nos mostrava pontos de interesse no bairro Queens no nosso caminho, ilustrando suas informações com números e cifras. Fizemos o percurso do Terminal 8 do JFK Airport até o hotel Hilton Garden Inn New York Times Square South (326 West 37th St) em uma hora e vinte minutos (de 09:20 horas às 10:40 horas). Na porta do hotel, ainda dentro do carro, paguei ao motorista o previamente acertado, ou seja, U$ 110, sendo U$ 10 como taxa de estacionamento no aeroporto.
Um mensageiro do hotel retirou as malas do carro e as levou para o hall. Às 10:45 horas estávamos fazendo o check in, momento em que a recepcionista nos deu a excelente notícia de que nosso quarto já estava pronto. Não tínhamos que esperar até 15:00 horas como descrito na reserva. Ela solicitou um cartão de crédito para fazer uma pré-autorização de U$ 525 para cobrir eventuais gastos extras durante nossa estadia. Logo nos entregou dois cartões magnéticos para usarmos o elevador para acessar nosso andar, e abrir a porta do quarto. Ficamos no 15º andar, quarto nº 1503. No corredor do andar havia uma máquina de fazer gelo, que nunca utilizamos. O hotel é relativamente novo, o que dá um ar mais prazeroso para quem é hóspede. Dispensamos a ajuda do mensageiro, entramos no elevador, colocamos o cartão no local adequado, marcamos o 15 e subimos. O quarto é espaçoso, com janelas anti-ruído, que tinha uma abertura mínima, mas suficiente para renovar o ar interno. Era um quarto de fundo, que dava para a rua de trás. Em frente fica um edifício cujos últimos andares abrigavam uma confecção, cheia de asiáticas trabalhando. Estávamos no chamado Garment District, cheio de confecções e lojas de tecidos e aviamentos. Cama grande e muito confortável. O banheiro era amplo, com box de vidro, ducha com pressão razoável, pia com bancada espaçosa para colocar todos os nossos apetrechos de toialette. Faltou ducha higiênica ou mesmo um bidê. As amenities são da marca Neutrogema: dois sabonetes, um frasco de shampoo, um frasco de condicionador e um frasco de loção hidratante. A reposição destas amenities foi diária. Sempre havia três toalhas de banho e três de rosto disponíveis no banheiro, cuja troca também era diária, sem necessidade de deixá-las em local determinado para que a camareira soubesse que queríamos a troca.
Desfizemos as malas. Era hora de um bom banho relaxante, mas nada de deitar depois do banho. Assim que vestimos roupas mais abrigadas, fomos para a rua. Deitar seria somente mais tarde.
O tempo estava frio, mas o dia era lindo com sol e céu bem azul.
A localização do hotel é excelente, pois está perto da Times Square, mas fora do agito das ruas que a envolvem. Há estações de metrô bem perto, sendo a mais bem servida de linhas a 34 St Pen Station, que ficava a uns trezentos metros do hotel.
Nosso hotel está na 37th St entre a 9th e a 8th Avenues. Subimos a 8th Ave. Nada programado para visitar naquele momento. Era uma caminhada despretenciosa de reconhecimento de área. Como havia alguns pontos de venda de bilhete para utilização do transporte coletivo na região, lembrei-me de onde havia comprado tal bilhete quando estive na cidade em abril de 2015. Foi na Food Emporium, que fica na 8th Ave com 49th St. Caminhamos até lá, onde fomos informados que não vendiam os bilhetes. O empregado do local nos indicou onde comprar. Era só atravessar a rua. Estação do metrô da 49th St. Na estação havia duas máquinas de venda de bilhete, mas como eu não queria usar cartão de crédito, fomos até o guichê, comprando dois cartões do Metrocard para uso sete dias consecutivos ao custo unitário de U$ 33. Gastamos, pois, U$ 66.
A esta altura, além do cansaço físico, a fome dava sinais de vida. Pesquisei antes de viajar vários restaurantes, lanchonetes, confeitarias, padarias, elegendo alguns deles como possibilidades de visitar. Nesta pesquisa estavam os melhores locais para comer cachorro quente, hambúrguer, pizza, cookie, cupcake, cheesecake, pretzel, estrelados Michelin, melhores do mundo, clássicos novaiorquinos, entre outros. Tudo marcado com estrela no Google Maps, o que facilitou muito nossa vida nas férias em New York.
Perto daquela estação de metrô que estávamos ficava o Kings of Kobe (790 9th Ave), que figura na lista dos 25 melhores hot dogs de NYC pela Time Out. Fomos para lá, onde ficamos pouco mais do que meia hora. Escolhi o hot dog The Chili Project, enquanto Gastón pediu o Empire City. Ao final, deixamos U$ 42,03, sem gorjeta. Pagamos em dinheiro. Para detalhes sobre nossa refeição, leia a postagem no Tenho Fome de Que, meu blog sobre gastronomia, clicando aqui.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

INDO PARA NEW YORK


Acordamos dia 29/10/2018 felizes por ter chegado, enfim, o início de nossas curtas férias. New York nos aguardava. Última checagem nos itens das malas, café da manhã com o que tinha na geladeira, cozinha arrumada, plantas aguadas, banho tomado, malas fechadas. Para viajar, escolhi uma calça de moletom bem confortável, sem cinto, meia Havaianas com espaço para enfiar o pé no chinelo, bota impermeável e uma camisa de malha larguinha. Coloquei dinheiro no porta cédulas que foi na minha cintura.
As 11:25 horas estávamos entrando no carro do meu irmão, que é motorista de aplicativos e faz tansfer individual para o Aeroporto de Confins. O trajeto durou 50 minutos, pois dia e horário favoreceram. Pela corrida, paguei R$ 85,00.
No aeroporto, fomos primeiro ao quiosque da Protect Bag, onde embalamos as duas malas que iríamos despachar por R$ 65,00 cada mala. Acho necessário esta proteção nem é por que a mala é de grife ou nova, mas porque o tempo de conexão é muito grande em Guarulhos e já tive mala aberta em conexões grandes, quando me roubaram alguns itens. Com a mala embalada, não há como ficarem tentando acertar o código de sua abertura. Em seguida, fomos para o balcão da Latam, mas o funcionário nos mandou etiquetar as bagagens no totem de auto serviço do saguão do aeroporto. Nele, imprimimos nossos cartões de embarque do trecho CNF-GRU, pois para o seguinte, voltou a aparecer a mensagem para procurar o balcão do check in. Em relação às etiquetas de bagagem, já foram impressas para o destino final: JFK, em New York. Não havia ninguém esperando na fila do balcão do check in. Fomos atendidos por uma simpática moça, que verificou nossa reserva, informando que houve um erro no preenchimento do número do visto americano, motivo pelo qual não conseguimos os cartões de embarque do trecho GRU-JFK. Ela ainda disse que até eles erravam o tal número, pois no visto há dois deles. O certo é colocar o que começa com uma letra. Esta explicação deveria constar no site da Latam! Corrigido os números, os cartões foram impressos. Mostrei a ela meu cartão Itaucard TAM Fidelidade Platinum, perguntando se com ele poderia colocar etiqueta de prioridade em nossas duas malas. Ela sorriu e colocou. Os pesos das malas foram bem abaixo do que pensávamos.
Leo - mala de porão: 14,50 kg e mala de mão: 5,30 kg.
Gastón - mala de porão: 12,10 kg e mala de mão: 6,00 kg.
Subimos para o embarque, passamos com sinal verde no controle de raio X, dirigindo-nos para perto do portão 22, parando antes na área de alimentação para almoçar. Escolhemos o E.A.T Pizza & Pasta, do mesmo grupo do Viena, onde o prato do dia estava por R$ 35,00. Lá o pedido é feito no caixa, você paga, recebe um plaqueta com um número e assenta em qualquer mesa, colocando a tal plaqueta visível. Quando o prato fica pronto, eles levam à sua mesa. Ao saber o prato do dia, frango ensopado com quiabo, arroz, feijão e angu, não tivemos dúvida em ir com esta sugestão, pedindo uma água tônica e um chá mate para beber. A conta ficou em R$ 85,90.
Assim que terminamos de almoçar, fomos para a frente do portão 22, local programado para o embarque, marcado para ocorrer às 13:45 horas.
Embarcamos no horário, utilizando a fila de prioridades por termos o cartão de crédito Itaucard TAM Fidelidade Platinum. Mesmo não tendo pago por isso, nossos assentos estavam localizados na área  de assentos mais espaçosos da Latam. Acomodamos malas e mochilas no bagageiro e nos acomodamos. Logo, peguei o livro Sombras da Romãzeira, de Tariq Ali, que estava terminando, para ler enquanto voava. Com o embarque encerrado e portas fechadas, o comandante comunicou que haveria um pequeno atraso na decolagem, pois seria necessário trocar uma das rodas do trem de pouso. O atraso foi de 50 minutos. Decolamos às 15:15 horas, pousando no aeroporto de Guarulhos às 16:30 horas. Pegamos malas e mochilas, desembarcamos e seguimos as placas para conexão internacional, utilizando para tal o acesso interno do Terminal 2 para o Terminal 3.
Passamos pelo controle de segurança, onde algumas pessoas insistem em só tirar cintos, relógios e computadores quando estão por passar no portal, deixando a fila mais lenta. Mas tínhamos muito tempo e nenhum motivo para estresse. Passado o controle, nos dirigimos para o controle de imigração. Gastón foi para a fila dos estrangeiros, enquanto eu para a fila do controle automático para passaportes com chip eletrônico. Na minha frente havia um casal que insistia em colocar o passaporte no visor da máquina com a sua capa protetora. Uma agente da Polícia Federal informava a todo o instante que era para tirar qualquer capa, mas eles fingiam que não ouviam, motivo para formar uma fila neste controle. Pequeno atraso. Só passaram depois de retirar suas respectivas capas. Eu passei rapidamente e fiquei na porta do acesso ao Terminal 3 esperando Gastón, que logo apareceu.
Eram 17:10 horas quando chegamos no mezanino do Terminal 3, onde ficam as salas VIP. A ideia era comprar o passe para a sala vip da Latam, que cobrava U$ 90 por passageiro. Assim que chegamos na porta dela, vi ao lado a entrada para a sala vip da Mastercard Black. Um dos meus cartões é esse. Nela, eu tinha entrada liberada. Enquanto a sala da Latam tem duchas de banho, o que pode ser conveniente para longas conexões, a Vip Lounge Mastercard Black não tinha, mas minha entrada era liberada e podia entrar com um acompanhante mediante pagamento de R$ 130,00. A princípio, eu ainda relutei, mas acabei cedendo, pagando a entrada de Gastón e ficando neste lounge.
A sala é grande, sempre com muito movimento, mas com espaço disponível para todos, embora a maioria das cadeiras fosse desconfortável para ficar esperando sentado por cinco horas, com era nosso caso. De início, acomodamo-nos nestas cadeiras, mas ficamos de olho se algum sofá vagava, o que logo ocorreu. Era bem mais confortável. O banheiro é espaçoso, cheiroso, limpo. A comida é farta, com muitas opções: salgadinhos, mini sanduíches, saladinhas, sopa, pratos quentes em pequenas cumbucas, doces, grissini. Para beber, tínhamos água com e sem gás, refrigerante, inclusive na versão zero, suco de frutas, café, leite, chá, cappuccino, vinho tinto, vinho branco, espumante, cerveja e uísque.
Ficamos na sala de olho no painel de partidas de voos até que houve indicação para seguirmos para o portão de embarque, uma caminhada de 15 minutos até lá. Eram 22:15 horas quando fomos para o portão 223, onde as filas de embarque já estavam sendo formadas. Novamente utilizamos a fila de prioridades, embarcando no horário previsto, às 22:30 horas. No avião, assentos 39C e 39D. Acomodamos malas e mochilas no bagageiro acima de nossos assentos. Antes, tirei da mochila o iPad no qual havia baixado capítulos de séries e filmes, o livro que logo acabei de ler, o chinelo, o fone de ouvido e a blusa de frio.
Ninguém viajou ao lado de Gastón, o que lhe garantiu mais conforto para viajar. Ao meu lado estava uma senhora que nada me incomodou durante todo o voo. Decolamos no horário, às 23:30 horas, rumo a New York.
O voo foi muito tranquilo, sem turbulências, nem menino chorando. Uma benção!
Ainda em solo, tirei a bota, coloquei meu chinelo, preparei meu iPad, me cobri com a manta fornecida no voo e esperei servirem o jantar, o que ocorreu em torno de duas horas pós decolagem.
A Latam simplificou demais as bandejas de comida. Havia três opções para jantar. Eu escolhi o prato menos problemático para distúrbios alimentares: ravioli recheado com ricota ao molho de tomate e um tablete de chocolate ao leite como sobremesa, bebendo um copo de suco de laranja.
Estava com tanto sono, que só consegui ver um capítulo da 3ª temporada da série O Homem do Castelo Alto. Desliguei tudo, tirei os óculos, fechei os olhos e apaguei. Acordei apenas duas vezes para ir ao banheiro.
Cerca de duas horas antes da aterrissagem, serviram o café da manhã, para o qual escolhi salada de frutas, que na verdade era uma seleção de melão, sanduíche integral de presunto e queijo e um copo de suco de laranja.
Em seguida, recoloquei a bota, guardei todas as minhas coisas na mochila. Estávamos quase chegando.

PREPARANDO A VIAGEM PARA NEW YORK - PARTE II

Em 23/09/2018, recebo novo e-mail da Latam, desta vez informando o cancelamento do voo JJ 3841 do dia 29/10/2018, trecho CNF-GRU. Em seguida, chegou outro e-mail da Latam com a alteração do nosso código de reserva e informando o novo voo do trecho cancelado. Iríamos no voo LA 4633, dia 29/10/2018, saindo de Confins (CNF) às 14:25 horas, chegando em Guarulhos (GRU), às 16:30 horas. Nossa conexão ficou bem maior. Com esta alteração, ficaríamos mais de sete horas no aeroporto de Guarulhos, enquanto se mantivessem o voo inicialmente marcado, esta espera seria de apenas duas horas e meia.



No mês de setembro foi a vez de pesquisar os musicais em cartaz. Pelo tempo que toma na noite e pelo alto valor dos ingressos, tínhamos decidido ir em apenas um deles. Gastón queria ver O Rei Leão, mas como eu já vi este musical duas vezes, sendo uma delas em New York, e ele já havia escolhido o jogo de basquete da NBA, do qual não sou um entusiasta, disse que era minha vez de escolher. Fiquei em dúvida entre três: Kinky Boots, Cher e King Kong. Sei que Gastón não gosta de Cher e ver um musical sobre a vida dela, com as músicas dela, seria muito chato para ele. Escolhi King Kong, um musical em pré-estreia na época que estaríamos na cidade, uma história que gosto e que conhecemos. Comprei os dois ingressos pelo site da Broadway para o dia 01/11/2018, às 20:00 horas, no The Broadway Theatre. Não havia muito local disponível. Ficamos no Rear Mezzanine, no segundo piso do teatro, na fileira K, assentos K106 e K108. Valor: U$ 170,44 + U$ 10,87 (IOF) = U$ 181,31. Os ingressos foram encaminhados por e-mail para impressão em casa.
Ainda em setembro, comprei seguro saúde para duas pessoas. Sempre opto pela Assist Card, pois já precisei de usar e fui muito bem atendido. Comprei o seguro AC 250, cuja cobertura era de U$ 250.000 para o período de 29/10 a 07/11/2018. Valor para os dois: R$ 562,32.
Faltava decidir onde comemorar o meu aniversário, dia 31/10/2018. Seria, com certeza, em um restaurante premiado. Pesquisei o Michelin Guide New York 2018 e a lista The World's Best 50 Restaurants, edição 2018. Escolhi o restaurante Cosme, que figura no 25º lugar desta lista dos melhores restaurantes do mundo, mas não é estrelado no Michelin. Ele pratica uma cozinha contemporânea inspirada na culinária mexicana. As reservas somente poderiam ser feitas com 30 dias de antecedência. Desta forma, acordei no dia 02 de outubro de 2018 e fui direto para o computador, entrando no site da Open Table para fazer a reserva. Mesa para 2 pessoas, jantar em 31/10/2018, às 20:15 horas. A confirmação chegou por e-mail, constando no meu perfil da Open Table, tanto no site quanto no app.
Em 03/10/2018, mais um e-mail da Latam comunicando novo número e reprogramação de voo no trecho GRU-CNF, dia 07/11/2018. Agora o voo tinha o número LA 4550, e sairia de Guarulhos às 07:25 horas, chegando em Confins às 08:40 horas. Estes e-mails da Latam já estavam irritando. Uma falta de organização e foco.
Dos pontos turísticos que planejamos visitar, o único que exigia um horário certo de entrada era o Top of The Rock, o mirante do Rockfeller Center. Entrei no site dele, comprando duas entradas para o dia 01/11/2018, às 10:30 horas. Paguei U$ 78,39 + U$ 5 (IOF) = U$ 83,39. Os ingressos foram enviados por e-mail para impressão em casa.
Neste período todo, continuei minhas consultas a blogs e sites de viagens, descobrindo que na noite do dia 31/10/2018 acontecia a tradicional parada de Halloween no Village. Ela começava às 19:00 horas, com término previsto para 23:00 horas.
Para tentar ver um pouco desta parada, em 14/10/2018, alterei a reserva do jantar no restaurante Cosme, antecipando em meia hora nosso horário, que passou a ser 19:45 horas. Alteração confirmada de imediato.
Também em 14/10/2018, consegui marcar os assentos em todos os trechos dos voos de ida e de volta, sem custos adicionais. Todos eles em corredor. Em 19/10/2018, recebi novo e-mail da Latam, confirmando todos os trechos, código de reserva e assentos marcados. Ainda recebi uma ligação da Latam em 22/10/2018, quando confirmaram todos este dados novamente. Nos dias 22, 26, 27/10 e 03/11/2018, novos e-mails da Latam, desta feita fazendo convites para participar de uma espécie de leilão para upgrade para a classe executiva, tanto no voo de ida, quanto no da volta. Lance mínimo para cada trecho e para cada passageiro: R$ 2.650,00. Declinei de todos estes convites.
Enfim, chegou o momento de fazer o check in, que no caso da Latam, é possível fazê-lo com 48 horas de antecedência do horário marcado para cada voo. Em 27/10/2018, na parte da tarde, fiz o nosso check in para o trecho CNF-GRU, voo LA 4633, dia 29/10/2018, segunda-feira, às 14:25 horas. Os assentos eram os que eu tinha escolhido: 7C e 7D. Os cartões de embarque foram enviados por e-mail e estavam disponíveis no app da Latam. Salvei os dois cartões no Wallet do meu celular.
Na manhã do dia 28/10/2018, fiz o check in do trecho seguinte, GRU-JFK, voo LA 8180, dia 29/10/2018, às 23:20 horas, com assentos também mantidos: 39C e 39D.
No entanto, os cartões de embarque não foram liberados. Apareceu uma mensagem para que procurasse o balcão do check in da Latam no aeroporto. Algo estava errado.
Faltava arrumar as malas. Cada um levaria uma mala média que seria despachada, uma mala de mão e uma mochila. Não queria levar muita coisa. Minha bagagem consistiu no seguinte:
Mala média que seria despachada: 06 cuecas, 06 pares de meia, 02 camisas de malha, 02 camisas polo de manga curta, 01 camisa polo de manga comprida, 01 camisa de malha de manga comprida, 01 bermuda, 01 calça comprida impermeável, 01 pijama, 01 saco para colocar roupa suja, 01 tênis, 01 blusa de moletom com capuz, 01 guarda chuva, 01 binóculos, 01 boina, 01 gorro, 01 par de luvas, 01 canivete suíço, 01 calçadeira, 01 órtese para meu pé, 01 blusa de frio impermeável, 01 guia de New York, 01 adaptador de tomada, 01 bolsa, 02 necessaires com artigos de toilette (shampoo anticaspa, pasta de dente, protetor solar para rosto, protetor solar para corpo, protetor de ouvido para banho, cortador de unhas, band-aid fricção, gel relaxante para pernas, cotonetes, saboneteira com sabonete para o rosto, saboneteira com sabonete para corpo, desodorante spray para os pés, talco, hidratante, listerine, pente, extrato de própolis, spray para limpar óculos com lenço específico, corta comprimidos).
Mala de mão: 02 camisas de malha, 02 cuecas, 02 pares de meia, 01 calça comprida, 01 cinto, óculos de grau (extra), óculos escuros, 02 cadeados com senha, 03 guias de New York, 01 cachecol, 01 livro, 01 bolsa pequena, 01 necessaire com remédios (cataflan, pantoprazol, domperidona, rosuvastatina, losartana, ablok, neosaldina, dorflex, imosec, buscopan, toragesic, tandrilax, tylenol, luftal gel, xefo, paco, nimesulida). Sempre levo duas mudas de roupa em mala de mão em viagens internacionais em caso de extravio de bagagens, fato que já ocorreu comigo mais de uma vez.
Mochila: iPad e seu carregador, carregador do celular, fone de ouvido, 01 blusa de frio, 01 livro, 01 lenço, 01 chinelo, 01 cadeado com chave, lenço de papel, band-aid, protetor de ouvido, caneta, caderneta de anotações de viagem, porta comprimidos, escova de dente, porta moeda, 01 pacote de lenços umedecidos, 01 frasco pequeno de álcool gel, rinossoro, desodorante, pasta de dente, colírio, perfume, diprosalic pomada, carregador portátil, passaporte, seguro saúde, caderneta internacional de vacina, cartões de crédito liberados para compra no exterior, confirmação de reservas em hotel, restaurante, atrações turísticas, musical e jogo de basquete, U$.
Tudo pronto para o início da viagem no dia seguinte.

PREPARANDO A VIAGEM PARA NEW YORK - PARTE I



Gosto de passar meu aniversário fora da cidade onde moro. Sempre começo a planejar local e viagem no dia seguinte ao aniversário, que é dia 31 de outubro. Assim, em 01º de novembro de 2017, quando estava em Bogotá, Colômbia, decidi que os meus 55 anos seriam comemorados em New York.
As pesquisas de companhias aéreas, melhores horários de voos e hotéis já se iniciaram quando retornei ao Brasil, no final da primeira quinzena de novembro de 2017. A princípio, viagem a dois, eu e Gastón.
Primeiramente, decidimos quando seria a viagem e quanto tempo duraria. Seria no final de outubro de 2018, em torno de dez dias, somente em New York, para evitar correria de entrar e sair de hotel, aeroportos e estações de trem. Depois, com as milhas que eu tinha na Latam, a decisão foi por voar em alguma companhia da One World. Eu tinha 170.000 milhas. Imaginei que seriam suficientes para emissão de dois bilhetes aéreos, com saída de Belo Horizonte, em classe econômica. Qual não foi a minha surpresa, negativa, diga-se de passagem, que em todas as simulações que fazia, a quantidade mínima que era pedida por pessoa, ida e volta, eram 110.000 milhas. Mas como tenho experiências anteriores, comecei a entrar no site da Latam com frequência para pesquisar a emissão de voos com milhas para New York. Entre janeiro e março de 2018, devo ter feito mais de 40 consultas, com os valores chegando a 150.000 milhas por pessoa. Até que em 04 de março de 2018, a quantidade baixou para 65.000 milhas por pessoa, caso o voo de ida fosse no dia 29 de outubro e o de volta no dia 06 de novembro de 2018. Não tive dúvidas em emitir os dois bilhetes na hora, pagando R$ 481,62 de taxas de embarque. Tentei marcar assentos, pois tanto eu, quanto Gastón, gostamos de viajar em assento de corredor, mas não consegui. A emissão dos bilhetes foi confirmada por e-mail, com direito a duas malas de 23 quilos cada uma, cada passageiro, mas ainda sem assentos marcados. Foram estes os voos:
Dia 29/10/2018 - Latam JJ 3341, saindo de Confins (CNF) às 19:30 horas, chegando em Guarulhos (GRU) às 20:55 horas.
Dia 29/10/2018 - Latam JJ 8180, saindo de Guarulhos (GRU) às 23:20 horas, chegando no dia seguinte, 30/10/2018, em New York (JFK), às 08:10 horas.
Dia 06/11/2018 - Latam JJ 8181, saindo de New York (JFK) às 17:30 horas, chegando no dia seguinte, 07/11/2018, em Guarulhos às 06:25 horas.
Dia 07/11/2018 - Latam JJ 3344, saindo de Guarulhos (GRU) às 08:15 horas, chegando em Confins (CNF), às 09:25 horas.
Aproveitei o embalo para pesquisar hotéis através do Booking. Queria um hotel bem localizado, de preferência na região da Times Square, já que seria a primeira vez de Gastón em New York, ficando mais fácil o acesso ao metrô e aos principais pontos turísticos da cidade. Também teria que incluir o café da manhã na diária, algo essencial para mim, pois não gosto de ficar saindo para procurar lugar para comer. Tenho um ritual que sigo à risca: acordar, levantar, tomar café da manhã, ir ao banheiro, tomar banho, e só então, sair para aproveitar o dia. Fiquei bem umas quatro horas fazendo esta pesquisa, até que encontrei o Hilton Garden Inn New York Times Square South, hotel relativamente novo, com todas as características que procurava e ainda com cancelamento gratuito da reserva até dois dias antes do dia da chegada. Fiz a reserva de um quarto para duas pessoas, cama de casal, para o período de 30/10/2018 a 06/11/2018, ou seja, 7 diárias, com café da manhã incluído e wi-fi liberado em todos os ambientes do hotel. Valor: U$ 2.051 + 14,75% de imposto (U$ 302,52) + U$ 3,50 de imposto municipal por diária (U$ 24,50), o que totalizava U$ 2.378,02.
Com passagens aéreas e hotel garantidos, teria dez meses, tempo mais que suficiente, para fazer um bom planejamento de viagem, com um ótimo aproveitamento dos dias que estaríamos em New York. Neste período, li guias, revistas, blogs especializados, sites de turismo, guias gastronômicos, conversei com amigos que tinham viajado recentemente para lá. Enfim, foi um período pré-viagem que já me senti viajando. Na medida em que decidíamos algum local, colocava em uma planilha compartilhada por nós dois. Assim foi sendo construído o planejamento de nossa viagem. Nada de rigidez, mas apenas um norte para o que iríamos fazer.
Em 01/08/2018, recebi um e-mail da Latam comunicando alteração no horário do voo JJ 8181, no trecho JFK-GRU (06/11/2018), que passou para mais cedo do que o inicialmente previsto, de 17:30 horas para 16:35 horas, com alteração também no horário de chegada em Guarulhos, no dia 07/11/2018, de 06:25 horas para 05:30 horas. Era a adequação do voo ao horário de verão no Brasil e ao horário de inverno em New York, ambos com alteração para ocorrer em 04/11/2018. Concordei com as alterações, mesmo porque não havia outra possibilidade.
Gastón tinha um desejo de infância de assistir a um jogo de basquete da NBA em um ginásio. Pesquisamos, constatando que haveria um jogo no Madison Square Garden entre New York Knicks e Chicago Bulls no dia 05 de novembro de 2018. Os ingressos individuais para os jogos do Knicks na NBA começariam a ser vendidos no dia 25/08/2018, data em que compramos pelo site da TicketMaster duas entradas para ver este jogo, cujo valor total foi de U$ 212,40. Como o pagamento foi por cartão de crédito, houve o acréscimo de U$ 13,55 relativos ao IOF. Ingressos enviados por e-mail para impressão em casa.
Outra coisa que gosto de ter acertado previamente é o transfer do aeroporto para o hotel. Quando estive em New York em 2015, utilizei o serviço da Leco Tours e gostei. Assim, em 25/08/2018, solicitei para a mesma empresa um orçamento, via site, do transfer aeroporto-hotel (Manhattan)-aeroporto. A empresa é de brasileiros e todos os seus motoristas são brasileiros. A resposta veio por e-mail em 26/08/2018, com o orçamento solicitado. O trecho aeroporto-hotel ficava em U$ 110, dos quais U$ 10 são cobrados como taxa de estacionamento. O trecho hotel-aeroporto seriam U$ 100. Respondo de imediato, confirmando meu interesse, informo os dados de voos, datas, horários e endereço do hotel, além de perguntar a forma de pagamento. A Leco Tours confirmou o transfer por e-mail em 27/08/2018, dizendo que o pagamento seria em dinheiro diretamente com o motorista, ao final de cada trecho realizado. Também informaram um número de WhatsApp em caso de necessidade.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

SAI PARA JANTAR, NÃO COMI, MAS CONHECI "DEUS".

Sigo todas as listas de gastronomia que saem pelo mundo. Estava esperando a lista 2017 dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina, promovida pela revista inglesa The Restaurant, pois viajaria de férias para a Colômbia em final de outubro e queria conhecer algum restaurante que integrasse tal listagem. Assim que divulgaram a lista, dia 24 de outubro, vi que três restaurantes de Bogotá estavam entre os 50 melhores da América Latina: Harry Sasson, Restaurante Leo, e Villanos en Bermudas. Obviamente que busquei como fazer reservas, descobrindo que, para os três, as reservas poderiam ser feitas pelo site Restorando. Para o Harry Sasson, o colombiano melhor posicionado na lista, não havia disponibilidade para as datas que eu estaria em Bogotá. Assim, consegui reserva para os outros dois, sendo o Restaurante Leo, outrora conhecido como Leo Cocina Y Cava, para o jantar do dia 30 de outubro de 2017, e o Villanos en Bermudas, para também jantar, em 11 de novembro de 2017. Para comemorar meu aniversário de 54 anos, dia 31 de outubro de 2017, juntamente com um amigo que nasceu no mesmo dia, mês e ano que eu, optamos pelo Criterión, dos aclamados irmãos Hausch, que figurou nesta listagem nos anos de 2013 a 2016.
Aqui relato minha péssima experiência no Restaurante Villanos en Bermudas.
Como já escrito acima, fiz reserva pelo site Restorando em 26 de outubro de 2017, solicitando uma mesa para quatro pessoas para jantar em 11 de novembro de 2017, um sábado, às 20:30 horas, horário de Bogotá, Colômbia. Ou seja, reserva com antecedência de 17 dias! Tal reserva foi confirmada no ato, por mensagem no site, bem como por e-mail, de mesma data, enviado por Restorando. O restaurante Villanos en Bermudas, em 10 de novembro de 2017, um dia antes de minha reserva, enviou-me e-mail, sem assinatura identificada, solicitando a confirmação desta reserva, o que, de pronto, respondi afirmativamente. No sábado, dia 11 de novembro de 2017, chegamos de táxi, os quatro juntos, ao restaurante às 20:30 horas, horário exato de nossa reserva. O restaurante fica em uma casa com duas portas que dão acesso a dois restaurantes distintos. A entrada para o Villanos en Bermudas fica à esquerda. Batemos campainha, fomos recebidos por um atendente que nos levou até o segundo piso, nos acomodando ao final do corredor, na saída do bar, cujo balcão estava totalmente ocupado com pessoas esperando suas mesas ficarem prontas. Ficamos em um local onde havia duas poltronas, uma mesa de centro e dois bancos sem encosto, bem desconfortáveis. O atendente deixou as cartas de coquetéis e vinhos conosco e saiu. Um outro atendente se aproximou, dizendo que nossa mesa estava sendo preparada. Passados quinze minutos que lá estávamos, sem ninguém se interessar se queríamos pedir algo para beber, resolvi perguntar ao segundo atendente sobre nossa mesa, recebendo a resposta que em mais dez minutos seríamos acomodados. Foi quando um dos barman veio até nós perguntando se bebíamos algo. Como preferimos beber vinho, perguntamos sobre harmonização com o menu degustação e ele disse que não havia, mas que o sommelier da casa poderia nos auxiliar. No entanto, o tal sommelier nunca apareceu enquanto lá estivemos. Decorridos quarenta e cinco minutos, com a sala já bem cheia de gente esperando para ser acomodada, resolvemos novamente perguntar sobre nossa mesa para o mesmo atendente. Ele, visivelmente irritado, nos respondeu rispidamente que tínhamos que esperar, dando a entender que se quiséssemos ir embora, seria um alívio para ele. Assim que perguntamos seu nome, ele respondeu que era "Deus". Atitude prepotente e sem educação. Ali perdemos a vontade de jantar neste restaurante. Já na porta para sair, encontramos um dos proprietários do local, o chef Sergio Meza, que se limitou a escutar nossa reclamação, pedindo uma tímida desculpa e afirmando que não podia controlar a reação de seus empregados. Um casal saiu furioso nesta mesma hora. Parece que a recente entrada na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina (n° 40 - Lista 2017) fez mal aos donos do Villanos en Bermudas. Não conseguem honrar as reservas, não conseguem tratar bem seus clientes. O dono não fez nenhuma questão de nos demover da ideia de deixar o local, mesmo com reserva confirmada por mais de uma vez, e tendo esperado por cinquenta minutos para ser acomodados, o que não aconteceu. Serviço de péssima qualidade. Ao jovem proprietário digo que ele não pode controlar a atitude de seus empregados, mas pode, e deve, orientar e capacitar todos eles a tratar com cortesia e educação os clientes que chegam ao restaurante. Saindo, atentei para uma mensagem escrita na parede à esquerda da porta de entrada, quando percebemos que os proprietários se acham superiores e acima de qualquer crítica. Villanos en Bermudas entrou em minha lista das piores experiências em um restaurante que já tive em minha vida. Depois desta, resolvi ler as avaliações sobre o restaurante e constatei que há uma grande quantidade de críticas negativas, tanto da comida, quanto da espera demorada para ser acomodado em mesas. Fica aqui meu questionamento sobre a lisura desta lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina.

sábado, 29 de julho de 2017

DE DUBROVNIK PARA PARIS

04/05/2017: quinta-feira, nosso sétimo dia de férias na Europa. Era tempo de deixar Dubrovnik, de deixar a Croácia, seguindo para Paris, França. Acordamos bem cedo, pois ainda queríamos aproveitar a manhã no resort Royal Princess. No café da manhã, escolhemos uma mesa do lado externo do restaurante La Castille, com vista para o Mar Adriático. Foi um gostoso café da manhã, reforçado, pois a hora do almoço seria voando. Depois do café, com as malas já quase prontas, fomos passear nos arredores do hotel. Fizemos uma grande caminhada, passando por outros hotéis da mesma rede, chegando à uma praia particular de outro hotel. Eles deixaram a gente passar, mas não podíamos ficar nas cadeiras e espreguiçadeiras, exclusivas dos hóspedes daquele hotel. A praia era bem pequena, sem ondas no mar. Cercaram uma parte da água, formando uma piscina. A água estava muito gelada. Ninguém se atrevia a entrar. Tiramos algumas fotos, ficamos sentados apreciando a vista, e retornamos ao hotel. Tínhamos pedido um late check out para 12:30 horas, mesmo horário para o qual agendamos nosso transfer para o aeroporto, que custou os mesmos € 39 quando chegamos na cidade. No balcão do check out, fui atendido de maneira muito rápida. O motorista foi pontual. Partimos do hotel às 12:30 horas, chegando ao aeroporto às 13:00 horas. Fomos direto para o balcão da Croatia Airlines, onde fizemos nosso check in, despachando as malas para Paris. Voltamos para o lado de fora do aeroporto para Gastón fumar. O aeroporto é pequeno, mas tinha um bom movimento. Decidimos entrar logo, pois tínhamos que passar pela imigração e nos disseram que estavam muito lentos. Não demoramos nada para esta passagem. Com algumas kunas no bolso, resolvemos torrá-las no Duty Free, comprando produtos croatas, como azeites, vinhos e temperos. O voo estava marcado para partir às 15:05 horas. Como já estava perto da hora de embarque, fizemos um lanche rápido no Caffe Lindo, que fica na área de embarque internacional. Olhei o display, percebendo que nosso voo estava atrasado, mas ninguém da companhia área apareceu para explicar quaisquer motivos. E pensam que isto só acontece no Brasil! Ficamos sem ter notícias por mais de uma hora. Só conseguimos informações quando abordei um empregado da Croatia Airlines que chegou para fazer o embarque de um voo para a Alemanha. Ele se limitou a dizer que o voo estava atrasado, fato que todos já sabiam, e que era para aguardar as informações que apareceriam no display. A primeira a aparecer indicou que o voo sairia às 16:15 horas, o que não ocorreu. A partida foi alterada para 16:40 horas, para 16:55 horas, para, enfim, ocorrer às 17:14 horas. Tínhamos um jantar agendado com minha tia e meu primo em Paris às 21:00 horas e temíamos que não daria tempo de chegar. O voo ocorreu de forma tranquila. Aterrissamos no Aeroporto Charles De Gaulle às 19:45 horas, no Terminal 2D. As malas demoraram a chegar. Ainda fizemos câmbio para, em seguida, pegar um táxi que nos levaria ao nosso hotel, o Le Lapin Blanc. Tomamos o táxi às 20:30 horas. O preço da corrida é fixo: € 55 para quem vai para a Rive Gauche, nosso caso, e € 50 para quem tem como destino a Rive Droite. O trajeto até o hotel durou cinquenta minutos, tempo em que aproveitamos o wi-fi gratuito do táxi. Chuviscava em Paris. Quando entramos na minúscula entrada do Le Lapin Blanc (41 Boulevard Saint-Michel), já eram 21:10 horas, ou seja, estávamos atrasados para o jantar. No balcão do hotel, todo decorado com motivos que lembram as histórias de Alice no País das Maravilhas e no País dos Espelhos, ouvimos mais uma vez a frase que faz bem aos ouvidos: "vocês receberam um upgrade". Era o terceiro hotel nesta viagem, o terceiro com tal regalia. Diferente do hotel em Dubrovnik, tudo era bem pequeno neste hotel parisiense. Ele é bem localizado, perto de estação do metrô e com possibilidades de fazer muitos passeios a pé nos seus arredores. Colocamos as malas no quarto, comemos um dos macarons de boas vindas deixados em um redoma na escrivaninha, agasalhamos bem, pegamos um guarda-chuva, saindo para o jantar. Nesta altura, já tínhamos entrado em contato com minha tia, falado do atraso, havendo mudanças no restaurante. Encontramo-nos em frente ao Café des Flores e seguimos para um agradável jantar no Au Saint Benoit (26, Rue Saint Benoît). Assim começava nosso período de férias na capital francesa.
No retorno ao hotel, paramos em uma unidade do Monoprix para comprar água.
No hotel, um banho demorado, pijama quentinho e cama confortável. Dormi profundamente.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

DUBROVNIK - CROÁCIA - TERCEIRO DIA

03/05/2017: quarta-feira, dia frio, mas com um céu lindo novamente. Mais um dia para aproveitar as belezas da cidade medieval de Dubrovnik. Passamos a manhã no hotel, tomando um café longo e tranquilo no restaurante La Castille. Quando saímos para o centro, já era início de tarde. Fomos, como todos os demais dias, de ônibus. Foi um dia sem nada definido, sem compromissos agendados. A ideia era andar pelas ruas e becos da cidade dentro dos muros, tirar fotos, observar as pessoas, os prédios e as atrações turísticas. Assim que entramos pelo Portão Pile, decidimos ver a exposição temporária de Salvador Dalí que tinha lugar no prédio ao lado da bilheteria para a caminhada da muralha. Pagamos cada ingresso o valor de Kn 60. Cerca de sessenta obras do mestre do surrealismo, entre gravuras, pinturas, desenhos, cerâmicas e esculturas, estavam expostas, muitas delas pertencentes a acervos particulares. Além de apreciar belas obras, também tivemos uma outra perspectiva de alguns prédios antigos vistos das janelas da galeria. Da exposição, seguimos nosso caminho, parando em uma feira de produtos orgânicos e artesanato que ocupava uma praça da cidade. Ali, compramos sabonetes artesanais e sachês de lavanda (que é quase onipresente na Croácia). A Catedral estava bem perto e ainda não tínhamos visitado seu interior. Entramos, demos uma volta (é bem mais interessante por fora), acendemos uma vela, e seguimos viagem, parando em outra igreja, a dedicada a São Blásio. Outra que é mais interessante o seu entorno, como a pequena Fonte de Onófrio e a Coluna de Orlando.
Ao sair da igreja, atravessamos uma arcada e chegamos ao porto. Era hora de fazer um passeio de barco. Havia uns sete quiosques vendendo diversos tipos de tour pelo Mar Adriático. Ficamos mais interessados em um barco que tinha o formato de um semi-submarino, pois o fundo dele tinha janelas de vidro que possibilitavam ver o fundo do mar. Optamos por este passeio, cuja duração é de quarenta e cinco minutos, pelo qual pagamos Kn 90 cada bilhete. Faltavam vinte minutos para a próxima saída. Aguardamos sentados em um dos vários bancos que ficam encostados na muralha. O nome da empresa que nos vendeu é Yellow Submarine, mas há um submarino vermelho na frota. Fomos no amarelo. Conosco, mais cinco pessoas.
O passeio fez um percurso panorâmico, quando tivemos a oportunidade de ver a muralha do mar, além de uma parte da costa com muitos hotéis boutique. A recomendação era para ficar na parte de cima para apreciar tais vistas e somente descer no retorno, quando o barco parou para vermos o fundo do mar. Que decepção. Nada de interessante, a não ser plantas aquáticas, areia, pedra e um cabo de transmissão telefônica. O melhor era pagar menos e ir em um dos muitos barcos que navegam ali todos os dias. Assim que descemos em terra firme, paramos para almoçar no Lokanda Peskarija.
Depois do almoço, fomos conhecer o Aquarium. Seu bilhete individual custou Kn 60. Nele, apenas peixes, crustáceos e alguns animais do Mar Adriático. Pequeno, escuro, frio e fácil de caminhar. Eu gostei, mas sou suspeito, pois um dos meus passeios favoritos em viagens é conhecer aquários. Para quem não aprecia muito, é dispensável. Quando saímos do aquário, já era final de tarde. Resolvemos voltar para o hotel, onde arrumamos as malas para seguir nossa viagem de férias no dia seguinte, rumo a Paris.
Ainda voltamos à cidadela à noite para jantar no Domino. Após o delicioso jantar, paramos na Gossip para tomar um sorvete, que estava horrível, diga-se de passagem. Era uma bola sabor mirtilo (Kn 14), que não tinha sabor de nada.
Voltamos para o hotel cansados, mas muito contentes com estes três dias que passamos em Dubrovnik.  

quinta-feira, 27 de julho de 2017

DUBROVNIK - CROÁCIA - SEGUNDO DIA

02/05/2017: nosso segundo dia em Dubrovnik. Mais um dia com céu lindo, mas o frio seguia presente. Acordamos bem tarde, sem pressão de compromissos agendados. Sabíamos apenas que seria mais um dia de muita caminhada nas ruas medievais da cidade. Fomos tomar café da manhã, incluído na nossa diária, pelo lado de fora, em caminho aprazível ladeando o Mar Adriático. Alguns corajosos turistas, muito brancos, tomavam banho de sol em espreguiçadeiras colocadas nos espaços mínimos de areia da pequena praia em frente ao hotel. Aproveitamos para descer até a água para sentir sua temperatura. Coloquei a mão: geladíssima. Ninguém se aventurava a entrar naquele mar, que estava lindo, diga-se de passagem. Além de frio, há muitas pedras. Não era o melhor lugar para nadar. Voltamos para nosso caminho, chegando ao restaurante La Castille, onde era servido o café da manhã do hotel. Ficamos em uma mesa ao ar livre, de frente para o mar. O buffet era bem variado e farto. Ficamos por mais de uma hora ali, sem pressa nenhuma. Saímos do hotel já no final da manhã. Tomamos o ônibus Linha 6 em direção ao Portão Pile, onde fica o portão principal da cidade medieval. Novamente compramos o bilhete diretamente com o motorista (Kn 15 cada um). Fomos sentados, observando a paisagem pelo caminho, que durou cerca de vinte minutos. Ao descer, fomos abordados por uma mulher que vendia um tour a pé temático, o Tour Game of Thrones. Somos fãs da série. O tour sairia às 12:15 horas, exatamente de onde descemos do ônibus. Pagamos Kn 150 cada um. Faltava meia hora para seu início. Resolvemos dar uma volta por ali, tirando fotos. Quando retornamos, a mulher nos disse que o número mínimo não fora atingido para o tour começar. Era necessário um grupo com, pelo menos, quatro pessoas para sair o tour. Ela só tinha vendido os nossos dois bilhetes. Ela nos disse que tinha três opções: fazer o tour no dia seguinte, no mesmo horário, sem garantia de que iria sair; fazer o tour no final daquela tarde, também sem garantia de que iria sair; ou pagar mais um bilhete, quando o tour seria autorizado a sair. Achei as três opções ridículas, especialmente a última. Ela deveria ter avisado quando compramos que havia um número mínimo para a realização do passeio a pé. Eu respondi que havia uma quarta opção: a devolução de nosso dinheiro, o que ela fez sem pestanejar. Há dezenas de pessoas oferecendo tours por ali. Andamos dez passos e já compramos o mesmo tour com outra empresa de turismo. Este sem número mínimo de pessoas. Pagamos o mesmo valor, Kn 150 o bilhete, e nos juntamos a outras três pessoas que já estavam preparadas para sair. O tour tinha duração de duas horas, focado nas locações de Game of Thrones, mas também com um pouco de história da cidade. Ao final, direito a foto sentado na réplica do trono de ferro. O início do tour se dá pelo lado de fora da muralha, no Forte Lovrijenac. Sua entrada não está incluída no valor do tour, mas quem tinha o ingresso da caminhada por cima da muralha, que era o nosso caso, este valia para entrar no forte, desde que até o dia seguinte ao da caminhada. Assim, nada pagamos. Antes de sair, compramos água mineral em um quiosque, pois o dia estava seco. Para quem segue a série, o passeio é incrível, você pisa nos locais em que gravaram cenas antológicas, vê as fotos das gravações, compara com a paisagem real, e ainda sabe as loucuras de edição, em que uma porta está em um local e se abre em outro muito distante de onde ela está. Das seis temporadas iniciais, cinco delas foram gravadas em Dubrovnik, o que rende boas histórias no caminho. A guia também nos mostrou locações de filmes mais recentes, como Robin Hood e Star Wars VIII. Uma das cenas mais antológicas e emblemáticas de Game of Thrones é a caminhada da vergonha de Cersei. Descemos a escada onde ela foi gravada lembrando os gritos de "shame, shame" dos moradores de King's Landing, enquanto uma rainha nua "pagava" seus pecados.
A duração do tour foi maior do que o informado no início, pois a guia não tinha pressa e esclarecia todas as nossas dúvidas. Foi um passeio de duas horas e meia pelas ruas medievais de Dubrovnik. Terminamos o tour dentro da Maluca, uma loja de souvenir, especializada em artigos alusivos à série, além de farto material sobre Star Wars. Ali estava a réplica do trono, onde, obviamente, nos sentamos para tirar fotos. Nem vimos a guia partir. Compramos souvenir e fomos procurar um local para almoçar, quando paramos no Mama's Pot Tavern.
Depois do almoço, visitamos um museu dentro da muralha, o Monastério Beneditino, onde pagamos Kn 30 cada entrada. Estava em reforma, mas seu pequeno museu com peças sacras estava funcionando. Vimos tudo em menos de meia hora.
Resolvemos sair pela Porta Ploce para ver o outro lado da cidade. Quando saímos, vimos que estávamos bem perto da estação do teleférico que leva turistas para o alto da colina. Fomos até lá, pagamos Kn 130 cada bilhete, viagem ida e volta. Enfrentamos uma pequena fila para subir em um bonde parecido com o do Pão de Açúcar, só que em tamanho menor. No mirante, a vista que se tem da cidadela é incrível, além de poder ver várias ilhas que pontuam o Mar Adriático. A luz do sol batendo nas águas do mar deixava um aspecto espelhado, prateado, lindo de se ver. Ao lado do mirante, há um imenso cruzeiro, marcando a forte presença do catolicismo no país. Ficamos pouco mais do que meia hora lá por cima. Sem filas para descer, voltamos em um teleférico bem vazio. Na parte de baixo, reentramos na muralha, desta feita por uma porta lateral. Era hora de voltar para o hotel, mas antes passamos em algumas lojinhas para fazer algumas comprinhas.
Ainda retornamos à cidade muralhada à noite, indo e voltando de ônibus. Jantamos no Amoret.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

DUBROVNIK - CROÁCIA - PRIMEIRO DIA

01º/05/2017: feriado mundial. Acordamos bem cedo para tomar o café da manhã ainda no Hotel Dubrovnik, em Zagreb. O check out foi muito rápido, nem dez minutos gastamos no balcão. Saímos arrastando as malas até o ponto de táxi mais próximo, distante uns cem metros da entrada do hotel, que fica em área exclusiva para pedestres. Junto conosco saíram três casais, todos com malas. Olhei para a fila de táxi e vi apenas um carro. Apressamos o passo, pois não queria ficar esperando outro veículo aparecer. Pelo trajeto até o aeroporto, que durou meia hora, pagamos Kn 250, preço fixo informado assim que entramos no táxi. O aeroporto estava bem vazio. O check in no balcão da Croatia Airlines foi célere. Nosso destino: Dubrovnik, a cidade mais famosa e conhecida da Croácia. Aeroporto pequeno e moderno, com poucas opções, dentro da área de embarque, para um lanche. O embarque ocorreu no horário marcado. Voo tranquilo, vazio, com duração de pouco mais do que uma hora. O dia estava excepcionalmente belo, o que nos proporcionou incríveis vistas quando o avião se aproximava do aeroporto de Dubrovnik. Vimos a parte medieval da cidade, as montanhas que a cercam, suas ilhas e inúmeras praias pequenas. Um aperitivo do que seriam nossos dias naquela encantadora cidade. Eu já tinha contratado previamente um transfer do aeroporto até o hotel, no caso o Ariston Hotel, que fica em área de resorts, em frente ao Mar Adriático. Assim que saímos do saguão do aeroporto, vimos meu nome em uma placa. Motorista profissional, de poucas palavras. Este transfer nos custou  39, lançados na conta final do hotel. O percurso do aeroporto ao hotel demorou cerca de meia hora, com direito a lindas vistas do mar. O motorista nos deixou na entrada do Ariston. Fomos até o balcão e nos apresentamos. A recepcionista nos disse que nosso check in deveria ser feito em outro hotel, o Royal Princess, um pouco mais acima. Contestei dizendo que minha reserva era para o Ariston. Ela deu um sorriso, respondendo: "vocês receberam um upgrade de hotel e de quarto". O Royal Princess é um resort cinco estrelas com quartos enormes. Sorri de volta, entendendo: "fica quieto e aceita!". Era o segundo upgrade da viagem. Check in muito rápido, pois tudo já estava preparado. Realmente nosso quarto era algo de grande, com uma cama super king size, uma sala, uma pequena cozinha americana, uma varanda, também muito grande, com vista para o mar e dois banheiros. Depois de um belo banho, resolvemos sair para conhecer a parte medieval da cidade. Perguntamos na recepção a melhor maneira de chegar. O recomendado era pegar o ônibus da Linha 6, que tinha uma parada há uns 200 metros do hotel, cujo ponto final era no portão principal da cidade medieval. Os bilhetes podem ser adquiridos diretamente com o motorista, ao preço unitário de Kn 15. Foi nosso meio de transporte durante todos os dias em Dubrovnik. Nosso ponto era a Dulcica 5. O trajeto dura cerca de vinte minutos. Como nosso destino era o Portão Pile, ficamos despreocupados, pois era onde todos desciam. Quando chegamos, havia uma multidão de turistas de todas as partes do mundo nas imediações do portão. Muita gente oferecendo tour a pé ou de barco. Antes de entrar, resolvemos comer algo rápido, decidindo pela Forteca. Minhas impressões sobre este lugar podem ser conferidas clicando aqui.
Depois de forrar o estômago, era hora de turistar. Entramos pelo portão principal, onde uma dupla vestida com roupas medievais tocava uma música de época, tentando vender o cd correspondente. É um impacto visual quando se cruza o portão. Construções seculares reluzentes em um chão incrivelmente limpo, apesar da aglomeração de gente e do movimento. A Fonte de Onofrio dá as boas vindas aos visitantes. O relógio já marcava 16 horas. O sol estava ainda a pino. Resolvemos aproveitar o céu limpo para fazer o passeio turístico mais desgastante dentro da muralha: caminhar por cima de todo o muro que cerca a cidade. Para tal, cobra-se ingresso (Kn 150 cada um), que pode ser comprado em três locais específicos da muralha, além da bilheteria principal, que fica do lado direito de quem entra pelo portão principal. Compramos e começamos a subida. São dois quilômetros de sobe e desce, com altura chegando a 25 metros. As vistas são sensacionais, tanto para o Mar Adriático, quanto para a colina atrás da cidade murada e para o interior dos muros, onde fica a cidade medieval. Percorremos sem pressa, parando quando queríamos para tirar fotos. No caminho, há pequenos cafés que podem ser um ótimo ponto de descanso. Mas não paramos em nenhum deles, apenas compramos água para hidratar. Gastamos uma hora e quinze minutos para fazer todo o percurso. Para quem não quer fazer todo o trajeto, há dois pontos de saída na muralha, onde o ingresso é requisitado. Terminamos onde começamos. Era hora de andar sem rumo pelas ruas estreitas da cidade. Igrejas, museus, repartições públicas, colégios, ruínas, escadarias, casas, lojas, bares, restaurantes, e muitos turistas. Claro que paramos em lojinhas para comprar souvenir. Andar sem destino certo foi o melhor que fizemos, pois assim escolhemos onde sentar e comer, ao finalzinho da tarde, com direito a vinho croata. O restaurante foi o Storia, cuja resenha de minhas impressões pode ser checada clicando aqui.
Ao final do jantar, já noite, ainda demos mais uma volta para ver a cidade iluminada, que tem outra vida. As ruas já estavam mais vazias, pois muitos turistas são provenientes de cruzeiros que aportam diariamente na cidade. Andar à noite naquelas ruas é uma delícia. Com as pernas pedindo descanso, resolvemos voltar para o hotel. Já passavam das 22 horas. Tomamos o mesmo ônibus da vinda. No hotel, foi deitar e dormir.

terça-feira, 25 de julho de 2017

ZAGREB - CROÁCIA - TERCEIRO DIA


30 de abril de 2017: terceiro dia de nossas férias. Ainda em Zagreb, capital da Croácia. Era domingo. O céu estava totalmente azul, com um tímido sol brilhando, não conseguindo espantar o frio. Despertamos bem tarde, descemos quase ao final do café da manhã, que encerrava às 11 horas. Tomei um bem reforçado café para aguentar o batidão do dia. Quando voltamos ao quarto, era quase meio-dia. Com a janela aberta, ouvimos o disparo pontual do canhão do alto da Torre Lotrscak. Ainda da janela do quarto, vimos uma movimentação de gente na praça Ban Jelicica, onde estava a mesma turma fantasiada e em cavalos que fazia a cerimônia de troca de guarda no dia anterior ao redor da Igreja São Marcos. Eu já estava pronto. Resolvi descer para ver a nova cerimônia, esperando Gastón na praça. Quando cheguei, eles já estavam terminando. Aproveitei o lindo dia que fazia para tirar mais uma série de fotos dos prédios da praça. Assim que encontrei com Gastón, fomos caminhando em direção ao funicular, pois novamente iríamos passear na Cidade Alta. A ideia era visitar alguns museus. Quando chegamos, o funicular estava por sair. O bilheteiro nos mandou entrar e pagar no desembarque. Subida de cinco minutos. Trecho mínimo. Assim que descemos, fomos até a bilheteria e pagamos nossos tíquetes, Kn 4 cada um. O ponto de desembarque é em frente à torre, que já tínhamos visitado no dia anterior. Seguimos em frente até o Museu de Art Naif, quando descobrimos que a maioria dos museus fecha às 13 horas aos domingos.
Na mesma rua, um pouco mais abaixo, fica o Museu das Relações Terminadas (Cirilometodska ulica, 2), que fica aberto até às 17 horas. Resolvemos entrar. A entrada custou Kn 30. Na bilheteria, a vendedora perguntou de que país éramos. Brasil e Argentina respondemos. Ela me entregou um livro em português e a Gastón um em espanhol. Era o livro para seguir a exposição, que deve ser devolvido ao final da visita. Demoramos uma hora para percorrer todo o museu. São 100 relatos de término de relações, sejam elas amorosas, de família, ou outros tipos. Para cada relato real, um objeto foi doado ao museu. Um mosaico, às vezes triste, outras vezes divertido, de como as pessoas reagem ao fim de um relacionamento. É difícil explicar a experiência. Só mesmo visitando para entender. Gostamos muito. Ao final, paramos no café do museu para tomar um espresso, onde deixamos Kn 25. Dali, resolvemos ir para o lado oposto da Cidade Alta, descendo uma rua lateral da direita, andando meio sem rumo, observando os prédios e praças, chegando novamente no Teatro Nacional. Dali, seguimos uma avenida bem arborizada, acompanhando o mapa que tínhamos nas mãos, pois já passava das 16 horas, quando resolvemos procurar um lugar para comer. Decidimos que seria um hambúrguer. Perto de nosso hotel havia um local recém inaugurado que nos pareceu simpático. Fomos para lá: Good Food. As impressões deste lanche/almoço podem ser lidas clicando aqui.
Depois do almoço, ainda seguindo o mapa, caminhamos em direção aos jardins e praças públicas que se seguem um ao outro até chegar na estação ferroviária, ponto final de nossa caminhada. A estação não tem nenhum atrativo turístico, nem mesmo sua arquitetura é digna de uma visitinha. Nas praças, havia muita gente sentada nos gramados, nos bancos, em grupos, sozinhos, cantando, lendo, comendo ou simplesmente vendo a vida passar devagar naquele domingo. Nestas praças há wi-fi público liberado. Ficamos sentados um tempinho, até que o vento frio começou a incomodar. Levantamos, caminhando em direção ao hotel, mas sem retornar a ele. Paramos em uma sorveteria, a Slasticarnica Zagreb (Masarykova ulica 4), em funcionamento desde 1950. Ficamos no deque externo, com mesas protegidas do vento e do frio. As impressões de nossa passagem pela sorveteria podem ser lidas na mesma postagem do Good Food, cujo link está no final do parágrafo anterior.
Depois da sorveteria, voltamos para o hotel, pois estávamos bem cansados de tanto bater perna pela cidade. Foi chegar e apagar na cama. Acordamos perto de meia noite com muita fome. Domingo à noite é difícil encontrar algum restaurante aberto em Zagreb. Lembramos de um local que vimos no primeiro dia, perto do hotel, o Bistrô Dolac. Foi onde matamos a nossa fome, embora com uma experiência ruim: clique aqui.
A madrugada fria de segunda-feira já tinha chegado quando retornamos ao hotel. Era nossa última noite em Zagreb.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

ZAGREB - CROÁCIA - SEGUNDO DIA

29 de abril de 2017: o sábado amanheceu nublado e frio, mas sem chuva. Tomamos um excelente e reforçado café da manhã no hotel, incluído na diária. Para espanto de Gastón, comi uns dez morangos, fruto que nada aprecio. Eram bem doces, bem diferentes dos que comemos no Brasil. Saímos do hotel às 10:30 horas para conhecer mais um pedaço da Gornji Grad, a Cidade Alta, com muita história em suas casas e ruas, a maioria delas proibidas para carros. Ficava bem perto do hotel. Começamos por uma pequena feira de flores, repleta de lavanda e seus derivados à venda. Seguimos para o Mercado Dolac, que ocupa dois níveis da Praça Dolac. No nível descoberto, que acessamos por uma escadaria pela rua Pod Zidom, ficam dezenas de bancas que vendem verduras, frutas, legumes, flores, tudo fresco, direto dos produtores locais. Tem também uma parte dedicada ao artesanato croata, onde compramos imãs de geladeira e uma tábua de madeira para cortar pães. O movimento é intenso, com corredores bem estreitos entre as bancas. Os croatas parecem irritados com os turistas, pois fomos empurrados algumas vezes quando parávamos para tirar fotos, especialmente de legumes que não conhecíamos. Os morangos se destacavam pela cor e tamanho. Na esquerda está o mercado de peixes, que fica em ambiente fechado, bem limpo, mas com aquele cheiro característico. No subsolo, ocupando toda a parte de baixo da praça, o mercado continua, com algumas bancas vendendo os mesmos produtos que encontramos na parte de cima, mas sobretudo produtos derivados do leite, como queijos frescos, cogumelos secos de muitas variedades, charcutaria, carnes, ovos, aves, entre outros produtos típicos de mercados. Gastamos um bom tempo ali. Entramos em uma rua estreita, do lado esquerdo da praça e alcançamos a Igreja de Santa Maria, onde ocorria um batizado. É pequena e sem nenhum atrativo que me chamasse a atenção. Cruzamos a Ivana Tkalcica, a tal rua de pedestres, entrando em uma passagem com acesso a pequeno comércio, chegando a uma outra rua onde demos início à caminhada na Cidade Alta. Entramos pelo Portão de Pedra (Kamenita Vrata), remanescente da era medieval e muito bem preservado, onde há uma espécie de capela com a imagem da Virgem Maria, onde os croatas passam para orar e agradecer. Os agradecimentos estão escritos nas pedras que ladeiam a capela. Do portão, seguimos em direção à Torre Lotrscak. Em frente à torre está a estação terminal do pequeno teleférico que liga a parte baixa à parte alta, além de um pequeno mirante. Eram 11:45 horas. Ao meio-dia, todos os dias, um tiro de canhão é disparado desta torre. Resolvemos presenciar este tiro ao vivo e a cores, do alto da torre. Para subir, pagamos Kn 20 cada ingresso, sem direito a elevador, pois não há (pelo menos disponível ao público). Subimos até o mirante, de onde se tem uma bela vista de boa parte da cidade. Perto de meio-dia, eu desci para o nível onde fica o canhão. Eu e mais quatro turistas franceses ficamos parados olhando o canhoneiro disparar. Na hora do tiro, ele fez gestos para que nós tapássemos os ouvidos. Meio-dia ecoou o tiro, com um revoada de pássaros assustados, e um susto de todos nós. O ritual diário estava cumprido.
Enquanto esperávamos tal tiro, vi que perto dali acontecia uma cerimônia com homens vestidos a caráter, alguns deles montados em cavalos. Parecia uma troca de guarda. Saímos da torre, subimos a rua e chegamos onde esta cerimônia ocorria. Gritos e ordens em croata, incompreensíveis para nós, cavalgada, marcha, tambores, trompetes e guardas sendo substituídos. Tudo ocorrendo na lateral da Igreja de São Marcos, que é o símbolo da Croácia, com seu interessante telhado de azulejos coloridos com desenhos de dois escudos que representam a Croácia e Zagreb. Naquela mesma praça está o Palácio Ban, sede do Poder Executivo do país, e o Edifício do Parlamento, ambos sem visitação interior. A igreja estava fechada. Depois de muitas fotos, compramos água em uma mercearia, um dos poucos lugares comerciais abertos no início da tarde de sábado naquela parte da cidade.
Decidimos, após consulta ao meu guia impresso, conhecer o Ateliê de Ivan Mestrovic (Mletacka Ulica, 8), artista muito conhecido na Croácia, com obras espalhadas por toda a cidade. Seu forte é a escultura. Ficava pertinho. Pagamos Kn 20 cada entrada. Infelizmente o segundo piso estava fechado para visitação, pois sua obra é linda. Vimos as esculturas expostas em um salão interno e em um jardim ao lado, onde ficamos sentados por um bom tempo contemplando as obras.
A fome começava a dar sinal de vida, o que nos fez caminhar sem rumo pelas ruas antigas da parte mais alta de Zagreb. Nada encontramos aberto para almoçar.
Seguimos a caminhada, chegando à Igreja de Santa Catarina, cujo belvedere chama a atenção, não só pela vista, mas também pelos grafites nas paredes dos prédios e muros ao seu redor. Descemos por um caminho sombreado, chegando novamente à rua dos bares e restaurantes, mas resolvemos seguir andando, conhecendo um pouco mais da cidade, com parada no bem conservado e vazio Jardim Público Ribnjak. Nada perto dali também para comer. Resolvemos voltar para a Ivana Tkalcica, onde acabamos por sentar em uma espécie de lanchonete, com mesas na calçada, local que sentamos mesmo com toda a ventania que corria ali. Era o Pecenjara Ivo, cujas impressões podem ser verificadas clicando aqui. Já passavam das 15:30 horas.
Depois do almoço, rodamos na área comercial da cidade, quando aproveitamos que a H&M estava aberta para fazer compras. Em seguida, mais umas voltas com parada no Caffe Bar Millenium (Maksimirska, 108) para um café duplo, Coca Cola Zero e um docinho. Nesta curta parada, deixamos Kn 95,50. Ao invés de retornar ao hotel, ainda fomos ao deque de observação Zagreb 360º (Ilica, 1A), que fica perto da Praça Ban Jelacic. Para ver a vista de 360º da cidade, subimos 182 metros de elevador, e pagamos Kn 60 cada ingresso. Lá descobrimos que este é o local turístico mais visitado de Zagreb. Fomos em ótimo horário, por volta de 19:30 horas, com dia ainda claro, sem chuva, e com luz adequada para tirar fotos. Para quem gosta, há um bar com uma boa carta de drinques por lá.
Quando saímos, ainda batemos mais perna pela cidade, conhecendo o exterior do Teatro Nacional, já iluminado por ser noite, e as suas adjacências. Retornamos ao hotel bem cansados, mas satisfeitos por um dia intenso.
Ainda saímos novamente para jantar, perto do hotel, no restaurante Pod Zidom Bistrô & Wine Bar (Pod Zidom, 5). Nossos comentários sobre o jantar podem ser verificados clicando aqui.
Quando voltamos para o hotel, já iniciava a madrugada de domingo.

ZAGREB - CROÁCIA - PRIMEIRO DIA

Iniciamos nossa viagem de férias em 27 de abril de 2017, voando de Belo Horizonte (Confins) para Zagreb (Pleso Airport), com conexões no Rio de Janeiro (Galeão) e Paris (Charles de Gaulle). Fomos de Gol e Air France. Houve atrasos nos voos. Após quase 24 horas entre deslocamentos, voos, conexões, esperas em salas de embarque, enfim, chegamos ao aeroporto de Zagreb às 14:42 horas da sexta-feira, dia 28 de abril de 2017. Cansados, mas com muita disposição para dezesseis dias de férias, sendo três deles na capital croata. Demoramos para fazer imigração, pegar as malas, passar pela aduana e fazer câmbio. Pegamos um táxi normal, daqueles que ficam na fila logo na saída do aeroporto. O detalhe: chovia e os táxis ficavam em local descoberto. Para ir até eles, tivemos que nos molhar! O valor da corrida foi negociado com o taxista. Dissemos nosso destino, o Hotel Dubrovnik (Gajeva Ulica, 1), e ele disse o preço: Kn 280. Fomos conversando em inglês com o motorista, cujo tema principal girou em torno da gastronomia local, baseada em carne e batatas, segundo ele. O trajeto aeroporto-hotel durou 40 minutos. Mais uma vez tivemos que andar um pequeno trecho na chuva. O hotel fica em área de pedestre. O táxi nos deixou cerca de 100 metros da sua entrada. Check in às 17 horas, com direito a upgrade de quarto! Muito rápido. Para a cama não nos "prender", deixamos as malas sem desarrumá-las, tomamos um banho ligeiro e saímos para fazer um reconhecimento da área no entorno do hotel. Cruzamos a praça principal, onde parece ser o centro nervoso da cidade, com muita gente indo e vindo, paradas de trens elétricos, bares, cafés, lojas e repartições públicas. Passamos pela Praça Dolac, onde há uma feira diária, que já tinha encerrado as atividades daquele dia. Um rastro de muito lixo, restos de legumes, flores, verduras e frutas nos revelou que o local era movimentado. Caminhamos para o lado direito da praça, onde visitamos a Catedral da Assunção da Virgem Maria. A Croácia é dominantemente católica, mas suas igrejas não são tão suntuosas como em outros países da Europa. Esta catedral é vista de várias partes da cidade por ter torres altas, por sua imponência e tamanho. Sua construção data do início do Século XI e sofreu vários reveses, o maior deles o de um terremoto, que destruiu boa parte de sua estrutura. O relógio de uma das torres resistiu, registrando a hora do terremoto e hoje ornamenta a parede de pedra que contorna a igreja de seu lado esquerdo para quem a está vendo de frente. Apesar de ter o nome de Assunção da Virgem Maria, ela é dedicada também a mais dois santos: Santo Estefano e São Ladislau. Achei o seu interior rico, mas sem ostentação. Em frente há uma fonte com uma enorme coluna com uma imagem dourada da Virgem bem no alto. Em dias de céu azul, o contraste é bem interessante.
Dali seguimos para a principal rua de pedestres daquela região histórica, repleta de bares, pubs e pequenos restaurantes, a Ivana Tkalcica. Subimos e descemos esta rua, onde turistas e locais faziam o mesmo. O tempo pedia uma bebida quente. Paramos no Café Bar Donna, onde eu tomei um café espresso, muito curto e frio, enquanto Gastón bebeu, além do café, um chocolate quente. O atendimento foi tão ruim, que se quiséssemos ir embora sem pagar (sentamos nas mesas externas, de frente para a rua, com providenciais aquecedores ao redor), teríamos ido, pois ninguém aparecia para fecharmos a conta. Tive que entrar, procurar alguém, dizer o que consumimos e pagar, um total de Kn 37.
Como já passavam de 18:30 horas, resolvemos voltar para o hotel, pois naquele dia, 28 de abril, comemorávamos dois anos de relacionamento, com reserva confirmada às 20:30 horas para um jantar no restaurante número 1 da Croácia, o Zinfandel's, que fica no elegante e sofisticado Hotel Esplanade (Mihanoviceva, 1).
Descansamos rapidamente no hotel, com direito a um banho mais demorado e relaxante. Às 20:10 horas saímos em direção ao hotel, que ficava cerca de 900 metros de distância de onde estávamos. Fomos a pé. Foi uma noite memorável. Para ler as impressões de nosso jantar, clique aqui.