Domingo, 16 de março de 2014. Eu estava passando o final de semana na casa de meus pais em Belo Horizonte e postei uma foto no Facebook. Logo meus amigos mineiros me enviaram mensagens perguntando porque eu não tinha avisado que estava na cidade. Emi protestou muito pelo fato de eu ficar recluso na casa de meus pais e acabou por me chamar para ir ao teatro na noite daquele domingo. Já havia comprado ingresso para ele e Rogério para ver o musical Lampião e Lancelote, que estava em cartaz no moderno Teatro Bradesco, localizado na sede I do tradicional Minas Tênis Clube. O espetáculo recebeu alguns prêmios, entre eles o Prêmio Bibi Ferreira de melhor musical de 2013. Acessei o site, escolhi um lugar perto de onde eles estavam sentados e os encontrei pouco antes do início do espetáculo. O teatro ficou quase lotado para ver a versão para o tablado de um cordel de Fernando Vilela. O texto, adaptação de Bráulio Tavares e dirigido por Débora Dubois, narra o inusitado e improvável encontro entre o cangaceiro Lampião, juntamente com seu bando e sua eterna companheira Maria Bonita, com Lancelote, eterno cavaleiro da Távola Redonda das histórias do Rei Arthur. A história é narrada por um espirituoso Cássio Scapin, que faz uma espécie de bobo da corte. Os atores estão muito bem, especialmente Daniel Infantini, que dá vida a Lampião. As coreografias são sensacionais, das quais destaco a que reproduz a batalha entre o bando de Lampião e o cavaleiro Lancelote com sua espada poderosa. As frases irônicas de Lampião são impagáveis, bem como sua imitação para os gestos elegantes do cavaleiro inglês. Mas o melhor de tudo é a música que embala toda a história. Afinal, é um musical. A trilha sonora foi composta por Zeca Baleiro, que usa e abusa de sua farta criatividade para contar esta história de forma bem humorada. Como a maior parte do enredo se passa no interior do Nordeste, Zeca se utiliza do repente para também concretizar o embate entre os dois cavaleiros. Sensacional.
artes cênicas
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