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domingo, 11 de maio de 2014

O REI LEÃO

Quando estive em Nova Iorque, em 2010, vi alguns espetáculos na Broadway, entre eles, o musical O Rei Leão. Foi uma noite atípica, pois bem na hora em que as pessoas se dirigiam aos teatros da região, uma bomba foi detectada em um carro estacionado em frente ao local onde estava em cartaz o musical que eu iria ver. As ruas foram evacuadas rapidamente, mas quem estava dentro do teatro teve que ficar, sem saber se haveria ou não o espetáculo. Eu e meus amigos conseguimos entrar no teatro. Houve um atraso de mais de uma hora para começar, o que ocorreu somente com a autorização da autoridade policial responsável por apurar o caso da bomba. O teatro estava muito vazio, mas o musical foi encenado assim mesmo. Pude trocar de assento, ficando em excelente posição, bem central, à frente. Ao final, fiquei impressionado com a plasticidade, o desempenho e a concepção do musical. Eis que O Rei Leão ganhou versão brasileira, em cartaz no Teatro Renault (até recentemente chamado de Teatro Abril), na região central de São Paulo. Para a versão nacional, as músicas de Elton John ganharam a luxuosa leitura de Gilberto Gil. Claro que não poderia perder a oportunidade de conferir esta versão. Fui com Karina e Alberto, onde encontramos mais duas colegas de trabalho, Christiane e Paula, em uma quinta-feira, sessão das 21 horas. O teatro recebeu um bom público, mas não ficou lotado. O musical começou no horário previsto e a entrada triunfal dos animais é muito parecida com a versão que vi em solo americano. Mesmo sabendo tudo, pois além de ainda estar na memória o que conferi em Nova Iorque, também guardo bem o desenho animando da Disney que deu origem ao musical, a versão brasileira conseguiu me emocionar novamente. O elenco está primoroso, o cenário vibrante, conseguindo trazer a África para aquele tablado. As músicas são interpretadas de forma sensacional, valorizando as inspiradas letras de Gil. E como não se emocionar com as aventuras de Simba e Nala, não ficar com ódio de Mufasa, o invejoso tio de Simba, ou não eleger Zazu, o pássaro tutor do leãozinho, como nosso preferido personagem. Ótima a cena do estouro da manada de gnus, responsável pela morte do pai de Simba. São quase três horas de duração, com um providencial intervalo de quinze minutos, que transcorrem sem a gente notar. E a inserção de um pequeno trecho de Beijinho no Ombro, sucesso da funkeira Valesca Popozuda, cantada por Zazu, já vale o ingresso. Valeu a pena ter ido conferir esta ótima versão brasileira para o sucesso da Broadway.

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