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domingo, 11 de maio de 2014

A VIDA SEXUAL DA MULHER FEIA

Com muitas opções de peças em cartaz em São Paulo, mas com Karina bem triste, resolvi chamá-la para ver uma comédia. Sem maiores detalhes e nem ter lido críticas, escolhemos A Vida Sexual da Mulher Feia por dois motivos. O primeiro era por ser uma adaptação do livro homônimo de Cláudia Tajes, de quem Karina tinha lido um livro e tinha gostado, e o outro por ser estrelado por Otávio Muller, ator com timing de comédia perfeito. Comprei os ingressos poucas horas antes do espetáculo, utilizando o aplicativo do Ingresso, devidamente baixado em meu celular. Precisávamos chegar mais cedo, pois teríamos que trocar os ingressos na bilheteria. Como não estávamos hospedados no mesmo hotel, combinamos de nos encontrar por volta de 20:30 horas no Shopping Pátio Higienópolis, onde está localizado o Teatro Folha. Cheguei primeiro, pegando as nossas entradas na bilheteria. Logo em seguida, Karina apareceu, com uma pequena sacola de compras. Nada como comprar para amenizar as dores da alma! Nossos assentos eram bem localizados e centrais, mas o teatro não é grande, o que favorece a visão do palco de qualquer lugar. O ator já estava em cena, conversando com o público, posando para fotos, mas ainda não era a peça. O povo ia chegando e assustava pensando que tinha perdido alguma coisa, mas logo era tranquilizado pelo próprio ator. Muller é também o diretor do monólogo, texto adaptado por Julia Spadaccini. Colocar um homem para interpretar uma mulher já é sinal de riso garantido, e se este homem é mais cheinho e com muitos pelos, um ursão no linguajar gay, as risadas são mais garantidas ainda. Pelo menos foi o que pensei. Muller interpreta a mesma mulher desde a infância até a fase adulta, com todas as dificuldades de arranjar um namorado e deixar de ser virgem. Há cenas hilárias, mas a peça é excessiva nos esteriótipos, tornando-se chata. Fui deixando de rir na medida em que o tempo passava. Olhava para Karina, que continuava com péssima aparência. Ela chegou a tirar uma pestana. Aproveitando o sucesso de Beijinho no Ombro, de Valesca Popozuda, esta música também se faz presente em uma cena do baile de 15 anos da mulher feia do título. O espetáculo é curto, em torno de uma hora, mas para mim pareceu uma eternidade. A peça cumpriu sua temporada no Teatro Folha, mas parece que foi bem de público, pois continua em cartaz em São Paulo, desta vez no Teatro Gazeta. Dispensável.

artes cênicas

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