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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

HANOI - DIA 2

O trânsito de Hanoi é realmente uma loucura, independentemente do dia do ano em que se está. Na tarde de quarta-feira, dia 24/12/2014, foi uma dificuldade para atravessarmos as ruas em nosso passeio pela área conhecida como Bairro Francês. Esta região é assim conhecida por causa da arquitetura dos prédios, herança dos tempos em que a França dominava a então Indochina.
Antes de iniciciarmos este passeio a pé, paramos em um café indicado pelo guia Hoang, distante uns trezentos metros do nosso hotel, o The Little Hanoi (23 Hang Gai, Hoam Kiem), local ideal para um bom café e um lanche rápido, com garçons falando em inglês. Silvana não nos acompanhou neste passeio vespertino, preferindo ficar no hotel e descansar até a hora de sairmos para jantar. Não queríamos almoçar, pois um jantar de Natal nos aguardava para logo mais. Assim, petiscamos comidinhas locais: deep-fried crab spring rolls Hanoi old style (135.000 dongs, porção com quatro) - rolinhos de primavera recheados com carne de caranguejo, servido com o onipresente molho de peixe feito com vinagre de arroz; deep-fried shrimps with tamarind sauce (165.000 dongs, porção com seis) - camarões fritos servidos com um espesso molho de tamarindo. Acompanharam estes petiscos Coca Light (35.000 dongs a lata) e cerveja local chamada Ha Noi (49.000 dongs a garrafa pequena). Comida razoável, nada de excepcional, como já era de se esperar.
De estômagos forrados, saímos em direção ao bairro francês, conforme nos explicara Hoang. Passamos por um lago onde havia um grande movimento de locais que escolhem ali para paquerar e passear no final de tarde. Uma praça com uma estátua gigante do primeiro imperador de Hanoi nos chamou a atenção, onde paramos para tirar fotos. Seguimos em direção ao elegante e clássico hotel The Metropolitan, hoje sob a bandeira Sofitel. Em uma praça próxima a ele, uma bela fonte com motivos que lembram algumas similares francesas servia de cenário para fotos de noivos. Vimos quatro casais devidamente paramentados posando para fotos. Entre uma e outra foto das noivas, também fizemos poses na fonte, seguindo para o hotel. Ainda no caminho, muita gente jogava o badminton, esporte preferido pelos vietnamitas. Entramos no hotel The Metropolitan com a ideia de tomar um café, mas apenas fizemos um giro pelas áreas comuns, incluindo o bar Balcon que é ladeado por uma escada de ferro pintada de branco, voltando para a rua. Continuamos a caminhada, desta vez em direção a um café indicado por nosso guia. Lojas de grifes famosas estão presentes nesta região, assim como a sede da Bolsa de Valores, que tem uma estátua em pedra do touro que simboliza esta transação econômica. A Ópera de Hanoi está localizada na mesma praça da Bolsa. Só a vimos do lado de fora. Embora Hoang tenha dito que ela foi inspirada na Ópera de Paris, não vi nada parecido, a começar pela cor, que em Hanoi é pintada de amarelo, cor presente em todos os prédios públicos. Achamos o café Sweet Cherry Cafe, que fica bem próximo de uma loja da grife de bolsas, a fancesa Longchamp. O café é bem grande, cheio de ambientes espalhados em três pisos. Ficamos no segundo piso, em uma varanda que dava para a avenida. O local tinha um teto de vidro no qual uma água escorria sem parar, conferindo um efeito relaxante. A decoração era um caso a parte, lotada de plantas e flores de plástico. Pedimos apenas café. Cláudia pediu um espresso normal, Lívia e Vera resolveram repetir a experiência que tivemos na primeira noite na cidade, pedindo um café com ovos, e eu pedi um café preto servido em uma espécie de coador de metal. O café era tão forte, mas tão forte, que eu disse que ficaria uma semana sem dormir. A conta deu 250.000 dongs. Como o garçom demorava para cobrar, descemos as escadas e pagamos diretamente no caixa. Voltamos a pé para o hotel, passando por outras ruas, vendo como o povo gosta de sentar na esquinas nos banquinhos baixos para conversar e comer as comidas típicas, especialmente noodles e rolinhos de primavera.
Já perto do hotel, com o trânsito cada vez mais carregado, passamos em frente ao teatro de bonecos. Era fim de espetáculo e uma horda de turistas estava na calçada esperando suas respectivas conduções. No nosso pacote estava incluída uma ida a este show de marionetes na água naquela mesma tarde. Dispensamos para fazer este passeio a pé por uma parte de Hanoi que não estava programado para conhecermos. Acho que fizemos uma boa escolha. Quando fomos atravessar a rua, começamos a rir do que vimos. Uma guarda de trânsito sendo engolida pelas motos, que vinham de todas as direções de um cruzamento. Ela mantinha a calma, apitava e apontava seu bastão, mas o caos só aumentava. A gente teve que entrar nesta emaranhado de carros, motos, bicicletas e pedestres. Um verdadeiro salve-se quem puder. A situação ficou mais non sense quando ela deixou o seu posto e entou em uma loja para chamar o motorista que tinha estacionado o carro em local proibido, o que atrapalhava mais ainda o trânsito. Seguimos nossa caminhada até o hotel. Tempo para banho e se arrumar para nossa noite natalina.

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