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domingo, 11 de maio de 2014

SE EU FOSSE VOCÊ, O MUSICAL

Demorou, mas um sucesso do cinema brasileiro chegou aos palcos. Os dois filmes Se Eu Fosse Você, ambos dirigidos por Daniel Filho, foram adaptados para o tablado na forma de um musical. Filho supervisionou a adaptação, cuja direção e coreografia coube a Alonso Barros, enquanto a direção musical é de Guto Graça Mello. Esta versão teatral tem como norte o roteiro do segundo filme, mas traz trechos do primeiro também. Nos papeis de Helena e Cláudio, vividos nos cinema por Glória Pires e Tony Ramos, estão os ótimos cantores/atores Cláudia Netto e Nelson Freitas. Para quem não se lembra, a história é uma comédia onde há uma troca de corpos entre o casal, Helena sendo Cláudio e vice-versa. Os produtores foram buscar no repertório de Rita Lee as canções que conduzem a história, em cartaz no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, desde março. Fui no final de semana de estreia, com casa totalmente cheia. O elenco é bem afinado, tem presença, mesmo os que dão suporte às canções. Há participação especial de Fafy Siqueira, que interpreta a mãe de Helena. Ela é a que menos canta, mesmo porque seu dotes vocais não são lá estas coisas, mas sua presença é iluminada, garantindo bons momentos de risadas à plateia. Por falar em sorrisos, ri muito, talvez até mais do que nos cinemas, quando fui ver os dois filmes. O casal de protagonistas é sensacional e dá um show de interpretação, especialmente quando há a troca de papeis. As coreografias são ponto de destaque, especialmente quando a música Doce Vampiro domina a cena. O repertório de Rita Lee é vasto, com muitas opções para se aproveitar. Os produtores colocaram os maiores sucessos, o que ajudou a provocar na plateia uma sinergia desde o primeiro momento. São mais de trinta canções da eterna roqueira brasileira. Curioso é o fato deste musical estrear em data próxima a outro musical, em cartaz em São Paulo, que também tem as canções de Rita Lee no setlist. A maioria das músicas se encaixa perfeitamente na cena, parecendo que foram pensadas para elas, mas há algumas em que houve uma forçada de barra, embora isto não tenha prejudicado a compreensão da história. Enfim, o musical diverte, e muito.

artes cênicas

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