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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

FÉRIAS - DIA 3 - SEGUNDA-FEIRA - MAU AGOURO

O restante do voo transcorreu tranquilamente. Quanto ao livro, ainda não foi desta vez que consegui terminar a leitura. Tomei o café da manhã, arrumei as minhas coisas, pois a aterrisagem estava próxima. Chegamos à ponte de desembarque em Frankfurt às 15:40 horas, horário local (quatro horas a mais do que no Brasil). Fomos um dos primeiros a sair do avião, já que os passageiros da classe executiva desembarcam na frente. No final da ponte, vários funcionários da TAM com listagens nas mãos. Fui abordado por uma das funcionárias que perguntou qual era minha conexão (a impressão que tive é que a maioria dos que ali desembarcavam não tinham a cidade de Frankfurt como destino final). Respondi que meu voo era o Lufthansa LH 236, com destino a Roma. Ela sorriu, me dizendo que aquele voo acabara de decolar, mas que eu não me preocupasse, pois já estávamos acomodados no próximo voo disponível da mesma companhia aérea. Era o LH 238 e sairia às 16:45 horas daquele mesmo Terminal 1, ala B, portão 12. Perguntei o horário de chegada em Roma, já que tinha contratado um traslado do hotel e teria que avisar das alterações. Parece que dei um nó na cabeça dela, mas ela fez algumas ligações, sempre falando com a Lufthansa, mas não obteve a resposta. Ligou, então, para a TAM e descobriu meu novo horário de chegada em Roma: 18:30 horas. Indicou a direção que deveríamos seguir, orientando-nos para apressar o passo, pois tínhamos que indicar para alguém da Lufthansa no portão de embarque da necessidade de colocar nossa bagagem no novo voo. Perguntei porque a TAM já não tinha feito isto, mas, segundo ela, a responsabilidade era da Lufthansa. Praticamente corremos, seguindo a indicação para a ala B. Chegamos enfim, ao controle de passaportes, onde uma fila nos aguardava. A fila não era grande, mas era lenta. Via de longe que os policiais da imigração faziam muitas perguntas aos passageiros. Achei engraçado que um dos policiais chegou a cheirar o passaporte de uma asiática. A orientação era que fosse um de cada vez. Pedi ao Ric que fosse na minha frente, pois ele não fala nenhuma língua. Caso precisasse, eu estaria em seguida para ajudar. O senhor perguntou a ele qual era o seu destino final. Ele fez cara de paisagem. Respondi, de longe, que era Roma. Ele me perguntou, em inglês, se estávamos juntos. Ao responder afirmativamente, diferente da imigração americana, ele disse que podia passar junto com Ric. Pediu nossa passagem aérea de retorno, verificou-a, carimbou nosso passaporte e nos liberou. O relógio indicava 16:10 horas, faltando apenas dez minutos para o novo embarque. Ao sair do controle de passaportes, ficamos perdidos, assim como outros passageiros, pois não havia mais placa indicando a ala B. As indicações apontavam para as alas A, C e D. Desci as escadas rolantes, vendo a indicação de onde teríamos que ir. Corremos, apresentando nosso cartão de embarque. Uma mulher mal educada nos disse, em um parco inglês, que nosso voo estava encerrado. Eu respondi dizendo que houve uma reacomodação de voo, mas ela foi irredutível, não nos deixando passar com aquele cartão de embarque (veio a pergunta em minha mente: porque a TAM já não tinha providenciado novos cartões de embarque, já sabendo do atraso?). Um outro funcionário, vendo o desespero em meu rosto, me disse para procurar o balcão da Lufthansa, próximo de onde estávamos. Corremos para lá. Havia muitos guichês, quase todos vazios. O primeiro em que vi alguém, fui logo me aproximando, mas fora da área demarcada com aquelas fitas que delimitam as filas. A funcionária da Lufthansa, muito grosseira, disse que estava no local errado. Uma outra moça, também da mesma companhia, indicou-me um outro guichê. Enfim, estávamos no local certo, mas o relógio corria contra nós: 16:30 horas. Tivemos que fazer novo check in. Não achavam nossos nomes no tal voo indicado pela TAM. A atendente não conseguia ler o número do e-ticket no cartão de embarque que entreguei a ela. Foi preciso eu entregar o resumo da viagem, onde tinha o tal número legível. Ela trocou os cartões de embarque, perguntando sobre as nossas bagagens. Disse que fui informado que a Lufthansa teria que adequar o sistema para colocá-las no novo voo. Ela simplesmente pegou as etiquetas de bagagem e passou-as na leitora ótica. Perguntei se daria tempo. Ela disse que sim. Argumentei que tinha remédios na mala que precisava tomar, na esperança de ela pegar um rádio, como se faz no Brasil, para comunicar com alguém do setor de bagagens e alertar para esta troca em cima da hora, mas ela nada fez. Ao contrário, mandou eu me apressar, pois perderia o voo. Corremos para a ala B, em direção ao portão 12. Ainda nos aguardava nova fila, a do raio X. Foram os dez minutos mais longos de minha vida. Tive que tirar cinto, casaco, todas as carteiras do bolso, tirar o notebook da mochila e os líquidos que carregava em saco plástico adequado, para então passar pelo portal. Nenhum apito, mas houve uma certa demora na passagem na esteira de nossos pertences. Vencida esta etapa, corremos até o portão 12. Ainda recebemos uma bronca, novamente das sempre maus humoradas funcionárias da Lufthansa, porque estávamos atrasados. Era embarque remoto. O ônibus nos aguardava para sair. Aproveitei o trajeto para ligar para o hotel em Roma e informar das mudanças. Fui muito bem atendido. O voo LH 238 estava muito vazio. Quando sentei em meu lugar, uma classe executiva bem fraca, sem nenhuma diferença de tamanho ou largura de assento, mas apenas o isolamento do assento central das fileiras (três assentos de cada lado) e um serviço de bordo diferenciado, quando foi servida uma salada fria e uma sobremesa. Confesso que estava muito tenso. Fui relaxando aos poucos. Novamente peguei o livro interminável, mas ainda não consegui por a termo esta leitura. A camisa ao lado me indicava que mais coisas indesejáveis estavam por vir. Pousamos em Roma com chuva e dez minutos de atraso. Longo caminho até a esteira 8, onde estava indicado que sairiam as malas do voo proveniente de Frankfurt. Ficamos quarenta minutos esperando a mala. Quando demos conta, só restavam eu e Ric em frente à esteira. Nossas malas não apareceram. Como tive este pressentimento ainda em solo alemão, quando cheguei no aeroporto de Roma, ao checar a esteira onde retiraria a mala, verifiquei também a indicação de uma possível reclamação. Qualquer problema, deveria procurar o balcão da Flight Care Italia, em frente à esteira 6. Ric ficou, por via as dúvidas, aguardando no mesmo lugar, caso as malas aparecessem, enquanto eu fui até o balcão da companhia indicada para registrar a ocorrência de bagagem extraviada. Uma simpática atendente me acolheu, pegou os tíquetes de bagagem, fez uma única ligação, recebendo a notícia que nossas malas ainda estavam em Frankfurt e tinham previsão de chegada em Roma à meia noite. Fiquei transtornado. Ric chegou ao balcão no momento em que eu perguntava à senhora se ela acreditava em energia negativa. Ela me disse que sim. Tentando quebrar a tensão, pedi a ela uma tesoura. Ela ficou espantada. Respondi que queria picotar a camisa que Ric usava, pois ela emanava mau agouro. Em italiano, um outro atendente disse a ela que só entregariam a mala no hotel onde nós estávamos na manhã de terça-feira. Ela, pensando que eu não entenderia italiano, respondeu a ele que nós éramos passageiros de classe executiva, devendo a entrega ser feita assim que as malas chegassem. Em inglês, me disse que a previsão de entrega era para depois de meia noite e que eu deveria dar o número do segredo da mala, caso fosse necessário abrir na alfândega. Se eu não desse o número, eles não poderiam entregar a bagagem no hotel e a responsabilidade por buscar a mala no aeroporto passaria para mim. Mais que depressa informei o número do segredo das malas. Por fim, perguntei se eles não tinham um kit de sobrevivência, com pasta de dente e afins. Não tinham. Quando tive o mesmo problema, também com conexão em Frankfurt, há alguns anos atrás, recebi o tal kit. Depois de preencher um formulário com meu endereço permanente no Brasil e receber um comprovante de minha ocorrência, agradeci o bom atendimento que recebi. Eu e Ric fomos em direção à saída. Eu estava visivelmente nervoso. Ric disse que não confiava em conexões. então explodi e joguei toda a culpa pelos transtornos de nossa viagem até aquele momento à camisa que ele usava, uma camisa que não joguei fora porque achei que ele daria para algum parente. Saímos, encontramos o motorista que nos aguardava há mais de uma hora e fomos para o carro. O frio era intenso, 8º C. No carro, fui discutindo com Ric sobre a camisa. Ele percebeu que eu estava muito nervoso. Disse a ele que não entraria no quarto do hotel com ele usando a tal camisa. Num ato cênico, ele tirou a blusa que usava, puxou a camisa com força, arrebentando todos os botões e, em seguida, rasgou a camisa toda. O motorista deve ter pensado que éramos loucos, pois seus olhos ficaram arregalados, olhando tudo pelo retrovisor. Chegamos ao hotel Sofitel Villa Borghese (Via Lombardia, 47), onde já éramos aguardados. Expliquei o que ocorrera e os recepcionistas se prontificaram a me ajudar junto à cia aérea. Disse que não era preciso, pois houve uma promessa de entrega das malas após a meia noite. Nesta altura, Ric já havia jogado a camisa em algum cesto de lixo na recepção. Rapidamente me entregaram as chaves do quarto, indicaram o apartamento que meus amigos de Brasília estavam e nos desejaram uma ótima estadia no hotel e na cidade. Bom início de viagem, agora sem os fluidos negativos que nos acompanhavam. No apartamento, dois mimos da rede Sofitel para quem tem o status gold no cartão fidelidade A-Club da Accor. Ganhamos dois famosos sabonetes fabricados artesanalmente em Florença. Foi o tempo de um bom banho, o que ajudou a relaxar a tensão, trocar de roupa (salve salve a muda de roupa que cada um tinha na mochila), utilizar os mimos da classe executiva, especialmente pasta de dente, encontrar com os nossos amigos e sair para caminhar nas proximidades do hotel até o restaurante programado em nossa planilha. Descemos a famosa Scalinata di Spagna (Escada de Espanha), onde Ric levou um tombo, batendo a coluna no degrau, nos preocupando um pouco pelas feições de dor em sua face. Mas ele disse que estava tudo bem. Noite fria, chuva fina, mas alguns turistas tirando fotos. Entramos na famosa Via Condotti, onde estão as lojas das mais famosas grifes italianas e internacionais. Passando por ruas históricas, chegamos ao restaurante Da Mario (Via della Vite, 55), indicado em alguns dos vários guias da cidade que pesquisei. Restaurante antigo, com garçons mais velhos. Comida tipicamente italiana, decoração simples, cardápio enxuto, mas com opções do melhor da culinária do país. Carta de vinho extensa, com preços bem baratos, se comparados aos praticados no Brasil. Pedimos o antipasto da casa. Somente dois queriam beber vinho. Eu ainda estou tomando remédios, assim, tenho a possibilidade de beber somente a partir da noite de 01º de março. Pediram para eu escolher. Fui de Chianti Classico Geografico, safra 2007, ao preço de 20 euros. Pedi a famosa água San Pellegrino, com gás, e a Panna, do mesmo grupo, sem gás. Duas garrafas de um litro cada vieram à mesa. O antipasto da casa vale a pena. Uma mistura de vegetais grelhados com muito azeite: beringela, abobrinha, alcachofra, tomate, tudo delicioso, acompanhados de pequenas bolas de mussarela de búfala. Como prato principal, escolhi um penne com alcachofra. Os pratos são bem servidos. O meu prato estava muito bom, mas como exagerei no antipasto, comi só a metade. Ainda pedimos sobremesa, dois tiramissú com quatro colheres. Muito bom o doce, um dos meus preferidos, embora preferi ser prudente e cauteloso, comendo apenas duas colheradas (que eram minúsculas, destas que mexemos o café). A conta para quatro ficou em 126 euros. Deixamos 140 euros, pois incluímos o serviço. Do restaurante, fomos a pé até a famosa Fontana di Trevi, eternizada no filme de 1960 La Dolce Vita, de Federico Fellini, onde uma belíssima Anita Ekberg se banha de roupa em uma noite quente de verão. A iluminação noturna da fonte dá um tom especial às suas esculturas. É um local que vive cheio, mesmo com chuva, estava repleto de turistas e de indianos querendo tirar fotos, tipo polaroid, e vendê-las aos incautos. Quando Ric estava tirando uma foto minha, um deles perguntou se queria que ele tirasse, com nossa máquina, uma foto de nós dois. Ric, com toda sua inocência, deixou. Logo meus pensamentos voaram, pois sabia que viria o troco. O indiano entregou a máquina, dizendo que nós deveríamos retribuir o favor, comprando uma foto de sua máquina. Agradeci e fui saindo logo. Voltamos a pé para o hotel, numa bela caminhada, com direito a subir a íngreme Scalinata di Spagna. Chegamos ao hotel com a certeza que faremos uma bela jornada juntos em Roma. Resolvi atualizar o blog, mesmo que a madrugada já se avizinhasse, pois sabia que só dormiria quando as malas chegassem. Elas foram entregues por volta de 01:30 horas, lacradas pela companhia responsável por trazê-las até o hotel. Como as malas chegaram, finalizo este post. Vou checar se está tudo dentro delas e dormir. A terça-feira vai ser longa.

FÉRIAS - DIA 2 - DOMINGO - 27/02/2011 - DE MALAS PRONTAS

O domingo foi rápido, pois fiquei por conta de arrumar a mala. Quanto maior a mala, mais coisa a gente coloca. Esta tendência nunca muda. Aproveitando que tinha espaço, fui colocando roupa, algumas ficarão no meio do caminho, pois já estão muito velhas e surradas. Pedimos comida em casa, China in Box. Não queria sair para nada, somente na hora de irmos para o aeroporto. Arrumei a mala de mão, na verdade uma pequena mochila, onde coloquei, como sempre faço, uma muda de roupa, o notebook, a documentação da viagem, remédios do dia a dia, agendas, cadernetas e dois guias de Roma, nossa primeira parada. Ainda separei todos os cadernos de cultura do Correio Braziliense e da Folha de São Paulo do período de 21 a 27 de fevereiro, pois ainda não tinha lido nada, algumas revistas e o livro que estou lendo há meses e não consigo terminar, arrumando-os em uma ecobag novinha que havia comprado na última vez que fui a São Paulo. Ric ligou para a sobrinha pedindo-a para nos levar ao aeroporto. Ela só poderia se fosse às 16:30 horas. Aceitamos, mesmo chegando mais cedo do que devíamos. Aproveitamos para solicitar à TIM, operadora da qual Ric tem um celular iPhone, a liberação para roaming internacional. Perto de 16 horas, com a mala pronta, pesando 32 quilos, fui tomar um banho relaxante, quando aproveitei e tirei a barba toda. Quando saí do banheiro, Ric estava pronto, usando uma camisa que era minha, presente de uma pessoa que não mais faz parte do meu círculo de amizades. Eu tinha pedido para ele dar para algum dos seus irmãos há uns oito, nove meses, mas ele a escondeu, pois achava a camisa bonita. Sempre acreditei em maus fluidos e energia negativa e aquela camisa me dava uma sensação estranha. Na hora marcada, a sobrinha de Ric estava nos esperando na entrada do bloco onde moramos. Uma chuva fina começou a cair. No aeroporto, despachamos as malas no atendimento para Classe Executiva, classe que voaremos toda a viagem (passagens emitidas com milhagem da TAM). A mala de Ric pesou 17 quilos e a minha os tais 32 que eu já havia pesado em casa. Elas foram etiquetadas até Roma, destino final de nossa longa viagem. Embarcamos no horário previsto, em voo vazio, com praticamente todos os passageiros iniciando uma viagem internacional. Ao chegarmos em São Paulo, também no horário previsto, às 20:35 horas, caía uma chuva torrencial. Para piorar, o avião não se posicionou nas pontes de desembarque. Faríamos um desembarque remoto, em ônibus. Logo que parou os motores, uma escada foi colocada para descermos até o ônibus, que já esperava em sua posição. Um funcionário da TAM totalmente molhado subiu a escada, que não tinha proteção contra chuva, e disse que não havia guarda-chuva disponível. Tínhamos que descer debaixo de um temporal, com malas e casacos (afinal, vamos para um local onde ainda é inverno), nos molhando todo. Um passageiro desceu correndo, com riscos de cair e se machucar. O comandante da aeronave mandou fechar as portas e só abrí-las quando uma escada coberta chegasse. Esperamos por quase meia hora. A escada chegou, mas não havia mais ônibus nos aguardando. Foram mais quinze minutos. Nisto, a hora de embarque no voo para Frankfurt, onde faríamos uma conexão com a Lufthansa, se aproximava. Enfim, escada coberta e ônibus posicionados, mas sem nenhum guarda-chuva. Molhamos um pouco entre a saída da escada e a entrada no ônibus. Ao chegar no saguão do desembarque, apressamos o passo, pois já passava de 21:30 horas, horário marcado para o embarque. Nossa surpresa foi enorme com a fila imensa que se formava para o embarque internacional. A fila andava rápido, mas de repente, tudo ficou parado. Ainda nem tínhamos chegado à porta de entrada. Comecei a ficar preocupado. Dezenas de adolescentes estavam uniformizados, embarcando para os Estados Unidos, onde participariam de uma competição de informática. Eles eram a causa da fila ter parado. a maioria era menor de idade e os responsáveis por acompanhá-los não estavam todos no aeroporto. Todos os guichês da Polícia Federal que atendem passageiros brasileiros ficaram parados, pois os tais jovens ocupavam todas as posições. Parece que, enfim, alguém responsável pelo setor, orientou aos funcionários que parassem de atender aqueles jovens e fizessem a fila andar. Ainda demoramos uns vinte minutos para passar pelo raio X e pela imigração, correndo para o portão de embarque 13, onde praticamente fomos um dos últimos a entrar. Ficamos em um local ótimo na classe executiva, na primeira fila, nas duas poltronas do lado direito da aeronave. Atendimento de primeira pelos comissários da TAM. A poltrona reclina bem, dá para ficar praticamente deitado. O horário da decolagem era 22:35 horas, mas houve um prolongado atraso sem explicações. Quando tínhamos quase uma hora de atraso, perguntei ao comissário o motivo da demora. Ele disse que faltava um passageiro, mas que já íamos partir, uma vez que o faltoso tinha acabado de embarcar. Mas ainda demoramos mais meia hora, quando o comandante avisou que o mau tempo e o intenso tráfego aéreo nos faria esperar até meia noite. Decolamos às 00:10 horas. Atraso de uma hora e quarenta. Já sabia, previamente, que a conexão em Frankfurt estava comprometida, pois o intervalo entre nossa chegada e a saída do voo com destino a Roma era de uma hora e meia.  Li os jornais velhos enquanto o sono não veio. Neste meio tempo, o jantar foi servido, com ótimas opções preparadas pelos gêmeos espanhóis donos dos restaurantes Eñe em São Paulo e Rio de Janeiro. Quando o sono chegou, reclinei a poltrona ao máximo, arrumei o travesseiro e dormi, só acordando com um mau cheiro estranho. Era o passageiro que estava na poltrona atrás da minha se mexendo, exalando um cecê horrível. Quando acordei, peguei o livro que nunca termino para tentar acabar a leitura. Já era segunda-feira, 28/02/2011, meu terceiro dia de férias. Olhei para o lado. Ric dormia. Usava a camisa com maus fluidos.

FÉRIAS - DIA 1 - SÁBADO - 26/02/2011

Enfim, férias! Depois de uma ótima noite na companhia de amigos no El Paso, Texas da Asa Sul, de onde só saí quase duas horas da manhã, acordei mais tarde na manhã de sábado, sem a pressão do trabalho, mas ainda com algumas pequenas pendências na programação da viagem, como as últimas reservas em alguns restaurantes em Milão, o roteiro completo de um dia inteiro em Verona e um último check list de toda a documentação, reservas de hoteis, restaurantes, shows, passagens de trens e avião em trechos internos na Europa. Ric já estava com sua mala praticamente fechada, enquanto eu ainda nem tinha pensado o que levar, o que colocar na mala. Por falar em mala, estava com uma emprestada, mas ela não me agradava muito. Era pesada sem nada dentro. Na última hora, resolvi comprar um iPhone 4. Fomos para o ParkShopping. Já era de tarde. Praça de alimentação lotada. Resolvemos conhecer o Giappa, novo restaurante de Gil Guimarães, no mesmo local onde funcionou por pouco tempo a Forneria Bacco. Os proprietários resolveram juntar a culinária italiana com a japonesa. No almoço, por R$ 39,90 aos sábados, um amplo serviço de buffet, com sushis e sashimis, além de tempurás, e outros pratos quentes. Da Itália, as opções eram bruschetta, foccacia e risoto de camarões. O serviço continua devagar como antes. Falta atenção às mesas. A comida é a mesma que encontramos no dia a dia em restaurantes com sistema self service livre, sem balança. Nada demais. O café chegou frio à mesa, pois deveria ter ficado pronto e nenhum garçom se dignou a nos levar. Pagamos a conta e fomos fazer uma verdadeira via sacra nas lojas e quiosques das operadoras TIM, Claro, Vivo, além de lojas conveniadas com a Vivo e que vendem o aparelho da Apple: Fujioka, Fnac e iPlace. Nenhuma delas tem o celular que eu queria. O pior é que nem previsão de chegada os vendedores informavam. Já que estávamos no shopping, demos uma volta e vi que abriu uma loja da Granado, que comprou a também centenária marca Phebo. Atendimento de primeira. Saí com alguns produtos para a viagem, especialmente um gel  para pernas e pés cansados, já pensando no tanto que irei caminhar nos vinte dias na Europa. Procurei uma loja que vendesse sandálias Havaianas, encontrando a cor que queria, azul com a bandeira do Brasil na alça, nas Lojas Americanas. Ao sair desta loja, deparei com a Le Postiche, onde acabei comprando duas malas da Primicia, ambas pretas, uma grande e outra média, deste material levíssimo. Chegando em casa, Ric refez toda a mala, pois preferiu viajar com a nova mala preta média. Eu fiquei com a grande, mas não quis arrumá-la no sábado. Fiquei ainda pesquisando informações sobre as cidades que visitarei até o sono bater. Dia longo, mas sem stress do trabalho.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MÚSICA QUE OUÇO LIV



Se ainda não ouviu, não perca tempo e corra para conhecer. Voz pequena, cheia de jovialidade. Sopro de novidade. É o que mais ouço no momento

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ENFIM, FÉRIAS

Depois de uma intensa semana de trabalho, fecho sexta-feira, às 21:25 horas, meu expediente no trabalho. Enfim, estou de férias. Descansarei a alma e a mente, cansando o corpo, em fascinante viagem de 20 dias pela Itália, Bélgica e França. Farei um diário de bordo neste blog.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CISNE NEGRO


Depois de três tentativas frustradas e de ouvir muitos elogios ao filme, consegui ver Cisne Negro (Black Swan), dirigido por Darren Aronofsky e estrelado pela bela Natalie Portman (Nina) e Vincent Cassel (Thomas). A produção é americana de 2010 e concorre ao Oscar 2011 de melhor filme, melhor atriz, entre outros. O filme acompanha a obsessão de Nina, uma bailarina do corpo de balé de uma importante companhia de balé clássico, na busca para ser escolhida a protagonista do balé "Cisne Negro", onde ela desempenhará o papel tanto do cisne branco quanto o do cisne negro. Em magnífica atuação, Portman faz inicialmente uma tímida, recatada, dedicada, técnica e virginal bailarina que vai sendo provocada pelo diretor da companhia, o francês Thomas, até incorporar de vez todo o lado negro da personagem que ela precisava interpretar, o cisne negro. A transformação de Nina vem acompanhada de vários surtos e alucinações e ainda ela tem que conviver com uma mãe frustrada por ter abandonado a carreira para criá-la e transfere para a filha toda a responsabilidade do sucesso que não teve, tem que lidar com a disputa pelo papel, pelo ciúme da ex-primeira bailarina da companhia e com uma enigmática nova colega de balé. Nestas alucinações (ou seria realidade?, podem perguntar alguns), ela se solta, experimenta ecstasy, tem uma relação homoerótica com sua enigmática colega, se mutila, e vê crescer penas negras em suas costas. A trilha sonora é um caso à parte e os números de dança são muito bem filmados. O final, surpreendente, é lindo. É perfeito! Quem viu o filme, entende o que escrevo, quem não viu, precisa ver urgentemente e entenderá. Se tivesse que apostar, o Oscar de melhor atriz já está nas mãos de Natalie Portman. Até agora, entre os filmes concorrentes a melhor película que já vi, prefiro Cisne Negro, disparado, mas acho que não leva a estatueta, pois é muita alucinação para os conservadores que votam no maior prêmio da indústria cinematográfica mundial. Vi o filme na noite desta segunda-feira, na última sessão do Embracine CasaPark Shopping, pagando meia entrada, no valor de R$ 6,00. Tinha um bom público, mas nem todos gostaram. Ouvi gente dizendo que nada entendeu. Eu entendi muito bem e adorei o filme. Recomendo. Além de ser um ótimo filme, seu cartaz também é belíssimo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SÓ SE FOR A DOIS - CAZUZA - DISCOTECA ESSENCIAL (09)


Mais um disco que considero essencial na discoteca de um colecionador nacional: Só Se For A 2, segundo trabalho solo de Cazuza, lançado pela Polygram em 1987. Com certeza não é o mais lembrado da breve discografia deste grande poeta do rock Brasil, mas é o que mais me chama a atenção. Tem o hit "O Nosso Amor A Gente Inventa (Estória Romântica", parceria de Cazuza com Rogério Meanda e João Rebouças, mas tem canções lindas que não tocaram nas rádios, uma espécie de lado B das músicas gravadas pelo jovem carioca. Destaco "Balada do Esplanada", poema de Oswald de Andrade lindamente musicado por Cazuza, "Quarta-Feira", parceria com Zé Luís, e a música que empresta seu título ao cd, "Só Se For A 2", mais uma parceria com Rogério Meanda. A que mais gosto é "Solidão, Que Nada", parceira com George Israel e Nilo Romero. Para mim, é uma música para sempre se ouvir quando bate uma angústia, uma deprê, uma solidão, mesmo que rodeado de pessoas. Estimula a encarar a vida de frente, com muita alegria, afinal, viver é bom! Reproduzo abaixo a letra desta bela canção:


Solidão, Que nada (Cazuza, George Israel & Nilo Romero)
Cada aeroporto
É um nome num papel
Um novo rosto
Atrás do mesmo véu

Alguém me espera
E adivinha no céu
Que meu novo nome é
Um estranho que me quer

E eu quero tudo
No próximo hotel
Por mar, por terra
Ou via Embratel

Ela é um satélite
E só quer me amar
Mas não há promessas, não
É só um novo lugar

Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão, que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão, que nada



CAZUZA - SÓ SE FOR A 2 - 1987

sábado, 19 de fevereiro de 2011

QUANDO O CANTO É REZA


Noite de quinta-feira. Estava exausto, após dois dias coordenando uma reunião, oito horas por dia, a maioria do tempo em pé. Longe de casa, com trânsito lento, fiquei ouvindo o cd Quando O Canto É Reza, último trabalho de estúdio de Roberta Sá, que para este disco, se uniu ao Trio Madeira Brasil. Delicioso de se ouvir, o cd só possui gravações de canções do baiano Roque Ferreira. No caminho para casa, consegui relaxar a mente, embora o corpo pedia uma cama, um urgente descanso. Porém, a mente venceu o corpo, pois tinha ingresso (R$ 20,00 a inteira) para assistir ao show baseado justamente neste cd que escutava no carro. O preço popular do ingresso é devido ao Projeto MPB Petrobrás, que trouxe nos últimos dois anos algumas atrações da música brasileira ao palco do principal teatro de Brasília, a Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro (que precisa urgentemente de uma repaginada e de uma ampla reforma). O projeto tem uma característica importante: um artista local abre o show da atração da noite. Nesta quinta-feira, com o teatro totalmente lotado, a abertura ficou por conta de Henrique Neto, filho de Reco do Bandolim, presidente do sempre aclamado Clube do Choro de Brasília. Henrique mostrou que filho de peixe, peixinho é. Excelente violinista, fez um show curto, mas memorável. Não se intimidou com as proporções do teatro, tocando lindamente seu violão, reverenciando músicos de primeira grandeza, como Ernesto Nazaré, Baden Powell, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, entre outros. Foi bastante aplaudido ao final de sua apresentação. Como sempre acontece em espetáculos onde há mais de uma atração, houve uma demora na montagem do palco para o show principal, mas o tempo de espera acabou sendo maior do que o programado, pois houve problemas com um dos retornos dos músicos do Trio Madeira Brasil. O anúncio do show de Roberta Sá & Trio Madeira Brasil se deu às 22 horas. Foi lindo. O repertório do show foi todo de canções de Roque Ferreira, basicamente as músicas do cd, como as ótimas Zambiapungo (esta Roque Ferreira fez em parceria com um dos integrantes do Madeira Brasil, Zé Paulo Becker), Tô Fora, Orixá de Frente, Cocada, Xirê e A Mão do Amor. Achei o show mais vibrante do que o disco. Os percussionistas Zero e Paulino Dias, também presentes no disco, impuseram um ritmo mais pulsante no palco. As músicas cresceram executadas ao vivo. Roberta Sá, como sempre, foi uma simpatia, dançando, cantando e seduzindo a plateia. Os três integrantes do Madeira Brasil, discretos, elegantes, mas de uma competência ímpar. A sinergia entre músicos e cantora foi total. Os flashs de câmeras fotográficas e de celulares não paravam de pipocar na plateia. Havia momentos em que Roberta Sá parecia fazer poses para as fotos. Embora as músicas de Roque Ferreira, em sua maioria são um convite para sacolejar o corpo, com sambas bem marcados como os feitos na Bahia, o público ficou contemplando o belo espetáculo que assistíamos. Roberta Sá usava um belo vestido longo, de um bege bem claro, com aplicações douradas em forma de flores. Nas duas mãos, aneis grandes também em motivos florais. Como em muitas das músicas o sincretismo religioso baiano está presente, imaginei que Roberta Sá, com aquele figurino, queria fazer uma oferenda à Iemanjá. Na verdade, ela fez uma oferenda de alegrias para todos que compareceram à Sala Villa Lobos na noite de quinta-feira. O show durou, com o bis, 75 minutos. Quando fui embora, até o corpo estava relaxado. Dormi um sono tranquilo. Belo show, que merece ser visto e revisto.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TRABALHO DURO EM SÃO PAULO

Segunda-feira pesada em São Paulo. Reunião de 9:00 às 19:00 horas, incluindo o almoço de apenas uma hora de duração, que também foi dedicado ao trabalho. Cansativo, mas muito produtivo. Minha cabeça está girando. Quero apenas dormir, pois viajo bem cedo para Brasília.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI

Depois de rever alguns colegas de trabalho, entre eles um amigo antigo, todos juntos em um ótimo almoço no sempre cheio Mestiço (Rua Fernando Albuquerque, 277, Bela Vista), aceitei a proposta do amigo para vermos um filme. Como ele já havia assistido Cisne Negro, optamos por outro candidato ao Oscar 2011 de melhor filme. O escolhido concorre a doze estatuetas douradas. O Discurso do Rei (The King's Speech), de Tom Hooper, co-produção de Inglaterra, Austrália e Estados Unidos de 2010, com Colin Firth (Rei George VI), ganhador do Globo de Ouro 2011 por melhor ator em drama, Helena Bonham Carter (Rainha Elizabeth), em um raro momento no cinema onde não interpreta personagens desequilibradas, e o premiado Geoffrey Rush (Lionel Logue), vivendo um ator shakespeareano frustrado que tem papel fundamental na trama como o ajudante do futuro rei em se ver livre de sua gagueira. Baseado em fatos reais, com excelente reconstituição de época, especialmente cenários e figurinos, já sabemos de antemão que o Rei George VI conseguirá fazer seu discurso sem gaguejar quando o Reino Unido entra na Segunda Guerra Mundial. O bom do filme é ver dois excelentes atores em cena, numa sinergia interpretativa sensacional: Colin Firth e Geoffrey Rush. Não é a toa que ambos são candidatos ao Oscar 2011. O primeiro na categoria de melhor ator e o segundo como melhor ator coadjuvante. Helena Bonham Carter também brilha, candidata ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, mesmo fazendo um papel menor, uma esposa dedicada ao Duque de York, futuro Rei da Inglaterra, sem arroubos e sem esquisitices. O diretor Tom Hooper consegue envolver a plateia em um clima interessante, pois mesmo quem já conhecia a história, fica apreensivo com o primeiro discurso do rei em rede mundial da rádio BBC. Só vi três dos 10 filmes candidatos na principal categoria até agora, não podendo dar uma opinião segura, mas dos três que assisti (O Discurso do Rei, A Origem, A Rede Social), gostei mais do filme de Christopher Nolan, A Origem, mas sei que suas chances são mínimas. Pretendo ver mais filmes durante esta semana para formar uma opinião mais contundente. Entre os atores, tanto Colin Firth, como o rei gago, quanto Javier Barden, o doente terminal em Biutiful, estão excelentes. A Academia gosta de ingleses e gosta de personagens que tenham algum tipo de deficiência (a gagueira), assim, Colin Firth sai levando vantagem. Vi O Discurso do Rei na sala 6 do Cine Bristol, complexo de cinemas da Play Arte no pequeno Shopping Center 3 na Avenida Paulista. A sala estava quase lotada. Um fato me perturbou durante o filme. Um funcionário saiu da sala, deixando a porta entreaberta. Como estava sentado na última fileira, bem próximo à porta de saída, o barulho que vinha de fora atrapalhava a audição. Esperei um pouco, mas ninguém que trabalha no cinema percebeu isto. Tive que me levantar para fechar a tal porta. É um problema recorrente nas salas do Cine Bristol, fato relatado pelo meu amigo que mora em São Paulo, especialmente nas sessões de final de semana, quando o fluxo de pessoas ali é muito grande. A proteção acústica já não ajuda, e ainda há funcionários do próprio cinema que deixam a porta aberta. A direção precisa cuidar disto, afinal o ingresso custa muito caro - R$ 20,00 a inteira. Voltando ao filme, gostei do que vi, especialmente do desempenho de Rush.

LEITURA DE GUIAS

Dediquei estes últimos dias para preparar o roteiro de minha viagem de férias, ou melhor, as cidades e a quantidade de noites em cada uma delas já estava definido, o que fiz foi detalhar o dia a dia, pesquisando  guias impressos que tenho da Itália, onde ficarei mais tempo (ainda falta fazer o mesmo para Bélgica e França), além de muita leitura de blogs e dicas na internet. Fiquei o sábado todo sentado em frente ao computador, com pausa para almoço (em casa), banho e banheiro. Várias janelas ficaram abertas, especialmente mapas do Google, Guia Michelin da Itália e os de transporte coletivo italiano (trens, ônibus, bondes e metrôs). Aproveitei para solicitar reserva em alguns restaurantes estrelados no famoso Michelin, com resposta positiva já de dois deles, ambos em Nápoles. Com a ajuda da escala de horários de ônibus e trens, consegui mudar um pouco o roteiro inicialmente previsto, visitando no mesmo dia, com deslocamentos de trem, os sítios arqueológicos de Pompéia e de Herculano, deixando a excursão ao Vesúvio para outro dia, partindo de ônibus diretamente de Nápoles. De tanto consultar o mapa da cidade, já decorei caminhos onde estão concentrados os principais pontos turísticos da terceira mais populosa cidade italiana. Até mesmo o tempo médio de deslocamento a pé ou de táxi já consultei. A próxima cidade a ser detalhada é Milão, onde ficarei três noites. Será menos difícil, pois já conheço uma parte, além de já ter comprado entradas para a ópera Morte em Veneza no aclamado e famoso Teatro alla Scala. Vou pesquisar sobre restaurantes, baladas e compras (embora não esteja fazendo um viagem com este objetivo).
O domingo não será dedicado à planilha de viagem, uma vez que me encontro em São Paulo, em viagem de trabalho. Como cheguei antes do almoço, aproveitarei para encontrar com colegas de serviço que não vejo há muito tempo para colocarmos o assunto em dia em um prazeroso almoço. Se sobrar tempo, verei algum filme candidato ao Oscar. Estão falando bastante em Cisne Negro, uma das minhas opções.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

DETECTORES DE METAL NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

Tendo em vista as atribuições de meu trabalho, acabo viajando muito pelo país, além, é claro, das viagens a turismo que faço questão de fazer em meus momentos de folga. Assim, frequento bastante os aeroportos brasileiros. Ultimamente, tenho notado um comportamento sem nenhum tipo de padronização no controle de segurança assim que cruzamos a porta que dá acesso à sala de embarque. Os detectores de metal não são regulados na mesma intensidade. Este descontrole da intensidade se dá tanto entre os aparelhos colocados lado a lado no mesmo aeroporto, quanto de um aeroporto para outro. Seria de propósito para que os passageiros frequentes não se acostumem com o que é detectado ou não em um determinado aeroporto? Não sei responder, só sei que há casos exagerados como o que ocorreu comigo nesta última quinta-feira no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Minas Gerais. Estava retornando de Belo Horizonte para Brasília em voo Gol no meio da tarde. Cheguei com a antecedência necessária ao aeroporto, embora com o check in previamente feito pela internet. Dirigi-me para a sala de embarque, mostrei meu cartão de embarque e fui para a fila de um dos detectores de metal, o mais à esquerda de quem entra pela sala de embarque B. Como sempre faço, já deixei chaves, moedas, telefone celular e embalagens com comprimidos dentro de minha bolsa para evitar que a máquina apite. Coloquei minha mala de mão e a bolsa na esteira da máquina e cruzei o portal do detector. Imediatamente a luz se acendeu, acionando a sirene própria. Educadamente, um dos responsáveis pela segurança pediu que eu retornasse e tirasse o cinto. Fiz o que ele me pediu. Cinto na bandeja, passei novamente no portal. Luz e sirene acionados. Era hora de tirar o relógio. Também o fiz, colocando meu relógio de pulso na bandeja. Passo pela terceira vez no portal. Luz e sirene dão sinal de vida. Um dos seguranças diz que a máquina acusa algo nos meus pés. Levanto a calça. Ele pergunta se me incomodaria de retirar meus sapatos. Disse que não, mas já estava um pouco irritado, pois se a máquina acusava algo embaixo, porque tive que tirar cinto e relógio antes. Pois bem, sapatos tirados, apenas as meias nos pés. Sapatos passam dentro da máquina e eu, pela quarta vez, passo pelo portal. Adivinhem: luzes e sirene acionados! Já em tom irritado, perguntei se queriam que eu tirasse minha roupa, pois nada mais restava a fazer. Só então um dos seguranças pegou um daqueles aparelhos manuais, como um scaner e passou no meu corpo. Nada foi acusado, nem poderia, pois não tinha nada de metal na minha roupa ou em meu corpo. Perguntei o motivo pelo qual os aeroportos não seguiam um padrão, já que o país era um só e as regras eram as mesmas. A resposta foi evasiva, sem muito fundamento. Citei como exemplo os aeroportos dos Estados Unidos, onde antes de chegarmos à máquina, somos avisados que devemos tirar sapatos, pulseiras, relógios, cintos, chaves, moedas, celulares, notebooks de dentro das malas, casacos, chapéis, ou quaisquer outros objetos metálicos para passar pelo portal. Todos já conhecem as regras. Aqui no Brasil, parece valer o que o chefe da segurança do aeroporto determina. O pior de tudo é que não há nenhum lugar para você se sentar perto das máquinas para você calçar novamente os sapatos, colocar seu cinto, e ainda mandam passar imediatamente o próximo da fila pelo portal. Fica um congestionamento de malas no final da esteira da máquina, além de gente empurrando para passar. Para piorar mais ainda, não se sabe para quem reclamar, pois há mais de um órgão responsável pelos aeroportos brasileiros. Ficamos sem saber se reclamamos para a Infraero (que gastou muito dinheiro para informar suas funções no aeroporto), para a ANAC, para o Ministério da Defesa, ou para o Papa. Sempre me disseram que onde tem mais de um responsável, ninguém é o responsável. Creio ser esta a realidade brasileira. Voltando ao detector de metais, enquanto calçava o sapato (sem sentar, diga-se de passagem) e colocava o meu cinto para a calça não cair, disse ao segurança que estava com o mesmo sapato, a mesma calça e o mesmo cinto quando fiz o trecho Brasília-Confins e que ao passar pelo portal da mesma máquina no Aeroporto de Brasília, nenhuma luz se ascendeu ou a sirene soou. Ele disse que as regulagens dos aparelhos eram definidas por cada aeroporto. Esta frase do segurança mostra claramente que falta padronização. O volume de passageiros só aumenta nos aeroportos e com a proximidade da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016, estas coisas precisam ser equacionadas, com uma padronização mínima na segurança dos aeroportos do Brasil.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BIUTIFUL

Depois de ver dois filmes infantis, mudei radicalmente de gênero, escolhendo um dos candidatos ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro, em cartaz no Embracine CasaPark (R$8,00 meia entrada). Trata-se de Biutiful (Biutiful), co-produção México e Espanha de 2010, dirigida por Alejandro González Iñárritu. No início do filme, ainda nos créditos, fiz uma comparação com o delicioso filme de Woody Allen Vicky Cristina Barcelona, por dois motivos. Ambos tem o ator espanhol Javier Bardem no elenco e são rodados em Barcelona. As semelhanças acabam por aí. Enquanto no primeiro predomina o glamour e a beleza de Barcelona, além de Javier Bardem fazer um bon vivant, cheio de charme e sedutor. Já em Biutiful, Javier Bardem é Uxbal, um homem que vive no submundo de Barcelona, retratada como uma cidade feia, suja e cinzenta. Neste submundo, onde prostituição, drogas, bebidas são frequentes, Uxbal tem seu ganha pão na exploração de imigrantes ilegais africanos e chineses, incluindo corrupção da polícia. Ele recebe um diagnóstico que tem câncer avançado na próstata, já com evolução para ossos e fígado, com chances de viver, se fizer os tratamentos químicos, no máximo dois meses. Com a notícia, ele repensa sua vida, especialmente a relação com os dois filhos, com a mulher, com seu irmão e com os africanos e chineses. Além disto, ele tem o poder da mediunidade, conseguindo contato com os mortos logo que há a desencarnação da alma. Desta vez, Iñárritu optou por fazer uma história linear, sem ter o mosaico de enredos que seus filmes anteriores (vide Amores Brutos, 21 Gramas e Babel). Mas para não negar a sua característica, em uma única história, há diversas informações: imigração ilegal, corrupção policial, relacionamento familiar, especulação imobiliária (um cemitério é destruído para dar lugar a um edifício), relacionamento homossexual, doença terminal, mediunidade. Esta profusão de temas poderia atrapalhar a história, pois nenhum deles tem um aprofundamento adequado (esta é uma constante nas críticas que li sobre o filme), mas achei que o enredo funcionou bem. O central é o drama de consciência por que passa Uxbal ao saber que tem pouco tempo de vida. Bardem, como sempre, está sensacional. A Barcelona mostrada nem de perto é a que conhecemos com seus famosos pontos turísticos. No filme, é sempre feia, suja, degradada. Quando alguns pontos turísticos são mostrados, a perspectiva é sempre à distância, meio sombreado (o caso do Montjuic e da Catedral da Sagrada Família), como se os personagens retratados vivessem à margem da euforia turística que toma conta da cidade. Ao ver o filme, entendemos o porque do título estar escrito de forma errada. De qualquer forma, podemos concluir que há beleza na tristeza, mesmo que de forma tão sofrida. O filme é forte, um soco inglês em nossa cara. Um dos melhores filmes que já vi.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ZÉ COLMEIA - O FILME

Neste último domingo continuei com minhas tarefas de programar o novo roteiro de minhas férias e dar atenção ao garoto de cinco anos, sobrinho de Ric e nosso hóspede de final de semana. Passei a manhã na internet, pesquisando preços de entradas de museus, passeios por perto da cidade onde me hospedarei e dicas de restaurantes. Quando a fome bateu, saímos para almoçar. Rafael, o garoto, perguntou se iríamos novamente ao cinema. Quando disse que sim, ele abriu um largo sorriso no rosto. Para facilitar as coisas, combinamos almoço e cinema no mesmo local, ou seja, em um shopping, desta feita o Pátio Brasil, onde não ia há mais de um ano. Filme escolhido, sessão das 15:20 horas, com tempo de sobra para o almoço. Ao invés de ficar na praça de alimentação, sentamo-nos no restaurante Dom Francisco Pátio, com um amplo serviço de buffet. De dieta, fiquei com as opções que posso comer, ou seja, folhas, legumes, arroz integral e uma posta de bacalhau. Ric, que já saiu de casa não se sentindo bem, passou mal e decidiu voltar para casa. Eu e Rafael ficamos para o restante do programa. Foi um pouco mais demorado, pois tive que esperar o garotinho acabar de almoçar. Já saímos do restaurante bem perto da hora de início da sessão de Zé Colmeia - O Filme (Yogi Bear), produção americana de 2011, dirigida por Eric Brevig. Usando meu cartão de crédito, paguei meia entrada (R$8,50). Não tinha informações sobre o filme. Na verdade, achei que era um longa metragem animado baseado nos desenhos que assistia quando menino. Errei. É um filme onde elenco real interage com os personagens Zé Colmeia, Catatau e uma tartaruga boca de sapo criados com a ajuda de computadores. O cinema tinha um bom número de crianças pequenas, como o Rafael, que ficaram impacientes com a história. Ela não chama a atenção da garotada quando os atores reais estão em cena, especialmente o romance entre o Guarda Smith e a documentarista, e as falcatruas do prefeito da cidade que quer lotear Yellow Stone, o parque onde vive o famoso urso falante. Quando estão em cena os personagens oriundos do desenho animado, a coisa muda de figura, e as crianças se divertem muito. Particularmente, dei boas risadas, especialmente porque lembrava dos desenhos que assistia no passado, mas confesso que os ursos em desenho animado eram infinitamente mais divertidos e carismáticos do que os que vemos na telona. O enredo é pra lá de previsível, com todos se unindo para proteger o parque das intenções maléficas do prefeito. Nem mesmo os atores reais conseguem uma empatia com o público. Fico com o desenho animado. Perguntei ao Rafael se havia gostado. Ele me respondeu que mais ou menos e que tinha preferido o desenho que vimos no sábado (Enrolados). Ele disse que o urso era muito chato. Talvez seja melhor eu mostar o desenho para ele...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

CONTAGEM REGRESSIVA PARA FÉRIAS, ENFIM!

Depois da frustração da viagem planejada desde abril de 2010 para o Egito, Jordânia e Israel, com os consequentes cancelamentos e solicitações diversas de reembolsos do que já havia sido pago, consegui definir o roteiro "alternativo" de minhas férias. Infelizmente, não foi possível conciliar desejos e vontades de última hora. Assim, o grupo de doze amigos que estariam no próximo mês viajando juntos não mais ficará junto. Alguns cancelaram totalmente a viagem e remarcaram as férias, enquanto outros decidiram por novos destinos. Eu, Ric e mais dois amigos conseguiremos ficar juntos nos quatro primeiros dias da viagem, pois isto já estava planejado anteriormente, mas depois, seremos apenas eu e Ric pelo roteiro que fiz às pressas, com muita consulta à guia e internet, simulando compras, comparando preços, reservando hoteis, comprando bilhetes de trem e de avião, além da necessária troca de parte do trecho de volta para o Brasil, já que o bilhete emitido tinha ponto de partida Tel-Aviv, em Israel. Esta última parte tive que fazer pessoalmente na loja da TAM no Aeroporto de Brasília, pois não há como alterar trechos internacionais pelo telefone. Foi uma longa espera, não na fila, mas no balcão, até a decisão de qual penalidade caberia no caso. Paguei apenas mil pontos, descontados da minha conta do programa Multiplus Fidelidade. Agora é preparar o espírito para um certo frio, pois decidi ficar o tempo inteiro na Europa, onde pegarei temperaturas que variam, em média para o mês de março, entre 2º C e 17º C, já que ainda é fim de inverno por lá. Eis o novo roteiro:
Roma, Itália - 5 noites - já fui uma vez. Aqui estarei com meus amigos, além de Ric, que não conhecem.
Nápoles, Itália - 4 noites (vou a Pompeia) - ainda não conheço.
Milão, Itália - 3 noites (só fui uma única vez, onde fiquei apenas seis horas) - vou tentar ver uma ópera no famoso Teatro Scalla.
Bruxelas, Bélgica - 3 noites (vou a Brugge) - ainda não conheço.
Paris, França - 4 noites - uma das minhas cidades favoritas, não me canso de voltar.
Lisboa, Portugal - 2 noites - ponto de partida de volta para Brasília, de possíveis compras e sempre é um prazer visitar esta cidade.

Grande parte do grupo já tem viagem marcada, com praticamente tudo pago, para a Colômbia, durante a Semana Santa.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ENROLADOS

Estou com um hóspede neste final de semana. Sobrinho de Ric, de cinco anos. Saímos para almoçar no Galeto's Iguatemi, cujo serviço cada dia piora mais, mas isto é tema para uma outra postagem. A intenção era ir ao cinema ver o novo desenho da Disney. Enrolados (Tangled), produção americana de 2010, dirigida pela dupla Nathan Greno e Byron Howard. Meia entrada a R$ 2,00 fazem a sala 5 do Cinemark Iguatemi ficar quase lotada. A meninada estava presente. O filme é uma atualização da história de Rapunzel, a princesa com cabelos cor de mel. No desenho, Rapunzel tem poderes mágicos em seu cabelo, louro, diga-se de passagem, que nunca poderá ser cortado, pois do contrário, ele perde o poder de curar e rejuvenescer as pessoas e ainda fica castanho. Um velha senhora rapta Rapunzel, uma recém nascida princesa, e a cria em uma torre longe da civilização, não permitindo-a sair do seu mundo particular. Ela tira proveito disto, pedindo a menina para cantar a canção que dá poderes ao cabelo e assim se mantém sempre jovial. A mãe vilã é a cara da atriz e cantora  Cher, até nos trejeitos. O salvador de Rapunzel é Flynn Ryder, um ladrão procurado pela guarda real e que consegue roubar a tiara da princesa perdida. Como ele é uma espécie de Robin Hood, creio que o Flynn seja uma homenagem ao ator Errol Flynn que interpretou o famoso ladrão admirado pelos pobres no cinema. Quem dubla o personagem Flynn é Luciano Huck. Muitos tem malhado a sua "atuação", mas, sinceramente, não achei que ela atrapalhou em nada, embora ache a sua voz chata de se ouvir. Quanto à princesa, nesta nova roupagem da história clássica, ela é forte, destemida e decidida, uma autêntica heroína moderna. Vale destacar dois animais que são um caso à parte no desenho, Maximus, um cavalo da guarda real, e Pascal, um camaleão amigo inseparável de Rapunzel. O interessante é que neste desenho da Disney os animais não falam, uma raridade, mas tem uma graça e gestuais que valem muitas gargalhadas. Ri muito durante o filme. Sempre gostei de desenhos e desta vez não foi diferente. Rafael, o sobrinho de Ric, delirava na cadeira. Era a primeira vez que ele ia ao cinema. Quando saímos, perguntou se nós iríamos assistir outro desenho. A melhor opção foi tomar um sorvete na primeira unidade da sorveteria argentina Freddo no Brasil, presente no Shopping Iguatemi Brasília. Não resisti. Pedi uma bola pequena de doce de leite light. Para mim, o melhor sorvete de doce de leite do mundo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

QUANTO TEMPO DA VIDA EU LEVO PRA SER FELIZ


Depois de um breve hiato, voltei ao circuito cultural da cidade, assistindo a primeira peça neste ano. Em cartaz no Teatro I do CCBB, com ingresso a R$ 7,50 (meia entrada), Quanto Tempo da Vida Eu Levo Pra Ser Feliz. Lendo o título, fiquei curioso. Um amigo me chamou para ir na estreia, na noite de quinta-feira, só para convidados, mas apressado como sou, já tinha comprado ingresso para o primeiro dia do espetáculo com vendas ao público. Texto e direção são de Sílvio Guindane. No elenco, os veteranos Camilla Amado, Denise Weinberg e Luiz Carlos de Moraes, além dos jovens Isabel Guéron e Fernando Dolabella. O teatro estava quase completamente cheio. Como já de costume, as cortinas se abriram com quinze minutos de atraso. Cenário todo em madeira, servindo para duas casas diferentes. Duas famílias de classe média dão o tom do enredo, com relações entre os personagens dignas de roteiro de televisão. O texto não acha um rumo certo, resvalando na comédia, a cargo da personagem escritora-bêbeda-dona de casa abandonada pelo marido para ficar com a sua melhor amiga, e pelo drama, onde as neuroses do mundo atual estão presentes, como assaltos, drogas, discurso universitário revolucionário, o comércio da religião, troca de casais, bebida, trânsito que mutila. A peça não tem ritmo. Embora com 75 minutos de duração, parece uma eternidade. A diferença interpretativa também é grande, destacando-se as atrizes. Fernando Dolabella não convence como o cadeirante, especialmente quando atende um telefonema do pai que não vê desde pequeno. A diversão fica por conta das inúmeras cartas que Gabriela, a personagem de Camilla Amado, escreve para um cantor para o qual escreve uma biografia por longos dois anos e não entende o porque ele não quer falar de seu passado. O mesmo amigo que me chamara para a estreia me ligou para dizer sua impressão da peça e uma frase dele ficou na minha cabeça: é uma história de novela das 21 horas. Vou mais além, parece demais com os enredos de Manoel Carlos, só faltando uma Helena entre as personagens. Como nunca gostei das histórias deste escritor de novelas, e com uma semelhança tão grande no seu enredo, também não gostei da peça. No fim, com tanta desgraça na vida das personagens, a única resposta para o título da peça é: UMA ETERNIDADE. Na balança, achei mais pontos negativos do que positivos. Não gostei.


FÉRIAS ?

A dúvida que me atormenta nestes últimos dias é onde passar os dias de férias que estavam programados para Egito, Jordânia e Israel, uma vez que cancelei esta viagem pelos motivos que todos estão vendo e lendo na imprensa. Estou às voltas com as solicitações de reembolsos do que já havia pago. Tenho as passagens internacionais emitidas com destino a Roma. Os amigos que ainda não desistiram de viajar propuseram ir para a Tailândia. Aguardo a cotação de preços. Caso desista deste destino, que acho uma viagem interessante, mas talvez exigisse de mim um mesmo planejamento que havia feito para a inicialmente prevista, devo fazer um giro pela Itália e Bélgica. Corro contra o tempo, pois viajo no dia 27 de fevereiro. Decidirei tudo neste final de semana. Vou ter que usar muito a internet.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MAIS CANCELAMENTOS

Depois de cancelar as férias no Egito, hoje foi a vez de nosso grupo cancelar também os períodos que passaríamos na Jordânia e em Israel. Agora é começar quase do zero, pois as passagens internacionais estão emitidas e minha primeira parada, em Roma, confirmadíssima. Estamos correndo contra o tempo, pois temos apenas três semanas para decidir novos roteiros e nos prepararmos para a viagem. A certeza é que viajaremos todo o período inicialmente planejado.

FÉRIAS NO EGITO

Depois das manifestações contra o atual governo no Egito, parte das minhas férias para aquele país que se iniciaria em 05 de março de 2011 acabaram de ir para o espaço. Fiquei hoje em conferência, via skype, com os amigos que partilham comigo a viagem, decidindo o que fazer. Seriam sete dias no Egito, com a viagem toda paga. Sabemos a política de cancelamento da empresa, localizada no Cairo, mas como o acesso à internet está cortado, sabemos também que haverá dificuldades em receber o dinheiro de volta rapidamente. Estamos em dúvida para onde ir no período, já que mantivemos o roteiro seguinte ao Egito, ou seja, continuamos firmes no propósito de chegar na Jordânia em 11 de março, conforme roteiro inicial, terminando nossa viagem de férias em 20 de março, quando deixaríamos a cidade de Tel-Aviv, em Israel. Algumas passagens aéreas serão perdidas, outras deverão ser compradas. De qualquer forma, teremos algum prejuízo. O mais provável é viajar para os Emirados Árabes Unidos nos dias anteriormente destinados às maravilhas egípcias. Quem sabe no próximo ano poderemos ter a sorte e o prazer de, enfim, desfrutarmos do turismo em país tão rico em cultura.