Em fevereiro, tive uma semana de trabalho intensa em São Paulo. Na sexta-feira, quando terminadas as tarefas oficiais, eu, Karina e Alberto resolvemos aproveitar a excelente variedade gastronômica da cidade. Escolhemos o Epice, que fica na Rua Haddock Lobo, 1.002, Jardins. Era a segunda vez que eu ia ao restaurante, em ambas as oportunidades na hora do almoço, quando o menu é enxuto e fixo, com a famosa fórmula entrada + prato principal + sobremesa, para o qual cobravam, à época, o valor de R$ 49,00. O restaurante é pequeno, motivo pelo qual fazer reserva é essencial. Como decidimos ir de última hora, rumamos sem reserva, na esperança de encontrar mesa disponível. Para nossa sorte, chegamos antes de 13 horas, horário de maior movimento nos dias de semana. Havia uma única mesa, onde fomos acomodados. Havia duas opções de entrada, duas de prato principal e duas de sobremesa. Enquanto escolhia, pedi uma água com gás. Foi-me servida a água da marca Sempre Pura, daquelas que são levadas à mesa em charmosas jarras de vidro. O atendimento é muito bom, com garçons atenciosos, conhecedores dos pratos oferecidos e prontos para dar os conselhos solicitados pelos frequentadores. O chef Alberto Landgraf é jovem, mas já tem uma legião de fãs na cidade. Seu restaurante figura no 41º posto na lista dos cinquenta melhores restaurantes da América Latina. Ele pratica uma culinária com técnicas modernas, focando na cozinha brasileira. Por isso, utiliza, na maior parte dos pratos, itens bem conhecidos do povo brasileiro. Por utilizar produtos da estação e sempre frescos, haverá constantemente uma novidade no cardápio. No caso do almoço executivo, ele se altera todos os dias. Segui os conselhos do garçom na escolha dos três pratos do menu. Antes dos pratos chegarem à mesa, foi-nos servido um pequeno couvert, consistindo de quatro tipos de pães feitos no próprio restaurante, manteiga, azeite e sal grosso. Aparentemente simples, mas de sabor marcante. Deliciosos os pães. Vamos aos pratos:
Entrada - mandioquinha, creme fraîche e farelo de avelã - mistura de texturas interessante, como a maciez da mandioquinha, servida assada, preservando sua casca, quentinha, que ficou melhor ainda com o creme frio, que derreteu e entranhou na massa amarela deste tubérculo. O toque do farelo garantiu a crocância ao prato. Muito bom.
Prato principal - língua de boi, purê de batata e couve-manteiga - a língua é servida em pequenos pedaços levemente empanados. Novamente a mistura de texturas, com a tenra carne da língua, muito bem temperada, com a farinha utilizada para empaná-la. O purê de batata estava bem suave, quase desmanchando no contato com a língua. A couve, servida em pequenos pedaços rasgados, era frita, muito crocante. Excelente.
Sobremesa - torta de chocolate com sorvete de leite - a massa da torta me fez lembrar um cheesecake. Era levemente amarga, contrastando com o sabor doce do sorvete, que não gostei muito. Preferi comer a torta pura.
Ao final, um belo café espresso, encerrando com chave de ouro nossa semana em São Paulo. A conta, para três pessoas, ficou em R$ 228,58.
Epice
Rua Haddock Lobo, 1.002, Jardins
Fone: +55 11 3062 0866
gastronomia
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